Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 144
Atendimento #144: Remedinhos


Notas iniciais do capítulo

Quando o stress é muito grande procuramos alívios de diversas formas. Alguns bebem, outros fumam, outros tomam remédios e eu escrevo :D
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #144: Remedinhos

Se lembra de Alana? Sim aquela que foi treinada pelo atendente Per-fei-to. Dos diversos tipos de atendentes existente a garota de cabelos castanhos e roupa social fazia o mais estranho deles.

— Eu não entendi, quero que repita o mais rápido que puder. — A garota abriu sua garrafa de água comprada na cantina, colocou dois comprimidos na língua e os engoliu com água. — Se não falar rápido eu não vou entender moça.

— Rápido? Como assim? Não deveria ser devagar para você entender?

— Fala de uma vez se não eu arranco o seu fígado.— Sussurrou Alana com os olhos arregaladas em direção ao telefone.

Sim Alana era viciada em remédios. Você não acredita que os atendentes possam se viciar nisso? Sinto dizer mas muitos deles acabam por ficar extremamente estressados e por isso buscam o auxilio de remédios que os ajudem a orbitar saturno. Ezequiel por exemplo é viciado em café, Amanda em catuaba, Ancelmo em Power Rangers e Igor em musicas antigas.

— Diga onde você vai, que eu vou varrendo. Diga onde você vai, que eu vou varrendo. — Cantou Igor colocando no viva voz e o cliente respondeu.

— Vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo. — O cliente riu ao ser recebido com música. — Vocês são muito espertos. Se não fosse por isso eu já ia te xingar sabia?

— Eu imaginei que sim chefe, não precisa nem dizer pra ver o que deu errado aqui. — Igor acessara a base de dados e verificara que o cliente tinha problemas em sua fatura, o saldo do mês anterior não fora liquidado.— Então o senhor é caloteiro...

— Caloteiro é sua mãe, aquela cadela.

O homem do outro lado da linha tinha o tom ainda risonho em sua voz, mas um insulto é um insulto mesmo que seja lançado em meio a gargalhadas. E como o ex supervisor passou sua adolescência quase inteira nas comunidades do rio, para ele insultos não eram toleráveis.

— Desde quando tu têm moral pra falar da mãe dos outro em chapa? Sua velha sequestrava o bondinho do pão de açúcar pra fazer balada da terceira idade. Fora que tua mãe é a campeã da quebrada, ninguém desce uma ladeira com carrinho de rolimã melhor que ela. Ah! — Alastor iria parar mas uma vez no embalo era muito difícil. — Manda a senhora sua mãe parar de vender pintinho colorido na feira que isso é CRIME. — Enfatizou ele descarregando toda sua ira.— Agora parceiro fala ai por que tu não pagou a conta?

O cliente fora tão bombardeado de insultos que sua mente tentava recuperar os cacos que eram a dignidade da sua mãe

— Eu-eu-eu. — A mente ainda processava o que acontecera. — Eu paguei...

— A pagou é? — levantou-se e apontou para a mesa de Alana. — E a minha colega ali também não está esmagando comprimidos de calmante para cheirar o pó deles. — Assim as palavras de Alastor voaram pelo setor todos os atendentes e até o supervisor a encararam. Com o nariz sujo e jogada na cadeira Alana atendia o cliente com total paciência.

— Eu paguei sim! Tenho até o comprovante aqui para garantir que ver?

— Então chefia. — Igor balançou os braços. — Não sei se cê tá ligado mermão, mas eu não tenho como ver nada.

— Você é cego? — indagou o cliente querendo insultar o atendente.

— Sou sim, eu até presto o suporte usando a minha bengala. — Ironizou Igor. — Não né chefia to falando com tu pelo telefone como quer que eu veja alguma coisa?

O cliente raciocinou um pouco e logo verificou que fazia sentido a lógica. Não demorou muito para que o cliente se tocasse de sua falha.

— Droga eu paguei a conta de outra pessoa. — O cliente lamentou meneando a cabeça. — Eu achei a conta com o dinheiro e acabei pagando sem querer!— O homem do outro lado da linha deixou o ar escapar como um pneu murcho.— Edison de sorte. — Completou ele amaldiçoando a sorte do cliente do atendimento #140.

Igor levou a mão ao rosto.

— Para uns é boa ação divina, para outros é vacilação divina...


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Notas finais do capítulo

Pois é né, Deus não é agiota no fim das contas ahahaahahah
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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