Já tinha acordado a 1 hora, e arrumado tudo pra escola á uns 40 minutos. Além de ter tomado café da manhã e banho. E mesmo assim todos na casa além de mim ainda dormiam.

Talvez eu estivesse simplesmente muito animada pra essa volta as aulas. Estamos na primeira semana de janeiro. E depois do feriado do Natal e do Ano Novo, eu volto a minha rotina.

Mesmo com medo das provas, e da conversa que eu teria de ter com o Logan, um sorriso ainda permanecia no meu rosto. Quer dizer... ALÓ EU VOU SER UMA DIRETORA *----* EU VOU MANDAR NAS PESSOAS QUE FIZEREM O TEATRO. MUAHAHAHAHA.

E o melhor... EU VOU MANDAR NO RYAN (6)

Depois de um tempo em que eu ria sozinha maleficamente sentava no sofá e olhando pro nada, finalmente alguém acordou e esse alguém era o Ryan. Ele me deu um bom dia irritado que mais parecia: ‘’Sai da minha frente ou eu te fuzilo’’.

Mal humor mandou lembranças.

Depois a Natalia acordou com uma cara de sono linda e enrolada no seu cobertor com estampa de tigre.

-Rawn - disse brincando enquanto ela ainda descia as escadas.

-há-há - ela fingiu rir mal-humorada.

-Todo esse mal-humor é porque eu vou mandar em você no teatro? - disse rindo.

-Nem é, e eu nem sei se vou ganhar o papel - ela disse bufando.

-Treine bastante que você consegue - disse sorrindo.

Tive que esperar os lerdos se arrumarem e já tava pulando pela casa de tanta pressa.

Decidi sair de perto dos dois tomando café da manha antes que eu arrastassem eles pra fora daquela mesa.

Fui subindo as escadas quando achei o Freddie saindo do banho só de samba canção (se abana mentalmente).

-Oi irmãozinho - disse rindo.

-Oi irmãzinha - ele riu também. -Parece animada...

-Eu estou - disse pulando no lugar.

-Você não usa droga, ou usa? - ele perguntou sério.

Parei de pular e puxei ele pelo braço o jogando na parede e falando no murmurando no ouvido dele:-Quem te disse isso?! Me dá o nome completo e o RG dessa pessoa!

Ele me olhou assustado e gaguejou: -Ni-ninguém me di-disse nada.

Soltei o braço dele e ainda o encarando séria eu disse: -É melhor que ninguém tenha falado mesmo.

Depois de uns segundos com ele me encarando assustado eu ri e disse que era tudo brincadeira. E que não eu não uso drogas (:

(Não mesmo, não se assustem);

-Agora eu entendo o porque de você ser a diretora Junior do teatro - ele riu.

Ri também enquanto ia pro meu quarto.

Me sentei na minha cama que estava arrumadinha com o meu edredom de estampa de zebra :3

E fiquei olhando pro teto.

Tentei por pelo menos 2 segundos pensar no que iria falar pro Logan. Não seria fácil. E eu não consigo pensar nas palavras certas pra explicar pra ele tudo.

Eu era um grande e ambulante fracasso.

Fiquei me deprimindo até a Nah vir no quarto e falar que já estavam prontos.

No carro parecia até o primeiro dia de aula novamente. Ryan nos falando sobre a escola, dessa vez sobre as aulas extras que iriam ter. Teatro que já tinha antes vai ser melhor ainda agora *------*.

A PEÇA, AAAAH A PEÇA. Uma coisa que definitivamente me animava.

Entrando na escola o povin que ama o Ryan já foi em cima dele. Eu e a Natalia por outro lado ainda éramos meio anti-sociais. Por não gostarmos de panelinhas.

Nem de lideres de torcida.

Muito menos quando elas roubam o ex namorado da sua melhor amiga. Sim, to falando da Charlie. De quem mais seria?

Na primeira oportunidade que eu tivesse, bateria nela. SOU VIOLENTA, BEIJOS.

Achamos o Chaz no meio do corredor e eu fiquei combinando com ele quando iríamos andar de skate ate que bateu o sinal. Tive que sair correndo feio louca porque a minha sala ficava do outro lado do prédio. Mas parei abruptamente quando ouvi a voz já tão conhecida por mim gritando meu nome. Olhei assustada pra trás e pude ver o Logan sorrindo pra mim.

-Oi - ele disse ainda sorrindo e se aproximou de mim. -Senti sua falta - continuou falando e me abraçou.

Como eu fiquei petrificada e com os olhos arregalados ele me soltou logo depois.

Eu respirei fundo e disse: -Preciso te falar uma coisa.

-Eu também - ele disse triste e abaixou a cabeça. Não agüentei ao vê-lo daquele jeito.

Tão... Triste.

-Vem cá - sussurrei o puxando pela camiseta e o abracei enterrando meu rosto no seu peito e sentindo o seu perfume. -Eu também senti sua falta - continuei sussurrando e senti uma lagrima descendo ao saber o que eu teria que falar pra ele.

-Vamos pra outro lugar - ele disse quando saiu do abraço.

Me puxou pela mão pra fora do prédio e fomos escondido ate o mesmo local onde eu tinha visto ele pela primeira vez, matando aula, a mesma coisa que estávamos fazendo naquele momento.

-Eu... - ele começou enquanto mexia com os meus dedos e brincava com os meus anéis. Um deles que ele mesmo tinha dado, um de caveira.

-Será que eu... - interrompi -Podia começar?

-Claro - ele disse ainda brincando com os meus dedos.

-No Natal... - comecei - o Justin veio aqui. - tomei cuidado com as minhas palavras.

Ele levantou o rosto que estava na minha mão e me encarou nos olhos. Sua expressão era estranha.

-O que aconteceu?

-Eu... Eu... - gaguejei e suspirei no final abaixando a cabeça.

-Por favor, me diz que não fico com ele - ele disse parecendo chocado enquanto soltou a minha mão.

-O QUE?! - gritei em choque - Claro que não. Isso seria te trair e eu nunca te trairia. Isso é errado.

Ele pareceu aliviado.

-O problema - continuei - É que eu percebi uma coisa que já sabia de algum modo...

-Que você ainda tem sentimentos por ele? - Logan perguntou me encarando.

Olhei assustada pra ele.

-É claro que eu já havia notado. Quando você ama uma pessoa você não esquece esse pessoa do nada. Você amava o Justin, é difícil dizer isso, mas esse sentimento não vai simplesmente sumir. Talvez com o tempo, mais amor de verdade sempre deixa uma marca. O Justin deixou em você a mesma marca que você deixou em mim.

As lagrimas começaram a rolar mais e mais.

-Eu sempre soube, Ana. Eu sabia que por mais que eu me esforçasse nunca seria o que o Justin é pra você. Por mais que eu lutasse... - ele mexeu a cabeça cabisbaixo.

-Eu te amo - disse chorando demais.

-Eu sei que ama, meu amor - ele disse passando a mão pelo meu rosto e limpando uma lágrima. Mais você sempre vai amar mais ele. Isso nunca vai mudar.

-Não quero te fazer sofrer. - disse soluçando e tremendo de tanto chorar.

-A culpa no final é minha mesma. Eu sabia onde estava me metendo. Mas eu também te amo. Mais do que tudo no mundo inteiro, você era a minha pequena esperança de uma vida melhor. Você me fez viver...

-Logan... - implorei para que ele parasse. As palavras dele... Estavam me matando.

Então ele me abraçou.

-Eu queria que fosse você - disse ainda chorando e molhando toda a sua camisa. -Queria que fosse só você. Que só tivesse você no meu coração. Mas eu não consigo evitar o que eu sinto por ele.

-Eu sei - ele disse suspirando. -Ana, eu tenho que te falar uma coisa.

-O que? - perguntei tentando limpar as lagrimas que ainda não tinham parado de cair.

Ele me encarou por um tempo. -Depois, é melhor depois.

--/--

-PRECISO DE UM ABRAÇO -gritei entrando na sala da professora de Geografia, aula que a Natalia fazia no terceiro horário. Tinha ficado a primeira aula inteira com o Logan e a segunda inteira no banheiro chorando. Isso não iria me ajudar nas minhas notas de Fisica, mas nem ligava pra isso no momento. E também não ligava pros alunos daquela aula me encarando assustados por ter entrado gritando no meio da sua aula.

Muito menos com a professora que me olhava com ódio, ela já me odiava antes, desde quando eu corrigi ela na frente da sala. Umas 8 vezes...

-O que aconteceu? - Nah perguntou também em português.

-Eu falei pro Logan - disse simplesmente. Segurando o choro.

-AAAAAH! -Nah gritou pulando da sua cadeira e indo ate mim. E me abraçando.

-VOCES DUAS, PRA FORA DA CLASSE!

-Foda-se -disse, EM INGLES, e sai da sala com a Nah.

EDAI? A PROFESSORA JÁ ME ODIAVA. Fuck off.

Ficamos conversando sobre isso, O MAIS LONGE POSSIVEL do local que eu já havia apelidado de ‘‘meu lugar e do Logan’’. Ficamos na arquibancada da quadra.

O Ryan tava tendo educação física e eu acho que ele notou o meu choro. Claro, quem não notaria, EU TAVA QUASE TENDO UM ATAQUE EPILETICO DE TANTO TREMER, DE TANTO CHORAR.

Quando o sinal do almoço bateu a gente foi pro refeitório, eu tinha a esperança de comer alguma coisa bem gordurosa, como hambúrguer com muito cheddar, ou pizza com muito queijo e catupiry, ou algo de chocolate bem calórico. Acabei pegando um pedaço de bolo de chocolate, tão calórico como eu desejava, e um prato de macarronada. Também servia... E uma coca.

Fui andando meio morta ate uma mesa onde o Ryan tava sentado. Ele fico me encarando preocupado, é ele tinha me ouvido chorar.

-Hey Ana - ele disse e eu levantei a minha cabeça pra encará-lo -Quer ouvir algo engraçado?

-Não - disse simplesmente.

-Ótimo - ele falou e subiu em cima da cadeira. - HEY TODO MUNDO, PRESTEM ATENÇAO AQUI. SÓ QUEIRO DEIXAR UMA COISA CLARA... TODOS VOCES VAO MORRER! MUAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH! FALTA POUCO ATÊ 2012 PERDEDORES. - depois de gritar ele continuou rindo e sentou de novo.

-OQUE? - uma garota gritou assustada.

-Ryan... Se 2012 for verdade e a gente morrer, você também vai - Chaz disse dando tapinhas no ombro do Ryan que parou de rir.

-OQUE? - a menina grito de novo.

-Deixem de ser toscos, 2012 nada, os Jonas Brothers falaram que temos até os anos 3000. -Charlie, a vadia, disse rindo junto com as amigas. *VOMITA.*

-BUSTED MOTHERFUCK, ISSO É BUSTED! - a Natalia gritou se levantando da cadeira e batendo as mãos na mesa.

-Claro, pare de invertar essas bandinhas toscas. - a vadia disse jogando seus cabelos loiros pelo de cu de vaca (?).

-SABE O QUE VOCÊ FAZ? ENFIA SEU CDZINHO DE HIT DOS JONAS BROTHERS COM ESSA MUSICA REGRAVADA NO SEU CÚ! - Natalia continuou a gritar e eu senti um orgulho dela *---* MINHA BEBE ESTAVA CRESCENDO E BRIGANDO COM AS PESSOAS

As orelhinhas dela estavam atê vermelhas, no maior estilo Rony.

-AH ESPERA - ela continuou gritando enquanto fingia pensar um pouco- VOCÊ NÃO MERECE TER ALGO QUE O JAMES ESCREVEU CRAVADO NO SEU CÚ, DESCULPA!

Charlie bitch veio pra cima da Natalia com cara de mal comida e eu me levantei rapidamente e em puro ódio ficando na frente da Nah.

-Nem se atreva a tocar nela - disse com os dentes cerrados.

-E o que você vai fazer? - ela perguntou me desafiando. BITCH.

-Isso - disse com um sorriso sínico enquanto levantava a mão e batia na bandeija que ela estava segurando, fazendo toda a massa, a salada e o bolo que ela tinha pegado fosse em direção a sua camiseta.

Charlie ficou alguns segundos em puro choque como todas as outras pessoas naquele refeitório. Ate que riu de leve e pegou a coca que estava em cima da minha mesa e jogou na minha cabeça.

BITCH!!

-HEY, VOCES DUAS - uma moça que trabalhava na cozinha gritou mais era tarde demais, não me segurei e peguei meu bolo inteiro, intocado e taquei na cara dela.

-DILIÇA - gritei enquanto esfregava o bolo.

Uma das amigas da Charlie jogou salada em mim que abaixei -SOU FODA- e a salada acabou batendo no Ryan. Que ficou puto e tacou o macarrão dele no cabelo da garota, que claro surtou gritando ‘‘NÃO, VOCE ESTRAGOU A MINHA CHAPINHA’’.

Depois daquela cena, virou tudo uma confusão. Uma linda guerra de comida.

Pude ver a Natalia abaixando quando jogaram um pedaço de bolo nela. E eu vi Charlie escorregando na coca que ela tinha jogado em mim. Idiota.

Me escondi em baixo da mesa e fiquei apenas observando.

Pude ver o momento em que o diretor entrou no refeitório e foi acertado por um monte de salada voadora que eu tenho certeza que foi o Chaz que jogou.

Quando as pessoas notaram a presença do diretor todos pararam de tacar comida.

-O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? E QUEM TACOU SALADA EM MIM?! - ele gritou.

-PENSE POSITIVO, PELO MENOS NÃO É CARNE, PELO QUE EU SEI O SENHOR É VEGETARIANO- ouvi o Ryan gritar.

-CALE A BOCA, SENHOR BUTLER. - ele disse ficando vermelho.

-Ok, calei-me - Ryan disse segurando o riso.

-QUEM COMEÇOU COM ISSO?! - o diretor perguntou ainda gritando.

Todo mundo abaixou a cabeça e ficou quieto.

-Eu perguntei: QUEM COMEÇOU COM ISSO?!

Dessa vez ele berrou tão alto que eu achei melhor sair de baixo da mesa antes que ela desmoronasse em cima da minha cabeça.

-Ela começou! - Charlie disse apontando pra mim.

-O QUE?! - gritei indignada.

-Eu vi ela tacando o bolo de chocolate em Charlie - a mulher na cozinha disse. -Mas também vi Charlie jogando um copo inteiro de coca no cabelo dela antes.

-Então foi você que começou com tudo, Charlie - o diretor disse.

-O que?! ELA QUE JOGOU MINHA BANDEIJA EM MIM ANTES!

O diretor se virou para a moça da cozinha que balançando a cabeça disse: -Eu não vi isso acontecer.

-Charlie vamos ate a minha sala - ele disse irritado e ela tentou falar alguma coisa mais fechou a boca sabendo que só iria piorar -E vocês duas, depois que eu conversar com Charlie, será a vez de vocês.

Balancei a cabeça afirmando que eu sabia o que aquilo significava. Éramos alunas por intercambio, não podíamos fazer coisas como aquelas. Podiam nos mandar de volta pro Brasil em dois tempos.

Natalia veio ate o meu lado enquanto tirava uma almôndega que estava grudada na blusa e pergunto: -Isso é muito ruim?

-É, muito mesmo.

--/--

Tomamos um banho no vestuário que usávamos depois da educação física, mas eu ainda sentia o cheiro de coca e de macarronada em mim.

Fomos andando ate a sala do diretor em silencio e chegando lá entramos assustadas.

-Podem se sentar - ele disse e foi o que fizermos.

-Charlie ainda insiste em dizer que não foi ela que começou a jogar a comida.

-Ela jogou a coca em mim primeiro.

Tecnicamente era verdade, eu não joguei a bandeja dela, eu empurrei a bandeja.

-É a sua ultima palavra.

-Sim - disse séria tentando demonstrar confiança.

-Bom... Vocês sabem que não é tão fácil assim. Tive que ligar para a companhia do intercambio, e eles falaram que vocês não terão maiores problemas, porem tem que ligar e comunicar o ocorrido pro seus pais ainda hoje.

-Ok - concordei com a cabeça.

Fazia guerra de pudim com o meu pai e o meu tio todo o Natal desde de pequena (N/A: SÉRIO MESMO *---* E AINDA FAÇO!) então não acho que ele fosse se importar.

-Vocês tem sorte, isso poderia causar um problema maior ainda.

Natalia balançou a cabeça afirmando.

-Agora saiam da minha sala e vão pra casa, vocês estão fedendo. - ele disse.

Não consegui me segurar e dei uma gargalhada.

-Eu falo sério - ele disse.

--/--

Chegando em casa fiquei dentro da banheira tomando banho o maior tempo possível, e só sai porque sabia que ainda teria que ligar pros meus pais.

Coloquei um pijama qualquer apesar de ainda ser cedo e desci de pantufas atrás do telefone.

Disquei os códigos e depois o numero de casa.

-Alo? - ouvi a voz da minha mãe atrás do telefone.

-MÃE!

-MINHA FILHA, QUE SAUDADES! COMO ESTÃO AS COISAS?! TÁ FRIO AI?! VOCE TÁ AGASALHADA!?

-Tó mãe...

-E VOCE ANDA COMENDO DIREITINHO?!

-Melhor do que você imagina...

-E AS AMIZADES?! E OS GAROTOS?! JÁ TEM ALGUM NAMORADO?!

-Eu... Ah...

-NÃO ME ESCONDA NADA!

-Mãe, eu te amo e to morrendo de saudades, mais pode passar pro papai? Preciso falar uma coisa pra ele e não posso gastar o telefone daqui. É caro.

-Mais é claro, não tinha pensado nisso! Beijos, também te amo demais. E estou morrendo de saudades de você meu bebe -ela disse.

-Mãe...

-Já estou passando! PAAAAAAAAAAAAAI! - ela gritou e ele pareceu vir correndo ate o telefone.

-ANA! - meu pai gritou -Como vai o intercambio? Estamos com saudades.

-Vai muito bem na verdade, mas eu tenho um pequeno problema...

-O que? - ele perguntou preocupado.

-Teve uma guerra de comida na escola hoje. Uma garota idiota jogou coca em mim e eu revidei.

-Sabe que não pode fazer essas coisas....

-É eu sei. Não vou fazer mais.

-E o que acontece agora? Vão te mandar pra casa.

-Não! Espero que não, apenas queriam que comunicássemos nossos pais. -disse dando de ombros.

-Ok então, seu pai foi comunicado - ele disse rindo. -Quando você volta?

-Em Junho ou Julho...

Foi quando eu parei na pensar na volta. Iria deixar todos eles aqui, e provavelmente nunca mais ver ninguém que eu tinha conhecido aqui. Isso fez meu coração doer.

-Mal podemos esperar!

-Eu também - disse insegura.

--/--

-Tem que colocar mais chocolate. - disse a Nah jogando uma caneca cheia de chocolate em pó em uma mistura.

-O QUE? MAIS EU JÁ COLOQUEI DUAS CANECAS CHEIAS! - o Ryan gritou pra ela.

-O que estão fazendo O_O ? - perguntei entrando na cozinha logo após desligar o telefone.

-BOLO *--* - ouvi duas crianças -leia-se Ryan e Nah- gritando juntos.

-Vocês não podem fazer bolo - disse fingindo estar em choque.

-Por que não? - a Nah pergunto.

-Porque vocês não tem a capacidade mental necessária para poder fazer um U_U.

-há há - Ryan fingiu rir, enquanto enfiava uma colher na massa e comia.

-RYAN! JÁ DISSE, SÓ DEPOIS DE PRONTO!

Ele revirou os olhos e terminou de comer a massa da colher.

-Por que tão fazendo bolo? -perguntei enquanto olhava pra massa deles.

-Porque estamos comemorando -Nah disse sorrindo. -EU CONSEGUI A PERMISSÃO PRA FAZER A MINHA TATUAGEM! - ela gritou loucamente pela cozinha.

-SÉEERIO?! -comecei a pular no lugar. -QUE LINDO!

-AHAM, AHAM! - ela disse pulando comigo. Mas parou logo depois desanimada e disse:- Agora falta eu escolher o lugar.

-Isso é de boa, o mais importante você já conseguiu!

-Por que as duas não calam a boca e me ajudam a fazer o bolo? - Ryan pergunto estressado.

-Por que você não cala a boca? - retruquei estressada também.

-Por que você não me faz calar? - ele resmungou.

-Ótimo - disse e com a mão mesmo peguei um pedação de massa e joguei na boca dele.

-ANA! NÃO DESTROE O BOLO - Nah disse ‘chorando’.

-PRONTA PRA SEGUNDA GUERRA DE COMIDA DO DIA?! - ele perguntou pegando um pedaço de massa com a mão e rindo. Ainda com uma mancha de bolo na cara.

-NÃO! - gritei saindo correndo da cozinha.

-TARDE DEMAIS! - ele disse e eu senti o bolo sendo jogado nas minhas costas.

COITADA DA MINHA BLUSA ! Ele iria pagar por outra U_U

E claro que nessa linda cena a gente conseguiu sujar toda a cozinha, não fizemos bolo nenhum e ainda tivemos que limpar depois.

Só tinha certeza de uma coisa, eu sentiria muita falta daqui quando fosse embora.

Mesmo comigo estando mal, nada que uma guerra de bolo com seus melhores amigos não melhore. (: