The Feeler escrita por Gabrielus
Lua
Digna dama das noites repletas dos eróticos sonhos...
Iluminada, direta, cega aos olhos de quem acanha.
Às vertigens e os devaneios, o romantismo incumbido em mim ainda ama,
E braveja pela sua presença única à vida em minha cama.
Como o sereno pecado da carne fraca,
És clamor de virgens da arca sacra.
Teus encantos irresistíveis; ora escondidos pela sua escuridão...
Ora reveladas pelo teu luar.
Que propósito mais belo teu o de brilhar?
Uma corte ainda se encanta em lê-la nos contos e romances...
A bela viúva mortal dos adúlteros, preferida entre as amantes.
Doce seu luar retirante.
Acanhe, se aproxime, ame!
O som do tempo passa como um canto de sereia...
E às madrugadas lancinantes estás descrita em grandes seitas.
Debochada dama cruel das noites repletas de amores despachados...
Ama-te ao próprio brilho, ó narciso.
Conta com o inseguro das almas que te seguem bêbadas ao vinho...
Cavaleiros ainda tentam em vão descobrir teus mistérios,
Enquanto em branco cessam as lendas contadas pelos velhos.
Como te amam, ó destemida lua.
Quase como um deus, Afrodite, és vista nua.
Inepto às incertezas, a alma crua, seca, sua...
Por mais bela que a imagem nos rios se espelha,
Os dias chegam para os medrosos que às noites correm nas sextas.
Ó gloriosa dama, eu ainda serei livre para seguir-te durante madrugadas...
Pelo sonho de tê-la em minha plebeia cama, deitada.
~Gabriel.
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