Acampamento Olympus escrita por Cris de Leão
Assim que Nico teve alta, ele e Jason se dirigiram ao quarto de Percy. Tyson e Reyna ainda estavam lá. O garoto não queria de jeito nenhum sair de perto do irmão. Nico se aproxima do leito de Percy e fica com o coração pesado ao ver o belo rosto de seu amado com um hematoma no queixo. Ele acaricia seus cabelos e beija sua testa.
Tyson observava Nico com os olhos marejados. O garoto ainda não tinha parado de chorar. Nico olha para o menino e sorri.
— Não se preocupe Tyson, seu irmão é forte, logo acordará – diz para acalmar o menino.
A criança assente e funga.
Jason e Reyna olhavam mais afastados e sorriram.
— Você é o namorado do meu irmão? – pergunta o menino.
— Sou – diz Nico sério. – Como você sabe? – pergunta curioso.
— Ele me disse que gostava de um garoto bonito e branquinho e que era seu namorado – disse o menino. – Você é bonito e branquinho, então é você não é?
Nico sorri com a inocência do menino. Então Percy falou de si para o irmão? Nico sorri largamente.
— Sim sou eu. Então você me acha bonito? – pergunta.
— Uhum – o menino assente. – E branquinho.
Jason e Reyna dão risada. Nico acompanha.
— Obrigado Tyson.
— Qual o seu nome? – pergunta o menino.
— Nico, prazer – ele dá a mão para cumprimento.
— Igualmente – diz Tyson pegando a mão de Nico. Os dois apertam as mãos.
Jason e Reyna que olhavam aquela cena sorriem.
— Que bom que o Tyson parou de chorar – comenta Jason.
— É, eu já não sabia mais o que fazer – diz Reyna.
— Parece que ele e Nico se deram bem.
— Parece que sim.
— Quem vai ficar com o Percy? – pergunta Jason.
— Eu não posso ficar, tenho que tomar conta da minha sobrinha. Eu queria poder tirar Tyson daqui, mas tá difícil.
— Não se preocupe com Tyson, tenho certeza que Nico não se importará de tomar conta dele. Duvido que ele queira sair daqui também.
— Tudo bem, eu preciso ir mesmo.
Ela vai para perto dos dois e diz:
— Tyson eu já vou indo, preciso ver Ella, você quer vir comigo? – ela faz mais uma tentativa.
— Não, eu quero ficar aqui – teima o menino.
Reyna suspira.
— Pode deixar Reyna, eu também vou ficar, posso ficar de olho nele – se oferece Nico.
— Obrigada Nico. Mais tarde eu volto e trago alguma coisa pra vocês.
— Obrigado – agradece Nico.
Reyna se dirige a porta e sai.
Jason se aproxima e diz:
— Nico eu também já vou.
— Pode ir, obrigado por tudo.
— Ok. Você quer alguma coisa?
— Por enquanto não.
— Tudo bem, até mais tarde.
Jason sai e fica só ele e Tyson.
Depois de muito tempo, Tyson dormiu no sofá que tinha do lado de fora do quarto. Uma enfermeira emprestou um lençol para embrulhar a criança. Nico agradeceu. Embrulhou Tyson e depois entrou novamente no quarto, mas deixando a porta aberta caso o menino acordasse.
Voltou para perto da cama de Percy e sentou na cadeira ao lado. Pegou sua mão e a beijou.
— Acorde logo meu amor.
Recostou a cabeça na cama e dormiu.
Acordou com o celular vibrando. Olhou para Percy que ainda dormia e tirou o celular do bolso. Olhou o visor ainda era cedo 5: 00hs da manhã.
— Quem ligaria uma hora dessas?
— Alô!
Ninguém respondia.
— Alô! Isso não é hora para trotes. Alô! – nada. Ele desliga chateado. – Droga. Não tem o que fazer.
Dessa vez desliga o celular e volta a dormir.
Na manhã seguinte, Nico acordou todo dolorido. Se espreguiçou e olhou Percy que respirava normalmente. Foi lá fora olhar Tyson. Ele não estava. Nico imediatamente se espertou. Procurou pela enfermaria e não encontrou a criança. Viu a mesma enfermeira que emprestara o lençol e perguntou pelo menino.
— Ah, o garoto saiu com uma moça morena e uma menina ruiva. Levou-o para tomar café, pediu para avisá-lo.
— Obrigado – disse Nico aliviado. Voltou para o quarto. Nesse momento o médico entra.
— Bom dia, como passou a noite? – perguntou sorridente.
— Eu dormi bem, mas tô todo dolorido.
— Não é fácil dormir sentado – disse o médico se dirigindo ao paciente. – E o rapaz aqui como passou a noite?
— Ele não acordou nem uma vez. Isso é normal?
— Depois de uma surra dessas é normal que o corpo queira um descanso. Por isso a sonolência. Não podemos fazer nada até ele acordar. Já prestamos o socorro imediato.
— Espero que não demore – disse Nico suspirando.
Assim que termina de falar, Percy começa a dar sinal de vida. Nico e o médico aproximam-se e logo Percy abre os olhos, piscando ainda sonolento.
— Percy – chama Nico ansioso.
Percy o olha por um bom tempo tentando reconhecê-lo, e quando o faz dá um sorriso.
— Nico – diz baixo.
— Estou aqui, que bom que acordou – disse o garoto com olhos marejados.
O médico pede licença e Nico se afasta.
— Oi Percy, sou o Dr. Lee Flecher, você está na enfermaria do acampamento. Como se sente?
— Com o corpo dolorido.
— Você lembra o que aconteceu?
— Meu irmão me bateu.
— Seu irmão? – perguntou Nico. – Você quer dizer seu irmão mais velho?
— Sim. Ele entrou escondido no acampamento só pra me agredir.
— Mas por que ele faria isso? Não faz sentido.
— Você sente alguma dor? – pergunta o médico.
— Só quando eu puxo a respiração. Aqui do lado – aponta o lado esquerdo do corpo. – Foi onde ele me chutou.
— Ok. Vamos tentar levantar – o médico ajuda Percy a sentar na cama. Ele coloca o braço de Percy ao redor de seu pescoço e o abraça a fim de levantá-lo. Nico observava aquilo um pouco nervoso. A visão de outro cara abraçando seu namorado era no mínimo enervante.
Percy fez uma careta de dor ao sentar na cama.
— Pronto – diz o médico se afastando. – Sente alguma tonteira?
— Não, só um pouco de dor.
— Ok. Tente respirar profundamente.
Percy faz o que ele manda e novamente sente dor.
— Chega. Agora relaxe. Vou mandar a enfermeira trazer um medicamento para dor. Se quiser voltar a deitar...
— Sim, por favor, a dor está mais forte agora.
O médico o ajuda a deitar e depois sai. Nico se aproxima.
— Que bom que acordou – disse pegando sua mão. – Fiquei assustado quando vi você nesse estado.
— Está tudo bem agora.
— Nada está bem, você foi agredido pelo próprio irmão. Por que ele fez isso Percy?
— O Tommy vive me perseguindo, ele acha que fui eu que o dedurei ao papai, quando na verdade foi Tyson. Ele nunca gostou de mim, acha que só a minha existência é uma ofensa pra ele.
— Isso se chama inveja. Ele tem ciúmes porque você é amado pelos seus pais, seu irmãozinho e por todo colégio.
— Pode ser. Talvez.
— Isso é que eu acho.
Nisso Reyna e Tyson entram. Tyson ao ver o irmão acordado corre para cima dele.
— Irmão! – Tyson pula em Percy que ficou pálido. Pois o menino apertou justamente onde mais doía.
— TYSON! – Nico grita -, VOCÊ TÁ MACHUCANDO ELE!
O menino se afasta assustado. Ele olha para o irmão que chora de dor.
— Desculpa irmão – o menino começa a chorar.
Enquanto isso Percy tenta recuperar a respiração.
— Nã....o... chor...e, já passou – Percy diz para acalmar o irmão, mas na verdade a dor era terrível.
Reyna tenta acalmar o menino que não parava de chorar. Nico se aproxima do garoto.
— Desculpe ter gritado, mas é que não pode abraçar, ele sente dor. Não fique assim está bem? – diz Nico limpando as lágrimas do garoto.
— Tá – diz com voz de choro.
A enfermeira entra com o medicamento e nota Percy muito pálido.
— O que aconteceu?
— Ele tá sentindo muita dor – diz Nico desviando do acontecido.
— Eu trouxe o remédio – ela o dá ao garoto que sente um pouco de alívio.
— Obrigado – ele agradece.
Ela assente e sai.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Até o próximo.