Não é apenas Uma Aposta é Amor escrita por Lany


Capítulo 9
Em lugares especiais, pedidos especiais são feitos


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo.

Boa leitura



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    *Alice*

 É difícil acreditar que em poucos dias, alguém pode mudar tanto. Eu mesmo me surpreendo com tudo isso.  Mas inacreditavelmente Jasper mudou. Não deixa de ser confuso.  Mas é uma confusão incrivelmente agradável.

 

 Já faz alguns dias que estamos juntos, não assumimos nada para ninguém, até por que ainda não existe o que assumir. Mas agora é inevitável não ficarmos um na presença do outro.

 

 Jasper parece não se importa com o que os outros pensam, nós conversamos, algumas vezes andamos juntos, algumas pessoas já me perguntaram se estávamos saindo, Na maioria das vezes prefiro não responder. Contudo entendo o lado dele, ele realmente não está preocupado com Maria, disso eu tenho certeza. Ele só acha melhor ficarmos do jeito que estamos e em relação a isso não tenho do que reclamar nós estamos perfeitamente bem.

 

  Fazia algum tempo que o carro seguia por uma trilha calma e tranquila.

 

-Então para onde vamos? –Voltei a perguntar pelo o que parecia ser a milésima vez.

 

-Você não cansa de perguntar à mesma coisa? –Sorri amarelo! Ele já sabia que a resposta seria não.

 

 O caminho se tornava cada vez mais deserto, as árvores que nos rodeava aos poucos passaram a sumir, restando apenas à terra molhada e nós.

 

-É uma surpresa! Não teria graça se contasse. –Encarei o caminho tentando inutilmente achar algo familiar.

 

-Eu não gosto de surpresas. Não quando eu não sei o que é! –Confessei bufando impaciente. Nunca havia passado por aqui.

 

-Tenho certeza que você vai gostar dessa. Aliás, você esta linda! –Mordi o lábio inferior com a declaração.

 

-Obrigado! Você não vai mesmo me contar pra onde vamos? –Insistente. Recostando-me no banco.

 

-Você é bem curiosa! –Afirmou, derrotado. -O que posso dizer é que nós vamos fazer um piquenique. –Apontou sobre o ombro para o banco de traz onde havia uma cesta. Perguntava-me como não vi antes. Era enorme.

 

-Eu gosto de piqueniques. É tão romântico. –Declarei. Suas mãos deslizavam habilidosas pelo volante.

 

-Você me faz ser um romântico, bobo e apaixonado! –Retorceu o rosto em uma careta. Meus olhos seguiram a curva de seus lábios enquanto ele pronunciava as palavras. Apaixonado. Foi exatamente o que ele disse.

 

-Gostei do apaixonado! –Nossos olhos se encontraram por uma curta fração de tempo. Suspirei abobada.

 

-Você acabou com a surpresa! –Retrucou fingindo desapontamento.

 

-Não! Você só me disse que íamos fazer um piquenique, mas não disse onde e... –Cortou-me antes que pudesse terminar a frase.

 

-Que por sinal acabamos de chegar.  –Estacionou o carro.

 

  Sem pensar duas vezes sai do automóvel observando minuciosamente o local.

 

 Estávamos em frente a um penhasco incrivelmente lindo. Havia grandes pedras que se estendiam ao redor do curto caminho elas era tão únicas e grandioso que pareciam ter e representar formas distintas. O céu estava nublando apenas alguns raios de sol escapavam entre as nuvens o que deixava o lugar ainda mais inacreditável. Era inevitável não esticar os braços tentando tocar, inutilmente, as finas massas cinzentas, que pareciam tão perto.

 

 Fechei os olhos respirando profundamente, sentido o vento frio tocar meu rosto, inalando o aroma que aquele lugar trazia.

 

-Gostou? –Jasper sussurrou próximo ao meu ouvindo, abraçando-me.

 

-É surreal! –Murmurei maravilhada. Virei para encara-lo.

 

Nossos lábios brincaram carinhosamente um com o outro. Naquele lugar tudo parecia tão mágico e bonito que chegava a dar medo.

 

-Espero que esteja com fome! –Disse depois que nos separamos.

 

-Você nem imagina, fiquei tão curiosa que nem comi direito. –Confessei.

 

  Voltamos para o carro pegando uma grande toalha e a cesta, Que por sinal estava bem abastecida.

 

-Você que fez tudo isso? –Apontei para os doces e salgado que Jasper tirava da cesta.

 

-Não! Mas eu tive todo o trabalho de comprar tudo isso! –Exclamou, com uma falsa expressão de cansaço.

 

-Da pra imaginar todo esse trabalho. –Fingi espanto. Sentei ao seu lado tirando as poucas coisas que ainda restava lá dentro.

 

 Seu celular chamou exigente, nos assustando.

 

 Jasper olhou no visor, vacilando em atender ou não. Assenti.

 

-Oi! –Disse com a voz fria.

 

-Onde deveria estar uma hora dessas? Na escola é claro! –Ele menti bem. Fez-si uma longa pausa.

 

-Eu sei! Se for só isso tenho que desligar! –Em um movimento rápido o celular já estava em seu bolso.

 

-Problemas com meu pai. –Desculpou-se.

 

-Tudo bem! É difícil encontrar um adolescente que não tenha problemas com os pais. Então qual é o seu? –Perguntei curiosa. Enquanto acomodava-me melhor, pegando um sanduíche, e uma garrafa de suco. Jasper hesitou sem saber se deveria falar ou não. Esperei paciente. Enquanto ele fazia o mesmo que eu, pegando um sanduíche e algo para beber.

 

-Acho que o maior problema é que meu pai pensa que pode controlar tudo e todos, inclusive a mim. Ele é advogado e quer que eu siga a mesma carreira. –Revelou apreensivo.

 

-Só que você não que ser advogado! –Deduzi.

 

-Não! E isso gera muitas discussões. –Fez uma pausa para comer. -Quero fazer arquitetura. –Completou.

 

-E você já disse isso a ele? –Perguntei depois de beber o misto de frutas cítricas.

 

-Não! Só quem sabe é a Rose, a Bella, o Edward, o Emmett, e agora você.

 

-Você deveria falar talvez ele só esteja preocupado pensando que o filho quer ser um músico roqueiro com uma banda estranha e o corpo todo coberto por tatuagens bizarras. Jasper arregalava os olhos á medida que manifestava meus pensamentos.

 

-O que? Eu imaginava você assim daqui a uns vinte anos. Mais ainda assim você era bonito. Estranho. Mais bonito. –Declarei sentido minhas bochechas arderem.

 

-Se eles pensam isso de mim, é melhor eu falar logo. E eu sei que sou bonito de todo o jeito ate mesmo como um... roqueiro esquisito.

 

-Que garoto mais convencido! –O empurrei de leve. Jasper puxou-me ternamente, fazendo com que pousasse a cabeça em seu colo.

 

-Foi você que disse que eu era bonito eu só concordei. –Sorria entre a explicação. Era praticamente impossível argumentar, era difícil ate mesmo pensar na posição que me encontrava agora. Embalada em seu colo. -Agora é sua vez! –Passou o polegar sobre o canto esquerdo de minha boca, limpando o que parecia ser gotículas do suco que a pouco bebia.

 

-Minha vez de que? –Estreitou os olhos. Eu realmente não sabia do que ele estava falando.

 

-Você disse que era difícil encontrar adolescentes que não tenha problemas com os pais! – Repetiu o que eu havia dito.

 

-Então qual o problema com seus pais? –Indagou, afagando meu rosto.

 

-Com meu pai! Minha mãe morreu já faz muito tempo. –Sussurrei as palavras tentando deixar a voz firme e calma.

 

-Tinha ouvido alguns comentários desse tipo, mais não tinha certeza. –Pronunciou pensativo. –Eu sinto muito. –Disse reconfortante.

 

-Eu também! –Respirei fundo. -Ela morreu quando eu ainda era muito pequena... Sinceramente não lembro de nada relacionado a ela. –Sorri sem humor. -Meu pai se mudou para Forks depois do acidente, desde então ele só pensa no trabalho, ele mal para em casa. Por sorte Elizabeth, minha tia veio com ele. Ela é incrível, eu não sei o que seria de mim sem ela. –Finalizei o resumo que fiz sobre meus “problemas adolescentes”.  –Os dedos de Jasper eram precisos, seguindo cada linda de minha face, como se quisesse marca-las, memoriza-las, isso era bom; me acalmava.

 

   Passamos a falar de assuntos banais, passaram-se horas que mais se pareciam minutos. A presença dele fazia com que eu perdesse a noção do tempo.

 

 .*.*.*.

 

-Eu nunca pensei... Eu nem se quer sonhei que algum dia faria um piquenique. –Revelou-me, enquanto colocávamos a cesta dentro do carro.

 

-Já eu, nunca pesei que faria um piquenique com você. –Encostei-me nele, selando nossos lábios.

 

-Não me acha digno de sua companhia? –Perguntou em tom brincalhão. Revirei os olhos.

 

-Pelo contrario! Poderia ser qualquer uma aqui, nesse lugar... com você. –Tentava inutilmente recolocar no lugar os fios de seu cabelo loiro que o vento insistia em desarrumar.

 

-Mais não é qual quer uma, é você e é só disso que eu preciso. –Puxou-me delicadamente, para mais perto. Meus olhos seguiram o seu braço que apontava em direção ao por do sol.

 O céu estava dominado pela camada alaranjada de um crepúsculo perfeito.

 

-E é só disso que vou precisar. –Completou. Apertando-me mais contra si.

 

 Seus braços entrelaçaram-se na minha cintura, aconcheguei minha cabeça em seu peito.

Ficamos assim por mais algum tempo. Imóveis, apenas observando. Meus olhos e minha mente vagavam entre as cores e as rochas, mergulhando juntamente com o sol nas montanhas mais distantes.

 

-É melhor nos irmos! Ta ficando tarde. –Jasper sibilou, quando os pequenos pontos, fraco e sem vigor das estrelas tentavam atravessar as nuvens pesadas de chuva.

 

-Eu gostei desse lugar. Não queria ir agora. –Pela a cara que fez, ele também não queria ir.

 

-Podemos voltar quando você quiser, esse lugar fica ainda mais bonito e interessante com você aqui. Mais, agora... –Beijou o topo de minha cabeça. -Temos que ir.

 

-Posso dirigir? –Encostei-me no capô. Jasper estreitou os olhos.

 

-Você sabe? Já tem carteira? –Ele bem que podia confiar em mim.

 

-Eu não tenho carteira, Mais sei dirigir, Paul me ensinou!

 

-E quem é Paul? –Indagou.

 

-Ele é o motoristas, e um grande amigo. –Cruzei os braços sobre o peito.

 

-Um amigo? –Perguntou desconfiado. Uma cena que com certeza merecia replay.

 

-Sim! Por que?

 

-Não é muito legal saber que sua namorada, tem um amigo que parece ser tão próximo. –Jasper posicionou as mão entre meu corpo, me deixando prensa entre o carro e seus braços.

 Isso realmente não pode estar acontecendo, Eu entendi bem? Jasper Hale esta com Ciúmes? O olhei incredula.

 

-Primeiro. Paul tem 47 anos.

 

-Segundo. Ele é casado, e muito bem casado.

 

-E terceiro. Eu não sabia que já estávamos namorando. –Chegou mais perto, suas mãos que há poucos segundos estavam no veículo agora me levantaram deixando-me sentada no mesmo.

 

-Primeiro. Eu não sabia que você gostava de homens mais velhos.

 

-Segundo. Ele ser casado é um grande problema. Pra nós dois.

 

-E terceiro. Namora comigo?

 

 Tentei inúmeras vezes puxar o ar o que deveria ser uma tarefa fácil, entretanto parecia ser quase impossível. Jasper analisava-me atentamente, esperando uma resposta, presumo. Tentei falar, porem as emoções que me invadiam eram tantas que foi um esforço inútil. Segurei firmemente sua blusa beijando-o. Sorri entre o beijo, percebendo que ele fazia o mesmo.

 

-Então, mostre-me o que Paul lhe ensinou. –Entregou-me as chaves, um tanto desafiador.

 

Abriu a porta com uma leve reverencia, O que me fez ri. Rodeou o carro lentamente, como se tivesse lembrado de algo, sentou-se ao meu com expressão abatida imerso em seus pensamentos.

 

-Há algo errado? –Balançou a cabeça, tentando espantar as lembranças.

 

-Não! Não a nada errado! –Sorriu fraco.

 


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Notas finais do capítulo

N/A: Então o que acharam? Gostaram? Espero que sim!
Me perdoem pelos erros de português esse cap tb não foi betado.

Bjinhos para

juffss
juliacalasans
Anazinha_Cullen
liviagabi4
beautiful girls
Mary_Alice_B_C
mog
BSwan
Yasmin Caroline
Natyfofy
Anyy
Nyh_Cah
jacki

Obrigado por sempre estarem lendo e comentando.

Bjinhos.