Phoenix escrita por Shiori


Capítulo 6
Retornado dos Mortos


Notas iniciais do capítulo

ENTÃO, GENTE?! COMO É QUE É? (/OWO)/
OLHA QUEM ESTÁ AQUI ÀS 8 DA MANHÃ NUM DIA DE FÉRIAS?! ADIVINHEM QUE NÃO DORMIU! ISSO, EU!
Ué, eu devia parar de ter tanta fic para escrever.

De qualquer forma, aqui vos deixo este capítulo maravilhoso. Aliás, já devem imaginar quem é a estrela deste capítulo, não é? :'D
Boa leitura ♥



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Quando Ziva abriu a porta da sala de aula, não quis acreditar no monte de gente que estava ao lado do seu lugar. Arqueou uma sobrancelha, em pura confusão. Será que alguém tinha desenhado algo na sua mesa? Ah, mas isso seria horrível! Especialmente sendo ela a representante da turma…

— Ah, a Ziva chegou. – ouviu alguém dizer naquele monteado de pessoas; não conseguiu, no entanto, reconhecer a voz.

Ziva não disse nada e deu um passo, mas parou ao ouvir uma cadeira a arrastar com força e rapidez. Voltou a arquear a sobrancelha, o que raios se estava a passar?

De pronto, viu uma cabeça loira a sair da pequena multidão, sorrindo como se não houvesse amanhã.

— Ziva!

O rosto da israelita empaleceu. Ali parado à sua frente, estava…. O Théo… O Théo estava ali, vivo! Ziva não quis acreditar no que via; era emoção demais para a sua cabeça, para o seu coração. Não sabia o que dizer ou o que fazer; estava paralisada, olhando para Théo fixamente, sem dizer nada. Não era necessário palavras, na realidade. Havia ali uma troca de olhares que falavam tudo que havia para dizer. O tempo parecia ter parado para eles.

— Eu sei que a tua religião não permite, mas posso receber um abraço? – ele perguntou, estendendo os braços, pronto para receber um possível abraço – apesar de que era mais provável de que ela negaria.

— Seu…! – exclamou ela, deixando algumas lágrimas escorrer pela sua face.

Ela correu até Théo e saltou, literalmente, para os braços dele. O loiro, que realmente não estava à espera que Ziva aceitasse dar um abraço, aguentou com o peso dela e conseguiu manter-se em pé.

Sentiu Ziva a apertá-lo com força, como se quisesse comprovar que aquele Théo era o verdadeiro. O belga sorriu e correspondeu o abraço, cariciando a cabeça dela.

— Não é preciso chorares.

— Idiota! – ela exclamou. – Pensava que tinhas ido desta para melhor!

— Com uma necromante no internato? – questionou retórico. – Acho que vais ter que me aturar mais.~

— E assim espero!

— Oh, mas eles são namorados? – ouviram alguém a sussurrar.

— Nunca vi a Ziva assim… Ou a tocar num homem.

Eles os dois se separaram, a olhar para os seus colegas que comentavam sobre eles. Ziva e Théo entreolharam-se e riram daquilo.

— Não somos namorados. – começou Théo. – Somos melhores amigos, não é, Ziva?

— Oh, sério? Pensei que éramos irmãos!

— Na última vez que vi, eu era filho único!

— Então, vê de novo. – pediu Ziva, sorrindo. Gostava da ideia de serem irmãos. – Tens aqui uma irmã mais nova!

— E que bela irmã que tenho.~

Ziva corou e riu daquele comentário – Théo sabia mesmo como a animar.

A porta da sala de aula foi aberta pelo professor. Todas as alunas e alguns alunos olharam para o professor de biologia, Ümit Deniz Burakgazi, que devia ser filho de Deuses gregos pela sua beleza quase exagerada. Ele era o professor mais popular da escola – todas as alunas e vários alunos gostariam de o ter como professor.

Os seus olhos azuis-acinzentados e claros eram o que mais atraia e, combinados com o seu cabelo preto, rigorosamente colocado para trás, e aquela barba charmosa, faziam com que todos suspirassem por ele e nunca fartassem de olhar para ele. Ele era o resultado de uma combinação de genes invejáveis – todos estavam, secretamente, gratos pela existência dos pais dele devido àquela criação divinal.

O turco olhou confuso para os alunos e perguntou-se se tinha interrompido algo.

— Ah, Dupont, soube da tua volta. – disse, sorrindo de uma forma tão sexy que fez vários alunos pirar. – Bem-vindo.

— O-Obrigado. – Théo corou.

O professor Burakgazi voltou a assumir o seu ar sério costumeiro e caminhou até a sua mesa, colocando de seguida a sua mala em cima. Olhou para a turma que parecia estar paralisada, com o olhar fixado nele. Algo já habitual de acontecer, na realidade, mas, cá entre nós, ele nunca entendeu o porquê disso. Não sabe de nada, inocente.

— Aos seus lugares.

Como se acordassem de um transe, os alunos dirigiram-se para os lugares. Era quase sobrenatural aquele charme.

Assim que se sentou, Ziva constatou no seu dispositivo as horas – tinha passado alguns minutos após do toque, mas não tinha o ouvido. Sorriu, ignorando aquilo, e olhou para o lado, onde se sentava Théo. Ele estava a arrumar as suas coisas em cima da mesa, mas, ao sentir observado, olhou para Ziva e sorriu.

Perdida nos seus pensamentos, Ziva não notou que estava a ser observada.

***

Após da soberba aula de admiração ao professor Burakgazi (também conhecida como aula de biologia), a turma de Ziva e Théo teve a aula de física que não se tem nada a declarar. No fim desta, a recém-dupla de irmãos se ergueu ao mesmo tempo das suas cadeiras.

— Oh, onde vais, irmão? – brincou Ziva, apesar de ter uma ideia de onde poderia ser.

— Ao clube de astronomia.

— Vou contigo.

Nisso, Théo olha para a mais nova de forma chocada. Assumiu de novo um sorriso que, apesar de parecer real, Ziva sabia, por instinto, que era forçado.

— Os não-membros não podem ir.

— Mas eu sou membra.

— Hã…? Como assim…?

— E-Ela está a dizer a verdade, Dupont…

Ambos olham para o lado e veem o seu colega de turma, Mėnuo Lukauskis, um tímido rapaz lituano. Os seus cabelos loiros, num tom dourado, estavam, como sempre, in natura, e a franja irregular estava virada para a esquerda; os seus olhos são azuis-escuros e, para a curiosidade de Ziva, a íris era ligeiramente maior.

— Oh, espera, – Ziva arqueou a sobrancelha, confusa.– O Mėnuo faz parte da…?

— Equipa da Conchita Wurst[1]?– perguntou Théo, retórico.– Sim.

— Tu… acabaste de fazer uma referência à Eurovisão[2]!

— Sou europeu, qual é a surpresa? – Théo sorriu. – Tu também vês pelo que me parece.

— Claro, tenho que apoiar pelo meu país no festival.

— E eu também. – ele retrucou, suspirando logo depois. – De qualquer forma, Ziva, isto pode ser perigoso, sabes disso, não é?

— Claro que sei. – ela respondeu, começando a andar; os outros dois também o fizeram. – E eu tenho capacidades para me defender; literalmente… Ah, espera, Mėnuo, como sabes disto…?

— W-White contou-me…

Ziva lembrou-se que a Cecilia era a tal White e deu de ombros. Théo resolveu, por bem, não continuar com a conversa e os três foram juntos até à sala de astronomia, levando os seus lanches.

Quando entraram, viram que nem todos estavam na sala. Nicolau, Hae-Ju, Nikaía e uma pessoa que Ziva ainda não conhecia. O rapaz era pálido, quase como um fantasma. Tinha cabelo ruivo-escuro e olhos verde-maçãs, um tom bem bonito, na opinião de Ziva.

— Oh, Dupont, como é que é voltar dos mortos? – perguntou o rapaz, num tom de brincadeira.

— Diz-me tu, Eirwyn. –  Théo retrucou, sorrindo. – Pelo que ouvi dizer, já te mataste três vezes neste ano.

— E ainda não vi a cara da minha salvadora. – continuou ele e, então, notou a Ziva, que olhava chocada para o galês. – Oh, és a Hirsch?

— Ah, sim.

— Sou o Eirwyn Hughes. – se apresentou com um belo sorriso.– Espero dar-nos bem~!

— Igualmente…?

Ziva desviou o olhar e notou que Nicolau sorria imenso, enquanto Hae-Ju e Nikaía mantinham as suas expressões sérias e indiferentes (apesar de que no fundo estavam felizes pelo regresso de Théo).

— Bem-vindo, Théo!~  – exclamou o catalão, erguendo-se da sua cadeira e andando até o outro para dar um abraço. – Fico feliz por estares bem!

— Hahahaha, obrigado, Nico!~ – correspondeu ao abraço.

— É bom vê-lo, Théo-ya. – disse Hae-Ju, terminando de comer o seu lanche da manhã.

— Espero que a situação não se volte a repetir… – comentou Nikaía, de forma baixa, mas audível. Ela olhou para Ziva, que reparou, e depois voltou a olhar para o seu lanche; a israelita ficou confusa.

— Conhecendo o meu experimento, receio que poderá voltar a acontecer.

Nicolau e Théo se separaram e sentaram-se à volta da mesa. Ziva e Mėnuo fizeram o mesmo, começando a comer logo a seguir.

Alguns minutos depois, começaram a ouvir vozes vindas de fora, muito familiares para Ziva, na realidade.

— Então, como eu disse…– a porta da sala foi aberta por Miku que, ao ver Théo, parou.

— Oh, Théo…! – Cecilia exclamou e ultrapassou Miku, que estava imóvel.

No entanto, aquilo fora uma péssima ideia.

Cecilia fez jus à sua fama de desastrada e caiu de forma feia no chão. Houve um silêncio tenso, já que ninguém sabia como reagir, apesar de que, convenhamos, isto era algo extremamente normal conhecendo a moça.

O primeiro a quebrar o silêncio confrangedor foi Eirwyn, com o seu riso estridente. De seguida, a própria Cecilia se juntou a ele na gargalhada. Nicolau foi o terceiro que, para além de rir bem alto, também batia com a palma da mão na mesa.

Ziva olhou confusa para Théo que tentava não rir perante a cena; no entanto, ao ver que Ziva o encarava com uma expressão hilária (ao menos, na opinião dele), ele não aguentou e começou a rir. Quase ao mesmo tempo, Nikaía e Miku começaram a rir.

Somente Hae-Ju e William, que se encontrava no lado de fora, é que conseguiram manter-se indiferentes perante aquilo, enquanto Mėnuo não sabia o que fazer e Sebastian só olhava para a cena com um sorriso no rosto.

Sebastian se aproximou de Cecilia e estendeu a mão, que foi agarrada pela australiana, entre risadas.

— O-Obri… hahaha O-Obrigada, hahaha.

— De nada. Fico feliz por estares bem.

Quando as risadas cessaram, a primeira coisa que Miku e Cecilia fizeram foi abraçar Théo com força.

— Tivemos saudades! – declarou Miku, num tom de voz quebrado.

— Théo, estou tão feliz em ver-te! – Cecilia exclamou, alegre e animada como sempre, apesar de que no fundo, estava aliviada por ver Théo ali, vivo.

— Vocês não vão se livrar de mim assim tão depressa! – Théo correspondeu ao abraço de ambas.

Sorrateiramente, William se aproxima e faz festas na cabeça do belga, que é apanhado de surpresa.

— Bem-vindo, Théo. – disse Sebastian, sorrindo.

— Estou de volta!~

***

— Então, Jonathan… – começou Fabiana a falar, sentada nas escadas do corredor, comendo o seu lanche. – O que estamos fazendo aqui?

— Hae-Ju disse para vigiarmos os alunos do primeiro ano.

— Ai senhor, mas você acata tudo o que ela diz?

— Os meus pais sempre me ensinaram a respeitar os mais velhos.

Fabiana revirou os olhos, concentrando-se mais em comer do que cumprir com a sua obrigação de integrante da Phoenix. Comida sempre em primeiro lugar.

Enquanto Jonathan vigiava o corredor, notou que Fleur corria e entrou na sala de aula dele. A holandesa era da outra turma, então, estranhou um pouco. Quando ela saiu, empurrava a cadeira de rodas da Claudie e gargalhava um pouco alto. Não sabia que elas eram amigas.

— Oh, é Fleur e a crush dela.

— O quê?

— É o que as fofoqueiras da minha turma dizem. – comentou Fabiana. – Não sabem cuidar da vida delas e deixar a dos outros em paz. Pelo que sei, elas as duas são companheiras de quarto.

— Hum….

Vamos para a biblioteca? – ouviram uma voz masculina a dizer.

Jonathan não entendeu o significado, mas Fabiana entendeu – era português, afinal de contas.

Ah, se formos, não teremos tempo para voltar.— respondeu uma outra voz, igualmente masculina.

Faltemos à próxima aula. Ou não queres?

— Nossa, isto está parecendo um romance homossexual. – comentou Fabiana, interessada na conversa. – Em português de Portugal; ai, o sotaque deles é tão engraçado!

— O que eles estão a dizer?

— Ué, tenho cara de fofoqueira?

Tocou para a entrada e isso fez com que Jonathan e Fabiana saíssem de um transe. Já não se encontravam nas escadas; estavam sentados numa mesa da biblioteca.

— Mas que…? – Jonathan perguntou, sem se lembrar de ter chegado ali ou do tempo passar.

— Jonathan, eu não quero ser paranoica, mas…– Fabiana começou, olhando chocada para o outro. – A nossa memória acabou de ser modificada…?

— O quê? Isso é impossível, Fabiana…! Ninguém consegue usar as habilidades e…

Num piscar de olhos, vários flashes passaram pela cabeça de ambos e se lembraram de como tinham chegado ali. No entanto, aquela última conversa desapareceu da memória deles.

— Ah! Jonathan, já tocou! – ela exclamou, ao olhar para o seu dispositivo.– Vamos chegar tarde!

— V-Verdade!

Os dois levantaram-se, apressados, e saíram da biblioteca antes que a bibliotecária pudesse dizer algo a respeito ao barulho.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? :'D Deu para rir ao menos?
Enfim, se alguém quiser saber, o professor maravilha tem o corpo e cara de Onur Tuna. PROCUREM ESSE DEUS GREGO, QUERO DIZER, TURCO, DEUS TURCO! MINHA GENTE, QUANDO O VI EU TIVE QUE CRIAR UM PERSONAGEM BASEADO NESSA DLÇ! CRUSH TURCO!
Also, está disponível para ser par romântico. Assim como o Théo. E o William. Meu Deus, gente, esses sujeitos são todos bons; tenham vergonha na cara :v
Aliás, o que acharam dos novos personagens? ♥ E os personagens misteriosos que já sabem que são de Portugal? :'D Quê, querem que uma portuguesa como eu não colocasse portugueses na fic? :v

Ah, é: eu vou começar a procurar à séria atores/modelos/cantores pros DreamCasts. Se quiser sugerir para o seu ou para o personagem do amiguinho, esteja à vontade x33 Sério, estou a aceitar sugestões.
Acho que é tudo...?
Até à próxima ♥

Notas:
[1] Conchita Wurst é uma cantora e drag queen interpretada por Thomas "Tom" Neuwirth (ou como ela diz: ele é quem paga as contas dela). Conchita representou a Áustria na Eurovisão de 2014 e venceu com a música "Rise Like a Phoenix".
[2] A Eurovisão é um conjunto de 6 festivais internacionais relacionados com as artes. No entanto, quando se fala em "Eurovisão", pensasse logo no Festival Eurovisão da Canção, que fora o primeiro evento a ser realizado em 1956, tendo já 61 edições.

Aliás, para aqueles que estão interessados, estou a organizar um evento relacionado à Eurovisão e a fanfics. Se estiverem no grupo do Nyah no Facebook, poderão encontrar o post lá.~ (/owo)/



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