Thantophobia escrita por Katherine


Capítulo 18
I am not ready




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Stiles Stilinski

Tateei o bolso da calça a procura do meu celular em quanto corri o mais rápido possível para perto da Lydia, que estava sentada no chão com as mãos em volta do pé direito, liguei a lanterna me agachando ao seu lado pensando no pior, mas antes que pudesse ver direito ela voltou a ficar de pé e saiu correndo novamente. Arfei. Ela havia se machucado e continuava a correr, aquilo não poderia dar certo. Vi algumas manchas de sangue no chão, onde Lydia encontrava-se à alguns segundos atrás, e deduzi que ela havia se cortado com algo. Eu já tinha a perdido, mas se demorasse por mais tempo não conseguiria alcança-la. Na tentativa desesperada de que ela me ouvisse gritei o seu nome o mais alto possível voltando a correr.

Estava quase morrendo durante o percurso atrás de Lydia, mas não encontrava-a de maneira nenhum, me crucifiquei por muitas vezes ignorar as aulas de corridas para conversar com Scott, aquilo com certeza me ajudaria numa hora como essa. Diminui os passos quando meus pés adentraram em uma espécie de clareira, mas não conseguia ver nada direito, devido a noite escura. Liguei novamente a lanterna do celular que apitava avisando que a bateria estava prestes a acabar, era só o que me faltava. Poucos passos a minha frente reconheci os cabelos ruivos e longos da Banshee. Ela encontrava-se sentada na grama molhada e com a perna bastante suja de sangue, foi então que percebi que ela ainda estava de salto.

Ela havia feito tudo aquilo para que achássemos Scott e, eu já estava perdendo as esperanças sobre isso, era tão mais importante para ela do que para mim. Andei até ela em passos apressados tentando controlar a minha respiração após ver o sangue que ainda saia do enorme corte na lateral de sua perna. Os cabelos ruivos estavam bagunçados, com alguns fiapos na frente do rosto, e as mãos e pernas cobertas de lama e sangue.

— Lydia. – chamei tentando, em vão, controlar a minha voz.

— Tira ele – sussurrou, segurando o meu braço com sua mão. – Tira o Scott.

Franzi o cenho e por um momento pensei que ela estivesse alucinando, até olhar em volta da clareira encontrando um poço coberto por madeiras. Um ligar húmido e escuro. Levantei-me rapidamente me aproximando do poço feito com pedras e puxando as madeiras com minhas próprias mãos. Foi uma espécie de surto de adrenalina, jamais conseguiria tirar as madeiras sem ferramentas se fosse em outro momento. Mirei a lanterna dentro do poço encontrando Scott com a cabeça baixa. Suspirei aliviado rezando para que não tivéssemos chego tarde demais.

— Você o achou. – disse, virando-me para Lydia.

O corpo da garota estava jogado na grama, sujando-se mais ainda. Seus olhos estavam fechados e tive certeza que havia perdido sangue o suficiente para que continuasse acordada. Trinquei os dentes voltando a olhar novamente para o poço e em seguida para a ruiva. Eu não tinha escolha, teria que abrir mão de algum deles, e não estava preparado para isso. Senti algo gelado rolar pelo meu rosto e só então percebi ser uma lagrima.

— Três de apenas uma vez – ouvi uma voz vindo logo atrás de mim. Reconheci ser a irmã gêmea de Maison e prendi a respiração no mesmo momento. – Parece que vocês já perderam.

Olhei em volta procurando alguma arma que pudesse usar para me defender, mas nada foi achado, meu olhar se prendeu em Lydia novamente e eu não fui capaz de desviar. Estava mais pálida do que antes, e o sangue continuava a aumentar.

Ouvi alguém arfando e meu olhar caiu sobre Christopher e Derek logo atrás da garota que tinha uma flecha atravessando o seu peito, ela caiu de joelhos em questão de segundos e pude perceber que o pai de Allison tinha um olhar abalado para a garota, mas nada foi dito. Eles andaram até mim o mais rápido possível.

— Onde está Scott? – Derek perguntou e eu apontei para o poço.

Christopher encontrava-se no mesmo local de Lydia, já com ela em seus braços.

— Ajude Derek – ele disse. – Encontro vocês no hospital.

Vi a silhueta de Lydia se perder entre as arvores, no colo do Argent mais velho, e rezei com todas as minhas forças para que ficasse tudo bem.

Para que não tivesse que abrir mão de ninguém.


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