Retrato de Família escrita por QueenSWaldorfBass


Capítulo 4
Às Escuras, Mas Nem Tanto


Notas iniciais do capítulo

Antes de qualquer coisa, eu quero me desculpar IMENSAMENTE com qualquer um que tenha começado a ler essa história pela demora. E se tiver alguém, alguma santa alma, que não desistiu e vai ler o próximo, MUITO OBRIGADA MEEEEEEEEEEEEEESMO, você é lindo e eu te amo.
Desculpem mesmo. É que meu tempo tava corrido e depois quando eu tive tempo, foi pior, porque daí eu não tive inspiração. Na verdade, esse capítulo tá bem ruinzinho, porque foi escrito sem qualquer inspiração, apenas pra ter alguma coisa pra entregar pra vocês. E deve ter um monte de erros, porque eu postei nas pressas assim que terminei de escrever, então nem deu tempo de revisar.
Eu prometo que vou tentar ser mais rápida agora.
E, sério, gente, um milhão de desculpas mesmo.
E não reparem nos erros, por favor, lembrem que foi a falta de revisão. A pressa é inimiga da perfeição e eu tive pressa por vocês, rsrs.
Sorry.



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Cobra e Jade conseguiram esconder seu relacionamento por um mês. A única pessoa que sabia efetivamente que os dois estavam ficando era Vicki, embora Karina desconfiasse.

Cobra já tinha se acostumado à vida com a família Duarte. Às refeições em família, uma grande família, aos choros noturnos de Miguel, aos dramas de João, Karina e especialmente Bianca e suas crises de ciúmes, a competição com Duca e até as investidas das belas garotas das quais ele tinha que resistir. Ele também aprendeu a conciliar sem problemas seu treinamento na academia do pai com o emprego no QG.

Ainda que ele não gostasse muito das investidas de Pedro em Karina, podia conviver com isso, apenas dando alguns sustos no guitarrista. Era melhor do que ver Karina suspirando por Duca às costas de Bianca.

Seu grande desafio mesmo era esconder o relacionamento com Jade e não deixar Bianca desconfiar.

Mas quanto mais tempo passava, mais difícil era esconder. Cobra sabia que o mais inteligente seria terminar tudo com Jade, mas ele nem conseguia considerar isso. A cada dia, ele se apegava mais e mais a ela e sabia que ela a ele. O lutador estava se apaixonando de verdade pela bailarina, ainda que não admitisse.

— Então, quando você vai me contar quem é a garota misteriosa? – Perguntou João enquanto os dois se arrumavam para sair.

— Se eu te contasse, teria que te matar. – Brincou Cobra.

— Qual é, Cobra? Uma hora você vai ter que me contar. – Reclamou João.

— Já falei, Johnny, é uma garota que eu conheci numa festa. – Cobra deu de ombros. – E a Bianca não pode nem sonhar que eu tô saindo com alguém.

— Já falei que não vou contar pra ela. – Jurou João.

— Tá. – Cobra riu.

— Pow, Cobreloa, nós não somos amigos?

— Claro que somos, João, você é meu melhor amigo.

— Então?

— João, não é nada sério, se ficar sério, eu te conto. – Ele deu de ombros novamente.

— Tá durando pra um relacionamento nada sério. – Comentou João.

Cobra não respondeu e saiu do quarto pensando no quanto João tinha razão.

—X-

Cobra e Jade estavam se beijando nos fundos do QG quando ouviram a voz de Bianca:

— Cobra.

Cobra e Jade se separaram correndo e ofegantes.

Ele fez sinal para que ela ficasse em silêncio e foi até a irmã.

— E ai, Bi. – Ele forçou um sorriso.

— O que você tava fazendo lá atrás? – Ela riu.

— Arrumando o estoque. – Ele respondeu.

Bianca sorriu.

— Eu queria vir ver como está no seu serviço. – Ela sorriu.

— Ah tá tudo legal. – Cobra deu de ombros nervoso.

Bianca se sentou e um silêncio constrangedor se instalou.

— Tudo bem? – Ela perguntou.

— Tudo. – Assentiu ele. – Você não tem aula?

— Tenho. – Disse ela. – Eu só queria dar uma passada e ver como está mesmo.

— É que eu tô meio ocupado. – Desconversou ele.

— Ah, claro. – Concordou Bianca se levantando. – A gente se vê mais tarde.

— Claro. – Ele sorriu.

Bianca saiu e ele respirou aliviado.

— Acha que ela desconfiou de alguma coisa? – Perguntou Jade deixando seu esconderijo.

— Acho que não.

— Temos que tomar mais cuidado com os lugares onde nos encontramos. – Sugeriu ela.

— É, temos.

—X-

João tinha ido dormir na casa de Pedro, então Cobra finalmente tinha o quarto só pra ele e estava aproveitando seu pequeno momento de privacidade quando esse momento acabou e Karina entrou no quarto.

Ela fechou a porta e encarou o irmão um tanto raivosa.

— Eu sei que está acontecendo alguma coisa entre você e a Jade. – Acusou ela.

— Eu não sei do que você está falando. – Desconversou Cobra.

— Sabe sim, Cobra. – Discutiu Karina. – Nem tenta me enganar, sou sua irmã e conheço você. Se a Bianca quer acreditar nessa história ridícula de que você não tá pegando ninguém, isso é problema dela, mas eu sei a verdade. Eu te conheço, Cobra. Você é o maior pegador, não consegue ficar muito tempo sem pegar ninguém, ficou frissurado na Jade, deixou a Bianca te brecar com a Ruiva e agora quer que eu acredite que está bancando o celibatário?

— É, é verdade. – Ele riu.

— E a Jade? – Continuou ela. – Você realmente quer que eu acredite que depois que ela foi chifrada pelo Henrique, ela ia sair por aí saltitando de alegria e fugindo de brigas com a Bianca?

— Vai ver ela conheceu outra pessoa. – Cobra deu de ombros.

— Se essa pessoa não fosse você, Cobra, a Jade já estaria esfregando esse novo namorado na cara da Bianca. – Deduziu ela.

— Ka, não tá acontecendo nada entre a Jade e eu. – Mentiu Cobra.

Nesse momento, seu celular vibrou em cima da mesa e os dois olharam para ele. Depois de um momento de hesitação se encarando, os dois saltaram ao mesmo tempo para pegar o celular.

Cobra se jogou em cima de Karina, mas a garota era pequena, ágil e escorregadia e conseguiu se arrastar por baixo do irmão e derrubar o celular do criado mudo. Cobra passou por cima dela e os dois começaram a guerrear a custódia do celular, mas Karina conseguiu usar as pernas para empurrar o irmão e se levantou correndo com o celular em mãos.

— Arrá. – Gritou ela. – Mensagem da Jade.

— Karina, me devolve esse celular. – Ele se levantou.

Karina abriu a mensagem e começou a lê-la em voz alta:

— “Vagabundo, acho que vou atrasar hoje à noite. Sua irmã e eu ficamos de castigo por causa de uma discussão”, carinha virando os olhos, “Mas estou ansiosa pelo nosso encontro de hoje, tenho algo especial planejado, prometo que você vai A-DO-RAR” e em capslock hein, a noite tá prometendo.

Ela jogou o celular para o irmão e ele o pegou.

— Tá satisfeita? – Urrou ele.

— Eu sabia, você mentiu pra mim. – Brigou ela.

— E O QUE VOCÊ QUERIA QUE EU DISSESSE?

— EU QUERIA QUE VOCÊ TIVESSE ME DITO A VERDADE. – Respondeu ela.

— O que que eu ia dizer? – Questionou ele. – Não contei pra ninguém, Karina, ninguém pode saber.

— Eu sou sua irmã. – Lembrou Karina.

— E a Bianca também. – Disse Cobra. – E entre todas as pessoas do mundo, ela é a que menos precisa saber. Eu ia te dizer o que? Tô pegando a arqui-inimiga da nossa irmã?

— Não interessa o que você ia me dizer, Cobra, mas você tinha que ter me contado. – Reclamou Karina. – Você achou mesmo que EU, logo eu, ia contar pra Bianca? Nós dois somos uma equipe, Cobra.

Cobra suspirou.

— Eu não posso contar pra Bianca que sou afinzaça do ex namorado dela, mas você sabe que eu sou.

— Eu sei. – Cedeu Cobra.

— Confia em mim, poxa. – Pediu ela.

— Eu confio, juro. – Garantiu Cobra. – Eu só não quero que essa história se espalhe.

— Eu não vou contar pra ninguém. – Prometeu Karina.

 Cobra suspirou e assentiu.

— Então, me conta agora. – Karina riu. – Como é que está sendo pegar sua deusa proibida?

Cobra riu.

— Você tá de quatro por essa garota, né, porque já tá durando. – Continuou Karina. – Já tem o que, um mês? Acho que não lembro de você ter ficado tanto tempo com uma garota. E ainda voltou atrás na ideia de não irritar a Bianca. Me fala, ela é tão boa de cama assim que faz valer a pena enfrentar a ira de dona Bianca quando descobrir?

— Hãaaaaaa. – Cobra coçou a nuca meio constrangido. – Três coisas. Primeira, a Bianca não tem que saber nunca.

— Mas se você quiser ficar mesmo com a Jade, a Bianca vai ter que saber algum dia. – Karina deu de ombros.

— Como você mesma disse, eu não fico muito tempo com garota nenhuma, então acho que não temos que nos preocupar com isso. Um mês não é bem uma vida. – Desconversou Cobra. – Segunda, sim, ela vale MUITO a pena qualquer coisa que eu tenha que enfrentar com a Bianca.

— Nossa foi quase uma declaração de amor. – Karina riu.

Cobra sorriu meio constrangido e desviou o olhar.

— E qual a terceira? – Perguntou a irmã mais nova.

Cobra passou o olhar pelo quarto meio constrangido.

— A terceira é que eu não sei se a Jade é boa de cama, porque a gente ainda não chegou lá.

— COMO? – Chocou-se Karina.

— É, então a gente tá meio que esperando.

— Vocês ou a Jade? – Caçou Karina. – Eu não acredito nisso, você tá com essa garota há um mês e ainda não transou com ela? – Ela riu. – Você deve gostar mesmo dela.

Cobra não respondeu.

— Você gosta. – Surpreendeu-se Karina. – Meu irmão, você tá mais ferrado do que eu com o Duca.

Cobra deu de ombros.

Karina suspirou penosa e sentou na cama.

— Mas então, me conta como estão as coisas. – Ela sorriu.

Cobra sorriu e sentou-se ao lado da irmã e com muita felicidade por finalmente poder compartilhar isso com alguém, contou sua história com Jade para a irmã favorita.

—X-

Cobra e Karina estavam no ringue treinando juntos.

Os dois ficaram ainda mais próximos nos últimos dias depois de compartilharem seus segredos um com outro.

Bianca estava ainda enciumada que de costume. Cobra e Karina sempre foram muito próximos, mas ultimamente pareciam inseparáveis.

E os ciúmes de Bianca fazia com que o irmão mais velho e a irmã mais nova se tornassem ainda mais cúmplices.

Ele se esquivou de um dos ataques da irmã e ela conseguiu lhe dar um chute.

Antes que o lutador pudesse revidar, uma cena que já estava se tornando comum começou a acontecer no topo da escada.

— SAIAM! – Dandara indicou a saída enquanto Lírio carregava Jade e Henrique carregava Bianca escada a baixo.

As duas garotas se contorciam nos braços dos meninos e tentavam chutar uma a outra quase derrubando a todos na escada.

Com muita dificuldade, Henrique e Lírio chegaram ao final da escada e soltaram Bianca e Jade porta a fora, mas as duas garotas partiram uma pra cima da outra quase instantaneamente.

Lírio e Henrique correram para tentar apartar a briga novamente, o que fez os lutadores correrem também.

As duas garotas se agarraram no cabelo uma da outra e foram se empurrando por toda a praça, chamando a atenção de todos por ali.

Cobra e Duca correram até elas e as seguraram pelas cinturas, tentando separar as duas.

Cobra puxou Jade e Duca puxou Bianca, mas embora as garotas fossem tiradas do chão, não soltaram dos cabelos uma da outra.

Cobra e Duca colocaram as garotas de volta no chão para que elas não arrancassem fora os cabelos e tentaram soltá-las. Mas Jade e Bianca começaram a se empurrar de novo arrastando os garotos com elas e os quatro foram parar dentro da fonte no meio da praça.

Os quatro emergiram ofegantes e as garotas se separaram com o choque da água gelada.

— Ai, meu Deus, Cobra, desculpa. – Jade voltou-se para o namorado. – Você está bem? Desculpa.

— Tô legal. – Respondeu Cobra. – Tá tudo bem, relaxa.

— Duca, você tá bem? – Perguntou Bianca.

— Tô. – Duca respondeu chacoalhando os braços para tirar o excesso de água.

— A culpa foi toda sua. – Bianca voltou-se para Jade.

— Culpa minha? – Irritou-se Jade. – A gente nem teria sido expulsa da aula se não fosse por você.

— Vocês têm sido expulsas das aulas com muita frequência ultimamente. – Comentou Duca.

— A culpa é toda dela. – Jade apontou para Bianca.

— Não, a culpa é dos seus pais que fizeram a merda de colocar você no mundo. – Disse Bianca.

— DÁ PRA CALAR A BOCA, BIANCA? – Zangou-se Cobra.

— Agora até o meu irmão tá gritando comigo por culpa sua, sua mandada. – Brigou Bianca.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH!!! – Jade gritou e jogou as mãos no pescoço de Bianca e a afundou de volta na fonte tentando afogá-la.

Bianca usou toda a sua força e empurrou o rosto de Jade pra debaixo d’água. As duas garotas ficaram tentando afogar uma a outra até que Duca e Cobra finalmente conseguiram separar as duas.

Elas foram arrancadas para fora da água e ficaram nos braços dos garotos respirando com dificuldade.

Cobra se levantou e arrastou Jade pra fora da fonte com ele. A garota não se opôs e seguiu o namorado que a puxava pelo pulso.

Duca soltou Bianca e ela se virou pra ele.

— Me desculpa.

— Não é pra mim que você tem que pedir desculpas. – Alertou Duca. – E você não é mais problema meu.

Duca saiu da fonte e Nat o acompanhou até a fábrica.

Bianca suspirou assistindo ao ex partir e aos poucos todos foram dispersando, mas Henrique foi o último a ficar e estendeu a mão para ela.

Bianca sorriu tristemente e aceitou a mão de Henrique que a ajudou a sair da fonte.

— Valeu, Paulista. – Ela abaixou a cabeça.

— BIANCA!!! – Gritou Gael de dentro da fábrica.

— É melhor eu ir falar com ele. – Bianca deu de ombros e foi para a fábrica.

—O-

Cobra e Jade estavam no banheiro feminino da academia. Ele conseguiu umas toalhas e passava na cabeça e nos braços de Jade que se abraçava sentindo frio.

— Desculpa. – Ela sussurrou enquanto Cobra secava o cabelo dela.

Ele parou de secá-la, suspirou e a encarou.

— Vocês duas nunca vão se entender, não é? – Lamentou ele.

— Eu sinto muito, Vagabundo, mas eu acho que não. – Negou Jade. – Eu até tento me controlar, mas a sua irmã me tira do sério. É só olhar pra cara dela que eu tenho um embrulho no estômago.

— Jade. – Cobra suspirou novamente e Jade abaixou a cabeça. – Jade, já tá chegando a hora de eu te assumir e como eu posso fazer isso se você e minha irmã vivem brigando?

Os olhos de Jade brilharam e ela olhou correndo para o namorado.

— Você tá querendo me assumir? – Ela sorriu.

— Eu pensei nisso. – Admitiu ele com um sorriso fraco. – Quer dizer, a gente já tá junto há um tempo. Tudo bem que um mês não é nenhum Record mundial, mas é o meu Record pessoal. Eu gosto de você, Dama.

— Eu também gosto MUITO de você, vagabundo. – Ela sorriu e se inclinou para ele.

Cobra sorriu e continuou passando a toalha pelos ombros e costas de Jade.

— Tira a blusa. – Mandou ele.

— Olha, Vagabundo, acho que a gente precisa conversar um pouco antes de darmos esse passo. – Brincou ela.

— Eu só tô querendo terminar de te secar, espertinha. – Zombou ele. – Tá achando que vai ter meu corpinho sarado fácil assim? Ainda mais depois dessa cena com a minha irmã? Vai sonhando. Só que fica impossível secar você com essas roupas molhadas.

Jade riu e tirou sua blusa, sua saia e seus sapatos. Cobra deu uma boa secada na namorada usando apenas lingerie e deu uma engolida antes de se aproximar dela.

— Eu contei pra Karina da gente. – Confessou Cobra se abaixando para secar as pernas dela.

— E? – Jade perguntou insegura enquanto segurava os ombros de Cobra para se apoiar.

— Ela aceitou numa boa. – Ele disse passando para a outra perna. – Na verdade, acho que ela se divertiu bastante com a nossa desgraça.

Jade riu.

Cobra se levantou e puxou um braço dela para secar.

— Ai. – Gemeu Jade quando ele passou a toalha em um machucado no seu braço.

Cobra olhou o corte que começava a sangrar e perguntou:

— Que isso?

— Não sei. – Respondeu ela. – Acho que foi quando a gente caiu na fonte.

— Espera aqui. – Mandou ele.

Cobra saiu do banheiro deixando Jade sozinha se abraçando para afastar o frio.

—O-

Nat bateu na porta do banheiro masculino da academia e Duca a abriu.

— Aqui. – Ela entregou uma toalha pra ele e sorriu.

— Obrigado, Marrenta. – Duca deu seu sorriso mais sedutor.

Nat revirou os olhos e riu.

— De nada. – Ela respondeu se afastando.

— Pera aí. – Duca segurou seu pulso e a puxou de volta. - O que você vai fazer na sexta?

— Nada, eu acho. – Ela deu de ombros.

— Não tá afim de pegar um cinema comigo não? – Ele convidou.

— Tá me convidando? – Ela provocou.

— Tô, ué. – El sorriu dando de ombros.

— Tipo um encontro?

— Tipo, não, um encontro mesmo.

— E a Bianca? – Nat perguntou cruzando os braços.

— Acabou. – Garantiu Duca.

— Mas acabou mesmo, Duca, mesmo, MESMO?

— Acabou, eu juro. – Afirmou ele.

Nat sorriu.

— Então tá, então eu saio com você. Eu te vejo na sexta.

— Até sexta então. – Duca sorriu.

Quando Nat saiu, Duca estava prestes a entrar no banheiro de novo, mas viu Cobra entrando escondido no banheiro feminino.

Duca achou aquilo estranho e olhou para ver se ninguém estava olhando então foi escondido até o banheiro feminino e abriu discretamente um pouco da porta para espiar Cobra.

O choque dele foi sem tamanho ao ver Cobra e Jade juntos.

Jade estava sentada na pia e Cobra se aproximou dela.

— Aqui, eu trouxe umas coisas pra te fazer um curativo. – Ele disse colocando as coisas na pia e avaliando o braço dela.

— Nossa, que namorado fofo eu fui arrumar. – Jade sorriu.

— Eu não sou seu namorado ainda. – Corrigiu Cobra.

— Mas pode ser. – Ela sorriu provocativa.

— Jade, eu QUERIA ser seu namorado, mas você dificulta as coisas pra mim. – Repreendeu Cobra. – Você não entende o quanto é importante pra mim que você e a Bianca se entendam? Eu não tô pedindo pra vocês serem amigas, nem nada, eu só quero que vocês parem de brigar.

— Eu sei. – Lamentou Jade.

— Vocês duas são importantes pra mim, poxa. Como eu posso te apresentar pra minha família, se você e minha irmã se odeiam? Fica difícil.

— Eu sei, Vagabundo. – Repetiu Jade cabisbaixa.

Cobra levantou o queixo dela delicadamente.

— Jade, eu quero que as coisas deem certo entre nós. – Garantiu ele. – Eu curto MUITO você e tô até pensando em, sei lá, te apresentar pro meu pai, me apresentar pros seus pais, sei lá, escondido da Bianca, alguma coisa assim. Mas você tem que prometer que você vai tentar se entender com ela, porque se não, a gente nunca vai evoluir, nunca vai passar de uma ficada.

— Eu prometo. – Jade fez uma cruz com os dedos em frente ao rosto e beijou.

Cobra riu.

— Você não tem jeito mesmo, hein, minha Dama.

— Não. – Ela sorriu. – Mas eu gosto muito MESMO de você. – Ela disse passando os braços ao redor do pescoço dele.

Cobra sorriu e os dois se beijaram.

Nesse momento, Duca abriu bruscamente a porta do banheiro interrompendo os dois e disse:

— Se vocês estão querendo descrição, acho melhor procurar um outro lugar.

Cobra e Jade congelaram e Duca saiu do banheiro.

— Espera aqui. – Mandou Cobra.

Ele saiu do banheiro e encontrou Duca do lado de fora. Duca o olhou repreensivo e entrou no banheiro masculino sendo seguido por Cobra. Duca voltou-se para ele e perguntou:

— Você tá maluco? Você quer morrer? Quer matar a Jade ou a sua irmã? Eu sei que nós não somos amigos, Cobreloa, mas alguém precisa te avisar que você tá correndo perigo. Pode não ser da minha conta, mas a Bianca vai me matar se descobrir.

— Eu sei. – Admitiu Cobra.

— Então, por quê? – Perguntou Duca. – Por quê? Pra que arriscar tanto?

— Pode ser que você não acredite, mas eu gosto mesmo dela. – Confessou Cobra.

— E a Bianca?

— É um risco que eu estou disposto a correr pra ficar com a Jade. – Admitiu Cobra.

— E se a Bianca descobrir? Ela vai ter um surto e é a Jade quem vai sofrer as consequências da ira dela. – Alertou Duca. – Você é o irmão dela, ela nunca vai realmente descontar em você.

— Ela não precisa saber. – Afirmou Cobra. – Pelo menos não até eu conseguir fazer as duas se entenderem.

— Elas nunca vão se entender. – Lamentou Duca.

— Talvez não. – Concordou Cobra. – Mas eu preciso tentar.

Duca suspirou e assentiu.

— Eu preciso tentar, porque eu não estou disposto a perder a Jade. – Cobra confessou vencido.

— Vai ser a maior batalha que você já lutou na sua vida. – Avisou Duca.

— Provavelmente. – Lastimou Cobra.

— Quando a Bianca descobrir, vai ser o caos na Terra.

— Não conta pra ela, por favor. – Pediu Cobra.

— Eu não vou. – Prometeu Duca.

— Valeu. – Cobra suspirou aliviado.

— Na verdade, eu vou ajudar você. – Disse Duca.

— Você, me ajudar? – Estranhou Cobra. – Por quê? Nós não somos amigos, a gente nem gosta um do outro.

— Não. – Concordou Duca. – Mas eu gosto da sua família, até da Bianca apesar de tudo e eu me importo com a Jade, não quero que ninguém se machuque. Então vou ajudar você.

— Valeu. – Cobra cedeu.

— Então, parceiros? – Duca estendeu a mão.

Cobra olhou para a mão dele e a aceitou sorrindo.

— Olha eu acho que este pode ser o começo de uma bela parceria, parceiro.

Os dois sorriram um para o outro com cumplicidade.


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Notas finais do capítulo

Desculpem o capítulo péssimo, mas pelo menos já consegui fazer o Duca e o Cobra ficarem amigos. =D
Quem leu minha última fic Cobrade, sabe que eu gosto dos dois como amigos e sabe que eu além de Cobrade, eu sou Dunat e Jovicki, então sorry aos fãs de Duanca ou Joanca, mas a Bianca vai ficar com o Paulista que pra mim foi o único car com quem ela ficou bem naquela novela, rsrs.
De novo, eu prometo tentar ser mais rápida da próxima vez.



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