Allison Argent – Duas semanas depois ...

Depositei o pequeno urso no berço que estava devidamente posicionado no canto esquerdo do quarto. Analisei, mais uma vez, o trabalho que eu e Lydia tivemos para decorar cada pequeno canto do quarto que agora passaria a ser meu. Não estava completamente feliz com isso, mas sabia que era necessário e que seria melhor assim, tanto para o bebê quanto para mim. A proteção dele era a minha maior prioridade no momento, então aguentaria Peter me irritando por quanto tempo fosse necessário, e além do mas, tinha Malia que também morava no loft, seria uma boa companhia nas horas de tédio.

— Fizemos um bom trabalho – sorri para a Banshee que estava encostada no batente da porta.

— Não, eu fiz um bom trabalho em quanto você só dava palpites!

Rolei os olhos.

— Também quero levar os créditos, Lydia.

— Sinto muito, docinho, mas não vai – disse, aproximando-se – Quando meu afilhadinho ou afilhadinha nascer vou falar pra ele que você não fez exatamente nada.

Lydia sem drama, jamais seria Lydia.

Ela andou até a minha cama, sentando-se na mesma, me encarando por algum tempo.

— Por que está me olhando assim? – perguntei franzindo o cenho.

— Hum, nada – disse – Só estou pensando como vai sobreviver por aqui.

— Acredite, aqui é mais seguro do que qualquer outro lugar.

— Sei que sim – falou – Mas, Peter e Derek? Eu sei que o lobinho tem se esforçado para ser um bom papai, mas ... Peter como tio?

— Melhor do que ter você como madrinha, querida - disse aparecendo na porta que ainda estava aberta. Lydia sorriu cínica para ele e tive que me segurar para não rir – Fizeram um bom trabalho.

— Sei disso – a Banshee respondeu, levantando-se.

— Vai se mudar pra cá também? – ele perguntou – Não se desgrudam mais.

— Estou apenas me certificando de que você será um bom, tio – ela ironizou.

Sem dizer mais nenhuma palavra sai do quarto indo em direção a cozinha, acho que nem se quer perceberam, pois Lydia não me seguiu. Podia ouvi-los discutindo mesmo do andar debaixo. A porta do loft foi aberta, Malia e Derek adentraram a mesma seguindo para a sala, me aproximei deles.

— Que isso? – a coiote perguntou, se referindo a discussão que Lydia ainda tinha com o Hale mas velho.

— Seu pai e minha melhor amiga brigando – respondi – Pode ir até lá, e pedir para que não quebrem a mobília do quarto do meu bebê?

Ela assentiu sorrindo.

— Como uma boa prima – rolei os olhos e ela riu.

— Tudo bem? – Derek perguntou com o cenho franzido.

— Uhum – assenti – Alguma noticia sobre Kate?

Ele negou.

— Fomos até a floresta, mas parece que não está mais por lá.

— Pra onde pode ter ido? – perguntei.

— Acho que recuou agora que sabíamos onde encontra-la.

— Isso quer dizer que ...?

— Devemos ter ainda mais cuidado – disse – Não sabemos onde ela está e qual é o plano. Preciso que fique segura.

— Posso fazer isso – concordei.

— Sei que pode – disse.

— Allison – Lydia chamou, e então percebi que haviam parado de brigar – Temos que ir se não quisermos chegar atrasadas na aula.

Me despedi de Derek com um aceno e seguimos para fora do loft.