Warriors escrita por Malina Endou


Capítulo 6
Welcome home.


Notas iniciais do capítulo

Yo!!

Aqui está mais um capítulo! Demorou mas consegui FINALMENTE termina-lo! Tive que resistir a muitas tentações só para escreve-lo, ok? ;-; como jogar Sims. Y^Y E também porque viciei noutro jogo! X'D

Enfim, espero que gostem do capítulo!

Boa leitura!



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Malina

5 de janeiro, 2050

15:43

Queria ter corrido até lá fora com elas e ir ver, rapidamente, o que se estava a passar, mas a dor que me atingia toda a perna era forte de mais para colocar o pé no chão, e muito menos para andar. Peguei na moleta e tentei apressar-me juntamente com a Yasmin que parecia estar a suportar a dor bem melhor do que eu, acabando por me deixar para trás.

Tinha o sentimento de que a frase que a Starfox deixou suspensa no ar, tinha a ver com os rapazes desaparecidos... Com o meu primo.

Cheguei à saída do prédio escolar, após a imensa dificuldade que tive em passar pelo armários espalhados pelo chão, e vi todas as raparigas num autêntico alvoroço a chorar, mas também a rir. Estavam junto a duas carrinhas, uma branca e outra preta, das quais começaram a sair alguns rapazes, inclusive o Goenji.

Estava tão feliz por vê-lo são e salvo, mas quando ia abrir a boca para chama-lo, vi a Natsumi enrolar os braços no seu pescoço antes e lhe dar um beijo que fora logo retribuído, juntamente com um abraço.

Não pude evitar sentir ciúmes. Eu estava apaixonada pelo namorado dela, e sentia que esse sentimento era errado. Sempre me proibi de apaixonar por rapazes que as minhas amigas gostam, namoram ou que namoraram, mas com ele era diferente. Não pude evitar.

Rapidamente, a minha atenção foi desviada ao ver outros rapazes saírem das carrinhas. Alguns conhecidos, como por exemplo o Taiyou, que parecia ferido na barriga, contorcendo-se de dor, tendo a ajuda da Cristen para caminhar. Vi-o tentar sorrir para ela, limpando-lhe as lágrimas, mas a enfermeira não deixava de reclamar, preocupada com o namorado. Também com feridas vinham o Ayato, o Shindo e o Kazemaru que eram auxiliados, por desconhecidos, a descer, alguns deles com as suas feridas, como um dos braços junto ao peito, ligaduras na cabeça, e até mesmo moletas como as que eu usava, enquanto outros preferiam continuar a coxear.

Vi a Serena pedir para que a deixassem passar, entrando rapidamente na carrinha branca, desaparecendo dentro dela. Tive o pressentimento que pudesse ser o meu primo.

Consegui vê-la chorar antes de entrar para a viatura, da qual saiu, antes de fechar a porta, um rapaz alto, de cabelos rosa e pele morena, que saia a coxear, mas ainda assim com um sorriso no rosto, começando a falar com os que já estavam cá fora, incluindo as raparigas, abraçando algumas, sendo ajudado por um rapaz de cabelos azul-escuros.

Comecei a avançar rapidamente, tentando perceber se dentro da carrinha estava realmente o meu primo, mas estava difícil correr e coxear ao mesmo tempo. E piorou quando a moleta ficou de tal forma enterrada na neve que não queria sair nem deixar-me avançar. Baixei-me para a tentar puxar, antes de ver uma sombra sobre mim.

Vi um vulto azul agachar-se junto a mim, levantar-me e rodopiar-me num abraço, deixando-me completamente embasbacada sem saber o que dizer ou fazer. E quando fui locada no chão, comecei logo a queixar-me ao pousar o pé na neve. Nem tive tempo de ver quem me agarra, e quando dei por isso, estava a ser novamente levantada do chão, sendo deitada e agarrada.

—Desculpa Malina. Estás bem?

Aquela voz soava familiar.

Olhei para o lado, vendo-me nos braços de um homem que não via desde os meus quinze anos.

—Não acredito... Fidio!

Enrolei rapidamente os braços à volta do seu pescoço, abraçando uma das pessoas mais queridas para mim, que me ajudou e ensinou tanto quando estive em Itália.

Não podia deixar de sorrir, mas assim que abri os olhos, vi, mais à frente, o Goenji olhar de lado para nós, antes de me voltar as costas e ajudar os rapazes a irem para dentro.

Não consegui compreender aquela reação. Ela devia de estar feliz por ter os amigos de volta, posso estar a ser egoísta, mas também o devia estar por mim... Então... Porquê?

 

 

Cristen

15:44

Corri em direção às carrinhas mal as ouvi chegar da enfermaria, e nem podia acreditar no que via.

Os rapazes começaram a sair da carrinha e juntamente com eles... Os nossos amigos desaparecidos!

Estavam com eles! Estavam bem! Estavam vivos! Todos pareciam estar feridos, desde a cabeça até aos tornozelos, mas estão ali.

Abracei cada um deles, aliviada por vê-los a salvo, chorando de alegria como algumas das minhas amigas que os ajudaram a descer, abraçando-os e chorando no seu ombro felicidade por os ver com vida uma vez mais.

A única coisa em que pensei após ver o Taiyou foi que tinha que o levar de imediato para a enfermaria. Aliás, a primeira coisa que fiz foi mandar todos e cada um deles rapidamente para lá. Pareciam já ter sido tratados noutro local, provavelmente na Kidokawa já que com eles vieram o Toramaru, o Fidio, o Suzuno e o Nagumo que tinham ido à uns meses para outra escola quando houve o ataque.

—A Serena?- ao ouvir a minha voz, a minha irmã virou-se logo para mim e sorriu.

—Onde é que tu achas que está?- riu-se- Está ali na carrinha. O Endou está lá dentro.

—Ele está um pouco mais ferido do que nós.- Comentou o Hiroto, sendo ajudado pelo Kidou.

Apesar das discussões que costumamos ter, estava feliz com o facto da Serena poder estar novamente com o seu amado esposo que julgava morte, e claro porque o Endou é meu amigo. Alegrava-me vê-los bem e feliz nos braços um do outro, o que fez um sorriso nascer na minha face.

—O que se passa?- perguntou-me o meu namorado.

—Não é nada. Estou só feliz que estejas bem. Aliás... Que todos estejam bem.- E logo a seguir, recebi um beijo na nuca, o qual fez o meu sorriso crescer.

Nesse instante ao olhar para a frente, vi o italiano de costas para nós, abraçando a Malina que tinha deixado cair a moleta e estava ao seu colo, abraçando-o também. Talvez já se conhecessem.

Os rapazes foram passando para dentro do prédio escolar, gritando para eles comentários como “Arranjem um quarto.”, “Há gente com sorte.”, “Descolem!”, “Estão em público!”, “Olhem as crianças.”. Muitos deles fizeram-me rir, mas os dois a quem as palavras foram dirigidas ficaram extremamente envergonhados com a situação.

—Ei! Nada de a pôr no chão!- ralhei, aproximando-me- Se quiseres, apanha a moleta, e vai a Malina no quarto dela que era onde devia estar.

—Mas Cristen...

—Não há mas nem meio mas. É como te estou a dizer.

—Mas eu quero ver o meu primo.

—Oh...- fiquei espantada. Se bem que era normal. Com toda a certeza, ele é o único parente de sangue vivo que ela tem- Não te preocupes. Ele ainda deve demorar um pouco a sair da carrinha, está muito ferido e, além do mais, está lá com a Serena, mas assim que ele estiver na enfermaria, eu mandou alguém chamar-te.

—A sério?

—Prometo.- E continuei a andar- Agora vá. Fidio, vai pô-la no quarto, e vê o que fazes à rapariga. Isto não é nenhum hotel e há cá mais pessoas.

—Cristen!- ambos gritaram o meu nome, e a única coisa que fiz foi rir, entrando no edifício.

Senti o Taiyou parar, fazendo com que parassem também, encarando-o

—Foste um bocado má agora, não achas?

—Mas continuas a gostar, certo?- e em vez de obter resposta, recebi um beijo.

—Óbvio.

Bastou para me fazer corar.

Starfox

15:49

Podia não demonstrar, mas claro que estava feliz por eles estarem vivos... Claro que isso me alegrava... Só que quem eu realmente queria que voltasse, continua sem dar sinal de vida.

Ele já devia ter voltado há dois dias com os outros rapazes, mas ainda nenhum deles tinha aparecido, nem mesmo para dar nos dar a conhecer o que se estava a passar.

—O que se passa?

Olhei para o Kazemaru, que se apoiava no meu ombro para ir até à enfermaria, vendo, para lá do rosto arranhado, um olhar preocupado.

—Não é nada. Tu és pesado, só isso.

—Peço desculpa se a menina é fraca, sim?- não pude deixar de o encarar novamente.

—Menos, Kazemaru Ichirota, ou vais a rastejar para a enfermaria.- Senti-o agarrar-me logo a manga com força.

—Não brinques com isso!- queria sorrir com a reação dele, mas nem para isso tinha disposição.

Continuamos a caminhar lentamente até à enfermaria, acabando por encontrar, a entrar, a Cristen e Taiyou que se tinha ferido tal como o Kazemaru, enquanto vi-a a Stéfanni e a Mika saírem.

—Não te aconselho a ficar lá, Star.- Não estava a perceber o porquê do comentário da Mika- A enfermaria está apinhada de pessoas.- E logo encarou o Kazemaru- Mas vocês não sabiam ter cuidado? Já não bastava eles estarem feridos, agora também tinham de ficar vocês?

—Mas nós sabíamos lá que isto ia acontecer, Kuramoto. Não estou propriamente feliz por quase um buraco na barriga, sim?- senti-o contorcer-se de dor, agarrando-me com ainda mais força no ombro. Reparei que a sua camisola azul, na zona da barrinha, estava a tornar-se vermelha. Os ligamentos já deviam estar ensopados de sangue.

—Não é hora para isto, ok? Starfox, leva-o para a enfermaria, mas é melhor fazeres como te disse a Mika, é melhor que saias lá. A Cristen e a Serena terão muito trabalho pela frente, além disso já lá estão a Amber e a Rin para as ajudar.- E comecei a andar para lá.

Aproximei-me da porta da enfermaria e fiquei chocada. Realmente elas tinham razão. Uma pessoa quase não se podia mexer ali dentro. Em algumas camas estavam dois rapazes sentados, as poucas cadeiras passaram a muitas, todas ocupadas, enquanto alguns continuavam de pé.

—Cristen.- Assim que me ouviu chama-la, a morena olhou logo para mim, continuando a tratar do Kirino. Entrei para dentro da sala, sentando o Kazemaru com o Shindou e o Tsunami, que se levantou para deixar o amigo deitar-se ao ver a sua camisola manchada.

—Eu vou já aí, Kazemaru.

A Cristen parecia realmente atarefada ali sozinha, já que a Serena ainda estava lá fora, na carrinha, com o Endou.

A Amber e a Rin pareciam estar a fazer o melhor que podiam, mas para além das nossas enfermeiras, as restantes de nós só pode desinfetar feridas ou colocar band-aid's nelas, e a maior tarefa é, quando o fazemos, ajuda-las na enfermaria quando o caso é grave. Lembro-me da vez em que tive que as ajudar quando o Minamisawa teve o braço rasgado a ponto de lhe conseguirmos ver o osso(1).

—Ficas bem?- o azulado apenas me sorriu, antes de fechar os olhos, juntamente com uma cara de quem tinha uma dor insuportável.

Saí da enfermaria, espreitando uma vez mais lá para dentro, junto à porta, vendo o ambiente que pairava naquela enfermaria, e por muito estranho que seja, a dor estava misturada com felicidade, e pelos sorrisos de cada um, parecia que não tinham nada e que estavam só a pregar mais uma partida como costumavam fazer em memória do Kogure(2).

—Desculpa a maneira como te falei à pouco.- Nem precisar de olhar para o lado para reconhecer a voz. Soltei a ombreira da porta e fui até ao lado da Mika, encostando-me à parede assim como ela.

—Esquece isso. Até já adivinho porque estás tão nervosa.

—Sim... Pensei que ele não iria voltar. Perguntei ao Goenji se ele comentou com ele alguma coisa sobre mim, mas parece que não.- Não sabia o que comentar. Nunca tive muito jeito para este tipo de coisas- Então e tu?- fitei-a.

—Eu o quê?

—Em relação ao Atsuya, Star. Ele ainda não voltou.- Desencostei-me da parede, começando a caminhar na direção da saída.

—Eu sei.

Comecei a caminhar na direção dos cacifos para ir buscar a minha arma, antes de ir arrumar as carrinhas, quando vi o Toramaru descer as escadas e virar para o lado de onde vim.

Encolhi os ombros, pensando que aquilo ia dar asneiras, mas, sinceramente, pouco me importava. Estava com tão pouca paciência e com tantos nervos...

Apertei o sinto que o meu pai me dera, tentando que ele me ajudasse, mas assim que o meu cabelo, que baloiçava com o sabor do vento gélido, vi as pontas a tornarem-se cada vez mais encarnadas.

Toramaru

16:01

Ao descer as escadas, após deixar os meus pouco pertences no meu velho quarto, vi a Starfox caminhar em direção ao pátio. Ela devia ir arrumar as carrinhas.

Ao levantar a cabeça para olhar em frente e cumprimentar os meus amigos com um sorriso, vi a Mika...

Da última vez que falamos foi há três meses e a conversa não acabou muito bem. Acontecia sempre isso. Ela estava sempre a ignorar-me, como se eu não existisse, depois quando não lhe dava atenção, parecia que a queria, e quando eu lhe dava a minha atenção ela voltava a ignorar-me... Era como um ciclo que parecia não ter fim. Até que chegou o dia em que discutimos a sério, a ponto de fazer eco por toda a escola e eu de eu ter que me mudar para a Kidokawa com a Yuka quando começamos a namorar.

Estávamos uma vez mais frente a frente, calados, observando-nos um ao outro como se fosse uma espécie de inspeção. Gostava tanto de saber no que estava a pensar.

Queria percebe-la.

—Olá.

—Olá.- Repetiu, continuando com os olhos azuis presos nos meus.

—Vejo que estás bem.

—Sim. Estou. Tu também pareces estar.- Assenti- E parece que te fartaste da Kidokawa. Acabaste com a tua namorada?- esperava estava pergunta de qualquer outra, menos dela.

—Não. Vim aqui para ajudar. Precisam mais de nós aqui do que lá. Eles conseguem sair-se bem por lá sem mim.- Quando me apercebi, estava a sorrir. Era a primeira vez em muito tempo que falamos e até corria bem. Já ela, não mudava de expressão.

—Ainda bem.- Só aí voltou a caminhar, passando por mim sem dizer nada mais, fazendo-me ficar no mesmo local sem mexer um só músculo.

Olhei para trás para a ver caminhar até às escadas por onde desci minutos antes, vendo-a passar pelo Goenji, que as descia, cumprimentando-se, antes do meu senpai(3) vir na minha direção com um sorriso.

—Parece que as coisas entre vocês estão bem melhores.

—É... Mas espera lá! Estavas a ouvir?

—Não, mas com o silêncio que há nestes corredores, é fácil ouvir o que seja desde lá de cima.- Ri-me.

—Tens razão. Na Kidokawa é o mesmo.- Nesse instante, vi-o olhar por cima do ombro- O que se passa?- pus a mão à pistola presa ao meu cinto. Talvez ele tivesse ouvido alguma coisa suspeita. Isto já se tinha tornado hábito, na Kidokawa tínhamos que andar a matar Patrulhas dia sim, dia sim.

—Já não via a Mika sorrir à algum tempo, sabias?- retirei logo a mão da arma, espantado com o que ele dissera.

—A sério?- e voltou a encarar-me, sério.

—Sim.- Não pude deixar de sorrir.

—É bom saber!- ouvi-o suspirar.

—Diz-me uma coisa.- Olhei para ele, vendo-o encarar-me de maneira extremamente séria- Estás com a Yuka porque gostas dela ou porque não queres gostar da Mika?

Abri a boca mas não sabia o que haveria de sair dela, voltando a fecha-la e fixar uma vez mais o chão. Vi o Goenji aproximar-se de mim antes de me colocar a mão no ombro.

—Goenji-san...

—Pensa nisso e depois dá-me uma resposta.

Ouvi-o falar novamente mas foi para cumprimentar os que estavam na enfermaria, deixando-me sozinho sem saber o que dizer, pensar... Sem saber qual era realmente a minha resposta.

Serena

15:45

Quando os vi chegar, só me lembrei de correr até às carrinhas.

Assim que o Hiroto me disse para deixar os rapazes todos saírem da branca para depois poder entrar à vontade, inicialmente não percebi o que quis dizer. Mas assim que vi os rapazes desaparecidos a sair da carrinha preta, as lágrimas não deixaram de aparecer ao perceber o porquê daquelas palavras.

Tentei manter a calma e não deixa-lo nervoso ao ver-me chorar. Ele nunca sabia como reagir sempre que isso acontecia, ficava sempre atrapalhado, o que acaba por me fazer rir. Além do mais não o quero agitar uma vez que deve estar ferido tal como os outros rapazes.

Sendo o Kazemaru o último a sair com a ajuda da Starfox, fez-me sinal para entrar, assentindo e apontando para dentro da carrinha com um sorriso. Sorri para ele também. Sabia bem que o Endou era um amigo muito especial para ele.

Caminhei até à carrinha com as pernas a tremer, subindo para dentro dela com calma para não tropeçar com os nervos ou acorda-lo caso estivesse a dormir. Queria tudo menos piorar a situação do homem que amava.

E fechei a porta.

A carrinha estava um pouco escura, tendo apenas a luz do dia para iluminar os bancos negros e rasgados, estando sentado mesmo no cato, encostado à janela que dividia os lugares da frente com a parte de trás, a pessoa que mais amava.

—Mamoru?

Ele levantou a cabeça mostrando que umas ligaduras brancas que tapavam o seu olho direito, tendo o resto do rosto com algumas marcas de arranhões já a cicatrizar.

—Olá Serena. Desculpa ter-te preocupado tanto, meu amor.

Não pude evitar chorar e correr até ele, abraçando-o.

Estava tão feliz por ele estar vivo, por estar bem e por estar novamente nos braços dele, sentido, e tendo as suas grandes mãos e acariciar o meu cabelo.

—Serena... Isso dói.- Assim que ouvi a sua queixa, soltei-o, endireitando-me, vendo-o esfregar o ombro direito. Também deveria ter ali uma ferida.

—Desculpa. Desculpa, Mamoru.- Abanou a cabeça em negação, limpando as minhas lágrimas.

—Estás a pedir-me desculpa porquê?- riu-se, fazendo-me rir também.

—Por te ter magoado agora, por... Por naquele dia não ter sido capaz de te salvar tal como me salvaste tantas vezes.- Senti-me ser novamente puxada para junto dele, sendo sentada ao seu lado.

—Se eu te salvei naquele momento não foi para que a seguir te acontecesse algo. Aí sim, terias mesmo razões para me pedir desculpa.- Ri-me.

—Obrigada Mamoru.

Abracei-o uma vez mais antes de o beijar.

Nunca me esqueci do quão quentes são os seus lábios e o quão apaixonados são os seus beijos. O Mamoru foi o primeiro, e será o único, homem pelo qual me apaixonei.

O beijo foi desfeito por ele, voltando a abraçar-me, fazendo-me encostar a cabeça ao seu peito, ouvindo o seu doce coração bater calmamente, enquanto o meu parecia querer saltar-me do peito.

—Eu é que tenho que pedir desculpa.- Senti algo quente e húmido cair sobre a minha bochecha- Não te queria deixar sozinha e muito menos que algo te acontecesse como aconteceu ao Hikaru.- Eram raras as vezes que o Mamoru chorava.

Ele apertou-me ainda mais as roupas, fazendo-me sentir as suas mãos a tremer.

—Não fui capaz de proteger o nosso filho, Serena, e só pensava em proteger-te a ti e fazer com que voltasses feliz, são e salva, mas acabei por te magoar e deixar novamente infeliz.

Terminei aquele abraço ao ouvir o Mamoru soluçar. Olhei para o meu esposo vendo a sua cara lavada em lágrimas, as quais tentei limpar, acariciando a sua pele, querendo também confirmar que tê-lo ali não era apenas mais um sonho.

—Mamoru tu fizeste tudo o que pudeste, eu também fiz tudo o que pude, e o Hikaru sabe disso, e sabe que tu o amavas muito. Não te vou mentir dizendo que não fui infeliz neste último mês em que pensei que estavas morto, mas agora já não importa. Estás aqui, estás vivo...- voltei a abraça-lo, deitando-me uma vez sobre o seu peito- E não penso perder-te novamente.

Senti a minha nuca ser beijada pelos lábios da pessoa que mais amo e envolvida pelos braços do mesmo, desejando ficar sempre assim e que ele nunca mais se afaste de mim.(4)


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Notas finais do capítulo

(1)Não se admirem com isto. O que aconteceu ao Minamisawa não foi a primeira coisa que aconteceu nem a última que irei escrever.
(2)Sim, o Kogure morreu no ano 2049, e só para avisar... Está não foi a primeira nem será a última morte.
(3)Aquele momento em que percebo que estou viciada em Yandere Simulator... '-'
(4)Kokoro Tsuki... Vais-me pagar por esta... ;-; eu chorei a escrever este Pov. Isto só me aconteceu quando escrevi o meu livro, e eu sei o quão insensível posso ser.

E então?! Gostaram?! Odiaram?!

Ok, sei que a fic está um pouco dramática mas estou a pensar fazer montes de treta nos capítulos que estão por vir.... Kekekeke! (~Hiruma sai desse corpo que não te pertence)

Ah sim! A fic agora tem tumblr! Ainda está em construção, mas deixo aqui o link para quem quiser seguir: http://malinaendou.tumblr.com/

Reviews?!
Kissus!



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