POV Emma

No vôo

 Estava na poltrona 45 e ao meu lado estava uma mulher que quando entrou chamou atenção de várias pessoas, ela era ruiva de olhos azuis, sentou ao meu lado, trocamos algumas palavras sobre o clima e colocando os fones de ouvido logo dormiu.

 — Quer alguma coisa senhorita? – Uma mulher alta e loira vestida com o uniforme da companhia aérea perguntou apontando para o carrinho que tinham algumas opções.

— Um suco. – Eu disse.

 A mulher me entregou a garrafinha e seguiu vendo que a ruiva dormia.

 Eu não podia deixar de pensar tudo o que aconteceu esses dias em companhia de minha amada, Regina era tudo o que ela tinha, agora que a irmã tinha morrido, e Lily como amiga, mais era diferente, nunca teve laços de amizade tão forte, então se lembrou do Killian seu ex., assim que chegou da Costa Rica, conversou com ele que logo percebeu que ela estava estranha e já perguntou se ela tinha conhecido alguém, eu não menti, mas também não dei mais detalhes, apenas contei que ia embora para o Brasil e ele parece que entendeu o recado pois nunca mais ligou ou enviou mensagem.

 Estava tudo muito calmo e eu estava até sorrindo me lembrando de nossa despedida, quando um balançar me fez ficar em alerta, uma calmaria e novamente um balançar mais forte.

— O que foi isso? – A ruiva acordou assustada.

— Acho que foi uma turbulência. – Eu disse, e ela pareceu desesperada, estava tremendo. – Quer que eu segure sua mão? – Perguntei.

Nisso o avião deu um solavanco e ela mesma agarrou minha mão.

— Caralho, merda, merda... – Ela falava com voz tremula. – Porque estou xingando, eu não xingo!

— Você costuma falar sozinha? – Eu perguntei, pra fazer com que ela se acalmasse.

Nisso ouvimos o recado do piloto ou co-piloto, mais foi interrompida por mais um solavanco e mais outro e o avião tremeu todo.

— Senhores passageiros, pedimos que todos fiquem calmos, estamos passando por um turbulência, mais está tudo sobre controle.

Eu comecei a me assustar e a ruiva e outros passageiros começaram a entrar em pânico.

— Deus, o que é isso pai, por favor, não nós deixe morrer. – Ouvi vindo da poltrona de trás.

— Ai meu Deus, nós vamos morrer! – A ruiva apertava minha mao tão forte que tava doendo.

— Não, não vamos! – Eu respondi, mas não estava tão certa disso, pois os solavancos pareciam só aumentar, ouvi pessoas gritando, chorando, vomitando de pânico.

Meus pensamentos estavam a mil. “Ainda não é hora de morrer” Disse pra mim mesma, incapaz de falar algo. “Ainda tem muita coisa pra viver com meu amor, Regina eu te amo tanto.” Continuava em meu subconsciente.

Mais um solavanco e as mascaras de ar caíram, para todos os passageiros, uma mulher atordoada levantou e uma aeromoça gritou:

— Por favor, Senhora permaneça sentada para sua própria segurança.

— Alguns minutos depois, uma voz novamente avisou:

— Passamos pela turbulência espero que todos estejam bem, já estamos pousando.

Então tudo foi suavizando e sentimos o avião tocar o chão. As aeromoças vieram dar umas informações de como descer com segurança e ver se tinha alguém passando mal, olhei para a ruiva e ela estava branca, dei um sorriso para ela e falei:

— Não disse que não íamos morrer.

— Eu sempre soube isso. — Ela disse com o nariz empinado. – Mas depois sorriu e disse: – Obrigada e desculpe, acho que até te machuquei...meu nome é Zelena Mills. Esticou a mão para mim.

— Emma Swan, prazer, não me machucou. – Sorri para ela que sorriu de volta.

Continuei conversando com Zelena enquanto aguardávamos as malas, quando os celulares da maioria das pessoas que estavam por perto começaram a tocar, e o meu também, quando peguei vi que era Regina.

— Alô! Regina? – Atendi.

— Meu amor, tá tudo bem? – ela perguntou aflita. – Deu no noticiário que um avião passou por problemas e pelo horário desconfiei ser seu vôo, não conseguia falar, tava aflita.

— Oi amor, foi meu vôo sim, confesso que senti muito medo em um momento, eu só pensava em você. – disse. – Mais foi só um susto, nada aconteceu... só a moça que estava ao meu lado que quase arrancou meu braço fora, ele teve uma crise de pânico.

— Ah é! Me fale mais sobre essa moça.  – Disse com tom de brava.

— Porque quer saber da Zelena? – Provoquei.

— Zelena, já sabe até o nome dela é? Pegou o telefone também?

— Sabe que não! Mais ela está aqui perto, estamos esperando as bagagens ainda.

— Me arrependi ter te ligado! – Disse com voz embargada. – Toda preocupada com você e você aproveitando a companhia.

— Para com isso amor! É fofo ver você com ciúmes, mas eu só tenho olhos para você, pra toda minha vida.

— Não sei se acredito em você!

— É só se lembrar de algumas horas que se lembrará o que você causa em mim, te ligo assim que chegar em casa, estão liberando as bagagens.

— Ta bem, espero.

— Te amo viu linda.

— Eu também te amo muito. –Disse desligando e caminhando para pegar minha mala.

E não é que encontrei Zelena de novo, e caminhamos juntas até o ponto de táxi, no que foi ainda mais surpresa que íamos pra mesma região, então dividimos o táxi, mais confesso que foi tudo uma coincidência.

O pior que a ruiva era realmente atraente, e tinha uma personalidade amável, doce e era divertida ainda, uma pessoa muito agradável para conversar.

Paramos em frente ao seu prédio, ela pagou a corrida até ali e me entregou o seu cartão de visita, pedindo para que ligasse pra gente sair pra conversar.

Segurando cartão, sorri e balancei a cabeça quando vi que ela era escritora e editora de uma revista feminina.

POV Regina

Quando vi no noticiário na TV que um avião, passava por fortes turbulências, me virei para a TV para entender melhor então fiquei desesperada quando percebi que seria o vôo da Emma, por mais de meia hora tentei ligar até que enfim ela atendeu, e graças a Deus não tinha acontecido nada.

Mais fiquei com um pulga atrás da orelha com a brincadeira com a ruiva...quem seria ela, porque Emma falou dela, foi só uma brincadeira pra me causar ciúmes mesmo?

Zelena... não é um nome comum, e ruiva não deve existir duas, com uma simples busca na internet encontrei informações que parecia ser da pessoa que esteve com Emma, e isso me deixou com muito ciúmes, pois a ruiva era realmente linda, olhos azuis, e um sorriso muito lindo, mais não podia deixar que Emma soubesse disso nunca, mais estava me remoendo de vontade de saber se trocaram telefones e etc...