Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 171
Atendimento #171: Receptação


Notas iniciais do capítulo

Já comprou algo caido do caminhão???

Que coisa feia...

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #171: Receptação

 

Comprar produtos baratos é uma arte complicada. Primeiro que você têm de saber que sempre aquela pechincha vai ter volta. CLaro que têm! Não acredita? Vai lá então e inventa de comprar um celular da joinha eletrônico e daqui a seis meses me diz se ele ainda tá funcionando legazinho. Quer comparar maça mordida com joinha? Não eu não gosto de maçã…
— Comprou isso no trêm mesmo? — Amanda, que vale ressaltar era uma garota branquela como a neve, estava com a pele quase toda coberta de chocolate.

— Sim… — Ezequiel olhava sua esposa devorando todas as barras de chocolate que ele trouxera com certo receio e medo, tipo quando alguém em um filme de terror vê seu amigo ser comido vivo.

Como já vimos antes eles não chegavam sempre ao mesmo tempo, o que poderia facilitar em uma infidelidade por parte de nosso herói, mas é claro que ele sabia que nenhum dos orifícios presentes em seu corpo seria perdoado caso ele se quer pensasse nisso.

— O cara do trêm tava vendendo baratinho, acho que caiu do caminhão.— Completou nosso heroi

 O termo era usado sempre quando alguém queria dizer que algum produto era fruto de receptação, ou seja tinha sido roubado. Na central quase nunca se usava o termo. Da ultima vez que nosso herói soube que alguém mencionou um produto caído do caminhão, foi referente a um lote de colônias roubadas de Catherine. O que aconteceu com esse pessoa quando a mafiosa descobriu? Bom… o destino dela não foi bonito, mas ao menos foi bem cheiroso e hidratado.

— Delicia.  — A garota comia tão vorazmente que sua pele já estava quase toda coberta da pasta marrom.

— Ainda bem que eu guardei uma para mim…— Murmurou Ezequiel.

Enquanto uma chamada caia no telefone de Ezequiel a garota grávida se atirava para cima dele tentando tomar-lhe o doce. Ele a segurava com cuidado para não machucar-la.

— Ezequiel bom dia, cuidado aí sua infeliz, ce tá buchuda. — Nosso protagonista tentava segurar a garota que queria o morder a todo custo. — Espera aí senhor, ou senhora sei lá.

— Tá tudo bem por ai? — O cliente se assustou com os rosnados e sons ferozes que a garota emitia, fora que o esforço que nosso herói fazia dava a entender que ele estava sendo devorado vivo.

— Tá sim. — Com a situação controlada e os dentes da garota cravados no seu braço, o nosso herói continuou a chamada. — Como eu posso ajudar senhor.

 — Então o que acontece é que eu comprei um climatizador de vocês e como eu imaginei ele deu problema. — Era nítido ver a chateação na voz do cliente, parecia até uma criança quando vê seu sorvete cair no chão e derreter. — Bom, eu fui na autorizada de vocês de São paulo.

— Ai não...— Murmurou Ezequiel imaginando o que o técnico teria feito com o climatizador.

— Fui muito mal tratado pelo técnico que me chamou de “um sete um”. Só por que eu disse que não tinha a nota fiscal do produto todos me olharam como se eu estivesse cagado.

— Tá… — O atendente já conseguia ver o taco de baseball de Regis descendo sobre a estrutura do produto do cliente.— Só pra constar eu preciso de  seus dados para registrar a chamada e poder ligar para a autorizada, sendo assim me passa o CPF do titular.

O cliente encerrou o contato de maneira súbita.

Enquanto Amanda voltava para sua mesa ao lado de Ezequiel, esta reparou que Kauã anotava coisas em cadernos semelhantes aos que Igor usara para a sua vingança suprema, entretanto, diferente do ex chefe ele parecia encarar os atendentes como se fosse os engolir.

— Eu não shippo vocês dois, mas acho que o nazista ali na supervisão tá querendo seu porco nú.— A garota sussurrou enquanto ambos observavam a figura do encarregado que curiosamente estava com um bigodinho minimo no dia.

Amanda atendeu uma ligação, o cliente retornou.

— Amanda bom dia, por gentileza me informe o cpf do titular…

— Mas eu acabei de ligar aí e seu colega não me pediu nenhum tipo de informação.

— Acontece... — A garota mastigou a barra de chocolate meio amargo como se esta fosse um pedaço de bife. — que eu não sou ele, aliás se for quem eu penso que é...— Encarou Ezequiel. — Ele é uma mocinha incompetente…

— Não enche… — Reclamou nosso heroi.

— Olha eu quero só que meu produto seja reparado, já levei na autorizada e eles não quiseram me atender. Isso por que tava na cara que o produto é da marca de vocês.

— Sei… e o que garante que ele é seu?

— An?

— Vamos pensar assim, o cara faz o treco e manda pra loja, agora imagina que alguém, não sei quem, pode ser você mesmo, vai e pega a carga desse caminhão. Essa pessoa não vai ter nota fiscal, não vai ter comprovante de garantia, não têm nada. — A garota chupava os dedos. — É tipo esse chocolate que eu comi, sem nota, sem garantia, sem nada. Se ele me der dor de barriga, quem se lascou fui eu.

— Entendi, então não posso ter garantia né?

— A...então é roubado mesmo não é? Pois é senhor, agora se ferraê. No meu caso se o chocolate que eu comi “tiver” estragado eu só preciso passar algumas horas agarrada na privada e já era, agora você vai ter de aguentar o calor, seu trouxa!— Anunciou Amanda desligando a chamada. A garota pensou por dois segundos. Virou-se para Ezequiel. — Você conferiu a validade dessas barras?

Nosso herói arregalou o olho.

— Eita...

 


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Notas finais do capítulo

Eita caraca...

Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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