Ela estava morta, e eu nunca mais a veria.

Me sentia extremamente suja e culpada por tudo o que havia feito de ruim nessa vida para a minha mãe, que agora encontrava-se morta. Nossa relação nunca foi das melhores, principalmente depois que nos mudamos para Beacon Hills e descobri os negócios da família, mas nunca fora um motivo para odeia-la. Eu a amava, e jamais teria a chance de dizer isso novamente.

Lidar com a sua morte foi a coisa mais difícil que já fiz em toda a minha vida, meu pai e eu ficamos fora da cidade durante algum tempo para que conseguíssemos nos recuperar de certa forma, mas não funcionou, nunca funcionaria.

Eu havia mentido para boa parte dos meus amigos dizendo que cheguei de volta a Beacon Hills no primeiro dia de aula, não fora bem assim. Meu pai e eu havíamos chego um fim de semana antes, aquele lugar me trouxe lembranças que nenhum outro traria, as lembranças dela.

Na mesma noite eu corri para a floresta tentando me livrar das lembranças, queria e precisava ficar sozinha, meu pai não hesitou quanto à isso, ele também precisava de um tempo.

Com as lagrimas escorrendo freneticamente entre meu rosto, encostei-me em uma arvore qualquer, deslizando até o chão úmido da floresta. Não sei por quanto tempo fiquei ali, chorando e pensando em como tudo estava mudado. Ouvi alguns passos vindo em minha direção e rapidamente fiquei de pé, pronta para qualquer coisa.

Havia sido um erro sair de casa naquela noite, eu sabia disso, mas não sabia que a resposta viria só depois de encontra-lo.

Derek Hake parecia ainda mais alto e atraente do que o normal – se é que fosse possível. – Seu semblante exalava surpresa, mas também medo. Ele não sabia como agir me encontrando naquele estado, ninguém sabia.

— Allison, você está bem? – perguntou.

Não respondi.

Apenas me joguei em seus braços contornando a sua cintura com os meus. Não demorou muito para que o Alfa retribuísse, apesar de surpreso. Eu me sentia bem, e não podia negar o quanto estar com Derek era difícil, mas não ali, não naquela situação.

Ele me levou para o loft dizendo que precisávamos sair da rua, já que começaria a chover em breve. Eu não me importei, continuei segundo caminho junto a ele.

Pediu que eu contasse o motivo de estar daquela forma e eu fiz.

Estava me abrindo com o inimigo, que não era mais um inimigo, meu pai e eu prometemos que não nos envolveríamos mais no mundo sobrenatural para evitar outros incidentes, contei isso ao Derek também.

E depois de algum tempo, eu menos sabia o porque, nossos lábios estavam colados entrando em uma batalha de poder.

Era um pouco demais admitir que estava querendo isso a bastante tempo.

Em segundos a minha roupa já estava aos trapos no chão, em quanto me encarregava de livrar-me da dele, já deitados em sua cama.

Nenhum de nós imaginaríamos que aquela noite seria a responsável por uma enorme mudança em nossas vidas.