Não é apenas Uma Aposta é Amor escrita por Lany


Capítulo 17
Memórias, Lembranças e Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Esse cap vai...
Para Mary Alice, uma grande amiga que sempre esta por aqui!

Boa leitura.



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*Alice*

 

Levantei ouvindo Nessie murmurar baixinho coisas desconexa e a respiração estável de Ang. Apenas de camisola e com os pés descalço atravessei a porta, antes observei mais uma vez o pequeno relógio, 2:17 a próxima “ronda” dos monitores seria apenas entre as 3:00 e 4:00.

 

 Estava inquieta, é difícil fugir do que esta dentro de você; Não posso deter meus sonhos, meus pensamentos, meus sentimento, por mais que queira. Não posso.

 

 Não sabia ao certo aonde iria, na maioria das noites que passava em claro ficava em meu próprio quarto esperando amanhecer, mais hoje ate os finos galhos batendo na janela incomodava-me.

 

  Me surpreendi em encontrar, o cabelo loiro desgrenhado, as costas descobertas e sua forma masculina sentado em um dos últimos degraus da escadaria. Meus pés desobedeciam ao comando de meu cérebro, fazendo o contrario do que ele ordenava.

 

  Sentei abraçando minhas pernas o observando. Ele estava com a cabeça entre as mãos parecia dormi calmamente.

 

Poderíamos estar tão bem, Jazz. Por que você fez questão de acabar com tudo?

 

-Também esta sem sono? –Reprimir o impulso de correr ao ouvi-lo. Afirmei positivamente. Apesar de tudo acho que lhe devo um pedido de desculpa.

 

-Eu... –Falamos e nos calamos ao mesmo tempo. Jasper aproximou sentando-se no degrau abaixo no qual me encontrava e de frente para mim, mordi o lábio inferior tentando abafar os gritos de alerta que meu corpo mandava. -Primeiro você. –Pedi.

 

-Eu fiquei intrigado... com o texto, eh,  quase tudo do que escrevi estava lá e eu queria saber se as outras frases vieram  de você. –Abaixou o rosto e meus olhos acompanharam seus movimento, encarei seu pescoço, seu tórax e seus braços que tanto me faziam falta.

 

-É... Reconheci todas as... as frases que escrevi. –Seus dedos oscilaram aproximando-se lentamente de minhas mãos. Droga, aquele texto não pode significar nada. Sua mão enfim tocou a minha, olhei para as duas palmas unidas, seladas, como nos velhos tempos. Tempos que não deveriam ter acontecido. As separei. 

 

-Você sempre... teimosa. –As palavras foram tão ternas que não chegou a ser uma ofensa. -Também queria me desculpar por ter sido tão grosso na aula, eu estava cansado e estressado com o seu comportamento. –Sorriu sem graça.

 

-Era exatamente isso que iria falar...Também queria me desculpar. –Meus braços continuavam envolvendo meu próprio corpo.

 

-Sem problemas, acho que nós dois perdemos a cabeça. –Meus olhos fitava apenas o leve movimento que seus lábios faziam. Como ainda posso deseja-lo apesar de tudo?

 

-É melhor eu ir! –Antes que pudesse levantar Jasper envolveu meu pulso carinhosamente, mais uma vez me vi presa em meus desejos.

 

-Não estamos fazendo nada de mais! Fica. Por favor. –Pareceu suplicar, não só com suas palavras mais com o olhar. Ignorei as pequenas farpas que adentravam em meu peito que agiam como lembretes da dor que ele era capaz de proporcionar.

 

-Você tem ido ao penhasco? –Perguntou, querendo puxar assunto. Voltei a me recostar e ele sorriu, um sorriso tão caloroso que me lembra a nossa dolorosa historia.

 

-Não! Tenho tentado evitar os lugares que me lembra você. –Entre os diversos diálogos ou brigas, essa esta sendo a primeira conversa na qual participo sendo plenamente sincera, e realmente tenho medo do que posso dizer.

 

-Eu tenho ido muito lá ultimamente, é bom rever as lembranças. Isso me ajuda. –Jasper encolheu-se mais, jogando a cabeça para trás, com os olhos fixos nos meus. -Joh perguntou por você!

 

-Faz um bom tempo que não o vejo. –Senti falta de meu amigo e do melhor cachorro quente do mundo. Sorri levemente com a memória.

 

-Podemos ir lá... se você quiser? –Controlei minha língua antes que falasse o que queria. Com certeza não erra o certo, não para mim.

 

-É melhor não. –Soltei o ar com dificuldade. –Não, não insista.

 

-Não estou insistindo, apenas conversando. –Suspirou. -Sabe! Apesar de você não acreditar que eu também sofro com essa historia... Eu faço tudo pra ficar perto de você por que... É como se você fosse à única morfina pra essa dor. E fico me perguntando como você consegue... –Jasper se atrapalhou com suas próprias palavras.

 

-Você também age como um analgésico para mim, só que... meu corpo e minha mente parece mandar pequenas amostras da dor que isso tudo proporcionou e eu definitivamente não quero passar por isso de novo.

 

-Eu queria que você acreditasse em mim! Eu fico pra enlouquecer com essa situação. –Ambos os olhos encaravam-se e marejavam com a mesma intensidade.

 

-Não da! Você me enganou, me traiu, me iludiu. Você mentiu. –As silabas saiam em uma lentidão desastrosa. Causando ainda mais danos.

 

-Eu te amo! E eu sei que você não me odeia. –Afirmou contendo as lagrimas que ameaçavam cair.

 

-Eu odeio continuar te amando. –O liquido salgado desceu por meu rosto parando em meus lábios.

 

-Eu prometo te fazer esquecer, eu juro... e dessa vez sem mentiras. –Aproximou-se. Suas mão em meu rosto e as minha em seu peito tentando afasta-lo. Chegou tão perto que minha língua era capaz de sentir seu hálito. Desistir. Entregando-me totalmente ao beijo. Um beijo cheio de carinho, lagrimas e saudades. Teria tempo de mais par me martirizar por isso.

 

 Seus lábios sempre urgentes e ao mesmo tempo cautelosos como se... Assim como eu ele esperasse esse toque por muito tempo. Os olhos continuavam fechados mais ainda assim as lagrimas continuava a cair misturando-se em nossas bocas.

 

 Nos separamos apenas quando a falta de oxigênio foi maior do que o desejo, o que demorou muito. Agora os meus dedos tremiam em seu rosto como se estivesse acabado de acordo de um sonho.

 

-Eu prometo dessa vez será diferente. –Sussurrou dando-me um pequeno beijo.

 

-Promete? –Perguntei entre as lagrimas meus dedos nunca deixando seu rosto.

 

-Prometo! Prometo pelo amor que consome meu peito... –Fez uma pequena pausa e voltou a selar nossos lábios. –Me deixa cuidar do seu coração, pequena. Apenas diga que me ama!

 

-Eu te amo! –Sussurrei voltando a beija-lo.

 

 

 

.*.*.*.

 

 

  Abrir os olhos relutante, encarando o teto já iluminado. Pousei a mão sobre os lábios.

 

-Idiota! –Murmurei para me mesma. Como posso continuar sonhando com ele?

 

-O que foi dessa vez? –Ang perguntou sentando em minha cama ainda de camisola.

 

-As mesmas besteiras de sempre... Eu o perdoando! –Suspirei em tom monótono.

 

-Talvez seja um sinal! –Nessie gritou de dentro do banheiro.

 

-Esquece Nessie! Eu nunca acreditei em sinais.

 

-Deveria começar. –Insistiu saindo do banho enrolada em um roupão rosa claro.

 

 Eu sei que ambas as meninas só estão tentando ajudar, entretanto elas não entendem que não a como esquecer todo o que se passou. As memórias, as lembranças e os sonhos não me deixam por um só segundo.  


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Notas finais do capítulo

N/A: Oi Molekinhas sorridentes! como estão?
e sim, sim e sim estou muuuito feliz só no cap passado foram 19 comentarios e por isso mais uma vez agradeço a todas vcs, Muito obrigado!

Eu sei que esse cap foi pequeno + prometo que o proximo sera bem maior... e por falar em proximo a fic já esta toda completinha e garanto que vcs ainda vão se surpreender bastante!
Bjinhos p/ Tata q só não betou o cap pq esta com uns probleminhas.

Mega bejinhos!