— Está me dizendo que a sua tia psicopata, que teve um caso com o pai do seu filho, está viva e quer quebrar você ao meio? – Lydia perguntou, em quanto íamos até a sala de aula. Tudo aquilo foi um choque para mim, tanto quanto para ela. Assenti. – Isso é loucura. Derek que contou?

— Mais ou menos – falei, sentando-me em uma mesa, em quanto ela ocupava o lugar ao meu lado. – Um pouco ele, meu pai, Peter ... Sinceramente não acho que Kate queira fazer mal à mim. Mas, ela quer atingir o Derek, e digamos que está bem determinada para isso.

Paramos de falar no exato momento em que o professor de química passou pela porta, anunciando o começo da aula. Não trocamos nenhuma palavra durante a aula, mas no intervalo tive de contar tudo o que Malia havia dado inicio. Boa parte do ocorrido o grupo já sabia, mas queriam saber de mim. Provavelmente tentando saber se eu estava com medo ou algo do tipo, e realmente estava. Não por mim, mas pelo bebê. Ao menos sabíamos o sexo da criança e ela e já haviam pessoas querendo ela morta. O restante do dia passou arrastando. Havia prometido a Lydia, e combinado com Melissa, de que faríamos os exames hoje. Quando o sinal bateu, anunciando o fim do dia letivo, fomos até o carro da Banshee, que nos levaria até o hospital. Melissa disse que havia uma sala, com os equipamentos necessários, mas que não estava sendo utilizada por medico nenhum. E foi lá onde os exames iniciaram.

— Preciso saber o que está sentindo de diferente – ela disse. – Se for uma gravidez normal posso indicar alguns médicos do hospital, mas antes disso precisamos ter certeza de que não haja nada sobrenatural.

— Não tenho tantos enjoos quanto ouvia falar.

— Isso é algo variado de mulher para mulher – falou.

— Tenho muito sono – pisquei duas vezes. – A ponto de não conseguir me segurar e simplesmente apagar.

Melissa franziu o cenho.

— Isso não é normal – assenti. – Mas alguma coisa?

Neguei.

Ela passou um gel sobre o meu ventre e pôs um aparelho que transmitiria a imagem para uma tela de televisão logo a minha frente. Apesar de ser uma enfermeira, Melissa parecia bastante familiarizada com a situação. O visor foi tomado pela imagem de um pequeno bebê, tão pequeno que mal podíamos distinguir quais eram a sua partes do corpo. Mas, também havia um clarão logo à frente dos olhos. Suspirei pesadamente e Lydia sorriu para mim, dizendo que ficaria tudo bem.

— Sinto muito, Allison – Melissa disse. – Nós teremos de fazer isso.