Passaram dois meses e os alunos do colégio Monte Olimpo se preparavam para os jogos estudantis.

Nico e companhia treinavam todos os dias. Nesse momento ele estava treinando com seu time de vôlei. Malcom, capitão do time estava combinando as jogadas.

— Todos entenderam?

— Sim – disseram todos.

— Ok. Vamos começar.

Eles se distribuíram pela quadra e começaram o treinamento.

No ínterim, Percy treinava com seus colegas na piscina. As tietes estavam presentes, elas não paravam de murmurar, de bater fotos e de suspirar.

— Muito bem meninos saiam da água por hoje é só – gritou o treinador.

Quando os meninos saem da piscina as garotas dão gritinhos. Percy que foi o último a sair foi o mais festejado, era um espocar de flashes geral. Seus colegas sorriram e meneavam a cabeça. O treinador rolou os olhos.

— Parece que o seu fã clube veio em peso só pra te ver – disse um dos garotos.

Percy olha para trás e as garotas acenaram para ele que retribuiu, elas deram gritinhos. Percy sorri, ele reconheceu as mesmas garotas que lhe pediram autógrafo.

— Ok celebridade vá para o chuveiro. Amanhã quero todos aqui no mesmo horário, não se atrasem – disse o treinador.

Os garotos se retiram e vão para o vestiário. Lá eles encontram alguns garotos do segundo e terceiro ano que se preparavam para entrar na piscina. Tommy estava entre eles.

Percy e seus amigos passam por eles e um deles não perde a chance de tirar sarro.

— Olha só o que temos aqui, a frutinha cor de rosa – disse um dos garotos do terceiro ano debochando, enquanto os outros riam Tommy ficou sério. – E então, não vai falar com a gente.

Percy não dá confiança e continua a arrumar suas coisas. Os colegas ficaram observando enquanto o outro continuava enchendo o saco.

— Ei olha pra mim – disse o mesmo. Percy fez que não era com ele. O outro já estava perdendo a paciência. – Escuta aqui sua bicha...

— Já chega! – disse uma voz firme. Todos olham para trás. Era Tommy que já estava cheio daquilo. – Vamos embora, o treinador não gosta de esperar.

Os outros guardam seus pertences nos armários e saem atrás dele. O outro se volta para Percy que continuava como se nada tivesse acontecido.

— Ainda nos veremos bichinha – ele diz e sai.

Os colegas de Percy que ficaram assistindo apreensivos respiraram aliviados, mas ao mesmo tempo preocupados com o colega.

— Cara, achei que aquele idiota fosse partir pra briga – disse Max. – Tudo bem?

— Sim – disse Percy tranquilo. – Isso só prova o quanto as pessoas são falsas.

— O que quer dizer?

— Antes, eles me tratavam bem, me chamavam de campeão. Agora....

— Verdade.

— Eu não tenho vergonha do que sou. Isso não mudou minha personalidade e nem meu jeito de ser.

— Falou e disse – disse Tony.

Todos terminam seu banho, se arrumam e saem. Percy se dirigia para o ginásio onde o time de vôlei treinava.

Nico e os outros terminam seu treino. O treinador chamou a todos.

— Muito bem meninos, foi um bom treino. Descansem bem, pois amanhã vamos pegar pesado. Dispensados.

Todos se dispersam e Nico vê Percy, se aproxima dele.

— Oi – ele ia abraçá-lo, mas lembra que estava suado. – Preciso de um banho – diz rindo. – Você me espera?

— Claro, vai lá – diz Percy sorrindo.

Enquanto espera, ele atende o celular, era sua mãe.

— Oi mãe.

— Oi filho, estou ligando pra saber se você já está vindo pra casa.

— Sim, o treino já acabou, estou esperando o Nico.

— Convide-o para jantar conosco, seu pai quer conhecê-lo melhor.

— Tudo bem, eu falo com ele.

— Ótimo, vamos estar esperando. Até mais.

— Até.

Algum tempo depois Nico sai do vestiário de banho tomado e cheiroso. Ele e Percy se abraçam e este lhe dá um selinho.

— Você tem alguma coisa pra fazer agora?

— Não, por quê?

— Minha mãe me ligou me pedindo pra te convidar pra jantar lá em casa com a gente. Você topa?

— Topo. Ai meu Deus seu pai vai estar lá, não vai?

— Vai. Foi ele quem mandou a minha mãe me ligar pra que te convidasse. Ele quer te conhecer melhor. Já namoramos há dois meses e você nunca foi lá em casa, né? – Nico assente. – Então, já está mais do que na hora.

— Tudo bem – ele suspira. – Só espero que eu não fale nenhuma besteira.

— Não esquenta, meu pai leva tudo na esportiva.

— Ok. Vamos lá.

Os dois saem de mãos dadas até a saída do ginásio.