Naquela manhã, tudo estava quieto e completamente normal no domo da Unique.

Urso e os agentes até aquela exata hora não haviam recebido nenhum alerta de emergência de crianças precisando de ajuda, ou em perigo, sendo atacadas pelo espectro.

Que era uma criatura de preto, fantasmagórica horrenda, que antes estava a amedrontar todas as crianças ao redor do mundo quando a noite chegava.

Mas graças a ele e seus amigos, a criatura havia desaparecido e não se ouviu mais nenhuma lenda ou boatos a respeito disso.

E ninguém conseguia saber o que poderia ter acontecido.

Tudo havia voltado ao normal.

E as crianças agora pareciam estar seguras novamente.

Graças à uma nova agente especial que havia se juntado a eles.

E que havia provado a todos eles que tinha a capacidade força e inteligência necessárias para protegê-las e derrotar o espectro.

 Christine era uma tartaruga que de imediato fazia seus amigos, Wolfie e Dotty questionarem se ela era por algum acaso, parente próximo da Manuelita, que também era uma tartaruga, com uma historia pra lá de encantadora.

Muitos pais das varias crianças que haviam sido ajudadas por Urso mostravam aos filhos a historia da tartaruga através de um filme que mantinham guardado desde a infância.

Mas isso não era tudo.

Ela também despertava fascínio nas crianças por causa de seu cabelo ruivo, a personalidade forte e o sotaque espanhol incorrigível.

—Voce é a Manuelita? – perguntavam algumas crianças quando a viam andando pela floresta acompanhada de Urso em certas ocasiões.

Mesmo que ela não conseguisse responder, as crianças mantinham a confiança que ela poderia ser algum parente dela, pois não conseguiam evitar em pensar a respeito de Manuelita poder ter tido um filho ou filha no final da historia.

 Urso estava no escritório naquela hora do dia, escrevendo um relatório no computador central da agencia, afim de deixar suas missões especiais mais recentes registradas , até que pensou ouvir uma voz cantando alegremente uma canção em espanhol.

Foi então que reconheceu de imediato a letra, e que aquela voz era a de Christine, e começou a escutar com atenção como a voz dela soava lindamente e serena.

Como se fosse uma sereia.

 Ou um anjo que havia caído do céu por acidente e agora estava vivendo na terra, entre eles.

 Soy feliz

Yo soy tan feliz

Al bailar

Hasta desmayar

Ven acá

Todo es emoción

Que hasta luz de sol

Tiempo de soñar...

 Urso se levantou e se dirigiu a porta de saída do escritório e foi seguindo o som daquela voz, que estava acompanhada de uma batida de musica eletrônica contagiante e alegre.

E assim que se aproximou da entrada de uma das salas, ficou completamente chocado. Não conseguia acreditar em seus próprios olhos.

 Soy tan feliz

Oyendo un disco sensacional

Quiero reír hoy

No se puede llorar

Hey, hey, hey

Toca otra canción

Llena de emoción

A mi corazón

Hey, hey, hey

Yo quiero cantar

Yo quiero bailar

Y nunca parar

Soy feliz

Yo soy tan feliz..

 Christine estava dançando com uma expressão de plena alegria em seu rosto.

Guia Palm continuou executando batida e melodia da musica em seus sintetizadores digitais até que parou.

 Quando viu Urso parado ali, Christine simplesmente ficou sem saber o que faria ou diria a ele.

Até por que ele estava a fitando nos olhos de um jeito que a deixava muito encabulada.

—Oso? O que está fazendo aqui? – foi tudo o que ela conseguiu dizer.

—Você canta tão bem! – disse Urso ao mesmo tempo em que entrou na sala, ainda admirado com o talento de Christine.

Ela ainda envergonhada, retribuiu com um sorriso.

—Gracias!

Urso estendeu uma de suas mãos e pediu que Guia Palm tocasse a musica novamente e enquanto Christine cantava, os dois executavam uma dança em dupla.

E conforme a voz de Christine cantava a canção, Urso também começou a se sentir muito feliz.

Continuou dançando e seguindo o ritmo da musica e sorrindo para Christine que depois se deixou levar e logo depois os dois estavam completamente entregues a aquele momento em que dançavam na mais infinita harmonia

E quando se olhavam nos olhos, sentiam a sensação de alegria crescendo em seus corações.

—Continuem dançando! - disse Guia Palm tocando mais uma musica

E iluminando a sala com luzes coloridas e piscantes que deixavam o clima perfeito para dançar ao som de uma musica contagiante.

 ****

 Naquela noite, a menina Dottie, que era chamada de Doutora Brinquedos por seus amigos e família, estava se divertindo com seus brinquedos até que sua mãe apareceu em seu quarto e lhe disse que estava na hora de ir para a cama.

—Só mais um pouquinho, mamãe. Por favor! – implorou ela abraçada aos bichinhos de pelúcia.

Dottie tinha o sonho de se tornar uma medica como a mãe e vivia vestida com o seu jaleco de medica e com o estetoscópio de brinquedo pendurado no pescoço e quando algum de seus brinquedos ou de seu irmão, até mesmo os de seus amigos se quebrava no meio da brincadeira, ela os levava a seu pequeno consultório e assim começavam suas pequenas aventuras de medica

Porem ninguém sabia que aquele estetoscópio para ela, era mágico, com o poder de fazer ela conseguir falar com os brinquedos e que ela adorava curar os machucados dos brinquedos dos amigos ou do irmão quando estes se quebravam no meio da brincadeira.

Ela os examinava e depois curava seus “dodóis com a ajuda de sues bichinhos de pelúcia e is curava de sua melhor maneira.

 Com muito carinho e dedicação.

A mãe continuou fitando a filha nos olhos, mas mesmo que quisesse deixá-la brincando, e por mais que os olhinhos implorassem, ela sabia que a filha precisava dormir para no dia seguinte estar renovada e feliz.

—Filha. Você precisa ir dormir. Amanhã você pode brincar mais. - retrucou a mãe enquanto deixava seus brinquedos na estante e a acompanhou no banheiro onde a ajudou a escovar os dentes.

E quando a acompanhou de volta para o quarto e estava prestes a ler em voz alta seu conto de fadas favorito

—Mamãe. Vem ler a minha historinha para eu dormir!- chamava o irmão mais novo de seu quarto.

A mãe então pediu para que ficasse deitada e esperando para depois ler a historia para ela.

Mas tudo o que Dottie queria naquele momento era pegar seu estetoscópio que estava na estante, junto de seus outros brinquedos e continuar brincando.

Mas como não conseguia o alcançar e não queria desobedecer a sua mãe, continuou deitada em sua cama.

Tentou dormir simplesmente fechando os olhos e se deitando de forma confortável, mas ficou se virando para os lados e não conseguia

—Puxa! Não consigo dormir. O que vou fazer?- pergunta Dottie desesperada.

 Uma joaninha que estava pousada em sua escrivaninha levantou vôo e saiu pela janela mandando o relato através de uma mensagem para o satélite da Unique naquela mesma hora.

 E enquanto isso na agencia...

Urso e Christine continuavam dançando na sala de controle sem nenhuma preocupação.

Ele estava impressionado pelo som que sua voz emitia enquanto ela continuava cantando e ele dançava envolvido pela batida e melodia da musica

—ALERA ESPECIAL! ALERTA ESPECIAL! – gritou Guia Palm interrompendo a musica de imediato assim que recebeu o sinal do satélite.

Urso acaba se virando de mau jeito e sem querer, abraçou Christine que levou um susto e caiu no chão ficando com o seu corpo em cima do colo de Urso e o rosto um pouco bem perto de seu focinho aveludado.

—Oso! Tome mais cuidado quando for se virar! Estou cansada disso acontecendo! – disse Christine se mostrando visivelmente irritada, mas com as bochechas levemente coradas.

Ela sabia o quanto ele se atrapalhava todo, mesmo assim ela o ajuda a se levantar.

A tampa do relógio de pulso dele se abriu e eles ouvem a voz do chefe falando.

—Agentes especiais Urso e Christine. Aqui é o senhor Dos. É uma situação drástica. _Uma foto parece na tela do relógio, revelando uma garotinha em sua cama com uma visível carinha de desespero._ Está na hora de Dottie ir dormir, mas ela não consegue por que quer continuar brincando. Sua missão especial; ajudar Dottie a ir para a cama e ter uma boa noite de sono.

—Entendido, senhor Dos. Estamos a caminho! – disse Urso e fez sinal para que Christine o acompanhasse até a garagem da Unique.

Assim que chegaram lá, Christine pode ver que haviam vários veículos estacionados e se perguntou qual deles iriam usar naquela missão.

—Avecoptero! Precisamos ir á casa de uma menininha chamada Dottie!- ordena Urso para um helicóptero com pernas mecânicas que imitavam as de um pássaro.

—Entendido, Urso. Pode subir!- disse ele ao mesmo tempo em que levantava vôo e mudava a cabine para ter mais um assento.

Christine então fitou a grande aeronave que aos seus olhos parecia ser inseguro e perigoso demais para subir.

Nunca pensou que um dia precisaria subir naquele helicóptero para realizar uma missão especial em toda a sua vida de agente especial.

—Oso. Por que não podemos ir de trem ou carro? Acho que voar não é uma boa idéia.

Urso percebeu que ela estava com muito medo de altura.

 E então a fez vestir um colete.

—Você vai precisar disso, parceira. É um pára-quedas.

— Um pára-quedas? Mas por quê?

—Ás vezes o Avecoptero confunde um pouco as coisas! Você vai entender!

—Oso. Acho melhor pegarmos o trem! – disse Christine com um olhar visível de pavor diante de Avecoptero.

—Venha Christine. Não tenha medo. Temos que ir voando de qualquer maneira._ diz Urso e assim foram levados para dentro da cabine sendo puxados por um gancho e depois se sentaram nos assentos.

—Voando? Por que não por terra que é mais seguro?-pergunta Christine ainda apavorada e apertando os cintos de sua cadeira, ainda constrangida e com medo enquanto a nave acelerou os movimentos das hélices.

—Por que assim chegaremos mais rápido! – responde Urso puxando uma alavanca no painel de controle e eles sobem mais alto no céu.

—AAAAAAAYYYYYY!!!! OSOOOOO!!!! ESTÀ MUITO ALTO!!... FAZ ELE IR MAIS BAIXO!! NÒS VAMOS CAIR!! VAMOS A MORIR!!!!! - grita Christine desesperada e se agarrando ao braço de Urso de tanto medo.

—Fique calma, Christine! Tenho certeza que o Avecoptero vai nos levar até a casa da Dottie na mesma rapidez do Rapide.

—Mesmo?-pergunta Christine o encarando nos olhos mas ainda sentindo medo.

—Sim! Tenho certeza que o Avecpotero poderá nos deixar na casa da Dottie rapidinho!

—Sim Urso! Posso deixá-los lá num piscar de olhos!_ disse Avecoptero e prosseguiram o caminho.

Aos pouquinhos, Christine foi ficando admirada com a vista fornecida pela janela da nave e fitou a cidade vista de baixo.

Parecia ser minúscula como uma maquete. E o que deixava tudo aquilo mais lindo era a iluminação da cidade fornecia de noite.

—É lindo não é!

Si! Mui lindo!- diz ela ainda olhando com admiração para os prédios logo abaixo.

Os dois continuaram olhando a cidade e procurando ver qual das casas poderia ser a casa onde Dottie morava. Até que Urso pensou ver uma das casas ali adiante.

—Já estamos chegando Christine! È logo ali adiante.- disse Urso a ela.

Nesse exato momento, uma bolinha branca pulou no colo do Urso, dando um susto nele, e que depois foi para os braços de Christine.

—Doki? O que está fazendo aqui?-pergunta ela para a bolinha que tinha uma carinha de cachorro e orelhas que se abriam e fechavam para dentro do pequeno corpo redondo.

 Assim que ela de imediato se prendeu a seus ombros com suas pequenas patinhas, ele emitiu uns bips e ruídos robóticos em resposta.

—O que? Já acharam a casa da Dotty? Pode deixar que eu  deixo vocês aqui!

—Não! Não! A Christine disse..aaaahhh. Avecoptero! – dizia Urso tentando esclarecer a situação, mas antes que pudesse explicar algo, os dois começaram a cair assim que foram ejetados de imediato de dentro da cabine.

—AAAHHHH!!!! Yo voy a morir!! – gritou Christine desesperada ao ver o chão logo abaixo e enquanto caía.

Urso apertou um botão em sua jaqueta e ativou sua mochila a jato e se aproximou de Christine e puxou duas cordinhas em seu colete que ela ainda estava usando.

—Não se preocupe,Christine! È pra isso que serve o para quedas!

O para - quedas se abriu de imediato, diminuindo a velocidade constante da queda. Christine e a bolinha continuavam abraçados um ao outro até que quando pousaram com segurança no chão.

A casa de Dottie estava um pouco mais adiante.

Só teriam que continuar o resto do caminho andando.

Haviam percebido que haviam esquecido-se de chamar Guia Palm para aquela missão, mas não precisariam do Gps por que puderam avistar o rosto de Dottie em meio a uma das janelas das casas logo a frente.

—Oso? Poderia perdoar Christine pelo susto inesperado? Doki não fez por mal e Christine não sabia que por um acaso estaria viajando conosco às escondidas no Avecoptero.- disse Christine no meio do caminho, e visivelmente constrangida pelo o que havia acontecido.

Urso encarou o robozinho que emitiu uns ruídos na qual não havia conseguido entender o que ele queria dizer.

— O que ele disse?- pergunta Urso a Christine.

—Ele me disse que sente muito pelo o que houve lá dentro do Avecoptero e que gostou de você. - responde Christine a Urso enquanto andavam para mais adiante.

O robozinho pulou para seus braços e Urso achou engraçado quando ele emitiu pequenos bips e roçou o rostinho com seus pequenos olhinhos pretos na  bochecha felpuda dele.

Urso e Christine continuaram andando e viraram uma esquina.

Logo chegaram à casa de Dottie.

 Eles então usaram seus ganchos agarradores para subir pela janela.

Não queriam incomodar ninguém tocando a campainha ou batendo na porta de entrada.

—Agente Especial Urso? Está aqui numa missão especial?- pergunta Dottie com curiosidade assim que os viu entrando pela janela de seu quarto.

—Sim, Dottie! Eu e Christine estamos aqui para te ajudar a dormir. - responde Urso para ela.

—Mesmo. Muito obrigada.

—Isso é muito bom! Obrigada, Urso e Christine. - disse a mãe, feliz por vê-los ali.

—Será que eu já estou dormindo e sonhando alto? Ou estou mesmo falando com você sem precisar do meu estetoscópio mágico?-pergunta Dottie a Urso com o olhar direcionado a seus brinquedos na estante de seu quarto.

—Não é sonho! Eu sou um agente especial de verdade! E esta é a minha parceira, a Christine.

—Hola! — diz Christine com um aceno a ela.

—Nossa! Você é a tartaruga mais linda que eu já vi!- bradou Dottie encantada ao fitar para a parceira de Urso, totalmente encantada com o cabelo ruivo que ela tinha.

E ele estava mais lindo naquele momento.

Brilhando em contraste com a luz da lua vinda da janela.

—Oh! Usted tambem és muy linda, mi pequeno angel ! _ diz Christine com um sorriso repleto de honestidade para Dottie.

Afinal ela também era uma criança linda e admirável como todas ao redor do mundo.

—Qual é a primeira coisa que devíamos fazer?-perguntou Urso para Christine querendo saber qual seria o primeiro etapa para a missão especial.

Ainda estava acostumado a perguntar isso a Guia Palm quando ia começar a executar a missão.

Mas como havia se esquecido de chama-la para aquela missão, nem Christine conseguia ter idéia do que deveriam fazer.

Foi então que o robozinho, ainda sentado no ombro de Christine lhes deu uma resposta através de um holograma, que mostrava que eles deviam ajudar Dottie a se sentir confortável, e depois ler a ela uma historia.

Eles então ajudaram Dottie a se deitar de forma mais confortável.

E em seguida leram uma historia para ela em voz alta.

 O conto de fadas preferido dela,

A princesa e o Sapo que contava a historia de Tiana e o príncipe Naveen.

Quando pensaram que ela já estaria dormindo, viram que ela ainda não conseguia dormir, pois ainda estava se mexendo um pouco na cama e tentando manter os olhos fechados.

—Por que não canta uma canção de ninar pra ela, Urso?-pergunta a mãe com um olhar suplicante a ele como se tivesse a certeza de que aquilo a ajudaria a dormir melhor.

— Eu.. Eu não sou muito bom em cantar... Mas quem poderia fazer isso melhor do que eu é minha parceira, Christine. - diz Urso

A tartaruga ficou chocada e o rosto corado. Era provável que estava envergonhada e que era muito tímida para cantar numa situação como aquela.

—Não, Oso! Yo non quero! Não posso! – dizia ela visivelmente envergonhada e nervosa.

—Por favor. Eu adoraria ouvir uma musica que me ajudaria a dormir. – implorou Dottie com um olhar que a fez sentir um aperto no coração.

A tartaruga sabia que nunca conseguiria recusar o pedido de uma criança que precisava de ajuda.

—Você vai conseguir, Christine.- disse Urso com um otimismo que a fez sentir fascínio.

Mas um fascínio diferente de tudo o que já havia sentido.

O robozinho também a encorajou quando abanou as pequenas orelhas e emitindo uns bips, como se concordasse com o que Urso e a mãe de Dottie diziam.

Doki  então começou a tocar uma musica suave e calma ao mesmo tempo em que piscava pequenas luzes azuis em seu pequeno corpo redondo e exibia um holograma de um céu estrelado de noite no teto do quarto.

 Dottie sorria ao olhar a pequena estrela que piscava muito mais do que as outras.

 E assim, acompanhada pela melodia suave fornecida pelo sistema musical de Doki, que soava como caixinhas de musica, Christine começou a cantar;

Estrellita, ¿dónde estás? 

       Me pregunto qué serás. 

        En el cielo y en el mar, 

         Un diamante de verdad. 

          Estrellita, ¿dónde estás? 

            Me pregunto qué serás.

Urso de imediato reconheceu a canção que uma vez cantara junto de Charlie no momento em que estava o ajudando a lavar suas mãos antes do jantar numa de suas missões especiais naquela época em que ainda era um agente em treinamento.

E não conseguiu resistir em se juntar a Christine para cantar o refrão da musica.

Afinal ele adorava aquela canção.

Christine ficou fascinada ao vê-lo cantando, sentiu o coração acelerado e o rosto ficando levemente corado, mas mesmo assim, percebeu que adorou o som de sua voz, que era melodiosa e apaixonante.

Eles continuaram cantando em dupla até que a musica foi diminuindo de volume e o holograma foi se apagando.

E assim Dottie conseguiu adormecer tranqüila e feliz.

A mãe os agradeceu assegurando de que ela estaria muito bem descansada para o dia seguinte.

 Depois Urso e Christine puderam voltar para a Unique.

Mas desta vez no trem Rapide, para o alivio de Christine.

  O robozinho Doki foi bem recebido pelos agentes e despertou curiosidade de Dr. Buffo, que adorava inventar novas engenhocas.

 E de Guia Palm também, afinal ela era um ser que controlava tecnologia e se mostrou fluente em falar com robôs.

E durante a conversa ficaram impressionados quando o robozinho disse através de bips e ruídos robóticos a Guia Palm queria ser muito mais do que um cachorrinho e melhor amigo que Christine.

Queria ser a solução de todos os problemas e se mostrava muito determinado para ajudar Christine em suas novas missões especiais.

Sr Dos se mostrava muito orgulhoso com o trabalho que seus agentes haviam feito e depois chamou Christine para sua sala pessoal, onde Herbert, o líder do Esquadrão da Justiça também estava lá.

Eles dizem a ela o quanto estavam felizes por ela ter se juntado a equipe de agentes da Unique.

—Adoro ver você e Urso trabalhando em dupla e fico impressionado com sua escolha de se juntar a nós. - comenta Sr Dos com um visível sorriso de satisfação em seu rosto nobre de leão.

—Na verdade eu me senti obrigada a ficar, meu senhor!- diz Christine para Sr Dos enquanto se lembrava do como havia sido achada pelos agentes e de como havia recuperado certas memórias que havia tentado se esquecer.

Ainda não conseguia se lembrar de muita coisa, mas sabia que havia escolhido se juntar a equipe da agencia desde aquele dia.

Aquele em que prometera a si mesma que protegeria as crianças do alcance do espectro e bem antes de conhecer o agente especial Urso, e se juntar a equipe da agencia.

— Mesmo assim eu espero que você queira continuar protegendo e ajudando as crianças conosco.- diz Sr Dos.

—Mas é claro! Nunca vou querer deixá-las desamparadas ou sob o alcance daquela criatura se por um acaso ela se atrever a voltar. – diz ela garantindo que nunca pensaria em sair da agencia e que continuaria trabalhando ali mesmo e fitando seu crachá de agente especial fixo em sua jaqueta vermelha.

—Que bom! Estou tão orgulhoso de sua escolha!- disse Herbert a ela.

Depois daquilo, Christine voltou para a sala de controle acompanhada pelos dois leões, onde todos estavam esperando por ela.

Os amigos a puxam para o centro da sala onde uma musica estava tocando e o chão de um pequeno palco piscava em diferentes cores.

Dotty lhe deixa o microfone em suas mãos e pediu para que subisse e cantasse.

Mesmo nervosa começou a cantar junto da batida da musica enquanto Doki  e Guia Palm executavam a melodia da musica que fazia as luzes piscarem.

Dava a impressão de ser uma festa onde todos dançavam felizes conforme Christine cantava e dançava completamente feliz com tudo o que havia acontecido naquele dia.

 A canção que ela estava a cantar parecia dizer exatamente o que todos sentiam e queriam fazer naquele momento de mais pura alegria e êxtase.

Quiero estar junto a ti

        Jugar junto a ti

        Tener libertad y emocion de querer

           Hagamos de cuenta

          Que un sueño se inventa

           Y sólo un niño lo puede enteder

        Ser super humano, muñeco de paño

         Ser niño, ser niña, crear ilusión

                             Si todo es tan libre

                                   Superincreíble

                   Como el caramelo, anis y algodón

        Dulce dulce dulce

              La vida es tan dulce como miel

                La siento en mi boca y deslizando

                        Por toda mi piel

Enquanto via todos cantando e dançando com entusiasmo e empolgação Christine sentiu algo, e foi então que percebeu o que era.

Percebeu que estava aonde queria estar.

 Teve certeza que havia chegado aonde sempre havia desejado desde que começara a trabalhar como uma agente especial.

Num lugar onde se sentia muito bem vinda e que todos a amavam.

E que ficaria ali para sempre.

“Nunca mais vou pensar em ir embora” pensou ela com um sorriso em seu rostinho e continuou cantando e dançando, espalhando alegria para todos os seus amigos que dançavam empolgados

 E ao final todos a abraçaram, fazendo ela se sentir amada.

Como nunca havia se sentido antes.

“soy tan feliz!” declara ela em seus pensamentos

E voltou a cantar fazendo todos dançarem numa vibração de extrema alegria enquanto as luzes continuavam a piscar e a musica fazendo todos tirarem os pés do chão e continuarem a dançar

E assim todos eles dançaram até não poder mais.