Acampamento Olympus escrita por Cris de Leão


Capítulo 16
Cap. 15 - Enquanto Você Dormia




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Assim que Nico teve alta, ele e Jason se dirigiram ao quarto de Percy. Tyson e Reyna ainda estavam lá. O garoto não queria de jeito nenhum sair de perto do irmão. Nico se aproxima do leito de Percy e fica com o coração pesado ao ver o belo rosto de seu amado com um hematoma no queixo. Ele acaricia seus cabelos e beija sua testa.

Tyson observava Nico com os olhos marejados. O garoto ainda não tinha parado de chorar. Nico olha para o menino e sorri.

— Não se preocupe Tyson, seu irmão é forte, logo acordará – diz para acalmar o menino.

A criança assente e funga.

Jason e Reyna olhavam mais afastados e sorriram.

— Você é o namorado do meu irmão? – pergunta o menino.

— Sou – diz Nico sério. – Como você sabe? – pergunta curioso.

— Ele me disse que gostava de um garoto bonito e branquinho e que era seu namorado – disse o menino. – Você é bonito e branquinho, então é você não é?

Nico sorri com a inocência do menino. Então Percy falou de si para o irmão? Nico sorri largamente.

— Sim sou eu. Então você me acha bonito? – pergunta.

— Uhum – o menino assente. – E branquinho.

Jason e Reyna dão risada. Nico acompanha.

— Obrigado Tyson.

— Qual o seu nome? – pergunta o menino.

— Nico, prazer – ele dá a mão para cumprimento.

— Igualmente – diz Tyson pegando a mão de Nico. Os dois apertam as mãos.

Jason e Reyna que olhavam aquela cena sorriem.

— Que bom que o Tyson parou de chorar – comenta Jason.

— É, eu já não sabia mais o que fazer – diz Reyna.

— Parece que ele e Nico se deram bem.

— Parece que sim.

— Quem vai ficar com o Percy? – pergunta Jason.

— Eu não posso ficar, tenho que tomar conta da minha sobrinha. Eu queria poder tirar Tyson daqui, mas tá difícil.

— Não se preocupe com Tyson, tenho certeza que Nico não se importará de tomar conta dele. Duvido que ele queira sair daqui também.

— Tudo bem, eu preciso ir mesmo.

Ela vai para perto dos dois e diz:

— Tyson eu já vou indo, preciso ver Ella, você quer vir comigo? – ela faz mais uma tentativa.

— Não, eu quero ficar aqui – teima o menino.

Reyna suspira.

— Pode deixar Reyna, eu também vou ficar, posso ficar de olho nele – se oferece Nico.

— Obrigada Nico. Mais tarde eu volto e trago alguma coisa pra vocês.

— Obrigado – agradece Nico.

Reyna se dirige a porta e sai.

Jason se aproxima e diz:

— Nico eu também já vou.

— Pode ir, obrigado por tudo.

— Ok. Você quer alguma coisa?

— Por enquanto não.

— Tudo bem, até mais tarde.

Jason sai e fica só ele e Tyson.

Depois de muito tempo, Tyson dormiu no sofá que tinha do lado de fora do quarto. Uma enfermeira emprestou um lençol para embrulhar a criança. Nico agradeceu. Embrulhou Tyson e depois entrou novamente no quarto, mas deixando a porta aberta caso o menino acordasse.

Voltou para perto da cama de Percy e sentou na cadeira ao lado. Pegou sua mão e a beijou.

— Acorde logo meu amor.

Recostou a cabeça na cama e dormiu.

Acordou com o celular vibrando. Olhou para Percy que ainda dormia e tirou o celular do bolso. Olhou o visor ainda era cedo 5: 00hs da manhã.

— Quem ligaria uma hora dessas?

— Alô!

Ninguém respondia.

— Alô! Isso não é hora para trotes. Alô! – nada. Ele desliga chateado. – Droga. Não tem o que fazer.

Dessa vez desliga o celular e volta a dormir.

Na manhã seguinte, Nico acordou todo dolorido. Se espreguiçou e olhou Percy que respirava normalmente. Foi lá fora olhar Tyson. Ele não estava. Nico imediatamente se espertou. Procurou pela enfermaria e não encontrou a criança. Viu a mesma enfermeira que emprestara o lençol e perguntou pelo menino.

— Ah, o garoto saiu com uma moça morena e uma menina ruiva. Levou-o para tomar café, pediu para avisá-lo.

— Obrigado – disse Nico aliviado. Voltou para o quarto. Nesse momento o médico entra.

— Bom dia, como passou a noite? – perguntou sorridente.

— Eu dormi bem, mas tô todo dolorido.

— Não é fácil dormir sentado – disse o médico se dirigindo ao paciente. – E o rapaz aqui como passou a noite?

— Ele não acordou nem uma vez. Isso é normal?

— Depois de uma surra dessas é normal que o corpo queira um descanso. Por isso a sonolência. Não podemos fazer nada até ele acordar. Já prestamos o socorro imediato.

— Espero que não demore – disse Nico suspirando.

Assim que termina de falar, Percy começa a dar sinal de vida. Nico e o médico aproximam-se e logo Percy abre os olhos, piscando ainda sonolento.

— Percy – chama Nico ansioso.

Percy o olha por um bom tempo tentando reconhecê-lo, e quando o faz dá um sorriso.

— Nico – diz baixo.

— Estou aqui, que bom que acordou – disse o garoto com olhos marejados.

O médico pede licença e Nico se afasta.

— Oi Percy, sou o Dr. Lee Flecher, você está na enfermaria do acampamento. Como se sente?

— Com o corpo dolorido.

— Você lembra o que aconteceu?

— Meu irmão me bateu.

— Seu irmão? – perguntou Nico. – Você quer dizer seu irmão mais velho?

— Sim. Ele entrou escondido no acampamento só pra me agredir.

— Mas por que ele faria isso? Não faz sentido.

— Você sente alguma dor? – pergunta o médico.

— Só quando eu puxo a respiração. Aqui do lado – aponta o lado esquerdo do corpo. – Foi onde ele me chutou.

— Ok. Vamos tentar levantar – o médico ajuda Percy a sentar na cama. Ele coloca o braço de Percy ao redor de seu pescoço e o abraça a fim de levantá-lo. Nico observava aquilo um pouco nervoso. A visão de outro cara abraçando seu namorado era no mínimo enervante.

Percy fez uma careta de dor ao sentar na cama.

— Pronto – diz o médico se afastando. – Sente alguma tonteira?

— Não, só um pouco de dor.

— Ok. Tente respirar profundamente.

Percy faz o que ele manda e novamente sente dor.

— Chega. Agora relaxe. Vou mandar a enfermeira trazer um medicamento para dor. Se quiser voltar a deitar...

— Sim, por favor, a dor está mais forte agora.

O médico o ajuda a deitar e depois sai. Nico se aproxima.

— Que bom que acordou – disse pegando sua mão. – Fiquei assustado quando vi você nesse estado.

— Está tudo bem agora.

— Nada está bem, você foi agredido pelo próprio irmão. Por que ele fez isso Percy?

— O Tommy vive me perseguindo, ele acha que fui eu que o dedurei ao papai, quando na verdade foi Tyson. Ele nunca gostou de mim, acha que só a minha existência é uma ofensa pra ele.

— Isso se chama inveja. Ele tem ciúmes porque você é amado pelos seus pais, seu irmãozinho e por todo colégio.

— Pode ser. Talvez.

— Isso é que eu acho.

Nisso Reyna e Tyson entram. Tyson ao ver o irmão acordado corre para cima dele.

— Irmão! – Tyson pula em Percy que ficou pálido. Pois o menino apertou justamente onde mais doía.

— TYSON! – Nico grita -, VOCÊ TÁ MACHUCANDO ELE!

O menino se afasta assustado. Ele olha para o irmão que chora de dor.

— Desculpa irmão – o menino começa a chorar.

Enquanto isso Percy tenta recuperar a respiração.

— Nã....o... chor...e, já passou – Percy diz para acalmar o irmão, mas na verdade a dor era terrível.

Reyna tenta acalmar o menino que não parava de chorar. Nico se aproxima do garoto.

— Desculpe ter gritado, mas é que não pode abraçar, ele sente dor. Não fique assim está bem? – diz Nico limpando as lágrimas do garoto.

— Tá – diz com voz de choro.

A enfermeira entra com o medicamento e nota Percy muito pálido.

— O que aconteceu?

— Ele tá sentindo muita dor – diz Nico desviando do acontecido.

— Eu trouxe o remédio – ela o dá ao garoto que sente um pouco de alívio.

— Obrigado – ele agradece.

Ela assente e sai.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo.



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