O amor é cego escrita por British


Capítulo 38
Queria que estivesse aqui




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Era uma manhã chuvosa e Sasuke se encontrava de baixo de suas cobertas. Finalmente, ele conseguira dormir. Há duas noites rolava pela cama acordado e inquieto se perguntando como Sakura estaria. Ela não dava noticias, era agonizante não saber de nada. Mais cedo Naruto passara em sua casa e apenas disse que ela estava “bem”. Porém o que significaria esse “bem”? Ela estaria feliz? Ela já se decidira? Ela continuaria se encontrando com Sasori? Essas dúvidas estavam deixando-o maluco. Como tinha se esquecido de fechar as cortinas assim que raiou o sol e bateu em seu rosto Sasuke despertou. Espreguiçou-se e de repente reparou que tinha pegado no sono abraçado ao travesseiro, isso significava que ele sentia falta de alguém e esse alguém tinha cabelos róseos e olhos de esmeralda. Lembrou-se do colar que havia ganhado e o apertou na palma da mão. Sentiu esperança. Sem coragem alguma se levantou da cama e cambaleou até a cozinha onde comeu algo. Depois tomou um banho gelado, precisava despertar, não dava para fingir que o mundo tinha parado apenas porque ele estava deprimido. Deu alguns telefonemas, para resolver algumas coisas sobre seu filme e quando finalmente colocou-o no gancho ele tocou. Achando que era alguém da produção atendeu de má vontade.

— Alô? Se não for importante, por favor, retorne mais tarde – ele ia desligar, mas a voz do outro lado da linha o impediu
— Tudo bem. Quando você tiver um tempo a gente se fala – A voz pertencia a Sakura
— Sakura? – Chamou por ela, mas não havia mais tempo para voltar atrás, ele apenas ouviu “TUM TUM TUM”. Ela desligara o telefone em sua cara. Se sentiu um imbecil, pois ele havia esperado tanto por aquela ligação e agora, que ela finalmente estava disposta a conversar, ele tinha justamente achar que era outra pessoa e não ser exatamente educado. Odiou-se. Pegou o telefone e ligou, mas deu ocupado. “Droga” murmurou baixo para si próprio se odiando ainda mais e deu um murro na mesa de centro. Pegou o casaco e saiu de casa apenas com a chave do carro nas mãos. Dirigiu como um louco, tinha pressa. Seja lá o que Sakura quisesse falar com ele era importante e ele não podia mais esperar.

[...]

— Estranhei ao ouvir sua voz – Sasori estava feliz com a ligação de Sakura
— Por quê?- perguntou
— Desde aquele dia nunca mais nos falamos. – Sasori enquanto conversava com ela rodava na cadeira de seu escritório
— Eu achei melhor dar um tempo de tudo. Desculpe – foi sincera
— eu entendo. E você já se decidiu?
— Já.
— E qual foi a decisão?
— Eu prefiro falar pessoalmente.
— Eu estou indo para aí agora. – falou e em seguida desligou o telefone.
Sasori assim como Sasuke se apressou. Saber qual a decisão dela mudaria toda a sua vida. Ele apenas pegou seu carro e voou em direção ao apartamento da rosada. Finalmente hoje a tortura vai acabar.

[...]

Dois carros. Dois homens. Dois corações ansiosos por uma resposta.
O ruivo encarou o moreno se perguntando se Sakura também o tinha chamado para dizer a resposta aos dois ao mesmo tempo. Sasuke encarou os olhos castanhos de Sasori que o analisavam, se fez de forte e tomou coragem para perguntar o que ele fazia ali.

— Por que está aqui? – falou firme
— Acredito que pelo mesmo motivo que você. – Sasori disse enigmático
— Sakura te ligou também? – perguntou curioso
— Sim. Ela deve querer Dara resposta a nós dois ao mesmo tempo – disse dando um meio sorriso – Quem será o vitorioso?
— Ela já se decidiu? – Sasuke perguntou nervoso
— você não sabia?
— Não. Ela me ligou, mas eu acabei atendendo ela mal achando que era outra pessoa e então ela desligou sem me dizer do que se tratava.
— Acho melhor você ir embora então e esperar ela te ligar de novo.
— Não. Eu não agüento mais esperar.
— Ela me chamou para vir aqui. Ela quer falar comigo primeiro.
— Eu não vou embora antes de falar com ela. – o moreno bateu o pé
— Então suba. Não faz diferença mesmo. Vou adorar vê-la te enxotando do apartamento.
— Ela não vai fazer isso.
— Se eu fosse você não confiaria muito – riu. Eles então pegaram o elevador.
— A última vez que eu vi a Sakura vocês tinham ficado juntos. Rolou alguma coisa entre vocês? – Sasuke perguntou sufocado com a possibilidade
— Por que não pergunta isso a ela?- sugeriu Sasori
— Já perguntei. E ela disse que não.
— Então pronto.
— É verdade? – insistiu
— Se você quer mesmo que ela cogite a idéia de voltar com você tem que aprender a confiar mais nela.
— Eu confio nela. Só não confio em você.
— tem razão. Não deve mesmo confiar em mim. – sorriu e Sasuke teve vontade de socá-lo.
— Idiota. – murmurou
— você a trai e eu que sou o idiota? – perguntou indignado. – Pra mim o idiota é você – disse e finalmente já no andar, de frente para a porta do apartamento, apertou a campainha.
— Sasori? – Sakura perguntou assim que abriu a porta
— O Sasuke também está aqui. – o ruivo informou incomodado coma presença do rival
— O que faz aqui Sasuke? – perguntou surpresa
— Eu vim saber qual a sua resposta. Afinal era isso que você queria falar comigo mais cedo, não era?
— Era, mas agora você vai ter que esperar mais um pouco.
— por quê?
— Agora eu tenho que conversar com Sasori...
— Fale para nós dois ao mesmo tempo – Sasuke sugeriu
— Não. Cada um vai ouvir num momento. O Sasori é agora, quando ele sair daqui eu te ligo e; marcamos uma hora ok?
— Eu vou ter que marcar hora?
— Sim.
— Vá, Sasuke, está atrapalhando minha conversa com a Sakura. – Sasori disse empurrando o moreno e adentrando no apartamento
— Vá Sasuke. Depois nos falamos – foi o que disse antes de fechar a porta novamente na cara dele.
— Sente-se Sasori... – pediu e ele se sentou em seguida dela
— Qual foi a sua decisão? – perguntou de pronto. Não queria enrolar mais para ouvir o veredicto final.
— Você sabe que é especial...
— Sei.
— Então...

[...]

Sasuke saiu de lá cabisbaixo, apesar de não ter sido grosseira com ele, Sakura o tratou com indiferença. Agora ela estava com Sasori e diria sua resposta a ele. Enquanto isso Sasuke se corroia por dentro imaginando mil e uma coisas que poderiam acontecer. Imaginando a reação de Sasori ao saber que ele era o escolhido, mas preferia à cena de Sasori chorando e de Sakura dizendo que preferia a ele a ao ruivo. Era mais confortável pensar desse jeito, que ele ainda tinha uma chance. Mesmo que fosse uma em um milhão.
Anoiteceu. O frio só era suportável, pois estava no aconchego de seu lar, embrulhado no meio de suas cobertas. Já era tarde e ele não tinha sono algum. Estava sentindo falta de Sakura, desejando que nada daquilo tivesse acontecido e que sua vida ainda fosse o mar de rosas de tempos atrás. Pegou o celular que estava na mesa de cabeceira e digitou uma simples mensagem: “Queria que você estivesse aqui” e enviou para sua amada. Sabia que ela não poderia ler, mas talvez ela pedisse para Hinata ler e aí saberia que pensava nela a todo instante. O telefone tocou.

— Sasuke? – perguntou ao ouvir o alô
— Sim, sou eu Sakura. – respondeu de pronto – Diga-me, por favor, qual a sua decisão?
— Eu não quero falar por telefone. Sasori saiu ainda a pouco daqui e eu queria me encontrar amanhã com você num lugar...
— Que lugar?
— No cemitério, em frente ao tumulo do Kiba.
— No cemitério? - perguntou incrédulo
— Eu tenho minhas razões. Você vai entender tudo amanhã. Não se atrase.
— Claro que não vou me atrasar.
— Boa noite. – se despediu
— Boa noite, e Sakura?
— Hã?
— Eu te amo e queria que você estivesse aqui comigo.
— Até amanhã Sasuke. – e então desligou.


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