Barriga de Aluguel escrita por Maia Castillo Vargas


Capítulo 13
"Sem palavras..."


Notas iniciais do capítulo

QUASE UM MÊS SEM POSTAR NADA PARA MINHAS FLOWERS?! AIN, SOU UMA PÉSSIMA JARDINEIRA... OLHA SÓ, ESQUECI DE REGAR VOCÊS, DEVEM ESTAR MURCHINHAS!

Nossa, como estava difícil de entrar no Nyah, meus amores! Eu sei que isso anda se repetindo mas não tenho controle sobre isso. Estou estudando dias à fio pras minhas provas e para os vestibulares... sério, estou sem tempo até para respirar, espero que entendam. Não quis fazer isso mas foi inevitável!

OUTRA COISA MUITO IMPORTANTE QUE EU QUERO FALAR COM VOCÊS!
Hoje mesmo, enquanto eu estava procurando algumas novidades de fics, fiquei curiosa com uma. Mas logo que entrei me deparei com algo que EU tinha escrito. No começo pensei que era um bug do meu celular mas quando coloquei de novo, vi que era mesmo um plágio! Sério, gente, plágio é crime! Sempre falo isso pra vocês. Não vou falar quem foi mas a pessoa já foi notificada por mim para que tire aquilo e coloque algo original. VOLTO A FALAR: PLÁGIO É CRIME! E espero que isso não se repita novamente.

Quero agradecer a Cah Blanco por favorita a nossa fic! Muito obrigada, Flower, fico meeeeeeeeega feliz :D

Minhas amorecas que comentaram, nossa, fico muito feliz em saber que mesmo demorando pra postar, vocês sempre correm pra comentar... Vocês não sabem como eu amo os comentários de vocês! Me fazem mais feliz e me ajudam muito no decorrer da história!

Já demorei muito (como sempre) mas e então, bora ler?



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Aquelas palavras me atingiram de uma maneira inexplicável. Ela havia pedido mesmo isso? Uma menina de apenas cinco anos que eu resgatei das ruas estava implorando para que eu virasse sua nova mãe? Eu não a merecia. Sentia como se não merecesse nem um fio de cabelo dela... Mas Sofia merecia isso. Ela merecia ter uma mãe que a amasse e cudasse dela. E eu a amo tanto que nem consigo explicar a sensação  que tenho sempre que a abraço ou ouço ela cantar.

Se Sofia queria me ter como mãe, eu a teria como minha própria filha.

— Sim, meu amor, eu serei sua mamãe!

...

O dia havia sido longo. Como prometido levei Sofia para o shopping e lá fizemos umas comprinhas. Ela implorou para que eu a deixasse dormir na casa de León e já que amanhã seria sábado, não vi problema nisso. Perguntei Leonard se ele se importava se ela passasse o fim de semana lá e ele aceitou numa boa.

Como em toda sexta-feira, Ludmila saía para uma balada, boate, ou algo assim e eu e León colocávamos o papo em dia durante o jantar. Ele contou sobre um problema que teve que resolver com um rapaz da contabilidade por um cálculo malfeito que quase destruiu a empresa. O cara foi demitido, é claro.
E então era minha vez de falar. Contei a ele que havia virado mãe de uma hora pra outra. Ele achou estranho no começo da história mas então contei toda a verdade sobre ter tirado Sofia da rua e agora somos tão íntimas que parecemos ser do mesmo sangue e da mesma família desde sempre.

— Terminou de comer, amor? — Perguntei à Sofia e ela assentiu — Limpe a boca com o paninho — Estendi uma toalha de pano em sua direção e ela fez o que pedi.

— Gostou da comida? — León perguntou meigo e ela sorriu assentindo.

— Essa casa grandona é sua também? — A pequena perguntou curiosa e León riu.

— É sim, gostou?

— Ela é tão linda... Como você! — Encarei-o sem fala. Eu não sabia mesmo do que essa garotinha era capaz.

— Fico feliz por me achar bonito. Será que sua nova mamãe acha o mesmo? — Ele perguntou e eu senti meu rosto queimar imediatamente.

— Ela acha! — Sofia exclamou e deu um pulinho. Eu não estava acreditando que ela havia falado isso! E ele ainda riu... Tudo bem, era verdade mas eu não diria nada.
Peguei sua mão e a puxei para fora do cômodo.

— Está na hora de escovar os dentes, mocinha!

— Não se esqueça que amanhã vamos ao consultório novamente. — Ele gritou da sala de jantar.

— Não esquecerei...

...

Acordei e vi que estava chuviscando lá fora. Sentei-me na beirada da cama, coloquei minhas pantufas e me espreguicei, logo em seguida levantei sem movimentos bruscos para não acordar Sofia e resolvi descer para beber alguma coisa, já que não podia comer nada antes de fazer o procedimento novamente.

Tentei fazer o menor barulho possível enquanto eu descia a escada e ía em direção à sala de jantar. Ouvi duas vozes vindo do cômodo e me perguntei se eu havia acordado tão tarde assim...
Assustei-me ao ver Ludmila sentada à mesa tomando uma xícara bem grande de café ainda fumegante. Como ela conseguia ficar a madrugada toda dançando e bebendo em uma boate e acordar mais cedo que todo mundo da casa? Aprendi a não questionar nada que viesse de dela.

— Bom dia — Disse educada e ela me encarou um pouco menos seria do que das outras vezes.

— Bom dia — Ela me respondeu e deu outra golada no líquido quente de sua caneca. Definitivamente estava acontecendo alguma coisa... Ela nunca respondia os meus "Bom dias".

Peguei a jarra de suco de laranja e despejei em um copo de vidro e bebi metade do conteúdo.

— Como foi sua noitada? — Perguntei mas me martirizei por isso. Eu estava abusando da sorte.

— Hum, foi boa. Melhor do que eu imaginava que seria num clubinho de classe média... — Ela respondeu digitando algo rapidamente em seu enorme celular.

— Por que não levou León? Ele parecia um pouco estressado ao chegar do trabalho ontem — Terminei de falar e ela abaixou o celular para me encarar. Que mancada, Violetta!

— Se você pensa que somos namorados está muito enganada. Nós só temos uma coisa chamada de amizade colorida... Quando queremos nos pegar, nos pegamos mas mesmo assim somos só amigos. Não vou levá-lo a um lugar que eu vou para procurar um alguém novo.

— Ehr, me desculpe. Não queria te deixar irritada. — Disse num tom baixo e ela voltou a olhar para a tela do celular.

— Não estou irritada, apenas esclareci as coisas.

Eu ía falar alguma coisa mas ouvi som de risadas vindo da sala de estar. As vozes se intensificavam cada vez mais rápido até que vi León entrando correndo dentro da sala de jantar com Sofia em cima de suas costas rindo ao ponto de ficar vermelha. Eu não entendi ao certo o que estava acontecendo mas ri mesmo assim.

— Bom dia! — León disse animada dando a volta na mesa ainda com Sofia em seu colo. Ludmila olhou estranho para a garotinha, sem saber ao certo de quem se tratava.

— Bom dia, mamãe! — Ela disse animada e eu sorri ao ouvir "mamãe". Era tão estranho mas ao mesmo tempo tão reconfortante...

— Mamãe? — Ludmila perguntou incrédula.

— Longa história... — Disse apenas — Ela gosta de me chamar de mamãe, em resumo.

— Está entregue! — León colocou-a no meu colo e eu depositei um beijo em sua bochecha rosada, que ela retribuiu com um abraço.

— Está com fome? — Perguntei e ela assentiu sorrindo. León num piscar de olhos já havia preparado o achocolatado que ela tanto queria e eu fui preparar ovos mexidos, do jeito que ela gostava.

— Como faremos com a Sofia hoje? — Perguntei para León e ele me encarou pensativo — É dia de folga da Dona Olga...

— Ludmila... — León tentou terminar a frase mas a loira não deixou.

— Não sou babá, amor.

— É só um favorzinho! Ela não dá trabalho, Lu... — Ela parou de mexer no celular e encarou a loirinha à sua frente. Sofia comia em silêncio, entretida com alguma coisa no rótulo do pacote de biscoito. — É só algumas poucas horas, Ludmila!

— Não sei lidar com crianças, não vai rolar!

— Eu te pago uma viagem ao Caribe, uma semana e com tudo pago. — Ela arregalou os olhos.

— Tudo bem, mas se demorarem eu largo ela aqui sozinha e vou fazer compras.

— Como consegue ser tão fria? — Ele perguntou e ela deu de ombros.

Depois que deixamos tudo esclarecido, subi para tomar banho e me arrumar. Saímos de casa um pouco depois e seguimos para a clínica. O caminho já era bem conhecido, então conversamos a viagem toda sem nos preocupar em nos perder. Chegamos cedo demais então tivemos que esperar um pouco até nossa vez chegar.

— Bom dia, León e Violetta. É bom vê-los novamente. — Dr. Toledo, que estava tentando organizar algumas outras fichas de pacientes em sua mesa bagunçad,  se levantou e veio nos cumprimentar.

— Igualmente — Respondemos.

— Vamos ser breves, tudo bem? — Ele perguntou sorridente e nós assentimos — Já está tudo preparado. Aqui esta tudo o que você precisa para se vestir. Troque-se e nós te esperaremos na última sala desse mesmo corredor, tudo bem? — Assenti e fui em direção ao banheiro.

Como já estava familiarizada com tudo aquilo, não demorei muito para estar deitada naquela entranha maca, olhando assustada para León e segurando sua mão como na primeira vez.

— Já vamos começar... Você vai sentir doer, mas é algo rápido. — Ele avisou e eu apenas assenti, esperando aquela dor horrível chegar.

 

LEONARD VARGAS

Tateei meus bolsos da calça jeans e não encontrei meu celular. A carteira estava lá e a chave do carro também. Procurei novamente mas não encontrei nada. Olhei Violetta andando em passos lentos em direção à saída, devia ainda estar sentindo dor.

— Violetta! — Chamei-a. Ela parou e se virou para me encarar — Acho que esqueci meu celular na sala do Dr. Toledo, me espere no carro. — Joguei a chave em sua direção e ela pegou, saindo em seguida da clínica.

Andei em direção à sala do médico que nos havia atendido e bati na porta. Nada. Bati novamente e nada. Lembrei de que não havia procurado dentro do bolso da jaqueta e lá estava meu celular. Eu estava prestes a ir embora quando de repente comecei a ouvir gritos lá dentro da sala. Eram vozes do Dr. Toledo e... Dr. Soarez? A curiosidade tomou conta de mim e não pude deixar de ouvir.

Você é um estúpido! — Gritou Dr. Soarez — Eu não acredito que fez isso!

E...Eu não tenho culpa, o senhor escreveu Sr. e Sra. Vargas, como eu saberia que não eram León e Violetta?  — O quê? Por que estavam discutindo por isso?

Você é um imbecil! Vou perder meu emprego e minha carreira toda por esse erro seu! — Soarez gritou — León e Violetta não são casados. E a menina deixou bem claro que não era pra usar um óvulo dela... — Do que eles estavam falando? Eu estava começando a ficar nervoso.

Mas estava escrito...

Você leu a ficha errada! O que não entendeu disso? Existe mais de um Vargas nesse mundo, você sabia? — Ele gritou para Toledo e num ato inconsciente abri a porta e os dois pararam de discutir e me encararam.

— Do que vocês estão falando? — Perguntei pausadamente, aflito com o que eu tinha acabado de ouvir e Dr. Soarez se aproximou.

— Por favor, preciso que me escute do começo ao final, sente-se se quiser...— Ele disse e eu assenti mas não me sentei — O caso aqui é sobre o que aconteceu hoje. Como o senhor já deve estar sabendo, tive alguns problemas familiares e tive que ficar uns dias fora. Nesse tempo quem ficou no meu lugar e cuidando dos meus casos foi o Dr. Toledo.

— Por favor, vá logo ao que interessa! — Pedi, nervoso.

— Houve uma confusão entre a sua ficha e a ficha de um casal com o mesmo sobrenome que o seu.

— E qual é o problema? — Perguntei impaciente e ele respirou fundo. Dr. Toledo andava de um lado para o outro em um dos cantos da sala e parecia bem nervoso. Soarez o chamou e ele chegou mais perto e começou a explicar.

— Dois dias atrás quando vocês vieram aqui para saber se poderiam tentar a inseminação novamente, e eu disse a vocês que faríamos de forma diferente, conforme estava escrito na ficha que lia, se lembra? — Toledo perguntou mas eu apenas continuei a encará-lo. A essa hora Violetta estaria preocupadíssima comigo por não ter voltado ainda — Eu havia lido a ficha errada e naquele dia tínhamos retirado alguns óvulos de Violetta, já que na ficha que eu estava vendo dizia que o óvulo em que fariam a fecundação seria dessa mesma mulher.

— Mas o que você quer dizer com isso? — Perguntei preocupado e Dr. Toledo olhou para o chão.

— O embrião inseminado hoje em Violetta tem o óvulo dela... — Ele disse de uma vez e eu perdi meu ar.

Meu mundo caiu. Senti meu corpo inteiro esquentar e ficar fraco. Sentei na cadeira atrás de mim e escondi meu rosto entre as mãos. Isso não podia estar acontecendo... Se ela engravidasse dessa vez, significaria então que o filho seria dela também e se ela descobrisse, tiraria-o de mim e isso não podia acontecer.

— Ela é minha barriga de aluguel, não pode engravidar de um filho dela também... O que vou fazer? Estou perdido! — Respirei fundo e voltei a encará-los — Ela deixou bem claro que o óvulo que seria usado teria que vir de outra mulher! Eu não acredito...

— Acalme-se, tentaremos arrumar um jeito — Dr. Toledo disse e eu levantei indo na direção dele.

— Eu vou arrumar um jeito sim... De fazer você pagar por tudo isso! — Berrei em sua cara e ele se assustou — Eu vou te processar como nunca processei alguém na minha vida! Você vai se arrepender de existir, seu merda! — Gritei e saí às pressas.

O que eu faria agora? Torceria para que essa inseminação desse errado novamente? Eu não poderia falar a verdade para Violetta. Não agora. Ela provavelmente fugiria para outro país e se estivesse mesmo grávida, estaria fugindo com um filho que era meu também. Eu não admitiria isso nunca!

Eu não poderia contar para ela, seria arriscado demais. Eu teria que pensar em uma saída melhor. Abrir uma cláusula no contrato para que pudéssemos dividir a guarda desse filho, até agora hipotético, e só depois falar toda a verdade para ela sobre o erro médico? Eu já não conseguia mais raciocinar, meu medo tomava conta de mim cada vez mais e eu estava desesperado. O que eu iria fazer?

Eu não contaria para ela ainda, não mesmo!

— Nossa, demorou! Aconteceu algo?

— Não aconteceu nada, só não estava conseguindo encontrar o celular...


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Notas finais do capítulo

WOOOOOOOOOW, O FORNINHO ULTRAPASSOU O CHÃO MINHA GENTE! SEM PALAVRAS... MENTIRA... CARAAAA, QUE BOOOSTA! CONFUSÃO, LOUCURA... MEU SENHOR!

COMENTEM, COMENTEM, COMENTEM! EU SEI QUE VOCÊS TEM MUITO O QUE FALAR E CHORAMINGAR PRA MIM! MEU OMBRO TA AQUI PRA VOCÊS COLOCAREM A CABEÇA E MINHA CARA TA AQUI PRA VOCÊS ESBOFETEAREM! KKKKK BRINKS

FAVORITEM E RECOMENDEM :) PRA DEIXAR ESSA AUTORA MAIS FELIZ!

ATÉ LOGO!