After Everthing escrita por Mikally


Capítulo 13
''Leave now, or never.''


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi
Sei que demorei.
Amei os comentários de PAIXÃO, e OBRIGADO por não terem me matado!!!!!
Agradeço muito por não terem jogado uma bomba na minha casa jahajhahajsh
Bom, como recompensa....
Leiam.
Proximo cap voltam os gifssssssssssssssss ♥ ♥



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Lúcifer sempre desprezara a capacidade humana de amar. E junto com isso, todas as outras coisas como se sacrificar pela pessoa que ama, e chorar pela morte dela.

Ele nunca chegara a entender oque isso significava. Chorar. Não era dom dos anjos, pensara ela, era só mais um dos defeitos e fraquezas da humanidade. Se algum dia ele perdesse alguém que amava, pensara ela, iria acabar com o mundo. Mas nunca derramaria uma única lágrima, pois ele nunca se sujeitaria a ser como os humanos.

Mas agora, naquele galpão subitamente escuro e vazio, Lúcifer não teve forças para acabar com o mundo. Não teve forças para gritar, ou assimilar tudo aquilo. Não teve foças para responder os gritos furiosos de Dean a Amara, a Castiel, a ele mesmo. Não teve forças sequer de olhar para os outros a não ser Samuel Campbell Winchester. Deitado no chão, com as faces geralmente coradas, de uma cor branca e...morta.

A única coisa que teve forças para fazer, foi cair de joelhos, e agarrar o corpo de Sam, içando-o para cima. Lúcifer ficou de joelhos no chão, abraçando o corpo inerte de Sam, e como se aquilo não bastasse, sentiu uma estranha queimação nos olhos, piscou incomodado, e pela primeira vez desde sua criação, o arcanjo Lúcifer chorou por um humano.

Lúcifer agarrou em um total desespero o corpo inerte de Sam, não sabia oque fazer. Amara era forte demais, ele não conseguiria trazer Sam de volta sozinho, seu poder não era o bastante. Ele era impotente.

Sua boca tremeu, e seus olhos queimaram ainda mais quando mais uma vez, lágrimas saíram de seus olhos. Lúcifer pousou Sam com carinho no chão e levantou-se, sentia o ódio emanando de si mesmo, como no dia em que fora expulso do ceu, quando Michael o renegara, Raphael virou-lhe as costas e Gabriel tão quanto pode protestar contra a decisão final.

Amara ainda estava rindo, seu olhar direcionado para Lúcifer. Dean olhava completamente estupefato para Lúcifer, porém em seguida correu para o irmão, que estava atrás do arcanjo. Castiel foi junto do caçador. Meg e Ruby encaravam Lúcifer, tão estupefatas quanto Dean, mas esperando uma ordem do arcanjo, mesmo estando exaustas e machucadas. Lúcifer abanou a mão e as duas caíram no chão, desmaiadas. Elas não o deixariam lutar sozinho.

Lúcifer juntou todas suas forças. Desde sua criação até este exato momento. Uma áurea dourada saiu de dentro dele. Lúcifer pode ver Amara sendo pega de surpresa pelo sobrinho ainda ter forças de lutar, e antes que ela pudesse se preparar, a luz que saia de dentro do arcanjo se chocou contra ela, fazendo-a voar pelo local.

Dean levantou os olhos, vendo Amara caída no chão, e deu um passo relutante para frente. Castiel olhou para ele como se não o conhecesse continuou debruçado sobre Sam.

—Se você der mais um passo para tentar ajuda-la, eu juro que ela será a última coisa que você lembrará – Vociferou Lúcifer para Dean, fazendo-o parar de andar subitamente.

Levantando-se vagarosamente, Amara encarou Lúcifer por alguns segundos antes de sibilar:

—Adeus sobrinho.

Antes que o raio preto atingisse o peito de Lúcifer em cheio, uma forte e devastadora luz branca se pôs no meio dos dois, e quando a luz baixou, Lúcifer pode enxergar claramente quem estava ali.

—Você não tocara no meu filho, sister.

Enquanto Lúcifer encarava apenas as costas do sujeito que o chamou de ‘’filho’’  ele pode ouvir a respiração desenfreada de Amara, pode ouvir o suspiro tremido de Castiel, e eu de Dean.

—Chuck? – Chamou o caçador, totalmente perdido.

Chuck se virou para trás, com um sorriso calmo nos lábios, e respondeu.

—Em outras palavras, Deus.

 Lúcifer não conseguia tirar o pé do lugar. Seus olhos cristalinos estavam fixos nos de seu pai, que eram exatamente da mesma cor.

Após suspirar, Chuck disse com uma voz amorosa e levemente tremida de emoção.

—Você...Você mudou, filho.

As mãos de Lúcifer começaram a tremer, porém, o arcanjo apenas encontrou um fiapo de voz saindo de sua boca.

—Você mudou.

Chuck sorriu de lado.

—É, teoricamente eu ainda sou o mesmo.

Depois disso, virando-se para Amara, Chuck disse:

—Você pode sair daqui agora. Ou não sair nunca mais. Está fraca. Não aguentara essa luta.

Mesmo em choque, ela ainda encontrou forças para rir, e dizer, antes de sumir no ar.

—Uma luta justa, afinal. Eu voltarei por você, irmãozinho.

Depois que Amara desapareceu, Chuck virou-se novamente para os outros presentes na sala. Castiel estava em pé, estático no lugar, com a boca aberta sem saber oque falar ou como agir. Lúcifer ainda estava encarando o pai, sem condições de proferir uma palavra sequer.

Chuck estalou os dedos, e todos estavam de volta ao Bunker, na sala. Sam ainda estava caído no chão, moto, com Dean debruçado sobre o cadáver do irmão.

—O-oque? –Dean tentava entender, porém logo depois olhou para o irmão e olhou para Chuck novamente – Ok. Conversas depois. Traga-o de volta.

Pela primeira vez desde que apareceu, Chuck pareceu desconcertado.

—Hum..E-eu não sei se serei capaz, a magia dela é forte, e tenho que guardar minhas forças para...

—Foda-se para oque você tem que guardar. Ao contrário de todos aqui, Sam sempre confiou em você. Sempre acreditou. Nunca falhou com você. Não ouse falhar com ele. – Dean vociferou, e pelo seu tom de voz, não parecia muito feliz ao saber que Deus era Chuck.

Chuck olhou para Sam e se remexeu. Claramente ele queria ajudar, mas...

—Eu não terei força para isso sozinho. – Chuck olhou para Castiel com uma súbita expressão amorosa – Leve suas... Amigas para dentro. Eu e Lúcifer faremos. Todos têm de ir para o aposento mais longe.

Castiel abaixou-se, sem sequer olhar para Dean, e pegou Meg no colo cuidadosamente, e saiu andando pelo corredor. Relutantemente, Dean se afastou de Sam, pousando um beijo na testa do irmão mais novo e pegou Ruby no colo, meio sem jeito, mas cuidadosamente.

Lúcifer virou-se para encarar seu pai.

—Oque o leva a pensar que eu o ajudaria? –A voz de Lúcifer parecia capaz de congelar todo o universo de tão fria.

Chuck suspirou pesadamente.

—Eu vi você chorando... Filho, eu...

Não.  Você não tem o direito de me chamar de filho. Farei isso por  ele. E depois espero não ter que olhar mais para você.

Chuck suspirou e se aproximou de Sam, esticando a palma da mão para Lúcifer, que relutantemente a pegou. Foi como se uma corrente eletrizante paralisasse todo o lugar no momento em que as mãos se tocaram. Um corrente quente passou da mão, para o braço, e chegou até o coração de Lúcifer. Afeto, amor...

Lúcifer olhou para Chuck, que sorria tristemente para ele. O arcanjo resolveu ignorar o sentimento de casa...lar, que sentiu quando tocou Deus.

Quando os dois se concentraram para traze o Winchester de volta, um terremoto abalou apenas a sala que eles estavam, as luzes piscaram, e alguns livros caíram. Era como se a alma de Sam não estivesse sendo permitida de voltar ao corpo, entretanto, nenhum dos dois desistiram, e continuaram forçando.

Mais livros no chão, as lâmpadas estouraram, e de repente, o chão parou de tremer. Lúcifer largou a mão de Chuck assim que tudo acabou e o encarou, fazendo uma pergunta silenciosa.

—Vou... – Chuck parou como se estivesse pensando no termo que usaria – Enrolar eles lá. Se tiver funcionado, ele  acordara em segundos...Se não...

—Saia. – Ordenou Lúcifer, e no mesmo instante Chuck sumiu.

Lúcifer se voltou ao corpo de Sam estirado na mesa. Nem um movimento sequer foi capturado pela visão aguçada do arcanjo. Depois de um minuto, as batidas esperançosas de seu coração se esvaíram, e ele percebeu, que de fato, havia perdido seu menino.

O arcanjo tentou ao máximo, mas não conseguiu segurar-se. Lágrimas quentes rolaram pela segunda vez por seu rosto. Tudo isso em um dia. Tudo isso por um humano. E agora ele estava morto.

Abaixando-se lentamente, Lúcifer afastou alguns fios rebeldes do rosto de Sam, e encostou seus lábios suavemente. Uma despedida, ao menos.

Ou era assim que ele pensara até uma mão segurar sua nuca, e trazer seu corpo para mais perto, como se Lúcifer fosse o ar que Sam precisasse. E de fato era. Lucifer arregalou os olhos e se separou de Sam, encarando o caçador se sentar-se à mesa, com as bochechas retomando sua coloração.

—Sa...Sammy – Conseguiu dizer Lúcifer antes de puxar o caçador para mais um beijo.


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