Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 108
Atendimento #108: Telefonema


Notas iniciais do capítulo

Você já pensou para quem ligaria em uma situação de emergência?

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #108: Telefonema

Você já foi preso? Bom, eu não, e nem quero voltar a ser, mas você sabia que quando vamos em cana realmente temos direito a uma ligação? Pois é, e para onde seria o último lugar para onde você ligaria se fosse para o xilindró?

Exatamente, um suporte técnico.

— Ezequiel bom dia com quem eu falo?

Comendo um dos fabulosos croissants de chocolate nosso heroi atendeu a chamada. Naquele instante usava um babador gigantesco para não sujar toda a roupa. Amanda o teria devorado, por que se normalmente ela já adorava o doce, grávida então nem se fala; mas nosso herói fora mais inteligente, enquanto ele comia um, na mesa da garota outros três croissant’s eram devorados.

— Chef é o seguinte, vou falar rapidinho por que é complicado. A minha conta.

— Espera. — Ezequiel colocou a chamada no mudo, pigarreou forçosamente para limpar a garganta. O dia estava propicio, o clima agradável… Era hora de mandar ver. — Pode me dizer o seu nome primeiramente senhor?

— Aldacir. Pronto já falei, agora

— Isso, agora eu posso te ajudar.

— Parça eu to querendo saber por que minhas cointas continuam chegando para mim? — O cliente esperou por um momento e logo continuou, só que seu tom de voz diminuirá uma oitava.—  Eu não teria como receber essas correspondências, principalmente por que foi cancelado.

— Não foi não chefe. — Ezequiel limpava os dedos e lambia o babador. — To vendo aqui que sua conta tá ativa a cerca de três anos.

O cliente não esperneou, não gritou, não se estressou. Até por que se o fizesse os guardas o pegariam.

— Mas como eu tô recebendo essas contas? Não é possível.

— Como não é possível? Os correios conseguem ir em quase todas as partes do país, até no acre eles chegam. Por que não chegariam até o senhor?

— Por que eu to na prisão. — O homem sussurou.

Ezequiel parou a lambida no meio, a surpresa fora grande em saber que alguém na cadeia recebia contas. Em seus registros o atendente vira que o endereço de entrega fora alterado haviam mais de seis meses, junto com a data existia o nome do atendente responsável por tal mudança. Infelizmente este já havia sido demitido e preso, e sim, você entendeu direito.

— Senhor, eu verifiquei que um de meus colegas foi o responsável por mudar a entrega e impossibilitar o seu cancelamento.

— E por que ele fez isso parça?

— Amigo eu não sei, mas eu infelizmente não posso tirar satisfação com ele.

— E por que parça? — O encarcerado sentia que o atendente se sensibilizara pelo seu caso.

— É uma longa história, mas eu te conto colega.

Ezequiel foi explicando calmamente o que seus dois companheiros fizeram, em seguida revelou todos os acontecimentos dos atendimentos #105 e #106.

— A, então você tá me dizendo que o cara que tá aqui na minha cela é o cara que me lascou é? — O homem se virara para o interior do ambiente em que se encontrava, seus colegas replicaram o movimento. — Vamos fazer ele virar mocinha, valeu pela dica amigão.

A ligação se encerrou com os gritos do atendente Per-fei-to.

Nosso herói foi sorrateiramente á mesa ao lado buscando mordiscar os doces da esposa, ela, no entanto, pressentiu a atitude do rapaz e rosnou como se fosse uma leoa. Os dentes marrons a mostra deixavam toda a fúria visível.

— Eu to comendo por dois! — Falou enquanto tentava morder o dedo de nosso herói, astuto este conseguiu beliscar outro croissant.

Enquanto mastigava outra chamada surgiu.

— Está gostoso aí, professor? — A voz irritada e contida chamara nosso herói.— Espero que não tenham esquecido de mim, sua aluna aqui está com saudades.

— Fabiana? — O atendente surpreendeu-se. O silêncio na ligação foi sua confirmação. — Como eu posso ajudar?

Nosso protagonista retomou sua postura de atendente e ignorou qualquer ligação anterior com a garota. Se por acaso pegassem a chamada ele poderia ser apontado como cumplice.

— Não finge que não me conhece, eu estou aqui por culpa sua. Se não fosse por você eu e o Antônio estariámos bem.

— Senhora, eu não estou compreendendo sua solicitação. Eu posso auxiliar a senhora em alguma coisa?

— Quero que você me tire daqui, você agora têm dinheiro e pode muito bem pagar minha fiança.

— Senhora, se não tiver nenhum aparelho com problemas ou mesmo dúvidas em sua conta eu terei de desligar.

— Você fazer isso mesmo?

— Se eu fiz seu colega virar mocinha na outra penitenciária eu posso muito bem fazer você ficar quietinha aí...

A chamada silênciou-se, a garota ficar embasbacada com tamanha frieza…

— Por falta de comunicação, estou encerrando o contato, se estiver ouvindo peço que retorne. — Ezequiel desligou a chamada sentindo certa pena da colega...Mentira ele encerrou a chamada rindo horrores, a culpa era da garota e de seu cúmplice que fizeram algo de errado.

— Por que essa gargalhada toda. — A garota de cabelo raspado na lateral indagava com os beiços marrons. Amanda estava furiosa com a interrupção de seu lanchinho e poderia devorá-lo por isso.

— Nada não. — Respondeu Ezequiel assustado.




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Notas finais do capítulo

Cada um têm de pagar pelos crimes que tenha cometido, nem mesmo seus colegas são isentos disso...
Aliás...bem feito para ambos! aehahahahaha

Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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