Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 189
Atendimento #189: O furacão


Notas iniciais do capítulo

Será que todos os problemas são culpa do atendente?

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #189: O furacão

 

Uma coisa que se deve existir em qualquer relacionamento, seja ele amoroso, profissional ou mesmo entre um leão um porco e um suricate é a confiança. No caso dos nossos heróis a confiança deveria se dar entre o líder e seus subordinados de uma maneira simples e harmoniosa.

— Como assim não vai? Vai sim, todo mundo concordou com isso! — Amanda empurrava Ezequiel para o banheiro com uma sacola na mão.

— Mas por que ?

— CALA A BOCA E VAI!

Os atendentes revesavam nas poucas chamadas que surgiam naquele dia. O sábado de festa havia sido combinado entre os membros da operação para comemorar a recém promoção de Ezequiel. Até ai nada de mais, salgados, refrigerantes uns pão com mortadela e pá, certo? Então, seria assim se não tivesse sido a Amanda a organizar a festa e a impor uma temática especifica.

— Senhor espera um momento que meu salto alto está machucando.

— Salto alto? — A cliente Vanusa era uma senhora conservadora, falava tranquilamente, tomava chá e reclamava que seu canal payperview de shows de metal não estava funcionando.

— É senhora eu não entendo como se usa uma coisa dessas e ainda assim conseguem ficar confortável.

A cliente colocou seu chá sobre a mesa, retirou a pulseira preta de spikes do braço e respirou fundo.

— O que você têm de entender é que essas coisas são para nos deixar mais bonitas, então se você não quer beleza use um pijama.— A cliente tentava sintonizar o canal mas ele ainda encontrava-se indisponível.— E ai Ancelmo como vai ser, eu vou ou não ver o show da minha banda?

O atendente que tinha salto alto nos pés e usava um cosplay da ranger rosa tentava, a todo custo, resolver o problema da cliente em linha para que esta lhe desse uma boa avaliação e ele pudesse ganhar uma entrada de cinema.

— Senhora eu estou vendo por aqui, mas acho que o problema é puramente falta de sinal devido a mau tempo.

— Agora quer dizer que se cair uma garoa eu não  vou poder assistir mais nada nessa porcaria? — A mulher começava a se irritar e a falar como se estivesse cantando um screamo rasgado.

— Não senhora. — O atendente tentava contornar a situação.

Sim senhora! Quem têm televisão paga sabe bem como é isso. Quando o clima fecha mais que cara de criança emburrada e as nuvens só faltam falar “CORRE NEGADA!” o sinal fica um lixo. Não, minto! Se passar uma pomba por cima da sua casa e deixar um “presentinho” na sua antena já era filhote, sem reality, sem show de rock e sem canais pornô.

    — O que eu quero dizer é que o sinal varia um pouquinho quando o clima não está muito favorável. Entretanto eu acho que ele vai ficar indisponível na região da senhora por mais algum tempo.

— Não, não, não! Eu quero esse show liberado pra ontem querido!

Ancelmo se levantou e foi para a mesa do supervisor buscar por auxilio. Geralmente quando o encarregado não deixa um backup para substituí-lo significa que ele não vai demorar para voltar.

— Meu deus...— Falou o domador de clientes tirando o capacete da cabeça.

— Essa é minha vadia...— Amanda encarava o marido como se fosse devorá-lo.

Ezequiel saiu do banheiro com um vestido vermelho colado no corpo, uma sandália no melhor modelo gladiadora e uma maquiagem um tanto quanto bem feita no rosto.

— Sua delicia. — Falou Amanda apertando-lhe o traseiro.

— Fala o que você quer Ancelmo. — Nosso heroi se sentia envergonhado por estar usando uma roupa que o deixava “desguarnecido” na parte inferior.

— Vo-você tá uma bela de uma gatinha cara… — Ancelmo não conseguia ver as feições masculina do encarregado que parecia uma menininha delicada.

— Fala qual foi a treta antes que eu arranque seu pacote cor-de-rosa em meio as faíscas.

Ancelmo explicou o que acontecia com a cliente e porque ele não poderia resolver o problema dela ali. Assim que compreendeu o supervisor foi até a mesa do subordinado.

— Senhora aqui é o supervisor da operação, Ezequiel.

— Esqueceu de falar que é a garota furacão!— Gritou Amanda do outro lado do corredor

— Enfim, senhora realmente o sinal do seu receptor varia um pouco de acordo com o clima.

— Mas por que está tendo uma garoa não vai funcionar.

— Senhora, não sei se a senhora está sabendo, mas como a senhora está ai na califórnia; o que alias eu invejo fortemente, parabéns, o seu estado está sofrendo de uma interferência devido ao clima do estado vizinho.

— Nossa que serviço horrível então ein! Se o clima do estado vizinho interfere..

Ezequiel, encarnado como garota, ajustou os cabelos curtos para a direita e rodou a bahiana.

— Queridinha eu ACHO, eu só ACHO tá? Que um FURACÃO vai causar ALGUMA interferência no sinal...Assim eu só ACHO tá? ENTÃO não vem culpar nois aqui não, espera o clima melhorar e depois vem reclamar beleza? — Encerrou o contato subtamente se levantou para sair da mesa de Ancelmo.

Nosso heroi ao se virar deparou-se com a figura de IGor alastor trazendo alguns itens para a festa. O ex encarregado também havia sido convidado.

— Aquele ali é o Ezequiel? — Perguntou ele sussurrando no ouvido de Amanda, ela apenas respondeu que sim com a cabeça. O ex encarregado fez uma cara de surpresa com os olhos arregalados. — Mô gostosa ein!


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Notas finais do capítulo

Eu não imaginava que nosso herói fosse tão gatinha assim aiuedhaieuhaiuehaieuheaiuahieuhaiuheiuhqa
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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