Infinity escrita por Isah Larano


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

hii my dears! Volteeii com uma nova fic! Sei que alguns leitores querem me matar por eu não ter atualizado AND IF I LOVE YOU? Sinto muito gente, eu realmente estou sem tempo e só estou postando porque a Narri pediu muito! Enfim, espero que gostem e... Austin AINDA não apareceu na fic, é meio que um suspense, então se não suporta ficar na curiosidade recomendo não ler.
Boa leitura❤️



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Pov's Ally

Matemática 2 

Sra. Vanguardan explicava a matemática tão tediosamente, com suas órbitas caídas, demonstrando o quanto ela queria estar em casa dançando pole dance, ao invés de dar aulas pra um bando de vagabundos que não se dá nem o trabalho de olhar na cara dela. Perguntava-me o motivo de uma segunda matemática, eu não ligava nem pra primeira e com certeza não fazia questão de uma segunda.

Meu lápis batiam contra a madeira desgastada da carteira repetidas vezes, irritando alguns e dando sono em outros.

Eu olhava freneticamente para a tatuagem do garoto à minha frente. O símbolo do infinito muitas vezes girava sobre meus pensamentos, e não tardou muito para as lembranças voltarem.

Flashback On

— Papai, papai! O que é isso? Parece-se com o número oito. - A curiosa garotinha com um sorvete em mãos, indagava sobre o símbolo esculpido em sua pulseira que o mesmo lhe deu.

— Isso somos nós, Lice.

— Nós? Mas papai, parece tão pequeno. Quer dizer que parecemos com o número oito? Todas as pessoas se parecem com um número?

— Oh não, minha garotinha. Isso é o infinito, isso é eu e você. Quer dizer que nós sempre iremos estar unidos e entrelaçados, não importa o que a vida faça. - Ela abriu a boca em um fofo "O" entrelaçando seus dedos com os de seu pai, não antes de colocar um pouco de seu sorvete na boca.

— Mas eu escutei Penny dizer que nada é para sempre. - Murmurou confusa, Lester apenas riu apreciando a fofura de sua filha, antes de dizer:

— Então, se é assim, seremos o nada.

•••••

— O QUE "ACABOU" SIGNIFICA PRA VOCÊ? EU JÁ LHE DISSE PRA IR EMBORA, E LEVAR AQUELE VERME JUNTO! - Ally se encolhia a cada palavra gritante que escutava. Estava pálida e tremia de medo. Não medo por aquela que lhe pariu, medo por seu pai. Sabia o que ela era capaz de fazer.

— Verme? Como você tem a capacidade de dizer que sua filha é um verme? Verme é você sua desnaturada! Eu me arrependo amargamente de ter me casado com você, o único motivo da minha estadia aqui é Alice! Como dizem: o amor é cego, muito cego.

A morena não pensou duas vezes e correu até seu pai lhe agarrando os braços. Seus pobres e finos bracinhos usavam todas as forças possíveis. Lágrimas desciam sem dó do rosto da pequenina, era com certeza o primeiro coque que a mesma passava. Sua cabeça estava tão conturbada, nunca havia sentido aquele desconhecido sentimento.

— Pai... Não faz isso, pai. Ela vai te machucar. Nós somos o número oito, papai. Se ela te machucar me machucará também.

— Ei, ei. Lembra dia eu te disse? Não importa o que a vida fizer, nós sempre estaremos conectados, Lice...

— Ora, ora. Que momento mais... Eca! - A ruiva fazia careta, com desgosto em seu olhar para as duas pessoas a sua frente. O ódio já havia tomado posse de seu corpo inteiro. Sua mente não se responsabilizava por qualquer ato doentio que a mesma cometesse.

E foi como um coque, como quando você leva um susto e caí, como quando o vento lhe bate e o arrepio percorre-lhe. Mas dessa vez, não era de frio, era de medo. Ela apenas não sentia mais seus pequenos bracinhos envolvidos com o de seu pai, isso a deixava tão alarmada, não deu tempo para poder virar-lhe o rosto até Penny, já estava apoiada sobre imensa janela quebrada do décimo terceiro andar, observando o corpo de seu pai tão... Pequeno, como o número oito. Escutava os passos nervosos de salto na casa, tão desesperador. Sentia suas mãozinhas úmidas, um líquido vermelho manchava seu vestido, o mesmo líquido que ela conseguia enxergar. em volto de seu pai. A ardência de suas mãos ao contato com o vidro aumentou, mas a mesma deu de ombros, não fazia ideia do que exatamente havia acontecido com seu pai, mas sabia que era grave o suficiente para sentir o aperto de solidão em seu coração. Algo que ela sabia ser insubstituível.

Flashback Off

— Alice? Ally? Srta. Dawson! - Dei um pulo em minha carteira causando um eco sobre os corredores da Marino.

Meu coração estava descompassado e batia igualmente ao meu lápis anteriormente. Abaixei meu olhar até minhas folhas em branco e pude perceber os pingos que haviam se dissolvido.

Limpei rapidamente meus olhos e sorri forçadamente para Sra. Vanguardan, não antes de olhar ao redor e perceber que eu estava sozinha com ela.

— Tenha um bom dia. - E saí.

Corri até meu armário, colocando a senha logo o abrindo e observando nossa última fotografia. Sorri. A cara de Penny estava toda rabiscada com caneta vermelha, e continha dois chifres. Eu havia feito no meu aniversário de 14 anos, quando ela me trancou por esbofetear sua cara.

Penny Dawson sempre fora o pontinho preto na minha vida, aquele que por mais insignificante que seja, ainda continua no seu pé a vida toda. Ah... Se eu não estivesse visto o que vi à 10 anos atrás. Provavelmente estaria em alguma casa de adoção. Eu ainda tinha mágoa, e a minha raiva por ela era indescritível, mas depois de seis tentativas falhas em fazer a polícia acreditar em mim, simplesmente desisti. Claro, na cabeça deles eu era somente uma adolescente problemática que perdeu o pai em um acidente domiciliar.

Retornei à minha caminhada fechando o armário e guardando a foto em minha mochila. O terceiro ano do ensino médio estava quase acabando, e 98% dos alunos reclamavam por quererem o ensino médio novamente. Com certeza era o que eu menos queira, sabia que dá primeira vez fora horrível, uma segunda não seria diferente.

O gostinho de liberdade atravessava o meu corpo, não via a hora de sair, sair daquela casa, sair da vida dela, fazê-la sair da minha também. Eu pouco me importava se era a minha mãe ou não, ela nunca se deu ao luxo de me tratar como filha também.

Eu finalmente tomaria um rumo. Iria fazer algo que eu gostasse e não que ela mandasse. Ainda não sabia ao certo o que queria fazer, meu objetivo no momento era sair de lá e ir para o mais longe possível, Estados Unidos talvez. Podia ser uma possibilidade, estava cansada de Londres.

Meu celular apitou me tirando dos devaneios.

"Acha que é quem, pra ficar voltando tarde pra casa? Só podia ser uma vadia mesmo. Se não voltar em uma hora, diga adeus pra porra dos seus desenhos"

Suspirei apagando a mensagem, a xingando de todas as formas possíveis. Ora essa, a cobra deu para ter preocupação com que hora eu chego ou saio. Muitas vezes ela nem se importa se eu durmo em casa ou não. Alguma coisa estava errada, tinha certeza que ela queria algo de mim. Mas o que? Não tinha nem dinheiro pra comprar bala na padaria, imagina pra dar à ela. Bufei frustada.

Coloquei meus fones de ouvido ao máximo e voltei a andar com a melhor cara mal-humorada que consegui. Quando estava à uma quadra de minha casa, parei e observei o portão preto e assustador que todos um dia iriam passar pelo mesmo, mas não mais vivos.

Olhei a minha frente a rosa na casa da Sra. Moore. Ela nem iria notar se eu pegasse uma, e quando vi, já estava na frente do túmulo cinza à mármore com suas escritas:

"Lester Peter Dawson, querido e amado marido e pai. Complexo de felicidade, descanse em paz."

Fico imaginando o quão frustrante deve ser, você vive 39 anos, e nesses 39 anos é honesto e gentil, até mesmo com quem não merece, nesses 39 anos, você luta, sonha, batalha e tudo que você ganha é uma frase com menos de 15 palavras.

Amado marido? Se o amor de Penny se definir em morte, é pode ser.

Uma leve brisa acompanhou meus cachos ao vento e ao som de Smoke And Fire, eu voltei pra casa. Assim que abri a porta me deparei com Penny e um homem todo engomadinho com seu terno cheirando à super caro.

— Até que enfim, querida.

— Querida? Oi? Ah mais eu vou enfiar esse querida...

— Srta. Dawson é um prazer conhecê-la!

— Penny... O que é que você...?

— Arruma suas malas. Você vai pra Nova York.

Merda.


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Notas finais do capítulo

Gostaram my loves? Se sim, pelo amor de Jesus comentem! Isso me inspira a continuar mais rápido, e aos que lêem AND IF I LOVE YOU? Estou com metade do capítulo pronto e realmente não sei quando irei voltar a postar, creio que o mais breve possível.
xoxo
— Isah Larano



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