Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 47
Atendimento #047: Backup


Notas iniciais do capítulo

O supervisor sempre solta um barro, mas quem fica no lugar dele?
Para isso que existe o backup.

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/679050/chapter/47

Atendimento #047: Backup

 

O supervisor não é um ser onisciente e onipotente. Ele, assim como todo ser humano, possui suas necessidade fisiológicas. Sim, soltar um barro é uma delas. Nesses momentos os backups entram em ação.

Esses funcionários quando não estão em exercício são apenas atendentes comuns, mas quando são convocados pelos encarregados estes tornam-se substitutos dos mesmos; monitoram, falam com o cliente e até compram bolo e café.

O atendente ergueu a mão, porém na cadeira do encarregado estava uma figura diferente, seu nome era Kauã e seu jeito de auxiliar não era muito agradável.

— Kauã o que você tá fazendo como backup? — A pergunta partiu de Ezequiel ao ver o rapaz com a mesma roupa do wally se aproximando.

— Eu to aqui como substituto, foi o Igor que me escolheu. — O encarregado temporário se apoiou na divisória das mesas, ao fazê-lo a mesma se soltou caindo no chão. — Têm algum problema quanto a isso? — Completou tentando arrumar o problema causado na divisória.

— Sei lá ué. Até onde eu me lembro para ser backup é por meritocracia. E ser o pior dos atendentes não é bem o título que eu consideraria como bom.

Os dois se odiavam como cão e gato. Se fosse uma animação japonesa a toca de olhares deles seria representada por um encontro de dois raios saindo de seus olhos.

— Só lamento por você, Igor nem precisou pensar em me colocar.

O supervisor tinha passado ao seu lado tocando em seu braço sinalizando a mesa. Kauã entendeu que ele deveria ir e assumir o posto de backup por mérito, porém na verdade o barro que Igor soltaria não estava tão sólido e isso era graças ao leite azedo que ele bebera de manhã.

— Vai logo eu não quero continuar respirando o mesmo ar que você; o que essa cliente quer?

— Essa cliente aqui tá me dizendo que estão ligando para ela várias vezes ao dia, o mesmo numero e esse está sendo daqui da central. Eu pensei “até aí tudo bem, até por que para vender temos de infernizar o cliente até ele querer enforcar a própria mãe com uma corda de arame farpado”, mas ai ela me disse uma coisinha que foi bem bisonha.

— An? — Kauã estranhou ao ver o colega de operação tirar o telefone do mudo.

— Senhora Gisleide diga-me mais uma vez, o que o atendente lhe dizia?

O sons de pratos sendo lavados passou a ser emitido pelo auto falante do telefone de Ezequiel. A mulher ainda calma terminou de organizar a louça e retornou ao telefone.

— Oi, então primeiro ele me dizia  que a ligação era relacionada a vendas. Ai ele tentava me convencer das promoções de vocês e tal. Eu estou bem assim, não quero mudar de plano de internet apenas por alguns trocados a mais, mas mesmo assim ouvia. Até ai beleza, o problema acontece depois disso. Sempre chega uma mensagem no meu celular dizendo “Será que a dona dessa voz é tão gostosa quando ela?”

Kauã engoliu seco enquanto ouvia o relato da cliente. Seu colega se virava para ele com uma expressão de condenação na face. Eles nada disseram, porém a cliente continuava seu relato.

— Eu não sei quantas vezes só nessa semana eu recebi essas mensagens. Eu tenho certeza que é um atendente de vocês por isso eu quero falar com seu encarregado.

— Certo senhora eu vou chamá-lo está bem? Peço que espero um momento.

O atendente retirou o head e entregou ao colega de pouca afinidade. Kauã a principio se negou a falar com a cliente, mas sem opções começou.

— Kauã boa tarde com que eu falo? — O rapaz de traços indígenas tentava mudar o timbre da voz.

— Espera um momento, seu  nome é Kauã? Foi o mesmo nome do atendente que falou comigo. Têm mais de um Kauã por ai além de você?

Ezequiel ouvia tudo com um sorriso maligno estampado na face. Seus olhos iam da tela do computador para a face ensopada de suor de seu backup. Este, travado, buscava de alguma forma uma resposta que não fosse denunciá-lo.

Sua mão foi rapidamente até o botão drop, porém nosso herói impediu que o mesmo desconectasse a ligação.

— Vamos lá Kauã, está na hora de descobrir se essa cliente é tão gostosa quanto a voz dela… — Sussurrou Ezequiel com uma expressão psicopática na face.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A meu amigo, não vá querer ser o grande manolo sendo que têm culpa no cartório ahahahahahaha

Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Do outro lado da linha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.