O som dos gritos de Sam ecoava pelo local. O homem estava amarrado em uma mesa, com os pulsos, tornozelos e pescoço presos por tiras de metal, que marcavam a pele, e apertava seu pescoço cada vez que o Winchester gritava.

Amara estava com os olhos fechados, a expressão concentrada. Até mesmo em força total, era difícil fazer oque ela queria. Extrair o amor de alguém, tão forte como era não seria tão fácil como um estalar de dedos. Ainda mais um amor que o próprio receptor tentou negar.

Os olhos verdes de Sam estavam embaçados com as lágrimas quentes de dor que escapuliam pelos cantos de seus olhos.  Suas mãos estavam cerradas em punho, e as veias de seu antebraço e pescoço estavam claramente visíveis.

—Oque...o..oque você esta fazendo? – Balbuciou Sam, engasgando com sua saliva.

Amara abriu seus olhos negros, e sorriu macabramente para Sam.

—Eliminando todo seu amor por esse arcanjo de você. Então te darei uma arma criada por mim mesma, e você o matara.

Sam arregalou os olhos, e forçou as barra de metal, marcando sua pela, e fazendo escorrer um filete de sangue de seus pulsos.

—N...NÃO!

Amara parecia se divertir.

—Por que... Porque eu?

—Porque você? – Amara repetiu incrédula. – Pois você é a única criatura viva, que poderia puxar o gatilho  na testa dele, sem ele mover um dedo para te impedir.  Ele nunca machucaria você, Samuel Winchester.

—NÃO!— Conseguiu gritar Sam com a voz rouca – Você...você não vai conseguir...eu nunca...eu nunca o mataria.

Amara apenas sorrir, e colocou a mão na testa de Sam, enchendo o lugar com os berros roucos do Winchester.

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—Como vocês, incompetentes , deixaram isso acontecer? –Disse Lúcifer, sentado na pequena mesa do quarto do motel, encarando com ódio , Dean, Castiel, Meg e Ruby

As demônios estavam ambas com as cabeças para baixo, como animais de estimação, recebendo a indignação do dono.

Dean estava andando de um lado para o outro, com as mãos na cabeça, ao constatar que Sam não iria atender suas inúmeras ligações. Castiel estava encarando Lúcifer, com os olhos azuis em pequenas fendas.

—E porque motivo, você , esta preocupado com a segurança de Sam?

Lúcifer hesitou por um momento, e em seguida respondeu:

—E porque você não estava fazendo o seu dever, que é proteger ambos os Winchesters, e não apenas transar com um deles?

As maças do rosto de Castiel ficaram rubras, por raiva e também constrangimento.

—Escute aqui – Disse Dean colocando o dedo no rosto de Lúcifer – Amara é mais poderosa que todos nós, não seria como se Cass pudesse fazer alguma coisa.

Lúcifer ergueu as sobrancelhas para o dedo de Dean, centímetros de seu rosto. Prontamente, Ruby pegou o braço de Dean, puxando-o para baixo.

O Winchester revirou os olhos, e Lúcifer continuou, sem agradecer a ‘’filha’’

—Ok. – Lúcifer olhou para Meg e Ruby – Vocês disseram que tem...partes da Escuridão em vocês?

Meg estreitou os olhos, e entendeu oque ele pedia. Em um movimento rápido, ela pegou a faca do cinto, e estendeu-a para Lúcifer.

O Arcanjo sorriu, e esticou o braço, pegando um pote de metal, e em seguida, levantou da mesa, dando um passo, ficando em frente a Meg.

A mulher levantou o olhar, e encarou Lúcifer. Seus olhos estavam completamente negros, um sorriso se formou no canto do lábio dela, quando Lúcifer pegou seu braço, levantando a barra da camiseta preta e de mangas.

Ruby olhou para o outro lado quando Lúcifer fez um corte fundo no antebraço de Meg. Castiel se remexeu incomodado, e Dean protestou quanto a profundidade.

Primeiramente o sangue saiu vermelho e forte. Lúcifer suspirou exasperado, e apertou mais o toque da faca no braço do demônio. Meg mordeu o lábio inferior e fechou os olhos.

Então o sangue começou a sair negro e espesso. Lúcifer esperou correr um pouco e então parou, ainda deixando um pouco dentro de Meg. A demônio pegou o braço ensanguentado, com uma expressão de dor. O arcanjo virou-se para Ruby, e estalou os dedos, cicatrizando o corte no braço de Meg.

Depois de repetir o mesmo processo com a outra, Lúcifer colocou o pote de metal em cima da mesa do quarto. Olhou para os outros.

—Oque diabos vocês estão esperando? Vão se preparar. Estamos indo enfrentar a titia.

Meg e Ruby se encararam e saíram do quarto rapidamente, prometendo voltar logo.

Castiel sentou-se na cama de Dean, e fechou os olhos. Juntando força, dissera ele.

Dean pegou uma lâmina angelical. Em seguida juntou duas armas de fogo, colocando-as no cinto. Respirou fundo. Sua respiração saiu ligeiramente tremida.

Lúcifer fechou os olhos, concentrando-se para rastrear Amara. Imagens negras e distorcidas foram a primeira coisa que ele viu. Então, as formas começaram a se tornar mais visíveis, e um lugar parecido com um depósito veio a mente de Lúcifer. Fios soltos...paredes metálicas, chão molhados...sem janelas..telhado alto..

Abrindo os olhos, rapidamente Lúcifer se virou para Dean e Castiel, e em seguida, Meg e Ruby entraram no lugar. O cabelo de Meg estava peso em um alto rabo-de-cavalo, com suas pontas encaracoladas caindo sobre sua nuca. Ruby estava com uma trança apoiada no ombro. Ambas vestiam negro. Jaquetas de couro e botas. Ruby estava com uma leggin preta, e Meg com um jeans negros rasgado nas coxas e joelhos. As duas seguravam uma Lâmina angelical em cada mão.  Lúcifer soube exatamente de onde tinham vindo as quatro laminas, quando viu sangue  angelical na barra da jaqueta de Meg, e na calça de Ruby.

—Vamos –Disse o arcanjo sem dar mais explicações. Estalou os dedos, e logo levou todos do quarto para o armazém. Deixou os quatro na entradas, com a tarefa de arrombara porta, enquanto percorria os corredores estreitos , olhando por dentro de cada porta, com a esperança de achar Sam antes de encarar Amara.

—Lúcifer – Disse uma voz feminina atrás dele. O arcanjo se virou subitamente, podendo ter a clara visão de sua tia, parada a alguns metros dele.

—Onde ele está? – Questionou ele, se aproximando perigosamente da mulher.

Amara respirou fundo

—Vejo que trouxe visitas. Entenda, eu poderia facilmente mata-lo aqui e agra. Em um segundo... Mas isso será mais divertido. –A completou, estalando os dedos, e sumindo do corredor.

Lúcifer olhou em volta. Seus olhos cristalinos, agora brilhavam como a luz do céu, tentando captar algum sinal de perigo.

Oque o surpreendeu foi sentir a ponta de uma arma em sua nuca.

Em um movimento impossível de se captar, o arcanjo virou-se, empurrando quem portava a arma para trás, e sacando sua espada de arcanjo, seu movimento saiu majestoso, mesmo depois de tanto tempo sem utiliza a arma referida.

Olhou para seu ‘’agressor’’ – e congelou.

Sam paria levemente desnorteado. Como se o tivessem... Desligado da tomada. Encarava Lúcifer com o olhar perdido, porem a mãe que portava a arma estava firme.

Lentamente, Lúcifer abaixou o braço, largando sua espada no chão. O tintilar do metal contra o chão de pedra pareceu durar uma eternidade enquanto Sam engatilhava a arma.

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—Vão! –Gritou Meg para Dean e Castiel – Vão logo encontrar Sam e ajudar Lúcifer!

Dean começou a avançar, mas Castiel hesitou.

—Nós cuidamos disso, anjo. Vão! – Gritou Ruby, empalando dois anjos, com ambas laminas em suas mãos.

Quando Castiel e Dean desapareceram na curva do corredor, Ruby se virou para Meg, que estava cercada por um anjo e dois demônios. – Oque anjos estavam fazendo ali?

Desviando de um demônio, com um rápido corte de garganta, Ruby pulou nas costas de um dos demônios como um gato, e antes que ele pudesse fazer algo, a demônio enfiou uma das lâminas em suas costas.

Enquanto isso, Meg estava dando uma rasteira no anjo, escorregando por baixo de suas pernas, e arremessando uma das laminas no peito dele, um pouco antes de passar por entre suas pernas, sem perder tempo, assim que saiu de baixo do anjo, Meg tomou impulso e pulou no outro demônio, no mesmo momento que Ruby, e as duas, juntas, cravaram uma lamina em cada lado da garganta deste.

Quando o ultimo demônio caiu, as duas se entreolharam e Meg deu um passo para trás, com o rosto sujo de sangue, e sorriu ao observar os inimigos mortos. Ruby  sorriu maliciosamente e o mesmo tempo maldosamente ao olhar os corpos caídos no chão, e deu uma rápida olhadela em Meg, com admiração e atração.

Elas pareciam felizes ao finalmente voltar para o campo de batalha juntas.