Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaa.
Andy Hide e Signora Della Notte obrigada pelos comentarios, adorei ♥
Boa leitura pessoal



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 POV Natasha

Sinto a movimentação, mas me recuso a abrir os olhos. Fico curtindo a preguiça matinal enquanto ele rola para cima de mim e começa a beijar meu pescoço.

—Esse sim é um ótimo jeito de me acordar, Daryl Dixon-digo sorrindo, ainda de olhos fechados.

—Com toda a certeza que sim, senhora Dixon- diz com a voz rouca e fico desnorteada por um instante.

—tenho que me acostumar- sussurro mais para mim do que para ele, abrindo os olhos e encarando-o. - Ah, mas se eu tenho seu sobrenome você também deveria ter o meu. Daryl Wayland fica legal.

Ele ri divertido e aperta meu nariz, antes de sair de cima de mim.

—O sobrenome que você quiser está ótimo.

Concordo com a cabeça e me levanto também. Apesar de tudo, o dia amanheceu como qualquer outro, e depois do café da manhã nos separamos.  Minha prioridade, mais que qualquer outra, é encontrar Maggie para mostrar o anel e conversar.

—Maggs- grito pulando em cima dela, que já me recebe com um sorriso enorme.

—Deixa eu ver- diz saindo do meu abraço apertado e puxando minha mão para ter uma visão melhor.- Que lindo, Tasha! Parece que você conseguiu capturar Daryl Dixon mesmo.

—E não é?- Apesar de que acho que ele que me capturou...-digo ainda atordoada encarando o anel.- Nunca esperei uma coisas dessas, mas agora que ele fez estou tão feliz que não sei lidar.

—É no mínimo divertido te ver assim.- diz brincalhona, com um sorriso de orelha a orelha.

Rolo os olhos para ela e deixo o assunto fluir. Beth e Judy chegam e se se sentam conosco. A neném está cada vez mais linda e começa a fazer gracinhas para mim, além de soltar algumas risadinhas. Só de olhar tenho vontade de apertar.

Pouco tempo depois saio saltitando pela prisão, procurando o coreano mais chato do universo.

Passo por Rick na horta e grito um bom dia que ele responde com um sorrisinho que me faz rolar os olhos. Vejo Daryl pela visão periférica e tenho que me controlar para não correr para seus braços.

Mantenho o ritmo até alcançar Glenn e o abraço por trás. Ele ri divertido e sai dos meus braços apenas para se virar e abraçar direito.

—Achei a cena toda muito linda- diz em tom de zombaria e rolo os olhos divertida.

—Típica de um filme né? Eu adorei.

—É claro que adorou, sua cara esse tipo de coisa. Só você para fazer Daryl Dixon te pedir em casamento em pleno apocalipse no meio de outras pessoas.  Isso fora o fato de que você estava coberta de sangue.

Dou risada e olho para o céu. Na verdade ele está totalmente certo. Eu nunca imaginaria o caçador fazendo uma coisa dessas, desde ir atrás de um anel até me fazer o pedido no meio de toda aquela gente. Foi intenso e eu adorei cada segundo.

Sou arrancada de meus pensamentos por gritos vindos do bloco D e sem nem parar para pensar a respeito estou correndo nessa direção. Sinto Glenn logo atrás e pelo canto do olho vejo mais algumas pessoas correndo também.

A cena que encontro quase me faz parar por me deixar atordoada. Saco as saís em um movimento automático e parto para cima de um zumbi que estava sobre uma pessoa morta. Não reconheço o corpo, muito menos paro para tentar  faze-lo. Com um giro acabo com outro e empurro uma mulher em direção a Karen que está levando pessoas para dentro de uma cela protegida.

Acontece tudo muito rápido, e divido minha atenção entre acabar com os zumbis que aparecem e empurrar pessoas para a área segura. As flechas de Daryl passam constantemente e vejo  vários caírem por esse motivo. Rick aparece também e ajuda um garotinho, mas está sem arma e só fica pelas beiradas. No fundo de minha mente a pergunta de como esses zumbis vieram parar aqui fica piscando.

Parece que o andar de baixo está limpo, então subimos as escadas juntos, olhando de cela em cela. Sinto um zumbi se aproximando pelas minhas costas, mas antes que eu faça qualquer movimento a faca de caça do meu caçador já voou e atingiu-o em cheio. Lanço um sorriso agradecido em sua direção, mas ele simplesmente desvia o olhar para o corpo.  Me dou conta de que veio da ultima cela.

—Não tem marcas de mordidas- diz sério, ainda observando o corpo e me aproximo para ter uma visão melhor. É Patrick.- Foi com ele que começou.

Trinco os dentes, irritada com a bosta que é tudo isso. Era só um garoto gentil e agora... Agora está morto.

Ouço em silêncio eles falarem sobre a tal gripe, já que disso eu não sei muita coisa. Entendo que é perigoso, que  não temos remédios, e o pior: É contagioso.

—Você está bem?- pergunta Daryl aparecendo ao meu lado. Ergo o olhar e me perco em seus olhos azuis.

—Não sei. Perdemos tanta gente, eu só...- paro sem saber o que dizer.

—Não esperava que as coisas estivessem melhores e que isso não acontecesse mais, não é?- ele completa e concordo com a cabeça.

O resto do dia se resume a enterrar corpos. Fico sabendo sobre um pai que deixou duas filhas e sinto muito por elas. Em algum momento temos uma reunião.

Discutimos todas as possibilidades e Hershel nos dá mais alguns detalhes sobre a doença, o contagio, os sintomas. Alguns de nós fomos expostos, e fico preocupada. Não por mim, mas por Daryl e Glenn. Por todos.

Alguém tosse do lado de fora e todos saem em uma rapidez absurda. Não faço muita questão, até porque sei que correr para ver quem é não vai adiantar nada. Descobrimos que é Karen, e a mesma conta sobre David também estar tossindo um pouco.

A única solução momentânea que temos é mante-los afastados do resto dos moradores evitando mais doentes. Carol indica o caminho para a área onde eles vão ficar e se oferece para encontrar David.

Não sei muito bem o porque, mas sinto que tem algo errado.  Ignoro a sensação e me deixo envolver por Daryl.

—Está se sentindo bem? Algum sintoma?- pergunto preocupada, com a cabeça encostada em seu peito.

—Estou bem. Vaso ruim não quebra. –diz me apertando um pouco nos braços e logo em seguida beijando o topo de minha cabeça.- E você?

—Estou bem.

Saimos juntos para um dos pátios, e vejo Beth e Carl vindo em nossa direção. Grito para que fiquem longe, preocupada não só com eles, mas com Judy que está sempre em contado direto com os dois. Ela assente, compreensiva, mas Carl ameaça continuar. Sei que quer perguntar, conversar, entender. Olho firmemente em seus olhos, deixando bem claro que não estou brincando e ele acaba cedendo e indo para longe.

(...)

Como voltar para o bloco C não é uma boa opção, acabo indo para  a horta.

—Parece que é só eu me casar que as coisas começam a desandar- brinco enquanto ajudo ele com uma coisa qualquer.

Temos porquinhos, mas ao meu ver um deles está doente. Fico parada encarando o que está deitado, pensando nas possibilidades. A doença pode ter atingindo o porquinho também?

—Bem, acho que você se casar é coisa do fim do mundo- diz mexendo com os matinhos. Sorrio para ele, divertida porque os pensamentos de Glenn já o contaminaram- Levando em consideração que o mundo já acabou acho que está livre de qualquer culpa.

—Nossa, obrigada, estou me sentindo muito melhor- ironizo rolando os olhos. Ouço um barulho suspeito a minha esquerda e me viro a tempo de ver a cerca começar a ceder. Maggie grita por ajuda e corremos os dois nessa direção.

—Rick o que vamos fazer?- grita Maggie enfiando um ferro naquelas coisas de forma furiosa. Daryl chega e ajuda também.

Não escuto a resposta de Rick, mas penso que seria muito mais fácil limpar do lado de fora sem a cerca atrapalhando os movimentos das saís. Antes que eu consiga completar o pensamento vejo que vai ceder e grito com os outros avisando. Usamos algumas tábuas para tentar conter.

—Se eu for do lado de fora posso limpar com mais facilidade- grito sobre o ombro, sem olhar para ninguém em especial.- Além disso eles vão se dividir,  e vai ficar melhor para acabar por aqui.

—Não-  Daryl e Rick gritam ao mesmo tempo, e rolo os olhos.

Estou com a argumentação na ponta da língua quando Rick diz que tem uma ideia, algo haver com os porcos. Daryl se junta  ele, e xingo baixo porque me deixaram para trás propositalmente.  Ajudo Maggie e outras pessoas a manter a certa e tentar dividir o grupo que está forçando.

 Vejo através dos nojentos que o plano funcionou, e mesmo que odeio os gritos dos porquinhos, fico aliviada. Perder uma  das cercas seria horrível e teríamos mais um grande problema para a lista.

Quando a cerca está finalmente firme me afasto e sento no chão esperando por eles. Não demoram a voltar e não têm problemas para enfrentar, então suspiro aliviada quando passam para dentro. O dia parece estar grande demais.

Sinto fome.  O que eu não faria por um X-Tudo , uma pizza, um strogonoff?Aperto os lábios indignada comigo mesma. O dia está um horror, um monte de gente morreu, e eu penso em que? Isso mesmo, encher meu estomago.

—Qual é o lance?- Daryl me puxa para fora de meus pensamentos bruscamente e olho para ele com cara de retardada por um minuto.

—Estou com fome- confesso sentindo meu rosto corar. Ele me lança um sorriso de lado, mostrando o quão divertido isso é para ele.

—Vem, vamos arrumar algo para você comer.

Parece que eu finalmente vou encher meu lindo estomago quando a vida me dá um tapa na cara e mostra que não. Tyresse brota do nada, lágrimas escorrem por seu rosto e o encaro sem saber o que fazer. Ele chama por Rick, e ao mesmo tempo que parece desolado parece irado.

Rick se aproxima, tão confuso quanto nós.

—David e Karen estão mortos- diz com a voz embargada e arregrado os olhos surpresa. Poderia a gripe se espalhar tão rapidamente?

— Oque? Mas como?-Rick dá voz as perguntas que rodam na cabeça de todos nós.

—Assassinados- a palavra sai estrangulada mas a entendo perfeitamente. Arquejo horrorizada, mas me forço a manter os pensamentos claros. 

—Como assim assassinados? Onde estão os corpos?

Seguimos em direção ao local em que estavam isolados, e depois é só ir pelo rastro de sangue, que mostra que os corpos foram arrastados. Aperto os lábios dividida entre estar chocada, triste ou raivosa.

No pátio do fundo encontramos os corpos queimados.  É ainda pior do que eu imaginava.Esse fato é basicamente a merda sendo jogada no ventilador.

Conforme Tyresee conta como os encontrou e eu sinto a dor em cada palavra que sai de sua boca, eu imagino em como seria se fosse Daryl. Só a possibilidade faz meu coração doer e diminuir em meu peito.

 -Vamos descobrir quem fez isso, eu garanto- diz Rick, e pela primeira vez em tempos eu não vejo o fazendeiro, mas sim o xerife, o líder.

—Eu sinto muito por sua perda, Tyreseee – digo com sinceridade.

—Eu sei que sim, Tasha- responde me lançando um sorriso gentil e em seguida voltando a atenção a Rick e Daryl.

Olho ao redor, imaginando como as coisas aconteceram. Nunca tive experiência nesse tipo de coisa, o máximo que sei são as coisas mentirosas que vi em alguns filmes, mas creio que se os corpos foram arrastados o assassino não tinha força para carregar os corpos. Quem poderia se encaixar? Por quê?

Me levanto dando alguns passos para longe do que restou dos corpos a tempo de ver uma briga se iniciando.  Tyresee soca Rick, Daryl os separa, gritando para que este se controle. Não acontece, e em um piscar de olhos lá está ele de novo. Puxo Daryl pelo braço, evitando que leve um soco, e no meio da confusão sinto o punho de Tyresee vindo em minha direção. Me desvio parcialmente, não rápida o bastante, e o soco atinge meu ombro quando ele desce o punho com tudo.

O impacto faz com que eu vá para trás, e Daryl de repente perdeu qualquer controle e como um vulto já está sobre o outro.

—Você não encosta na minha mulher- grita cheio de raiva, socos seguidos de socos, Tyresee agora no chão. Rick tenta intervir mas tudo o que consegue é um empurrão.

A briga continua constante e grito uma vez para que parem, quando não sou ouvida  tiro uma saí do suporte e risco o chão. O barulho agudo e irritante preenche o espaço de forma irritante, fazendo meus cabeços arrepiarem em agonia e eles param atordoados.

—Chega, inferno- grito e como em um passe de magica os três homens param.

Aos poucos vejo a clareza de pensamento voltar a Tyresee e seus olhos demonstram culpa e arrependimento. Creio que seja pelo soco que me atingiu.

Daryl sai de cima dele com os olhos ainda queimando de raiva e vem até mim. Sei que quer checar se estou bem, então me limito a acenar positivamente e voltar minha atenção.

—Não vou dizer que entendo sua dor porque não a sofri- digo ainda distante do mesmo, mas com os bem fixos nos deles.- E Deus me livre de sofrer, mas sei que está doendo e sinto muito. Isso não te dá o direito de socar todo mundo que discorda, e vou deixar bem claro  que se fizer isso comigo de novo eu não vou deixar barato. Bem, espero que não faça com Daryl também porque isso vai me deixar bem irritada.

Paro para respirar e suspiro.

—Não fui em quem fez isso, nem nenhum de nós que está aqui com você agora, então não nos culpe. Só se acalme,ok?

—Isso não vai ficar impune- diz Rick e Tyresee se limita a concordar com a cabeça e sumir prisão a dentro.

Não aguento nem mais um segundo naquele lugar, então deixo que Daryl me guie para fora.

—Acha que ele vai ficar bem?- pergunto encarando suas costas enquanto ele me puxa para algum lugar. Ele para.

— Não sei, acho que talvez um dia. Agora ele está quebrado e a machucado demais para ficar bem. Me preocupa que tenhamos um assassino entre nós. Vamos descobrir quem é.

Concordo com a cabeça e o abraço.

(...)

Tentamos abafar o assassinato para evitar pânico, mas uma coisa dessas não dá para esconder embaixo do tapete, então logo as pessoas estão sabendo do que aconteceu. Rick e Carol pegam a responsabilidade de acalmar as pessoas, recebendo a ajuda de Sasha.

Mich, que desistiu de ir em outra busca pelo governador, se senta comigo e Daryl e jantamos juntos. Ela diz que vai ficar um tempo para ajudar, o pé que ela torceu na pressa de voltar para nós estava apenas com um mal jeito, então acho que sua ajuda é mais que bem vinda.

Esse dia horrível está finalmente acabando e acho que agora a coisas vão se acalmar. Vamos descobrir quem foi o assassino e lidar com isso, e logo saíremos em uma busca. Ninguém mais apresentou sintomas, então não deve ter se espalhado.

Apoio a cabeça no ombro de Daryl e ele me envolve com um braço. Fecho os olhos e escuto ele e Michonne conversando sobre algumas coisas,  e acho que posso tirar um cochilo.

Ouço alguém arranhar a garganta. Outra pessoa faz o mesmo. Franzo a testa e abro os olhos.

E então as tosses começam.


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Notas finais do capítulo

E então?



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