A Herdeira do Infinito escrita por Cabeça de Alga


Capítulo 13
Novos Inimigos - Luis




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Cristian estava acuado em uma lojinha de conveniências, na rua não tinha ninguém, apenas a destruição causada por Clarisse, dois prédios de dez andares tinham sido postos no chão, a rua estava com crateras que não se dava para ver o fundo, vários carros destruídos e corpos, homens, mulheres, idosos e crianças, machucados e na maioria mortos. Me aproximei de Cristian, que estava com a cabeça machucada.

 

— Cristian, você esta bem ? - Perguntei me aproximando devagar. Ele virou e me olhou, depois levantou e me abraçou.

— Senti tanto medo, pensei que ela fosse me matar – Disse ele em meio as lagrimas – Ela não parava de me olhar com aqueles olhos de demônio, dizendo que eu a tinha traído e que você tinha me roubado dela, e que para se vingar ela mataria a nós dois, tentei lutar contra ela, mas é impossível, nada funciona nada…

— Cristian, calma, calma – Disse tentando acalmar ele, mas até eu tinha ficado meio receoso com aquela história, se Clarisse realmente tinha ficado daquele jeito, estaríamos ferrados – Venha vamos para a minha casa.

— NÃO – Gritou ele desesperado – Ela vai estar lá, nos esperando chegar – Disse ele se afastando de mim e andando de um lado para o outro – Ela vai nos matar, ela vai, eu sei, ela vai – Já estava começando a ficar apavorado, ele estava ficando doido, me virei para o meu pai, que olhava para ele com medo.

— Pai o que é isso ? .

— Isso meu filho é o que a escuridão causa com as pessoas que são atacados por ela.

— Então quer dizer que ele ficara assim, para sempre ? .

— Não, dessa vez não, e nem da próxima, se ele for atacado assim de novo não resistira, ele morrera – Disse meu pai me puxando para a janela da lojinha – Olhe isso, olhe o que ela fez – Olhei e realmente a destruição era gigante, pessoas estavam chorando, gritando por ajuda, diziam que uma garota bomba tinha atentado contra aquele lugar – Isso meu filho não é nada em comparação ao que ela pode fazer, se ela quisesse poderia ter destruído esse planeta todo, se quisesse teria acabado com essa galaxia inteira, isso não é nem um porcento do que ela pode fazer – Encarei meu pai com horror, se aquilo era apenas uma pequena parte do que ela poderia fazer, tento imaginar o que seu poder completo poderia causar.

— Tem como reverter isso, não é ? .

— Disso eu não sei meu filho – De repente os olhos do meu pai se iluminaram – Mas eu sei de uma pessoa que pode nos dizer se da, e como fazer isso.

— Quem ? .

— Não irei falar aqui, pegue o Cristian e vamos para a minha casa. Sua casa deve estar destruída nesse momento.

 

Fiz o que meu pai mandou, fui até o Cristian que estava novamente com a cabeça baixa chorando, aquilo realmente cortava meu coração, disse para ele que iriamos para casa, mas ele tentou me empurrar, dizendo que eu era ela disfarçado, que iria matar ele. Foi difícil mas consegui, puxei ele para dentro do carro, sentei com ele no banco traseiro e meu pai foi dirigir. Deitei ele no meu colo e acariciei sua cabeça, dizia que tudo estava bem e que agora estaríamos seguros, o que nem eu mesmo sabia se era verdade, mas tinha que fazer ele melhorar. Cristian acabou por dormir na metade do caminho, passou meia hora até que passamos pela portaria do apartamento do meu pai, mas ao invés de pararmos ele continuou.

 

— O que o senho esta fazendo ? - Perguntei confuso – O apartamento é ali atrás.

— Não vamos para aquele lugar, devemos ficar em um lugar que ela não conheça. Se ainda estiver nesse planeta, ela nos perseguira.

 

Não tinha pensado nisso, mas agora era meio obvio, ela deveria ter ido para o planeta dos Reivel, para destruí-los, já deveria estar lá, depois iria destruir o resto deles, iria destruir todos, sem deixar nenhuma alma viva em toda a galaxia.

 

— Pai eu estou com medo, ela é… era minha melhor amiga, minha irmã, estou com medo dela e ao mesmo tempo preocupado com ela, se ela se tornar o Prometheus, o que faremos ? .

— Meu filho, não sei se poderemos fazer alguma coisa, não temos poder para destruir ela e ninguém tem a anis, os únicos que tinham os poderes para derrotar um Cronarius com esse poder foi Eryna e Gueryn, Reivel e Loriel, mas nenhum deles é tão forte quanto os outros eram e mesmo se tivessem, ela é forte demais, temo que ninguém conseguira destruir ela.

— E também tem aquilo que Clarissa nos falou, que Bron Reivel tinha tomado sangue de demônio, com certeza ele não vai querer se juntar para destruí-la – Não podia acreditar que algum dia falaria em destruir a pessoa que sempre considerou sua irmã.

— Tem isso também, se for verdade e Lorde Bron Reivel realmente ter tomado sangue de demônio, ninguém poderá destruir ele além do próprio demônio que deu seu sangue para ele – Olhei para pela janela e vi que estávamos em uma área cheia de arvores.

— Onde estamos ? .

— Estamos em um refúgio, aqui encontraremos as respostas que precisamos – Depois de vinte minutos chegamos a um portão que levava para uma mansão no meio da floresta, o portão se abriu do nada, sem que tocássemos a bina.

— Quem mora aqui ? .

— Um amigo meu, meu filho, você saberá quem ele é em breve – Disse meu pai com suspense e eu odiava isso. Fiquei quieto até que o carro parou, balancei Cristian para que acordasse.

— Ei Cristian acorde, já chegamos – Ele abriu os olhos sentou e balançou a cabeça, parecia estar meio confuso, mas pelo visto já não estava tão desnorteado como antes.

— On...onde estamos ? - Perguntou ele.

— Em um refúgio, pelo que meu pai disse – Cristian olhou em volta, tentando assimilar o lugar com algo que tivesse em sua memória.

— Nunca ouvi falar desse lugar antes.

— Nem eu, mas meu pai disse que era o mais seguro, então viemos para cá – Cristian me olhou confuso.

— Seguro ?!, por que precisaríamos de segurança, tem alguém nos atacan… Ah meu Deus Clarisse, temos que ajudar ela, coitada, ela estava desnorteada quando a encontrei.

— Para, vamos falar disso lá dentro aqui não é lugar para isso – Falou meu pai.

 

Eu e Criatian saímos do carro e fomos atrás do meu pai, até que chegamos em uma porta, meu pai bateu três vezes até que ela foi aberta por um homem que deveria estar já na meia idade, pela roupa que vestia deveria ser o mordomo.

 

— Bom dia Srs. Viviorn e Sr. Crepitas, sejam bem vindos – Aquilo realmente me assustou, como poderia saber quem eramos, olhei para o meu pai, sua expressão como sempre, não demonstrava surpresa alguma naquilo.

— Bom dia Clodes, lebeme até o..

— Ele manda que vocês entrem e o esperem no escritório, creio que você já sabe o cominho – Disse ele cortando meu pai, que ficou vermelho de raiva.

 

Meu pai entrou no casarão e nos guiou até uma sala, que deveria ser o escritório, isso sim é que era uma mansão, o escritório dava o apartamento do meu pai inteiro, tinha um divã em um canto, as paredes eram revestidas com estantes de livros que iam até o teto, tinha uma mesa de vido no centro, onde continham um notebook varias papeladas e duas cadeiras de frente para uma de couro preta, no canto ao lado tinha um sofá, que ficava do lado de uma janela, que dava para uma lagoa e varias flores, de todos os tipos e cores, aquele lugar era lindo demais. Foi para lá que eu e Cristian nos sentamos, enquanto meu pai se sentou em uma das cadeiras no centro do escritório, provavelmente esperando seu “amigo”.

 

— Pai quem mora aqui ? - Perguntei de novo.

— Já disse, você saberá em breve – Me virei para Cristian que contemplava a visão, ele pareia estar bem melhor, o machucado em sua cabeça tinha parado de sangrar. Ele percebeu meu olhar e virou o rosto para me olha.

— O que foi ? - Perguntou.

— Só estava te olhando e vendo que não quero te perder tão cedo – Ele sorriu para mim, mas não era o sorriso travesso de sempre, era um sorriso triste, cheio de dor e angustia.

— Me conta, o que houve ? - Ele me olhou um pouco confuso até que se lembrou.

— Atá, sobre a Clarisse – Disse ele encostando no sofá – Bem, logo depois que eu liguei para você eu sai, fui na locadora para pegar um filme, dai quando fui pagar a locação, vi que estava sem minha carteira, então voltei para casa. Quando cheguei em casa vi que tudo estava desvirado e jogado no chão, então comecei a gritar pela Clarisse, pensando que alguém a tinha atacado, mas ela não respondeu, até que ouvi um grito de socorro, que era o dela, vindo de seu quarto. Corri para lá e quando abri a porta ela estava sozinha no chão chorando, cheguei perto dela e perguntei o que tinha acontecido, ela apenas continuou chorando, até que percebi, seu cabelo, não estava mais ruivo, ele estava preto, tão preto, aquilo me assustou então a larguei, ela deve ter sentido isso, pois levantou a cabeça e foi ai que eu realmente levei um susto, seus olhos eram duas orbitas negras, não tinha parte branca, apenas o negro, ela me olhou com aquilo e me pediu ajuda, mas sua voz estava um pouco diferente, estava mais rouca, como se milhares de cacos de vidros estivessem se fincado em sua garganta, perguntei a ela o que estava acontecendo, e ela apenas me pediu ajuda, disse que estava doendo, que doida demais, que parecia que seu coração estava se quebrando, ela chegou a pedir que a matasse, para que a dor parasse, ai eu fui até ela e a abracei, ela retribuiu o abraço, mas depois de um tempinho assim ela começou a me empurrar, me afastei dela, ela começou a gritar que doía, que era para parar, ela caiu no chão e começou a se debater, quando parou eu pensei que estava morta, ela não se mexia, então chamei seu nome, meio que em um sussurro, ela se levantou e ficou ali me olhando, quando falou não era sua voz, aquela voz era grave, era masculina. Ela disse: Não sou Clarisse, sou Prometheus o primeiro, dessa vez eu terei minha vingança, a começar por você e Luis. Naquele momento eu sai correndo, pois sabia que se ficasse lá iria acabar morrendo, ela..quer dizer ele… aquilo, aquilo ficou rindo e correu atrás de mim, dizendo que ia me matar, que ia me torturar da pior forma possível. Quando cheguei na porta aquilo já estava lá, ela me olhou bem nos olhos, por algum motivo não conseguia desviar, queria correr, mas minhas pernas travaram, parecia que minha alma estava sendo arrancada, meu corpo começou a ficar frio e eu comecei a perder o equilíbrio, ajoelhei mas minha cabeça se manteve erguida, não conseguia tirar os olhos daquilo, ela ficou rindo, dizendo que era isso que acontecia as pessoas que a traiam. Eu só me salvei por que ela deixou, de repente me senti livre, como se nada tivesse acontecido, meu corpo voltou a temperatura normal e eu recuperei minhas forças, quando a olhei, ela estava balançando a cabeça e dizendo em voz baixa: Saia, saia daqui agora, você não pode tomar meu corpo, você já esta morto, pensei que estava ficando louca ou qualquer coisa do tipo, mas quando ela levantou a cabeça seus olhos tinham voltado ao normal, foi quando pensei que ela tinha voltado, mas seus cabelos ainda estavam negros, ela me olhou com dor e sofrimento e disse: Fuja Cristian agora e diga a Luis que Prometheus esta de volta, diga a ele para que não exite em me destruir, diga para ele salvar minha mãe, por favor, faça isso, mas faça agora, não conseguirei deter ele por muito tempo. E com isso ela gritou e eu corri para a porta, fugi e me escondi naquela lojinha, foi quando te liguei, aquilo tinha voltado e estava destruindo tudo, gritando que ia nos encontrar e nos matar, destruindo tudo, matando as pessoas, elas gritavam por misericórdia, mas aquilo apenas ria e as matava. Depois disso me lembro apenas pedaços, de você chegando lá e me trazendo para cá e por último de você me acordando quando chegamos aqui – Aquilo realmente tinha me deixado sem reação e sem palavras, o que poderia dizer ? Sinto muito”, mas por que falaria isso ?, ela era minha amiga e não a dele. Meu peito parecia que ia explodir de tanta angustia e dor, eu não conseguiria fazer nada contra ela.

— Isso foi o Olhar Maldito – Disse um homem loiro na porta do escritório, fazendo com que eu me dando um susto, tinha me esquecido completamente de onde estávamos – Prometheus conseguiu desenvolver esse poder no seu ápice de destruição, isso realmente tira sua alma, ele extrai tudo de bom e extermina, deixa apenas o que é ruim, e depois pega isso também, para que as trevas se alimentem com isso. Agora sobre Clarisse ter tomado o controle, mesmo que por segundos, mostra que ela tem forças para voltar, mostra que ela ainda esta viva la dentro, mostra que ela é a parte da luz e ele a parte das trevas – Disse ele, aquele rosto me parecia família, me lembrava de alguém que conhecia, mas quem ? - Ou seja, minha filha ainda tem salvação – É claro, ela tinha uns traços bem fracos dele, mas tinha.

— Ma..mas como ?, você era para estar morto – Ele me olhou e sorriu, o mesmo sorriso doce da Clarisse.

— Meu rapaz, acho que se eu estivesse morto não poderia estar aqui conversando com vocês – Disse ele e então olhou para meu pai – Ola Sr. Viviorn, quanto tempo não ?! - A expressão de meu pai foi todas, menos a que eu esperava.

— Bem, quanto ao tempo devo dizer que poderia ter ficado mais afastado de você, mas se teve que ser assim ola.


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