Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 134
Atendimento #134: Celular


Notas iniciais do capítulo

Quando você trabalha com atendimentos receber ligações pessoais se torna um saco...
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #134: Celular

Todo atendente precisa ser meio malandro, claro que alguns as vezes extrapolam os níveis e acabam alterando os endereços dos produtos e os furtando, mas alguns apenas pedem para falar com a sua mãe.

Como vocês já devem ter percebido, algumas vezes os clientes se perdem entre os setores, claro que alguns atendentes mal intencionados contribuem bastante ao transferi-los de maneira indevida, mas alguns clientes realmente são mais perdidos que cego em tiroteio.

— Mas você que têm de me atender fio. — A mulher que falara isso chamava Tuane, este achava que, por ter ligado todos os atendentes deveriam ser capacitados para fazer qualquer coisa.

— Ô tia da empada eu já falei que não rola. — Igor deu uma mordida no bolo de chocolate que pedira para Ezequiel comprar na lanchonete. — Eu alei que eu ósso transfêir você. — Falou ele enquanto mastigava. — Se não quiser isso tudo bem, podemos ficar aqui batendo um lero até o fim do meu horário, mas fique sabendo que sou muito bem casado.

— Eu só quero meu brinde moço, custa colocar no seu sistema?

Igor tinha uma paciência bem razoável quando se trata de clientes homens, mas quando se trata de mulheres ele simplesmente era relax.

— Olha eu vou explicar como funciona as coisas de uma forma simples. — Pigarreou, tomou um gole de café. — Eu trabalho em um setor diversificado, se a senhora tiver um tabuleiro de jogos satânicos é bem capaz que eu tenha de prestar suporte, até se a senhora tiver devendo para um agiota poderia conversar comigo, mas promoções não.

Realmente, um dos mandamentos não escritos dos atendentes é: "Não atenderas tretas de outros setores" Igor sabia disso, por isso por mais que quisesse ajudar não poderia. Porém ao invés de simplesmente dispensar a mulher Igor teve uma ideia. No fim do corredor surgiu o anão da manutenção. Com um esforço quase sobrehumano o diminuto carregava uma cadeira sobre a cabeça. O ex encarregado esperou até o baixinho se aproximar e segurou o objeto o erguendo até a altura do rosto, o baixinho balançava a s eprnas buscando um apoio em qualquer lugar mas logo desistiu e ficou encarando Alastor com os olhos serrados.

— Que é seu praga?— indagou o diminuto relaxando os ombros.

— Essa é a primeira vez que estamos cara a cara ein? — Igor riu de maneira controlada, teria gargalhado se não tivesse sido interrompido por um tapa das mãos peludas forçudas, porém pequenas do anão. Igor olhou para cima, apontou para o anão. — Tá vendo né? Vou transformar ele em uma bola de futebol e vou chutar ele até o society do flamengo.

Igor enfureceu-se muito porém não agrediu o anão da maneira que ele realmente queria.

— Vacilo isso de deixar dar só um tapa ein!— Falou ele novamente olhando para o céu. — Só por que eu queria enfiar uma cenoura nele.— Respirou de maneira pesada, abaixou a cabeça me deixando de lado.— Te deixando de lado nada. — Murmurou virando-se para o anão. — Lindomar, preciso de uma ajuda.

O marombado compacto, ainda erguido no ar, sacou do bolso uma bola de chiclete e começou a masca-lo.

— Tá querendo fazer um menagem diferente é? — Questionou sorrindo malignamente. — Por que eu também curto essas festas legais ai.

— Na verdade eu preciso de uma ajuda pra uma zoada. — Igor explicou os detalhes com cautela para o baixinho do helpdesk, enquanto o fazia o mesmo sorria orgulhosos do próprio plano.— Pode ser?

Lindomar soltou-se da cadeira e sacou o celular do bolso, esticando a tela ele mostrou um número para ele.

— Se eu ficar ser minha bombada da noite por causa disso eu vou descontar em você ein Alastor! —Igor largou a cadeira sobre a cabeça do baixinho que caiu sentado com o peso. — Filho da ...

— Senhora! — Igor sentou-se na cadeira chamando a atenção da cliente.

— Pensei que não voltava mais.— Ironizou venenosa.

— Pois é, isso é o que minhas ex-mulheres dizem quando eu apareço na casa delas para usar o banheiro. — Igor ficou em silêncio por um segundo.— Enfim, como seu caso não é comigo vou transferir a senhora para a pessoa responsável, tranquilo?

— Vai lá...

Igor pressionou o botão transfer, ao fazê-lo a segunda linha do seu telefone foi habilitada. Geralmente os atendentes digitam o numero de um setor especifico, ou seja, um ramal. Porém, Igor teve uma idéia diferente e para isso precisada daquele numero fornecido por Lindomar.

Discou os números e pressionou o transfer.

— Isso vai ser da hora.

Um telefone celular no setor ao lado de Igor começou a tocar, rapidamente uma garota o atendeu. Não, os atendentes não podem receber chamadas particulares durante o expediente, por essa razão que ela sussurava.

— Alô? Com que eu falo? — Emilly, a garota de tatuagens floridas nunca falara tão baixo assim. — O QUE? — Mas logicamente que seu tom de voz baixo durou pouco. — Como assim você quer falar com o setor de promoções? — Extressada a garota se levantou e começou a olhar em volta. — QUEM FOI O FILHO DA MÂE QUE TRANSFERIU UM CLIENTE PARA MEU CELULAR?

O Lindomar não conseguiu se conter e deixou escapar uma risada leve.

— Parabêns! — Bateu palmas enquanto deligava o aparelho. — Vou até subir a cama um metro, quero ver você subir!


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Notas finais do capítulo

Viu? Eu acho que alguem não vai brincar de branca de neve hoje auheauheiaeuheahaeeahi

Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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