The Feeler escrita por Gabrielus
O Vento de Setembro
À data que me recordo foi no equinócio...
Com as brisas que levavam o frio e traziam flores.
A leve carga de angústia, perda e dores,
Era substituída pelo lindo fardo de teus amores.
O fim do sádico conto, imundo...
Inerte às maravilhas do inseguro.
Tu vieste em um desses ventos ao oeste como chuva;
Inundando minha alma em água profunda.
Em suma, foste salvação...
Carregando, ainda assim, espinhos em seu coração.
Tentei ao longo de Setembro reparar-lhe os pesos que vieram contigo;
Eu cantava, recitava, escrevia; mas nada parecia dar sentido...
Ao que chamavas de infundada vida, perda, injusto.
E com os dias, eu sinto, mas não minto ao dizer que existo!
Iris, aos olhos da perfeição és íris.
Enxergaste o que realmente deveria ser visto?
Na lenda, no poema, ver é fácil o difícil é enxergar,
Que como as estações passam, o tempo passa, a chuva vem.
O mundo gira, em recíproca agonia, percebes meu bem?
Tua dor não é única, ela é sentida, abrangida, inimiga.
Porém não te esqueças, és a flor mais especial do jardim...
Cuidarei para que sempre seja alecrim!
Pois foi teu amor, que disse a mim,
Que és, do meu campo, a flor geratriz...
~Gabriel.
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