The Teacher escrita por Szin


Capítulo 32
Trust me.


Notas iniciais do capítulo

Oie gente
OBRIGADO POR TODOS OS COMMENTS
SERIO ♥
Se segue mais um cap de The teacher.... ate ah proxima



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— Vocês podiam jantar cá – Percy propôs vendo a avó pegar no casaco – E iriam amanhã de manhã.

— Gostaríamos muito Percy – Kate sorriu se abraçando a Terry – Mas sua irmã precisa voltar e nós temos vôo amanhã bem cedo. Ficamos hospedados em Boston e logo pela manhã voltamos a Nova York

— Entendo – o moreno sorriu triste, dando um abraço apertado na mulher baixa – Eu adorei ter vocês aqui. Foi bom.

— Nós sabemos Percy – Terry disse dando umas palmadinhas no ombro do mais alto – Nos visite em Nova York, estamos com saudades suas garoto.

— Eu irei avô.

— Bem maninho – Nikki sorriu se chegando perto de Percy – Foi muito bom rever você.

Ele sorriu, a puxou para um abraço apertado na qual a mais nova sorriu triste não controlando as lágrimas que insistiam em brotar dos seus olhos – Tive saudades suas.

— Eu também – ele sorriu apertando mais forte – Se cuide, me ligue quando chegar a Northampton entendeu?

— Claro – ela disse fungando limpando os cantos do olho com cuidado – Olhe o que você me fez? Borrei minha maquiagem toda.

Ele gargalhou, dando um beijo de despedida em sua testa. – Eu também senti sua falta.

Kate gargalhou, descansado a cabeça no ombro do marido.

Ela sempre soube o quanto aquela garota gostava do irmão, o quanto sentia falta dele…  e mesmo que a decisão de se mudar tinha sido o mais benéfico para todos, ela sempre sentiu saudades do irmão mais velho.

— Eu amo você okay? – ele riu, ainda com os braços em torno dela – Você é minha família.

— Não me faça chorar – ela resmungou, dando uma um soco no seu ombro com o rosto enfiado em seu pescoço.

— E depois diz que eu sou gay – ele gargalhou. A garota deu uma risada e se afastou. Limpou novamente os olhos com cuidado, tentando não borrar ainda mais o delineador. Kate virou o rosto encarando Annabeth que assistia ao lado do mais velho.

— Adorei conhecer você querida – ela sorriu gentilmente – Tome conta dele sim?

— Eu tomo.

— Nós confiamos  em você – Terry sorriu dando um sorriso verdadeiro para a loira.

Annabeth o olhou.

Cabelos grisalhos escuros substituíam os cabelos negros.

Havia rugas no canto dos seus olhos dando a entender que o mesmo passara dias da sua vida sorrindo, e um riso contagiante enfeitava a boca do homem.

Talvez Percy fosse mais parecido com o avô do que imaginara.

— Annabeth – Nikki disse se afastando de Percy – foi um prazer conhecer você.

— O mesmo, boa sorte na volta para casa.

— Obrigada – ela sorriu – Cuide dele, e se lembre da promessa.

Nunca o magoe.

— Pode deixar.

A morena puxou a loira para um abraço apertado, sentindo o corpo magro da mais velha embater contra o seu. Annabeth conhecia aquele perfume, tal e qual o dele.

— Eu vou confiar em você – ela sorriu se afastando – Já te considero minha amiga.

— Eu também, eu prometo que a gente se vê de novo.

— Fica combinado – ela respondeu meigamente – Vamos?

— Sim – Terry e Kate agarram em seus casacos abrindo a porta do apartamento.

— Eu vos acompanho-

— Não é necessário querido – Kate sorriu – o táxi está la em baixo e todos nós sabemos como você é com despedidas.

— Mas…

— Hey – Nikki sorriu – Adeus cabeção, a gente se vê depois.

— Estou sempre no Skype que você quiser me chamar.

— Skype – ela ponderou – isso é mesmo coisa de velho.

— Muito engraçadinha – ele disse mostrando a língua. – Mande um Olá para ele sim?

— Eu mando, prometo.

— Vamos Nikki? – a voz do mais velho perguntou – Está na hora.

— Vamos – respondeu pegando na mala dando mais um abraço no irmão. Sorriu discretamente e se foi, acompanhado pelos avós.

Percy observou a porta se fechar e suspirou.

As vezes achava que era demais para ele em estar longe. Sentia tanto a falta deles em sua vida como nunca. Porém, sabia que, onde quer que estivesse, sua irmã e seus avós estariam sempre lá para ele.

— Você está bem? – Annabeth se pôs ao seu lado, agarrando em seu ombro.

— Estou…  - garantiu o moreno – só que, odeio despedidas.

— Eu sei… - ela disse entrelaçando suas mãos na dele.

— Pelo menos você não vai embora – sorriu.

O seu braço alcançou a cintura da Chase, a rodeando. Ele deu um sorriso bonito, e a beijou, calma e lentamente. A sua mão acariciou a face da loira, sentindo o quanto a pele de seu rosto era delicada e macia.

Sempre era.

— Eles adoraram você – ele murmurou.

— Eu adorei eles – contrapôs.

— Eu sei, fico feliz por isso.

— Sua irmã é uma comédia – ela riu baixinho.

— Nikki é a boba da família, não importa o quanto você está mal, ela sempre te faz rir.

Ela sorriu… por um segundo, quase havia esquecido o que a garota lhe havia dito.

Ele amava aquela garota.

Um amor não se esquece assim…

O coração da loira apertou fortemente.

Culpa… culpa e angustia.

— Você está bem? – ele perguntou arqueando a sobrancelha.

— … Percy?

Ele a olhou fixamente.

— Tem uma coisa… que preciso contar para você.

— Que se passa? Algo de errado?

— Por favor não se chateie comigo – ela murmurou – Eu e sua irmã tivemos conversando.

— Conversando?.... Sobre oque?

— Ela me contou sobre… a Samantha.

— Oque? – ele estreitou os olhos a largando – Ela contou sobre isso a você?

— Perc-

— A Nikki enlouqueceu?  - ele questionou bravo. – Eu sabia que ela ia-

— Percy me escute.

— Não! Ela não devia contar isso – ele disse num tom bravo – Não devia!

Annabeth arregalou os olhos.

Nunca o vira daquele jeito.

— Percy – ela murmurou ao seu lado. Queria lhe dar a mão, abraçar ele… mas, ela precisava contar a verdade – Percy não foi culpa dela.

— Não fui culpa dela?

— Eu… eu menti.

— Oque?

— Eu menti… eu disse que você havia me contado, não se chateie com ela por favor.

—… que mais ela te contou? – a voz saiu arrastada e grossa. Um arrepio percorreu a coluna de Annabeth. A voz… não parecia ser dele.

— Ela… Ela me contou sobre os seus pais.

— Você não tinha o direito! – ele gritou.

— Percy me desculpe, mas eu precisava d-

— Você precisava? Annabeth isso é minha vida entendeu? Eu confiei em você, te falei que te contaria quando estivesse preparado. Você não devia ter feito isso!

— Me perdoe…

— Você remexeu no meu passado! sabendo que eu havia te pedido para confiar em mim – ele acusou.

— Eu sei.

— Sabe? Não parece – ele se afastou a olhando – Annabeth eu confiei em você! Te pedi para não mencionar mais isso e você…

— Perc-

— Sai -pediu baixinho se virando apoiando as mãos na mesa baixando o rosto – Sai daqui por favor.

— Percy por fa-

— Sai! – gritou – não peço vez mais nenhuma. Sai!

A loira assentiu, agarrou na mala que havia deixado no sofá. Se dirigiu até a porta, olhando uma ultima vez para o Jackson.

— Me desculpe… eu só…esqueça.

O moreno não respondeu, continuando na mesma posição.

A loira assentiu triste, rodou a maçaneta da porta… e saiu deixando.

***

O resto do dia foi passando.

Annabeth tentara ligar para Percy horas depois, mas ele rejeitou todas as suas ligações e mensagens. Não queria ter feito aquilo

Ela não queria ter mentindo e bisbilhotando a vida dele.

Mas, uma coisa que ninguém mais entendia, era que ela precisava de respostas.

Ela sentia como se Percy fosse um livro fechado. Um livro que, por mais que ela tentasse abrir para ler, ele só dava uma pequena amostra de uma centena de páginas.

— Você está bem querida? – Athena entrou no quarto.

Ela estava bonita.

Aos olhos de Annabeth, Athena sempre fora  uma mulher completa. Mesmo com 35 anos, as curvas femininas eram notórias. Os cachos escuros caiam pelas suas costas alternando entre o encaracolado e o liso, fazendo jus á beleza dos seus olhos cinza que se assemelhavam aos seus.

— Tudo bem mãe – ela respondeu se sentando na cama, dando espaço para a Chase mais velha se sentar – Eu só discuti com uma pessoa.

— Que aconteceu? – ela perguntou calmamente.

— Eu… eu fiz uma coisa que não devia ter feito.

— Você quer me contar?

Quero… mas não posso.

— Bem… - ela divagou – Eu não confiei numa pessoa.

— Não confiou?

— Não, eu queria saber mais sobre essa pessoa, ela não me quis contar, então… eu menti.

— Entendo.

— Eu só queria saber mais sobre ela entende? Eu só queria saber a razão de tanto mistério.

— Annabeth – A morena começou pegando num dos livros que a filha deixara cair no chão nas suas longas noites de leitura – Ás vezes o passado é algo que nós mesmos queremos esquecer.

— Eu sei.

— Talvez se ela não quisesse contar, era porque não queria rever esse mesmo passado.

— Mas, eu só queria que confiasse em mim.

— As pessoas subestimam a confiança querida – ela disse – Acham que confiança é saber todos os segredos da pessoa, saber seus medos, seus feitos, seu passado… mas não acho que seja assim.

— Não?

— A confiança que temos em nós mesmos, se reflete em grande parte, na confiança que temos nos outros – Athena disse a olhando profundamente – O facto dessa pessoa não querer reviver os piores momentos com você não significa que não confie em você. Significa que ele próprio tem medo das decisões que tomou. Confiar não significa saber tudo, significa sim, você aceitar a pessoa, mesmo sabendo o “tudo” que ela guarda.

— Ahn?

— Você acha que ele não confiou em você porque não contou seu passado para você… mas, me diga Annabeth, como quer que confie em você sendo que você mesma não confiou nele?

— Quem falou num “ele”?

— Você não me engana querida – ela sorriu.

Annabeth riu baixinho.

— Confiar não é só partilhar segredos Annabeth… confiar é você saber os segredos que ela guarda e mesmo assim continuar ao seu lado sabendo que esses segredos existem e que podem surgir a qualquer segundo… ele nunca mentiu para você, você sempre soube que ele tinha segredos certo?

— Mas eu queria que ele me contasse.

— Não há segredos que o tempo não revele… ele só precisava de tempo para saber que podia compartilhar algo tão grande com você. Isso não é falta de confiança… se chama medo.

— Medo?

— Medo de que a pessoa vá embora quando descobre quem realmente somos.

Annabeth permaneceu em silêncio.

Havia dias que sua mãe conseguia mesmo a fazer se odiar.

— Você é a melhor mãe do mundo sabia?

— Eu tento – ela sorriu – Agora querida, se levante e venha jantar, seu irmão insistiu em jantar pizza hoje.

— Malcom vai ficar obeso, tu sabe disso não sabe?

— Desde que ele ganhe dinheiro para se sustentar no futuro eu já fico feliz – sorriu a mãe se levantando – vamos?

— Vou já, me deixe só mandar uma mensagem.

— Tudo bem, eu te espero lá em baixo.

Annabeth assentiu pegando no celular.

Sei que não quer falar comigo, e provavelmente está ignorando minha mensagem agora
Mas por favor se encontre comigo no parque ás 22h tudo bem?
…. Me desculpe.

Ass: Annabeth

Ela sabia que ele não ia responder… muito menos se apareceria ou não.

Mas precisava tentar.

Precisava confiar nele.

***

Ela esperava no banco do parque sozinha. O céu escuro e nublado tapava a luz da lua que tentava refletir sobre o manto cinzento de nuvens. O som dos galhos das arvores chocalhavam ao vento sendo acompanhados pelo som das folhas quase inexistentes voarem sobre o chão.

Annabeth trazia um cascol de Inverno, e estava agasalhada em seu casaco. Os cabelos soltos cobriam seu rosto, enquanto a mesma fitava o chão.

22h20 ela chegou há segundos atrás.

Mas ela continuava esperando com a invíssima esperança que ele aparecesse.

Se concentrou no céu. Ela reparou no quão escuro estava a noite. Talvez se não fosse o poste do candeeiro que iluminava o passeio ela com certeza estaria assustada.

Ela precisava de falar com ele a sós, a essa hora ninguém estaria andando por esses lados. Porém, havia sempre a hipótese dele não aparecer.

O que visto pelas horas, talvez fosse o mais provável.

Ela voltou a suspirar. Estava frio e escuro, e sinceramente já estava cansada de estar naquele banco.

Mas ela queria pedir desculpas

Queria se desculpar por seu comportamento de menina mimada e pedir perdão.

Mas… era tarde, e nada de Percy.

Olhou para as horas.

22h30 marcava a tela do seu celular.

Se levantou, olhando fixamente para a lâmpada do poste que emitia uma luz amarela.

Ele não vem.

— Você é doida – uma voz se colocou ao seu lado. Era rouca, grossa e sem despida de qualquer emoção. Percy se pôs ao seu lado.

— Você veio – ela disse.

— Estava para não vir – ele disse – Mas não é seguro andar por aí a essa horas da noite Annabeth.

Ela sorriu interiormente.

Sempre preocupado.

— Me desculpe – ela disse se sentando no banco.

O moreno a observou por instantes, e por fim se sentou ao seu lado. Ele vestia um pick-coat negro. As suas mãos se encontravam nos bolsos do casaco e os cabelos negros estavam despenteados.

— Você não confiou em mim… - ele disse.

— Eu sei… me perdoe.

— Annabeth.

— Eu queria que confiasse em mim e me contasse – ela disse olhando para Percy – Que confiasse em mim e contasse o porquê de você estar assim.

— Anna-

— Mas percebi que… para confiar em alguém, é preciso que alguém confie em você… e eu não fui esse alguém.

— Pois não.

— Foi a minha curiosidade que fudeu isso tudo – ela disse – Eu só queria saber o seu passado, o que havia acontecido com você que… nem pensei no que estava fazendo… Eu quebrei a promessa que fiz à Nikki e nem um dia se passou.

— Que promessa? – os olhos verdes a encararam.

— Ela pediu para nunca magoar você… mas… acabei fazendo o contrario… me perdoe.

Ele suspirou – Eu também errei… acho que estava com tanto medo de contar para você sobre a Samantha, que esqueci que você também precisava de respostas.

“Medo de que a pessoa vá embora quando descobre quem realmente somos”

— E não devia ter sujeitado você a tanto – ele continuou – Você já está fazendo muito… está comigo mentindo para todo o mundo, diz que não mas eu sei que você fica em baixo sabendo que não podemos estar juntos cá fora… eu tento compensar tudo isso mas… eu sei que não é suficiente.

— É o suficiente para mim.

— Não é – ele disse – Não é não.

—…

—…

— Vai terminar comigo? – ela disse baixando o olhar.

— … Não, por muito que fosse o certo, nós já estamos muito envolvidos nisso…

— E sobre o que aconteceu?

— Todo o casal tem brigas – ele disse – Acho que essa foi a nossa estreia.

— Me perdoa?

— Eu perdoo… só quero que você confie em mim.

— Eu sei… eu confio, sério.

— Fico feliz por ouvir isso – ele sorriu. O seu braço abraçou os seus ombros, encostando a cabeça da garota no seu queixo. – Eu também confio em você.

— Obrigada…

— Vamos para minha casa? – ele disse ao fim de uns segundos – Conto tudo o que você quer saber.

— Certeza?

Ele sorriu, dando um beijo na testa da Chase. – Eu confio na minha garota.

***

— O que quer saber? – ele perguntou trazendo duas xícaras de chá, lhe entregando uma em mãos. A garota observou o liquido vermelho sobre o vapor quente.

Cheirava a bagas e morangos.

— O que você quer contar?

— Acho que você quer saber sobre ela certo?

Annabeth não respondeu, dando um pequeno gole no liquido quente.

— Ela era da minha sala – ele contou – Samantha era aquele tipo de garota que saltava à vista de qualquer um. Com 17 anos, organizava manifestações contra a poluição ambiental e fazia abaixo-assinados para botarem comida vegetariana no refeitório da escola.

Annabeth observou um pequeno sorriso.

— Eu e ela nos conhecemos no dia em que se transferiu. Nos tornámos amigas, e ela me apresentou à sua família, e galera com quem estava. Eu comecei logo a nutrir um sentimento por ela, antes era aquele tipo de queda, mas depois? Se tornou um penhasco… a gente terminou o 11º ano já completando 5 meses juntos, e no 12º já eramos inseparáveis.

— Você amava ela…

— Amava, mais que tudo… eu via com ela um futuro que nunca havia visto com ninguém. A meio do ano, nós já eramos mais unidos do que nunca, planeávamos o que iriamos fazer nas férias, se iriamos comprar um apartamento, a distância entre as faculdades… Eu estava completamente apaixonado por ela entende?

“A levei lá a casa 3 vezes, as primeiras duas sem meus pais por perto, ela conheceu a Nikki e o Tyson. Nikki a achou estranha na verdade. Não entendia porque ela falava das energias, do cosmos, e de toda aquela bobice dos chacras e signos… mas eu não me importava. Achava fofo isso”

“Na terceira vez, eu quis apresentar ela aos meus pais. Ela estava receosa, mas acabou concordando. Parecia ter dado tudo certo, minha mãe foi simpática, meu pai também. Parecia que realmente haviam aceitado”.

— Mas não aceitaram, pois não?

— Não – Percy respondeu – Era tudo teatro. Quando ela foi embora, minha mãe discutiu falando que aquela garota não era para mim. Que vestia que nem personagem de circo e que nunca chegaria no nível do filho de Poseidon Jackson, o famoso engenheiro naval.

"Eu acabei ignorando, eu não queria saber o que eles pensavam… ela me fazia feliz do jeito que era… mas 3 meses se passaram até à ultima semana escolar. Eu só queria receber meu diploma, sair de casa, e começar a faculdade com ela. Mas então eu soube…

Meu pai havia visitado ela naquele dia. Dizia que ele lhe dava dinheiro, caso ela me esquecesse e se fosse. E ela se foi. Sem nunca me procurar

Eu procurei por ela todos os dias, ligava para toda as Samantha’s Williams que encontrava nas páginas amarelas da agenda telefónica… ela havia sumido. Eu queria acreditar que de alguma forma, ela foi ingénua. Ela era pobre, nunca havia visto tanto dinheiro na vida e talvez seja por isso que tenha ido embora… ou então se convenceu que eu seria mais feliz sem ela"

— E depois? – Annabeth questionou inerte.

— Depois você já sabe… minha relação com meus pais se tornou tensa, demasiado tensa na verdade. E foi então que naquele dia eu cheguei a casa. As aulas haviam terminado mais cedo e eu só queria começar a faculdade e esquecer tudo. Samantha, meus pais, minha vida… queria recomeçar. Então foi quando vi minha mãe deitada com outro homem. Sr. Dammus, amigo, e braço direito do meu pai.

— Você contou para ele…

— Contei, fui na empresa dele, o procurei e contei tudo o que havia visto… e sabe o que ele me disse? “Não abra a boca Percy, não conte sobre isso a ninguém, eu não quero o nome da nossa família manchado”. E foi então que eu vi o quanto minha família era podre.

Fiz as malas, liguei para minha avó, discuti com meus pais depois de me despedir dos meus irmãos e fui embora para Nova York. Fiz amigos, uma nova vida, ensinei lá durante 5 anos, e depois vim parar aqui. O resto você sabe…

Annabeth continuou num silêncio deixando Percy preocupado.

— Você quer perguntar algo?

— Você a viu? Alguma vez, depois de ir para Nova York.

— Vi – ele sorriu sem humor – Eu fui passar férias em Miami com Grover e a vi numa das praias. Estava tirando fotos e abraçada a outro cara. Se beijaram, riam… foi aí que me toquei que não podia estar preso ao passado… nunca mais… E 3 meses depois encontrei você.

— Você ainda gostava dela quando me conheceu?

Percy se manteve em silêncio, a mirando com um olhar culpado.

— Nem precisa responder – ela disse suspirando.

— Annabeth – ele falou levantando o seu rosto – Em momento algum em que estivemos juntos, eu estive pensando noutra pessoa se não em você… eu amo você entende?

— Sério?

— Sério garota. – Ele abandonou a sua xicara sobre a mesa de centro – Eu me apaixonei por você assim que conversamos naquele dia em que você apareceu chorando… a gente tinha uma química tão forte, uma conexão que nem mesmo eu sabia a razão. Eu amo você garota e você precisa entender isso.

— E a Samantha?

— Ela é passado, fui feliz com ela durante muito tempo… mas agora eu quero viver o presente com você. Esses 4 meses em que você estive comigo foram os melhores da minha vida Annabeth, e quero continuar com você ao meu lado. Eu amo você, amo seus olhos, amo quando estamos juntos, amo seu corpo, e mais importante amo cada qualidade e defeito seu… eu estou apaixonado por você Annabeth, entende isso?

A garota sorriu. Ela largou a sua xicara sobre a mesa, sentindo as mãos do professor passeando pelo seu corpo subindo até ao seu rosto. Os seus lábios tocaram nos dela, sentindo o seu  gosto a cereja e mel, provavelmente do batom que ela usava. A chase agarrou no colarinho da sua camisa branca a puxando mais para ela, sentindo a necessidade de nunca querer afastar Percy.

Nem ele queria isso…


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Notas finais do capítulo

SO EU AMEI ATHENA NESSE CAPITULO



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