Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 45
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

Hey, quero pedir desculpas pela demora, sério, sinto muito.
Pessoal, eu sei que ficou meio grande e peço desculpas para quem não gosta, mas eu não consegi dividir ele.
Até o proximo, acho que não vou demorar.
Obrigada a Ingrid Dixon, Isabella, Lika Trevas, Andy Ride, Anny Buchanan Barnes, Pâmella Viana, AustenGirl, MDixon,e Isasddda pelos comentários lindos, assim que der respondo vocês ♥



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POV Beth

Acordei com um pressentimento ruim, e por essa razão me recusei a sair de perto de Judy. Ian tentava me tranquilizar a todo momento quanto ao outros, alegando que era só um treinamento e mais umas bobagens, mas meu interior não aceitava.

E então, avisaram pelo rádio que teria que ser feito agora. Olhei para ele com uma expressão de “ eu te avisei, idiota” e ele se limita a me dar um beijo na testa.

—Tudo bem, Sweet, você estava certa- concorda fazendo um carinho em minhas costas enquanto me abraça- Eles vão conseguir.

—Espero mesmo que o façam.- digo a mão por meu rosto.

—Vou dar uma olhada em Maggie, volto já- digo passando Judy para seus braços e lhe dando um beijo carinhoso na boca, o qual ele faz questão de aprofundar.

Saio meio tonta por causa disso, mas logo consigo voltar aos eixos. Franzo a testa diante de uma mangueira ligada na casa vizinha, e então é em câmera lenta. Em um momento estou andando cuidadosamente em direção a isso e no outro vejo Carol enfrentando dois caras encapuzados e armados.

Não sei bem se é por instinto ou bem, por qualquer outra coisa, mas no próximo momento estou sobre um deles, meu facão descendo poderosamente contra sua cabeça.

Fico em estado de choque por um momento, o fato de que matei alguém ecoando em minha cabeça repetidas vezes. Quero choramingar, mas não há tempo de ser uma garotinha.

Levanto o facão pronta para outro ataque e recebo um olhar agradecido de Carol. Sinto vontade de gritar “ Quem é a fraca agora?”, mas acho que seria inapropriado.

Nos movemos juntas pela cidade, enfrentando esses caras. Ian aparece em algum momento e olho para ele indagadora, que responde que deixou Judy com Carl, que por sua vez está armado.

Suspiro aliviada, e volto a me focar. Conseguimos chegar até o deposito e a partir dai temos armas de fogo.

—Eu estava errada sobre você- diz Carol me parando quando estamos prestes a terminar limpar a comunidade. –É forte e é capaz.

—Eu sei. – respondo convicta e me dou conta de que realmente sabia. Amadureci e gosto disso.- É bom que você saiba também.

Lanço um sorriso simpático em sua direção e caminho até minha irmã. As coisas já estão bem desgraçadas, mas isso tudo só piora quando um caminhão se choca contra uma parede e por algum motivo começa a buzinar sem parar. O som estridente ecoa por todo o lugar.

Maggia assume as coisas pela comunidade, gritando ordem aos moradores que ainda estão aqui e que são capazes, organizando-os e agrupando, ao mesmo tempo que procura por mais wolfes.  Eu e Ian nos movemos em direção ao barulho para acabar com isso.

Conseguimos depois de algum sufoco, com a ajuda de Spencer, mas acho que o estrago já está feito. Muitos deles vão vir para cá. Oh, acho que estamos ferrados.

Rick chaga correndo, muitos deles em seu encalço. Abrimos o portão para ele, que entra e já vai assumindo os problemas. São tantos que cercam a comunidade por todos os lados. Não vejo nenhuma saída, e isso me deixa mais e mais angustiada.

Heath e Michonne chegaram, mas nada de Glenn e Natasha. Nenhum sinal, nenhuma resposta no rádio. Fico cada vez mais preocupada, mas tenho que ser forte por Maggie, que está em um momento difícil e fica mais e mais angustiada com tudo isso. O pai de seu filho está lá fora.

O povo fica cada vez mais apavorado, e temos que tentar colocar ordem. Deanna parece acordar quanto a tudo o que acontece, mas vejo em seus olhos o quão abalada está. Spencer não me engana, está cheio de problemas e inseguranças.

Estou com Rick, Ian e Tolby conversando sobre algumas coisas quando Deanna aparece. Resmunga conosco sobre usarmos o termo alexandrinos, logicamente colocando uma diferença entre nós e eles. Não posso deixar de concordar que exista sim essa diferença.

Inesperadamente uma torre cai. Isso é o inferno. Tudo perde o eixo e então temos que correr. No meio da confusão me perco de Ian, e também não encontro Maggie. Uso meu facão para me proteger e corro em direção a uma das casas.

Fico lá por um tempo, tentando encontrar algo para fazer, mas não consigo encontrar uma saída. Quando muitos se amontoam na porta da frente saio pelo fundo.

Luto com mais alguns. Já é noite, ouço um tiro e algo em meu coração avisa que não é nada bom. Continuo lutando. Vejo a distancia Rick matando zumbis de forma descontrolada, mas o perco de vista no meio desse mar de mortos.

Acho que mais alguém se juntou a luta. Vejo Maggie em apuros e começo a abrir caminho até ela, mas parece impossível, mais e mais deles vindo em minha direção. Uso o muro como proteção para as minhas costas e ando acertando o máximo que consigo.

Uma tampa de madeira cede e minha perna fica presa. Xingo baixo, sabendo que papai brigaria comigo e uso toda a minha força para não entrar em pânico. Não posso entrar em pânico. Mais e mais deles me rodeiam.

Pov Daryl

Como o planejado, sigo com a moto a frente de uma horda, atraindo-os para longe de casa. Abraham e Sasha me apoiam por um carro, que é uma bela de uma lata velha.

As coisas fluem bem e acho que podem dar certo, mas então uma buzina estridente começa a soar de onde sabemos estar Alexandria.

A horda se reparte ao meio, e Rick informa pelo rádio que pretende traze-la de volta com um trailer. Ameaço voltar para ajudar, mas sou necessário onde estou.

O silêncio do grupo de Glenn e Natasha me incomoda, mas tenho que acreditar que aquela loira maluca vai fazer o que tiver que ser feito.

Os quilômetros parecem se arrastar, e começo a ficar inquieto. Chamo pelo rádio, mas ninguém responde. O silêncio só faz as coisas piorarem. Troco algumas palavras com Abraham e Sasha, que me pedem para não deixa-los porque o carro é muito velho e posso ser o ponto de escape. Xingo baixo.

Quando finalmente chegamos a um quilometro razoável começo a acelerar para despistar a horda e finalmente começar a voltar para casa, onde vou ajudar a resolver os problemas, sejam quais forem.

Tento o rádio outra vez, enquanto guio, mas novamente não obtenho resposta. Uma saraivada de tiros que não sei bem de onde surgiram começa e tenho que voltar a atenção para mim mesmo e onde estou.

Desvio o melhor que posso e vejo pela visão periférica os outros dois fazerem seu melhor também. Os perco de vista e guio a moto em direção ao mato.

Caio no chão e descido que o melhor pode ser arrastar a moto, que começa ameaçar um atolamento.

 Despistei os caras, mas agora estou sozinho. Planejo dar a volta, sair da mira de quem quer que seja  e voltar para casa.

Ouço um barulho a minha esquerda e ergo a besta a tempo de ver três pessoas surgirem. Um homem e duas mulheres. Parecem assustados, e não sei bem o que mais.

Ele aponta uma arma para mim, e acabo tendo que abaixar a besta. Odeio isso,xingo baixo e resmungo comigo mesmo que vou mata-los.  A mulher morena se aproxima e um baque me faz apagar.

(...)

Acordo atordoado, meus pensamentos passando a mil, variando entre os problemas de agora e os problemas aos quais Natasha pode ter se metido. Noto que meus braços estão amarrados.

O cara e as duas mulheres estão próximos. De alguma maneira só me passam a ideia de medo.  Ele se aproxima de mim e começa a fazer perguntas que para mim não tem sentido, e acho que estão falando de algum outro grupo.

Resmungo e esclareço que não sei do que diabos está falando. Ele resmunga frustrado, e uma das mulheres diz algo sobre eu provavelmente não ser um deles mesmo. Dwight, que descobri ser o cara, resmunga mais alguma coisa e me deixa amarrado, as coisas a uma distancia razoável. Se vão, deixando uma ameaça no ar.

Luto com as cordas por alguns minutos, e então começo a voltar para meu caminho de volta para casa.

Ouço passos e resmungos a minha esquerda. Tenho que ir embora, deveria faze-lo, mas acabo dando uma olhada assim mesmo. O trio que me prendeu está cercado e desarmado. Xingo baixo algumas vezes e acabo indo em seu socorro.

Depois de nos livrarmos dos outros caras, andamos por um tempo pela floresta queimada e acabada. A garota loira é atacada por um dos corpos carbonizados, lenta demais para se defender, e cai. Nenhum de nós chega a tempo de evitar o pior.

O casal abre uma cova, o clima tenso e triste. Não sei se devo leva-los para Alexandria, ainda não me decidi se são bons.

O dilema acaba quando sou surpreendido por uma arma apontada para minha cabeça. Meu sangue ferve e tenho que segurar o impulso de saltar sobre Dwight socando sua cara até ele esquecer seu próprio nome. Ajudei os filhos da puta, e em retorno eles me roubam.

A morena pede minha besta. Aperto os olhos em sua direção, imaginando várias formas de faze-los sofrer.  Me recuso a entregar, e ela vê que não vai rolar mesmo, então pede as flechas, alegando que assim tem certeza de que não vou atirar deles assim que se virarem. Entrego as flechas.

—Vão se lamentar por fazer isso- aviso depois de entregar as flechas.

Os dois sobem em minha moto e somem de meu campo de visão.

(...)

Pouco depois de rodar pela floresta concentrado em ir na direção de Alexandria  encontro um caminhão pequeno de combustível. Solto um sorriso aliviado quando funciona.

Saio em busca de Abraham e Sasha e não é difícil de encontra-los. Solto uma risada quando encontro o ruivo vestido de coronel ou sei lá o que e munido de algumas armas bem como uma bazuca. Voltamos para nosso caminho de volta para casa.

—Socorro- alguém ecoa no rádio, e meu coração se aperta.

Mais ninguém se manifesta no rádio, ninguém responde, e ficamos os três muito tensos.

—Vai dar tudo certo- diz Sasha e não sei se é para mim ou para si mesma- Vamos chegar ao mais tardar no anoitecer, e então poderemos ajuda-los.

—Claro que poderemos ajuda-los- concorda Abraham, um charuto na boca- Não é nada impossível.

Como aparentemente hoje é o dia das desgraças nosso caminho é impedido por um grupo de motoqueiros, claramente armados. Somos obrigados a descer. Inferno sangrento.

—Ora ora – diz o que parece ser o líder do grupinho- Vou deixar claro para vocês, tudo o que é de vocês na verdade é nosso. Negan está em todos os lugares.

Arqueio a sobrancelha. Quem diabos é Negan? Ele fala mais umas merdas sobre sermos seus súditos, e do quanto estão sendo bonzinhos em não matar um de nós, que é o procedimento padrão.

Querem olhar a traseira, pegar alguma coisa, e eu quem vou mostrar para um cara enorme. Assim que estamos fora da vista dos outros começo uma luta corpo a corpo e enfio minha faca em sua garganta.

Pego a bazuca e ando sorrateiramente até ter uma mira boa e limpa. Apoio a arma no ombro e atiro. O grupo de babacas explode como fogos de artificio.

—Engole esse merda, então- resmunga Abraham e olha para mim em aprovação- Posso ver o porque de você dar tão certo com a Natasha. Ela vai surtar quando souber disso.

Sorrio de lado, imaginando suas reações e entro do lado do motorista. Depois do que parece uma eternidade finalmente avistamos Alexandria. Está tomada de zumbis e meu coração dá um salto.

 Entramos pela abertura que surgiu graças a queda de uma torre e encontramos os moradores lutando por suas vidas, usando armas silenciosas. Vejo Rick, Aaron, Eric e mais alguns.

Noto Maggie, Glenn e Enid em apuros e viro o caminhão nessa direção. Abraham e Sasha ajudam as duas a virem para a parte de cima do caminhão, ao mesmo tempo em que eu atiro nos walkers que rodeiam Glenn.

—Não vamos conseguir limpar isso tudo- grita Sasha e sou obrigado a concordar.

Penso o mais rápido que posso. Tyresee se aproxima, o martelo pingando sangue e Sasha grita por ele. Olho ao redor, pensando.

Fogo. É isso. Volto para o banco de motorista e Abe me acompanha. Dirijo até as margens do rio, esperando que dê certo. Passo por cima de alguns mortos enquanto isso.

Com a ajuda do ruivo abro o registro de gasolina e então um tiro ascende. O fogo sobe alto e os mortos se viram hipnotizados.  É ridículo vê-los indo em direção a própria destruição, mas também trás grande alivio.

Começamos a nos reunir, todos seguindo em direção a enfermaria. Rick não parece bem, e alguém me conta que Carl levou um tiro. Fico preocupado, mas entro com os olhos procurando outra pessoa.

Meu coração falha uma batida quando não encontro os malditos olhos verdes ou a cabeleira loira. Olho ao redor novamente, e me viro para a porta. Nada. Abraham e Rick notam.

—Cadê ela?- pergunto para Rick que me olha pesaroso. Meu coração se aperta. Não.

—Ela e Glenn não tinham voltado até a confusão começar- conta e me viro procurando o coreano.

A porta se abre e ele entra apoiando Maggie, acompanhado de Enid. Meu coração parece parar quando noto com mais certeza ainda que não está com eles.

—Cadê ela?- pergunto agarrando Glenn pelos ombros e o obrigando a me olhar.

Ele vacila e treme. Não. Não.

—Glenn cadê a Natasha?-pergunto mais alto. A sala fica silenciosa, todos olham para ele.

—Ela não...- ele para, engole em seco e os olhos marejam. Não.- Ela não conseguiu, Daryl.

Tudo parece perder o foco, o sentido. É como se o mundo parasse e perdesse o sentido. Fraquejo e o largo, me apoiando na parede. Não.

—O que quer dizer com não conseguiu?- pergunto  sem olhar para ele, tentando controlar meu corpo, enquanto tudo o que sinto é meu peito se apertar e uma dor sufocante me atingir.

—Estávamos cercados- conta, a voz tremendo- Em cima de uma lixeira, prontos para subir pela escada de incêndio. Nicholas surtou e se matou, e o corpo dele levou ela para baixo. Caíram os dois no mar de zumbis, e eu tentei atirar nos mais próximos. Ela gritou, a munição acabou... Eu não consegui salva-la, eu...

Paro de ouvir. Sinto como se não conseguisse respirar. Ouço Maggie chorar ao meu lado, e todos os outros parecem abatidos. Minha visão embaça e não ligo a mínima para o fato que estou começando a chorar no meio de todos eles. Não. Não. Não.

Ela prometeu que voltaria, não pode fazer isso. Os olhos verdes me vem a cabeça, e logo em seguida os flashes começam.

“-Sou educada com quem é educado comigo, Dixon, e você definitivamente não é a educação em pessoa. – diz com um sorriso enorme no rosto- Mas teste a educação comigo, que vou testar a minha com você.”

“-Gosto de você também, caipira- diz e isso causa sensações novas em mim. Capturo seus lábios e ela me puxa para mais perto colocando os braços em meu pescoço e enterrando uma das mãos em meu cabelo. Ela se afasta um pouco, morde meu lábio inferior e um rosnado sai do fundo de minha garganta.”

“—Pois pode ir parando ai –grita ficando vermelha e cada vez mais linda. – Se você acha que porque eu amo você, pode sair gritando comigo e eu vou aceitar numa boa está completamente enganado.  Vá se ferrar. “

“Faz carinho? Está no contrato.”

“Está no contrato.”

Estava no contrato que ela voltaria para mim, sempre, e ainda assim ela não está aqui agora.

—Onde ela está?- pergunto deduzindo que ele não acabou com a possibilidade dela se tornar um zumbi.

Ele me olha atordoado e afundado na dor, mas me diz mais ou menos. Saio batendo a porta.

Não enxergo direito, não respiro direito, mas tenho que encontra-la, ou o que quer que sobrou dela. Ela prometeu. Prometeu que voltaria. Onde está Natasha Wayland a cumpridora de promessas que dá sua palavra como garantia?

Estava no maldito contrato. Não vejo sentido na vida sem aquela maluca. Me deixo cair de joelhos no meio do mato, agradecendo por ninguém me seguir e começo a soltar um choro sufocado.

A amo tanto que doí. É mais que Natasha Wayland, é Natasha Dixon, e estava na minha parte do contrato, a parte que eu fiz e ela não leu, que ela voltaria. Sempre voltaria. E ela prometeu.


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Notas finais do capítulo

E então? Desculpe qualquer erro.



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