The flowers escrita por Katherine


Capítulo 6
Capitulo 6




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— Nós podíamos fazer algo depois da escola – Malia sugeriu enquanto descíamos as escadas do loft.

Avistei os cabelos morenos ainda de costas em minha direção quando parei repentinamente na escada. Peter Hale era o meu inferno particular, e encontra-lo logo pela manhã já me fazia sentir que o dia não seria nada bom. Eu não conseguia controlar as reações que o meu corpo tomava toda vez que pensava nele, ou o via.

— Lydia – a coiote chamou já na sala, enquanto eu permanecia parada na escada – Vamos?

— Onde? – perguntei, desorientada, enquanto o Hale se levantava do sofá, interessado em nossa conversa.

— Parece que alguém não está prestando muita atenção, não é mesmo, Banshee? – sorriu de lado.

— Fica na sua, Peter – rolei os olhos – Vamos, não quero chegar atrasada.

Eu não sei como aconteceu, mas todos os livros que eu carregava caíram no chão, fazendo Kira correr para me ajudar a juntá-los   e Malia me olhar com o cenho franzido.

— Você está bem? – perguntou e eu assenti – Lydia, eu dirijo. Hoje não me parece ser o seu dia.

—____

Assim que chegamos na escola segui direto para a sala de aula, sem me importar com Stiles e Scott que certamente nos esperavam em algum corredor próximo aos nossos armários. Eles adentraram a sala com olhares apavorados, me olhando como se eu fosse desabar a qualquer momento.

— Por que estão com essas caras? – perguntei.

— Ah, sei lá – Stiles disse – O que está achando sobre o dia de hoje? Como você está? Ouviu algo estranho nos corredores? Encontrou alguém?

— Stiles! – Scott o repreendeu – Lydia, a gente precisa conversar.

Engoli seco, sabendo que tinha algo errado. Mas eles não precisaram me dizer o que era, porque no exato momento, Jackson entrou pela porta juntamente com seus antigos amigos. Senti vontade de gritar, não por ser uma Banshee, mas de desespero. Ele não poderia ter voltado, não poderia fazer isso comigo. Justo agora que tudo estava mais bagunçado do que nunca. Não era justo, ele foi um covarde. Jackson fugiu de um problema, mesmo que pra isso tivesse que se afastar pra sempre de mim. Eu o amava, tanto, como nunca amei nenhum outro garoto. Ele havia sido o primeiro da minha vida, em todos os sentidos, aquilo não era justo.

— Lydia – sorriu ao me ver – Quanto tempo!

Contra a minha vontade, ele me puxou pra si, colando nossos corpos em um abraço. Prendi a respiração enquanto Stiles tinha o cenho franzido, me analisando.

— O que você veio fazer aqui? – perguntei.

— Eu voltei, baby – sorriu animado.

 

 

—_____

 

 

— Droga! – praguejei fechando a porta do loft com força total. Provavelmente não havia ninguém em casa, sorte a minha. Antes que eu pudesse controlar ou se quer tirar o meu casaco senti as lagrimas brotarem em meus olhos e rapidamente descerem pelo meu rosto. Me joguei no sofá, abafando o choro com uma almofada que havia ali.

— Banshee? – Peter chamou, me assuntando. Levantei do sofá rapidamente, largando a almofada – Onde estão as outras garotas?

— Na escola – falei, como se nada tivesse acontecido.

— Vai me contar o que aconteceu? – neguei – Lydia, não seja idiota. Sei que você estava chorando, me conta logo quem fez isso com você.

Ele se aproximou, tentando segurar a minha mão, mas a tirei.

— Vai embora, Peter, me deixa em paz!

— Você precisa de mim, ruivinha – puxou a minha mão – Vamos lá, eu quero nomes.

Finalmente olhei em seu rosto e podia jurar que havia um pingo de preocupação ali, era quase tão visível quanto a sua beleza, que também não me deixava nada satisfeita naquele momento. Ele me puxou para o seus braços e me deixei levar, enquanto o Hale mais velho acariciava os meus cabelos, eu deixava com que as lagrimas molhassem sua camisa preta.

— Não posso falar sobre isso com você – sussurrei, me amarrando mais ainda em si.

— Você pode falar sobre o que quiser comigo, garota – ele descansou a cabeça sob a minha e eu fechei os olhos, inalando o seu cheiro – Eu juro que mato quem te fez chorar.

Me separei dele por um momento, sentando no sofá e ele fez o mesmo. Sequei o meu rosto com as costas da mão, e Peter tirou alguns fios de cabelo que caíram na frente dele.

— Não pode mata-lo – falei.

— E por que não? – perguntou.

— Jackson foi uma parte muito boa da minha vida – pude ver Peter se tornar tenso ao meu lado – Mesmo que também tenha me feito muito mal, você não pode mata-lo.

— Por que veio lembrar do garoto lagarto agora? – franziu o cenho, tirando sua mão da minha.

— Porque o garoto lagarto voltou – disse o imitando – Jackson voltou pra infernizar a minha vida.

— Ele não vai fazer isso se você não deixar, Lydia – se levantou, falando de forma grosseira – É só você não deixar.

— Você não vai mata-lo, Peter – grunhi – Não enquanto eu não tiver motivos para fazer.

— Ele voltou, isso pra mim é motivo o suficiente.

— Mas pra mim não!

— Se ele a machucar... – o cortei.

— Se ele me machucar, você poderá o repartir em quantas partes quiser. Mas antes disso, não.

Ele assentiu, abaixando-se na minha frente, com o meu rosto entre suas mãos.

— Você também não pode fazer isso – sussurrei.

— O que? – perguntou, próximo de mais.

— Me beijar e depois agir como se nada tivesse acontecido – ele franziu o cenho – Isso também machuca.


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