Phoenix escrita por Shiori


Capítulo 4
Um sábado diferente


Notas iniciais do capítulo

OLÁ!
Perdão, gente. Já sabem, né, atualizar outra fic, para depois atualizar esta. Q E, bom, desta vez também teve preguiça e tal. E testes, malditos...!
Enfim, alguém sabe o que é a Eurovisão? :'D Na semana passada, deu e eu vi ♥ Coisa linda!

Ok, ninguém quer saber-----
Boa leitura! (/owo)/



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Se havia algo que Ziva odiava era ser acordada bem cedo num sábado. Certo, eram já 10 horas, mas Ziva costumava acordar mais tarde, portanto, esse horário era considerado “cedo” para a israelita.

Assim que abriu os olhos, a dona da voz que a despertou olhava para ela com o seu típico sorriso. Claudie Roy era uma das companheiras de quarto de Ziva. Canadiana, Claudie possuía cabelos loiros, longos o suficiente para se prender numa trança única (cortesia da outra companheira de quarto, a Fleur), e olhos azuis, tão claros como o céu limpo e puro.

— Bom dia, Ziva. – cumprimentou.

— Bom dia… – Ziva murmurou, colocando a sua cara na almofada. – Precisas de algo…?

— Eu não. – respondeu prontamente. – Mas a Cecilia e a sua amiga, Miku, querem falar contigo. Não sabia que conhecias a Cecilia.

— Quem…? – questionou ela. Após de pensar um pouco, ela se levanta de súbito, de olhos arregalados. – Ah, sim! Conheço-a! Ela faz parte de um clube que entrei!

— Oh!

 Claudie sorriu e se afastou da cama de Ziva. Esta se levantou e, logo de seguida, começou a empurrar a cadeira de rodas de Claudie para perto da secretária desta.

— Não era preciso. – disse a canadiana.

Devido a um acidente que Claudie teve aos 13 anos, ela tem-se movido com o auxílio da cadeira de rodas. Infelizmente, a reabilitação tem sido extremamente lenta e não tem tido muitos progressos; mas mesmo assim, Claudie sentia que voltaria a andar com as suas próprias pernas. Era o seu desejo. Além do mais, na carta que o internato mandou para ela e para o seu pai informava que lá também havia reabilitação e que era melhor que aquela que recebia no Canadá. Aceitaram na hora e Claudie não se tinha arrependido. Era verdade que lá faziam experimentos, mas os médicos, extremamente profissionais, também cuidavam dela com primor e carinho.

— Mas eu quis. – informou Ziva, parando a cadeira.

— Merci[1]. – sorriu a canadiana. – Mas, por favor, vai vestir-te. Elas estão à tua espera lá fora.

— Q-Quê?! Esse tipo de coisa se avisa com antecedência, Claudie!

Ziva correu para o guarda-roupa e tirou roupas aleatórias. Depois disso, correu para a casa de banho. Ah, correr. Era algo que Claudie queria tanto. Mas ela iria correr, sim. Quando o dia chegasse, correria como nunca correra. Jamais perderia tempo em casa, à frente do computador ou a ler livros. Aproveitaria tudo aquilo que não aproveitara durante a infância.

A porta da casa de banho se abriu, revelando Ziva já com roupas casuais. Usava uma camisola de gola alta branca, com uma t-shirt verde-maçã com um coração vermelho no centro por cima, e calças de ganga azuis. Para além disso, calçava botas de montanha castanhas.

— Ah, tudo bem te deixar sozinha? – Ziva perguntou.

— Não te preocupes. – apressou-se em dizer. – A Fleur disse que voltaria logo.

— Certo. Mas se for necessário, liga-me, sim?

— Claro.

Ziva abriu a porta e se deu caras com Cecilia e Miku, que pacientemente esperavam pela israelita.

— Aleluia, Ziva! – exclamou Cecilia, sorrindo de forma animada. – Querias que começasse a crescer raízes em nós?

— Perdão. – disse a dona dos cabelos pretos. – Mas o que querem num sábado de manhã? Eu só existo à tarde!

— Oh, gostas de dormir durante a manhã? – questionou Cecilia. – É inesperado.

— Bom, o professor Matteo nos pediu para te levar à sala do clube. – explicou Miku, começando a andar. – Tens que conhecer os outros membros.

— E entrar nas investigações.

***

Assim que entraram na sala do clube, Ziva viu duas pessoas que ainda não conhecia.

Uma delas era uma jovem rapariga de longos cabelos loiros e ondulados, que chegavam à cintura e possuíam alguns cachos nas pontas, e de olhos verdes, que pareciam duas belas esmeraldas. A constituição física causava logo inveja ao se ver: a cintura era fina, curvas delineadas, seios fartos… Oh, senhor, Ziva perguntou-se porque ela não tinha um corpo como aquele, no entanto, balançou logo a cabeça. Ela não podia ter tais pensamentos.

Já o outro, era um rapaz que, bom, não chamava tanta atenção como a rapariga. Em todos os sentidos, era normal: os seus cabelos eram castanhos e encaracolados, e os olhos eram da mesma cor. Ao ver que Ziva olhava para ele, o rapaz sorriu e Ziva não conseguiu evitar, se não corar. O sorriso do rapaz era lindo e talvez pudesse fazer qualquer um se apaixonar por ele.

O rapaz, de pronto, se aproximou. Demasiado para o gosto da Ziva (e da sua religião).

— Então, você é a Ziva?

— Sim… – ela se afastou um pouco. – E tu és?

— Meu nome é Enzo. – respondeu com um grande sorriso. – E ela é Elizabeth.

— Elizabeth Evans. – completou ela, também se aproximando. – Muito prazer, Ziva.

— Oh, muito prazer.

Ziva sentiu-se muito observada por Enzo, que parecia que estava a analisar com tanto pudor.

— Enzo-ya, estás a deixá-la nervosa. – Hae-Ju informou, sentada numa cadeira.

— Nós já te falamos do espaço pessoal! – exclamou, meio a brincar, Nicolau.

— Ah, foi mal.

— Vá, crianças, vamos tratar dos assuntos importantes. – Matteo interveio, estando numa ponta da mesa, em pé. – Parece que há pessoas a faltar à reunião

— Criança é a sua mãe. – retrucou Fabiana, revirando os olhos logo a seguir.

— Sou mais velho que vocês!

— Sério? Não parece. – Nicolau brincou.

— Estás a tentar ganhar pontos? – perguntou, retórico, o professor. – É que estás a conseguir.

— Ui, cuidado, Nico! – começou a Fabiana, sorrindo de forma sacana. – Olha que a Lizzie ainda fica com ciúmes, ‘viu?

— Oh, mas eu não fico ciumenta com tão pouco. – Elizabeth continuou a brincadeira.

Ziva sentiu-se perdida na conversa e olhou para Miku e Cecilia, sendo que a primeira notou logo o que se passava.

— Ah, malta, não se esqueçam que a Ziva é nova aqui.

— Oh, verdade. – Nicolau disse. – Sabes, Ziva, o que vamos falar agora é segredo, sim?

— Tudo bem em me contar um segredo…?

A moça recordou-se do que se passou na tarde do dia anterior. Apesar de William ter pedido desculpas durante o jantar pago pelo professor Matteo, ela ainda receava que ainda desconfiassem dela.

— Claro que sim, Ziva! – exclamou Cecilia. – És uma de nós!

Eu também o era ontem…!, Ziva pensou, mas não se atreveu em falar alto. Faltava-lhe a ousadia para tal.

— Sabes, Ziva, – começou Miku, arrastando uma cadeira para, de seguida, se sentar. – o professor Matteo e a Lizzie namoram desde ano passado.

— Mas isso… – começou a Ziva. – Não é proibido?

— O que estamos a fazer também é proibido. – se pronunciou Chiye, que, até então, estava calada.– Se o diretor descobrir quem são os membros da Phoenix…

Aquela ideia de ser descoberta por Joseph Timberlake a fez estremecer. Sim, de facto, aquilo que estavam a fazer era pior. No entanto, contraditoriamente, era o melhor que eles podiam fazer.

— Não te preocupes, Ziva. – Elizabeth começou. – Eu tornar-me-ei maior de idade neste ano. Além disso, Matteo não é tarado, nem nada do género.

— Pela forma que falas, até parece que, à primeira vista, sou um tarado… – comentou Matteo, suspirando depois.

— Claro que não, prof! – Fabiana exclamou. – A gente não pensa nisso. Pensamos mais no professor como o passivo da relação.

— Ah! Essa foi boa, Fabiana! – riu Enzo, que ergueu a mão para que a brasileira batesse nela.

— Eu sei, cara! – afirmou ela, batendo a sua mão na do outro, num sonoro high five.

Perante tal situação, Ziva expressou um pequeno sorriso.

Hae-Ju revirou os olhos e bateu palmas, para atrair a atenção.

— Que tal começarmos? – questionou retoricamente.

Assim que todos se sentaram à mesa, Hae-Ju entregou a Jonathan um monte de folhas, para que ele distribuísse. O mais novo acatou com a tarefa.

William agarrou em algumas folhas e começou a ler.

— Isto é… Os nomes de todos os alunos, hm?

— Exato. – começou a sul-coreano, cruzando, de novo, os braços. – Eu e a Chiye-ya conseguimos entrar nos ficheiros do internato, mas…

— Eles detetaram a nossa presença e melhoraram a segurança. – explicou Chiye, observando as expressões dos presentes. – Em meros segundos.

— Isso significa que há alguém com boas capacidades de informática no lado deles… – Sebastian ponderou, colocando a mão no queixo.

— Eles conseguiram detetar o nosso IP? – Elizabeth questionou de forma séria.

Hae-Ju e Chiye balançaram a cabeça negativamente.

— Eu dei um jeito para impedir isso, Elizabeth-a.

— Ainda bem.

— Hmm… – murmurou Miku, confusa. – O que vamos fazer com esta lista?

— Irão assinalar os nomes dos vossos colegas de turma. – Hae-Ju informou, suspirando logo a seguir. – Não conseguimos as turmas, logo teremos que fazer isso manualmente.

— Ah, cara, isso vai dar muito trabalho! – Enzo reclamou.

— Não reclames. – Níkaia falou de forma tão baixa que parecia um sussurro.

— Depois de assinalarmos os nossos colegas, o que fazemos…? – Ziva perguntou, incerta se devia ter falado.

— Entreguem-nos as folhas e nós vamos excluí-los, até chegamos aos alunos do 1ºB, os nossos principais suspeitos da carta.  

— Não seria mais fácil pedir a alguém que esteja nessa turma que faça isso? – Ziva questionou.

— Eles iriam suspeitar. – disse Nicolau, que começara a assinalar os seus colegas na folha. – E nós não temos nenhum membro nessa turma, logo é melhor não arriscar.

Ziva olhou para o catalão, surpresa com a resposta. Eu devia ter imaginado que era por isso…, pensou, arrependida por ter perguntado algo tão óbvio.

— Ah, já descobriste uma forma de desativar os dispositivos, Liz? – Nicolau perguntou, olhando para a britânica.

— Não. – suspirou ela. – Sem a minha habilidade, não posso fazer grandes coisas.

— Pena. – murmurou o catalão. – O meu dispositivo não funciona, logo a minha habilidade funciona bem. Bom, é por causa dela que ele não funciona.

— Não funciona…? – Ziva perguntou. Os seus olhos verdes estavam arregalados perante tal novidade.

— Não. – ele sorriu. – Eu atraio a boa sorte, sabes? E por causa da minha sorte, o meu dispositivo não funciona como deve ser, permitindo que continue a atrair sorte. Ah, claro, as outras funções continuam a dar. Ao contrário do Leo.

— Leo? – Hae-Ju perguntou.

— Ah, sim. – ele disse, procurando o nome dessa pessoa na lista entregue. – Leonard Nowak, o meu colega de turma e de experimentos. Nós os dois estamos no mesmo projeto.

— Duas pessoas no mesmo projeto? – Cecilia questionou, surpresa.

— Sim. Ao contrário de mim, ele atrai o azar. O dispositivo dele, praticamente, não funciona.

Ao ouvir isso, Chiye aponta a habilidade ao lado do nome do sujeito. Jonathan notou e sorriu.

— A Chiye teve uma boa ideia. – começou ele. – Podemos também juntar as habilidades das pessoas na lista.

— Sim, é uma opção razoável. – Matteo afirmou. Cruzou os braços e olhou para a Ziva. – A tua habilidade é proteção, certo?

— Como o senhor… Ah, eu disse ontem.

Chiye apontou todas as habilidades dos membros na sua folha e, ao terminar, voltou ao seu posto de observadora.

— Nicolau-ya, quero conhecer o teu amigo.

— Oh, ele vai ficar feliz, Hae-Ju.

— O que sabemos sobre a necromante, Fabiana? – o professor perguntou.

— Ah, não muito, prof. – ela começou. – Somente que ela não é aluna.

— Uma professora…?

— É o que penso, professor.

— Eu fico encarregado de descobrir isso, então. – Matteo declarou.

— Sobre isso, professor… – Níkaia começou, olhando nos olhos castanhos-esverdeados do mais velho. – Alguma novidade sobre o Théo?

Todos pararam o que estavam a fazer e olharam para a grega que acabara de fazer a pergunta que realmente importava. De pronto, olharam para o professor, como nunca olharam. Queriam saber a resposta; era algo mais importante que as matérias que se dão nas aulas. Naquele momento, o professor era o centro do mundo.

Ele suspirou, o que fez todos temer pelo pior.

­– Ainda nada, Nika. – murmurou ele. – Mas a necromante nunca nos dececionou nesse aspeto.

Apesar de não terem tido a resposta que queriam, os mais novos sentiram-se aliviados.

— Bom, a reunião termina aqui. – Matteo informou com a sua voz firme. – Estão dispensados.

— Ainda temos assuntos pendentes, seonsaeng-nim…

— Podemos tratar disso noutro dia. – ele sorriu. – Vá, desaparecem da minha frente, xo, xo!

— Eeeh! Nós aqui motivados e o professor a nos expulsar! – reclamou Cecilia, mostrando logo a seguir a sua língua para o professor.

— Sim, sim, eu sou o mau da fita. – ele revirou os olhos.

***

Assim que entrou no quarto, Ziva viu Fleur deitada na cama.

Fleur Noor Houtman era holandesa, com cabelos loiros com o risco bem de lado, fazendo com que o lado esquerdo tivesse muito mais cabelo que o direito, sendo que tinha madeixas roxas-escuras, e olhos verdes-floresta.

— Oh, bom dia, Fleur.

— Ah! Ziva, olá! – ela se sentou na cama, sendo possível ver um piercing no nariz, na narina direita, e no topo de ambas orelhas.

— Se passa algo?

— Não, só estou à espera que a Claudie me chame para ir ajudá-la na casa de banho.

Ziva sorriu e se sentou ao lado dela.

— Então, vou esperar contigo.

— Obrigada. – agradeceu. – Estou surpresa que tenhas acordado cedo.

— Ah, tinha assuntos a tratar.

— Assuntos? – Fleur sorriu de forma traquinas. – Oh, tens um namorado?

— Não!

— Ah, uma namorada?

— Também não! – Ziva sorriu, quase a rir. – Só fui a uma reunião de clube.

— Clube?

— Sim, de astronomia.

— Não sabias que eras desse clube.

— Entrei recentemente.

Ouviram Claudie a chamar, afirmando que estava pronta. Fleur sorriu ao ouvir a voz da outra e saltou da cama, muito mais animada.

— Bom, espero que te divertes nesse clube.

Ziva olhou espantada para Fleur, mas logo sorriu. É, eu também espero…


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Se quiserem, comentem ou podem me mandar uma mensagem!
Aliás, repetindo a pergunta que fiz no outro capítulo: aos criadores dos personagens de Chiye, Sebastian, Níkaia e Elizabeth, que tipo de experimentos os vossos personagens estariam sujeitos e que objetivo teria? Se não tiver a resposta até ao fim do mês, eu irei mandar uma mensagem, então, se preparem! QQ
Outra coisa: eu mudei a idade de Elizabeth, visto que o aniversário, a idade e o ano não coincidiam. Ela nasceu antes de setembro, logo é impossível que tenha a idade mínima do ano, so... :v

Mensagemzinha especial à Eureka: perdão por não ter estreado com a personagem Celiny, mas, né, preciso que me respondas à minha mensagem para tal. Então, por favor, faça-me isso, sim? ♥ Obrigada!

Ok, acho que é tudo. Não se esqueçam de ver as atualizações que irei fazer no domingo no documento oficial :'D

Muito obrigada por lerem!
~
[1] Merci: obrigado/a, em francês.



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