Stupid Love escrita por Vallerious


Capítulo 6
Capítulo 5 - Papo De Garotas


Notas iniciais do capítulo

Gente, me desculpem a demora!
Como ainda é 23:37 ainda pode ser presente de natal.
Espero que gostem.
P.s: O capítulo não tá betado e deve ter vários erros. Depois que a beta me mandar ele certinho eu posto.
P.s2: Gente eu to sem net e to aproveitando que eu to na casa do meu pai.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/67806/chapter/6

Relembrando:

- Tá na tua cara que aconteceu alguma coisa. E não adianta negar que eu não vou acreditar. –  ela falou me encarando.

- Valeu... Mas realmente aconteceu uma coisa.

- Pois fale.

- Bem...

CAP 5 PAPO DE GAROTAS

- Bem... É que... Como eu posso falar? – perguntei sem saber como começar.

- Que tal abrindo a boca e emitindo sons?! – ela perguntou sarcástica.

- Deixa de onda.

- Então conta muié. – ela falou guardando uns vestidos.

- Eu vou contar, calma muié. Você conhece a Anna e o irmão dela o Tony? – perguntei pra saber se ela conhecia a peça.

- Bem, se eu conheço não me lembro deles.

- Então vamos lá. A Anna é a minha melhor amiga e tem um irmão chamado Tony. Eles são gêmeos. Ou seja, temos todos 15 anos. Antes que você estranhe já que vai estudar na mesma escola e mesmo turno que a gente, eu e o Tony não somos amigos.

- Não?

- Não. Ele é só mais um idiota que vive se metendo na minha vida. ¬¬

- Ah claro... Mas continua a história.

- Pois bem. Eu e o Tony nunca fomos amigos, mas ele anda estranho ultimamente.

- Estranho como?

- Olha, o normal é quase nos matarmos. Agora, ele vem conversar comigo. – pensando bem, isso é louco demais pra uma única pessoa.

- Ele pode ter mudado. Aconteceu mais alguma coisa?

- Advinha. – falei pensando no beijo.

- Deve ter acontecido, mas eu não sei porque não tenho bola de cristal e não vejo o futuro. – Alice falou revirando os olhos.

- Tá, tá, eu vou falar. – falei relembrando a cena melhor do que devia – Ele me beijou. – sussurei.

- O que? Emita algum som por favor. –ela falou me olhando.

- Ele me beijou. – sussurei um pouco mais alto.

- Eu falei pra emitir som e não apenas movimentar os lábios. – ela falou se aproximando.

- Que Deus me ajude. E-L-E  M-E  B-E-I-J-O-U. – falei mais alto, de forma que ela entendesse e desviei olhar.

- Ele te beijou? O que, quem, como, quando?? – ela disparou as perguntas esquecendo totalmente as roupas que ainda tínhamos que organizar.

- Sim, ele ME beijou. Antônio Rilverd beijou a mim, Samantha Schummer. Ele me beijou na boca há alguns dias atrás. – respondi a todas as perguntas do interrogatório.

- OMG! Minha santinha das loucas perdidas, (N/A: Essa santa existe? Alice: Agora existe :B) eu pensei que vocês se odiavam, mas pelo visto já tão se pegando :O

- Eu e ele não temos nada. Não estamos juntos nem nada.

- Mas... E esse beijo? – ela perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Eu não sei. Ele fez isso do nada.

- Do nada?

- É, tipo, eu nunca dei esse tipo de liberdade para ele. Nós só brigamos.

- Então ele gosta de você.

- Dúvido. Ele tem namorada e pega todas as garotas.

- Como ele pega as garotas se tem namorada?

- As meninas só faltam babar o chão que ele pisa ou morrer por ele. Não sei como não surgiu um novo oceano. – falei organizando os jeans.

- Elas babam tanto assim? – ela perguntou descrente.

- Acho que elas conseguem encher umas duas piscinas olímpicas, no mínimo. – falei terminando com o jeans.

- No creo.

- Quando você ver, vai entender o que eu quis dizer.

- Será que eu vou querer ver? Imagina, vou perder a pouca inoscência que me resta. – falou fingindo medo.

- Eu tenho que suportar isso na sala. Ninguém merece!

- Ele é tão ruim assim?

- Ele é chato, pervertido, baka, uma trepeça, intrometido, insuportável, reumático, marginal, favelado, búfalo... (Tive ajudinha de Flá aqui)

- Tá bom, tá bom. Acho que já entendi.

- Que bom. Não quero gastar a minha lábia falando nele.

- Sei... Você prefere é ficar beijando ele né? To ligada. – Alice falou me olhando sacana.

- Pirou foi? Bateu a cabeça quando saiu do avião foi? – acho que ela bateu a cabeça ou caiu do berço quando era menor. Só pode.

- Nem adianta esconder porque eu já saquei a parada.

- Olha, eu vou dormir viu? Vai dar mais futuro do que te ouvir falando do traste.

- Tá fugindo da raia é Sam?

- Boa Noite Alice. Durma bem. – falei ignorando a pergunta e indo pra porta.

- Boa Noite. E sonhe com esse tal de Tony aê. – ela falou com cara de santa.

- Seria pesadelo e não um sonho.

- Será? Será?

- Boa Noite “Louca”.

- Boa guria. – ela falou e eu sai. Como ela pode sugerir que a minha pessoa sonhasse com aquele ser? Tá, tudo bem que ele é bonito ( que ele nunca saiba que eu acho isso), mas ele é irritante demais. Entrei no quarto e fui pra sacada ver a lua após colocar o conjunto que uso pra dormir.

- Por que ele fez isso? Já não bastava me infernizar todos os dias? Por que ele brinca com as pessoas? E pior, por que eu me sinto meio balançada? Se eu o odeio, por que me sinto assim? – murmurei pra Lua, uma ótima confidente. – Queria poder entender aquele garoto. Se eu soubesse, se o entendesse, não estaria tão perdida.

- Falando sozinha? – escutei uma voz embaixo da sacada. Quando olho pra baixo quem está lá? Quem? Quem? Quem?

Tony ¬¬

- O que você tá fazendo em baixo da minha sacada? – perguntei com medo de que ele tivesse escutado algo. (N/A: Danosse, ele tem ouvido biônico??)

- To dando uma volta pelo bairro. – falou cínico.

- A essa hora? – perguntei olhando o relógio. Ainda são 22:30. Pensei que fosse mais tarde.

- É. A Lua está linda, então resolvi dar uma volta ao luar.

- É, a Lua realmente está bela. Mas o que te faz ficar justamente em baixo da MINHA sacada?

- Te vi na sacada e resolvi vir aqui te dar um oi.

- Você me viu na sacada e resolveu vir aqui dizer oi?

- É ué. Por que?

- Isso é estranho. Quer dizer, garoto você é estranho.

- Eu acho normal. E por que eu sou estranho?

- Você sai a essa hora de casa pra dar uma caminhada, vai pra debaixo de uma sacada e não se acha estranho? – tá, constatei, encarando-o, que ele é mais louco do que parece. – E tem ainda aquele beijo. – murmurei pra mim mesma olhando a Lua.

- Caminhar é uma coisa normal e faz bem pra saúde. – jura que isso saiu da boca dele? – E... O que foi que você murmurou aí hein? – perguntou me encarando.

- Caminhar a essa hora não é normal, a menos que queira fingir ser um vampiro, coisa que não conseguirá. E para de ficar me espionando. O que murmurei é coisa minha. – e em partes suas também, completei em pensamento.

- Sei... Pois eu acho uma caminhada ao luar algo muito bom e comum.

- Você não sabe de nada e você acha normal porque é louco.

- Eu não sou louco. Apenas me divirto.

- E isso é algum tipo de diversão?

- Pra mim é.

- Por isso eu digo que é louco.

- Relaxa garota. Você é muito atacada sabia? – falou como se eu tivesse cometido um pecado grave.

- E o senhor anda muito tarado sabia? – falei o olhando de cima. Por estar na sacada eu posso olhá-lo de cima, do contrário ele teria que abaixar um pouco a cabeça pra olhar nos meus olhos, afinal ele é um pouco mais alto que eu.

- Eu não sou tarado. Só tenho uma perspectiva um pouco diferente. – Claro. Não sabia que ser tarado agora era ter uma nova perspectiva. – E não me chame de senhor. Parece até que eu tenho 50 anos ou sou ainda mais velho. – falou fingindo estar desapontado e chocado.

- Sim, você é tarado. Quanto ao senhor,... - falei olhando-o – é melhor do que ser chamado de traste. – falei cínica.

- Mas que horror. Qual a imagem que você tem de mim? – ele perguntou fingindo-se de horrorizado.

- Que você é um tarado.

- OMG. Preciso mudar de imagem.

- Você vai precisar renascer pra isso acontecer.

- Então vai demorar. Afinal de contas, você acha que o mundo vai querer perder alguém como eu?! – falou apontando pro seu corpo.

- Como você se acha garoto.

- Eu não me acho porque não me perdi. Eu sou (H)

- O que eu tenho que escutar...

- Para de reclamar. Eu sei que você gosta do que eu falo.

- Pai, como ele se acha.

- Já falei que não me acho porque não me perdi. Eu... – cortei-o logo antes que continuasse o momento: “ Oi, eu me acho um deus grego :D” e resolvi que já estava na hora de dormir, afinal eu to quase virando pro lado e dormindo.

- Olha, eu acho melhor você se perder e ir se achar em outro lugar.

- Por que? Tá tão bom aqui. – falou fazendo cara de cachorrinho abandonado.

- Porque, caso não tenha percebido, já está tarde. Se você não está com sono, beleza, mas eu to.

- Deixa eu ficar só mais um pouquinho? – ele pediu com os olhos brilhando.

- Pra quê?

- Eu preciso te perguntar uma coisa. – ele falou aproximando-se da sacada.

- O que você quer saber? – perguntei altamente desconfiada.

- Antes, será que você poderia me dizer que horas são?

- Espera. – pedi e entrei pra olhar no relógio que fica na cômoda do outro lado da cama. - São 23:25 h. – falei voltando pra sacada e vendo ele nela – O que você tá fazendo aqui? E como foi que você subiu? – perguntei surpresa.

- Eu preciso te perguntar uma coisa, - ele falou me olhando de uma forma mais intensa – e eu subi pela árvore. – terminou serelepe. Tinha me esquecido que dava pra subir pro meu quarto pela árvore.

- Bem,... eer... O que você quer saber? – perguntei constrangida pela forma intensa do olhar dele.

- Hum, você ficou meio corada. – ai meu Deus, eu corei? – Bem eu queria te fazer uma pergunta.

- Isso você já falou. O que tanto você quer saber?

- É sobre aquele nosso beijo. – ele falou aproximando-se – Você corou mais. – ele falou com um sorriso.

- O que você quer saber sobre aquele beijo?

- Eu quero saber o que você sentiu quando eu te beijei, quero saber o que achou do beijo. – ele falou aproximando-se cada vez mais e eu comecei a recuar.

- O que eu senti? O que achei? – perguntei olhando-o nos olhos e recuando.

- É, quero saber o que você achou. – ele falou me fazendo recuar até uma parede onde colocou os braços de cada lado me deixando no meio, presa no seu olhar.

- Como assim o que achei? – perguntei com a voz mais fraca e a minha respiração começou a acelerar.

- Vai me dizer que não sentiu nada? – ele perguntou aproximando o rosto do meu.

- E o que você acha que eu senti? – sussurei.

- Como eu vou saber? Você pode ter gostado, amado, odiado, pode ter ficado com vontade de me matar ou quer um bis – ele falou de uma forma envolvente.

- Bis? Como assim um bis?

- Assim... – quando eu vi, ele já tinha colado o seu corpo ao meu e capturado meus lábios. Seus lábios estavam macios e me fazendo perder o juízo. Seu beijo é como uma droga, vicia e te deixa nas nuvens. Apesar de suas mãos estarem calmas e a sua postura relaxada, o beijo começou a ser aprofundado. Seu gosto me embriagava e a sensação ia ficando melhor a cada segundo. Quando o ar já nos faltava, ele diminuiu o ritmo e finalizou dando-me selinhos.

- E então? - ele me perguntou com as mãos em meu rosto.

- Então o que? - perguntei tentando normalizar a minha respiração.

- O que você achou?

- Eu achei... eer...

- Você gostou? - ele perguntou me fazendo olhar pro seus olhos.

- Eu acho que você tá ficando muito abusado, isso sim. - falei tentando tirar as mãos dele do meu rosto.

- Se eu sou tão abusado, por que você parece ter gostado? - ele perguntou com um sorriso cafageste. - Hm, pelo visto gostou mesmo, já que você corou.

- Eu não gostei.

- Você acha que eu vou acreditar?

- Não me importa, porque agora você vai descer pelo mesmo lugar que subiu e vai embora. - falei empurrando ele de volta pra sacada ( Né que ele tem barriga tanquinho? Isso é coisa pra se reparar agora Sam? Ook, vamos deixar em off!)

- Já tá me expulsando? - ele perguntou divertido.

- Eu nem te convidei. Agora vai, vai antes que alguém te veja.

- E se alguém me ver o que acontece? - perguntou mega cínico.

- Meu pai te mata e me coloca em um convento. - falei parando de empurrá-lo.

- Ou melhor, vai pensar que você está grávida e vai nos obrigar a casar. - ele falou vindo na minha direção.

- Tá louco? Eu, grávida? E ainda por cima de você? Casar nessa idade? Garoto o que você tem nessa sua cabeça hein? Tá achando que eu sou louca? - perguntei exasperada.

-  Calma. Eu sei que a sua loucura não é desse tipo. Você não ficaria grávida agora. Desculpa ter usado esse exemplo. - ele falou de modo calmo. - Quanto ao que eu tenho na cabeça... Acho melhor você não saber (66`

- Você me assusta sabia? Esse teu jeito me deixa perdida. - falei me encostando em uma das grades.

- Então quer dizer que você anda pensando em mim? - ele perguntou encostando-se na mesma grade que eu, só que eu estava virada para a Lua e ele de costas para ela e ficou me encarando.

- Não te ilude não. - falei olhando para ele pelos cantos dos meus olhos. - Apenas acho o teu jeito estranho. As vezes, eu gasto um pouco do meu tempo tentando te entender, mas acabo ficando mais confusa do que antes.

- Então você gasta um pouco do seu tempo tentando me entender? - perguntou aproximando-se com a curiosidade estampada nos olhos. - Quer dizer que eu te deixo confusa?

- Sim, suas atitudes me confudem.

- Então você anda reparando em mim?

- Só quando você tem atitudes estranhas perto de mim.

- Então vou ter atitudes estranhas perto de você, para que você possa reparar em mim. Mas quais seriam estas atitudes estranhas? - ele perguntou confuso.

- Só o fato da gente não brigar já é estranho. E você trate de ficar longe de mim, antes que eu fique louca ou tarada como você. - falei me afastando dele.

- Eu não sou tarado (a)

- Não vai me dizer que arranjou uma outra definição? - perguntei para o ser que fingia ser  angelical.

- Eu sou um anjo. (a)

- Tadinho, acho que bateu a cabeça muito forte.

- Mas eu sou um anjo. E você sabe por que?

- Não, eu não sei.

- É porque só eu te levo nas nuvens (6'

- E depois diz que não é tarado.

- Mas eu sou um anjo (a6)

- Tá bom, você é um anjo. - falei revirando os olhos. - Agora o anjo vai ter que ir embora.

- Por que? - ele falou fazendo uma carinha de gato que caiu do caminhão de mudanças.

- Porque já tá tarde, eu to cansada e amanhã a gente tem aula.

- Então me dá um beijinho. - ele falou fazendo biquinho e vindo pra cima de mim.

- Vai atrás da tua namorada. - falei me afastando.

- Não, ela não é tão divertida como você.

- Palhaço. Agora dá o fora.

- Tá, tá. Eu já to indo. - ele falou indo pro lado da grade perto da árvore. - Será que eu posso fazer uma coisa antes? - ele falou passando uma das pernas pela grade.

- O que é? - perguntei desconfiada.

- Vem cá? - ele pediu cauteloso.

- To aqui. - falei parando em frente a ele. - O que foi?

- Isso... - ele me puxou dando um selinho demorado e depois sussurou no meu ouvido: Boa Noite! e pulou para o chão.

- Maluco. Imagina se cai e se machuca? - sussurei pra ele que agia como se não tivesse feito nada.

- Relaxa, eu to vivo não to?

- Mas podia ter se machucado.

- Mas não me machuquei. Relaxa! Agora eu já vou, antes que você me expulse novamente.

- Muito bem; não faz mais que o certo.

- Boa Noite! - ele falou rindo.

- Boa. - falei vendo ele se afastar.

Mas essa agora. Ele deu pra ficar querendo me beijar o tempo inteiro foi?! Qualquer pessoa me diria que ele tá gostando de mim, que quer ter algo comigo...

Mas eu duvido. Ele só gosta de brincar com os sentimentos das garotas, por que comigo seria diferente?

Olha eu vou dormir, porque o Tony vive me deixando confusa e eu to cansada demais pra ficar tentando  entendê-lo.

~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~

- Acorda Sam.

- Hum.

- Levanta menina.

- Hum-hum.

- É sério Sam, levanta.

- Humnão.

- Isso foi um não ou um gemido?

- ...

- Tu vai perder a aula doida.

- Que bom.

- Vai chegar atrassada hein?

- Ok!

- Levanta.

- Não.

- Levanta agora.

- Alice me deixa dormir.

- Não, porque senão a tia me mata.

- Boa morte.

- Sam, levanta logo.

- Não. - falei e virei pro outro lado.

- Levanta logo preguiçosa. - Alice falou puxando as minhas cobertas.

- Aváh... Como você é chata!

- Também te amo. Agora vai tomar banho e desce pra tomar café.

- Tá.

- To de olho hein?!

- Desce logo vai.

- To indo, to indo. Mas é melhor você não demorar. - ela falou saindo.

Que maravilha. Eu fui dormir tarde graças à visitinha daquele infeliz e já fui acordada.  Esse garoto já tá me irritando. Ele nunca fez questão de falar comigo, e agora, do nada começa a me agarrar. Meu reflexo no espelho mesmo depois do banho parece estranho, diferente, como se algo tivesse mudado. De certa forma me sinto diferente... Só espero que essa mudança não me faça mal.

- Sam, querida? - uma voz me chamou do quarto.

- Mãe? Oi, eu to no banheiro.

- Querida, você está bem?

- To sim. Por que? Aconteceu alguma coisa?

- Não, nada. Querida você está ficando, namorando ou algo desse gênero, com alguém?

- Como assim mãe?

- Você parece meio diferente querida. - caramba. O Tony fica reparando em mim, eu to prestando mais atenção em como estou e minha mãe também parece estar reparando muito em mim. Quem mais está prestando atenção em mim? o-o

- Diferente?

- Parece meio... mudada.

- É?

- Sim.

- Bem, eu não estou namorando e nem ficando. E não estou encanada com essa neura adolescente.

- Hm.

- Tem certeza de que está tudo bem?

- Sim. Bem, eu vou descer e te vejo lá em baixo.

- Eu vou pentear o cabelo e desço em seguida.

- Vamos te esperar. - ela falou fechando a porta.

Isso foi estranho. Ela agiu de forma estranha. Do nada ela veio perguntar se eu to namorando ou não. Tá acontecendo alguma coisa e ela não quer me contar. Tá certo que sempre conversei com a minha mãe sobre namoro, mas a muito tempo que ela não tocava nesse assunto.

- Até que enfim você desceu. - Alice falou enquanto se servia de suco.

- Nem vem que eu não demorei muito. - falei me sentando do lado da Kaká.

- Pra falar a verdade você não demorou muito mas sabe a Alice como é né?! - Kaká falou fingindo que estava falando só comigo enquanto nossos pais riam.

- E não sei?! Ela adora tirar uma com a cara dos outros. - falei me virando pra Kaká.

- Sabem, pensei que a Alice ainda fosse eu. Seja como for, parem de falar da minha pessoa como se ela não estivesse aqui!

- Acho que a gente se animou. - Kaká falou rindo.

- Percebi u-u - Alice falou fingindo estar brava.

- Meninas comam logo antes que fique tarde. - mamãe falou olhando pras três.

- Ook. - falamos juntas e terminamos o café em silêncio.

- To indo escovar os dentes. - falei me levantando para colocar o prato na pia e vi as meninas fazerem o mesmo.

- Vocês notaram que a mamãe tá diferente? - Kaká preguntou depois que todas nós já tinhamos escovado os dentes e nos encontramos no corredor.

- Estranha como? - Alice perguntou arrumando o fardamento.

- Ela parece desconfiada, sei lá.

- Ela do nada me perguntou se eu tava namorando. - falei olhando a escada.

- O que? - Alice perguntou me encarando.

- Ela não faz esse tipo de pergunta pra gente á.... Há quanto tempo mesmo? - Kaká parou de falar tentando lembrar-se da última vez que a mamãe tocou no assunto ''namoro''.

- Há, no mínimo, dois anos. - respondi pensando no que fez ela me perguntar isso.

- E ela tem motivos para fazer essa pergunta? Vocês andaram falando sobre algum garoto pra ela? - Alice perguntou me encarando e entendi onde ela tava querendo chegar.

- Não, Alice. Nós não temos mais o costume de ficar falando sobre garotos. - Kaká falou revirando os olhos.

- Nem sobre o Tony? - ela perguntou.

- Muito menos dele. Mamãe não sabe nada sobre o beijo. E não quero ficar falando sobre isso. Vamos logo pro colégio que eu quero falar uma coisa pra vocês. - falei descendo as escadas.

- Querem uma carona? To saindo pro trabalho e posso dar uma carona pra vocês. - papai falou pegando as chaves do carro.

- Eu topo. - falei pegando o meu material que estava no sofá.

- Me too. - Kaká falou indo pra porta.

- Vamos logo antes que a gente se atrasse. - Alice falou nervosa.

- Tchau mãe! Tchau tia. - gritamos já na porta.

- Tchau garotas. Tenham uma boa aula!

- Vamos, entem no carro.

- Hai! - momento Japão na área.

- Tá Hai, agora entrem. - papai falou rindo.

- Hai! - falamos empolgadas enquanto entrávamos no carro.

- Pelo visto vocês estão animadas.

- Hai!

- Não. - Alice falou nervosa.

- Por que não Alice? Tá nervosa? - papai falou olhando pra trás quando o sinal fechou.

- Lógico. As aulas já começaram, as pessoas já se conhecem e eu vou ficar boiando. - ela falou exasperada.

- Alice, relaxa! - Kaká falou rindo.

- Lice, você é uma pessoa que se enturma rápido. Então relaxa. - falei olhando pela janela e vendo a entrada do colégio.

- As meninas tem muitos amigos. Com certeza você vai se dar bem com alguém. - papai falou parando o carro perto do acostamento.

- Será? - ela perguntou descrente.

- Relaxa. As aulas começaram a pouco tempo, então você não vai ser "A novata" e sim apenas uma novata. - Kaká falou enfatizando "A novata".

- A gente conversa lá dentro. Vamos logo antes que bata o sinal.

- Entrem rápido. - papai falou olhando o fluxo de carros.

- Tchau pai. - falei junto com a Kaká dando um beijo na bochecha dele.

- Tchau tio. - Lice falou beijando a outra bochecha.

- Vejo vocês mais tarde. - ele falou rindo do beijo.

- Agora que o tio já foi, - Alice começou depois que viu o carro passar pelos limites do colégio - o que você queria nos contar? - falou virando-se para mim com as sombrancelhas arqueadas.

- Vamos nos sentar em um dos banquinhos que tem lá dentro. - falei entrando e colocando o meu material no banco. - Sentem-se e por favor não façam barulho quando eu contar.

- Tá, sentei. Agora você já pode nos contar. - Kaká falou revirando os olhos.

- É, a gente já sentou e não vamos fazer nenhum tipo de zuada. Agora conta logo. - Alice pediu sendo encarada por um garoto.

- Depois você vai falar com o Caius, agora preste atenção em mim. - falei apontando discretamente para Caius.

- Ele é quem está me encarando. - ela falou indignada.

- Que seja. Agora deixa de papo furado e conta logo. - Kaká falou ansiosa.

- O Tony foi lá em casa ontem. - soltei de uma vez.

- O que? - berraram 3 (?) vozes.

- Meu irmão foi na sua casa ontem? - Anna perguntou saindo sabe-se lá Deus de onde.

- É, ele apareceu ontem a noite lá na sacada. Mas fala baixo o colégio não precisa saber disso. - ralhei - Dá onde você saiu?

- Você só não me viu chegar porque tava encarando elas. - Anna falou apontando as meninas.

- Antes que eu esqueça, Anna essa é a minha prima Alice. Lice essa é a Anna.

- Então o quarto reformado é pra você? Prazer. - Anna falou abraçando-a.

- É meu sim, prazer. - Lice falou rindo.

- Agora que já teve as apresentações, termina de contar o babado. - Kaká falou curiosa.

- Tá,tá. Ele apareceu como quem não quer nada, falando que saiu pra dar uma volta ao luar. Depois de chamá-lo de louco, ele me perguntou que hora era e eu entrei no quarto pra  ver. Quando eu voltei pra sacada, ele estava lá, disse que escalou até lá pela árvore. - parei só pra tomar fôlego e continuei - Ele disse que foi até lá pra me perguntar o que achei do nosso beijo. Como uma idiota, comecei a recuar e ele me prenssou na parede e me beijou. Depois eu expulsei ele da sacada e ele me deu um selinho demorado e foi embora. - terminei lembrando-me do beijo.

- Uau. Que atitude a do meu irmão hein? - Anna falou rindo.

- O que tem eu? - Tony chegou por trás me abraçando e eu pulei de susto.

- Tá maluco garoto? - falei dando um tapa no braço dele e ele ficou rindo. - Lice esse aqui é o traste do Tony, Traste essa é a minha prima Alice.

- Prazer Alice. - ele falou mega educado.

- Bem, acho melhor eu ir pra sala logo. Vou levar a Alice ook? - Kaká perguntou quando Tony começou a me encarar.

- Tudo bem, a gente se ve no intervalo certo?

- Tá. - responderam já se afastando.

- Sam, eu já vou também. Te vejo na terceira aula? - Anna perguntou olhando do irmão pra mim.

- Te vejo na terceira aula. - falei e ela saiu rapidinho. - O que você quer garoto?

- Calma, só vim saber se você dormiu bem!?!

- Não. Porque por culpa sua eu fui dormir tarde e acordei cedo. - falei com raiva pegando as minhas coisas e indo pra sala.

- Desculpa. Mas aposto que você sonhou com o nosso beijo.

- Errou. Eu nem sonhei, apaguei.

- Nossa, você tava cansada mesmo.

- Senhores, - o professor começou nos olhando - espero que não haja nenhuma discussão. - balançamos a cabeça afirmando e entramos para a aula.

No resto do dia, o Tony não me pertubou. Pra ser honesta, ele até ficou mas longe. Mas sempre que eu olhava em sua direção, ele estava me encarando.

- Vamos embora logo? - perguntei após achar as meninas no final do horário.

- Tá com pressa por que? - Lice perguntou maliciosa.

- Aconteceu alguma coisa? - Kaká perguntou da mesma forma.

- Nem me olhem com essa cara. É que eu não aguento mais ficar sendo encarada pelo Tony. - falei notando o dito cujo me encarando abraçado com a songa monga da namorada ( essa aí é besta mesmo) e desviei o olhar - Isso já está me dando nos nervos. - falei revoltada.

- Nossa, isso já tá começando a virar uma história. - Kaká falou.

- Bem, vocês vão querer ver os próximos capítulos, mas para que isso ocorra, precisamos ir pra casa. - falei.

- Posso falar com você por um minuto? - Tony perguntou.

- Estamos te esperando lá na frente.- Kaká falou puxando a Alice.

- O que você quer? - perguntei sem olhá-lo.

- Antes vem aqui. - falou me puxando para parte de trás do colégio. - Acho que aqui já está bom.

- Vamos lá, o que você quer comigo e por que me trouxe aqui? - falei encostando-me na parede.

- Preciso fazer duas coisas e aqui ninguém vai interromper.

- E seria...? - o olhei e esperei ele terminar de falar. Mas mais uma vez ele me surpreendeu e me beijou. Dessa vez seu beijo tinha um quê de saudade e um quê de excitação misturada com perigo, já que estávamos na parte de trás do colégio e alguém (leia-se professor) poderia chegar a qualquer momento.

- Daqui a pouco vou me tornar viciado nos teus lábios. - Tony falou após o fim do beijo.

- Pare... de fazer isso. - minha fala saiu arfante devido a intensidade do beijo.

- É melhor você se acostumar. O segundo motivo que me traz aqui é que eu queria saber se você vai passar o final de semana lá em casa, na tal noite do pijama.

- Vou sim.

- Quem mais vai?

- A Kaká e a Alice. Por que você quer tanto saber?

- Meus pais vão viajar e eu vou tomar conta de vocês.

- Tá, até agora eu não vi nenhum problema garoto.

- Bem, eu não sabia dessa festinha de vocês e convidei um amigo meu pra ir lá pra casa.

- Não to consigo entender exatamente onde essa conversa vai parar.

- Eu já falei com a minha irmã e ela me disse pra falar com vocês.

- Tá. Ainda não estou consiguindo acompanhar a situação. Falar o quê exatamente?

- Será que tem algum problema se ele ficar lá também?

- Hein? Espera, explica isso melhor por favor.

- Olha, eu já tinha combinado com ele antes de saber dessa festinha. Você pode achar o que quiser de mim, mas eu não vou deixar ele sozinho. Há 2 meses ele perdeu a avó, a tia, um primo e um amigo num acidente. Agora é que eu to vendo ele sorrir da mesma forma que antes. Então eu só peço que deixem o Gui ir pra lá.

- Olha eu não sei o que dizer. Só posso falar que falarei com as meninas e amanhã eu te digo a resposta. Mas algum fato para expor?

- Não. - ele falou aproximando-se.

- Ótimo, porque eu já vou. - falei empurrando-o.

- O quê?

- Amanhã eu te dou a resposta. - falei correndo de volta pra entrada.

- Tony tava te pedindo em casamento foi? - Alice perguntou irônica.

- Quê? Não, ele não me pediu em casamento. Agora vamos pegar o ônibus que eu conto o que ele me disse.

- Então vamos logo que eu quero saber do próximo capítulo dessa história. - falou a doida da minha irmã.

- Minha vida virou uma novela agora foi?

- Não. Acho que está mais pra uma fic. - Kaká falou fingindo pensar.

- Concordo com ela. - Alice falou enquanto o ônibus parava.

- Loucas. Agora vamos, porque você - indiquei Alice - vai ter que contar como foi o 1 dia.

- Isso vai ser uma tortura.

- Tá, agora conta o que o Tony queria.

- Vamos lá pro fundão, assim dá pra ter mais privacidade. Tá agora que a gente já sentou eu vou falar o que o Tony foi me pedir. E antes que façam alguma gracinha, ele foi nos pedir um favor.

- Que favor? - Kaká perguntou.

- Que a gente permita que um amigo dele vá pra lá também.

- Oi? Acho que eu não entendi a situação. - Alice perguntou confusa.

- Vamos a explicação. Os pais da Anna vão viajar e deixaram o Tony tomando conta da casa. Só que antes de saber dessa festinha da Anna, o Tony já tinha combinado com um amigo,  que perdeu alguns familiares, de ir pra lá. Agora ele quer saber se a gente permite que o amigo dele fique lá.

- Por mim tá tudo bem. Contanto que eles não façam nenhuma besteira. - Kaká falou levantando-se.

- Eu nem os conheço bem, mas concordo com a Kaká. - Lice falou.

- Penso parecido, mas acho que eles vão aprontar alguma coisa.

- Será? Você não acha que está desconfiando demais não? - Kaká perguntou descendo do ônibus.

- O que pode acontecer é o Tony te agarrar novamente (6'

- Alice fica quieta. Mas eu acho que eles vão aprontar.

- Bem, se eles aprontarem alguma coisa, a gente dá o troco. Afinal de contas Sam, nós duas não somos de aguentar quietas. Agora que a Lice tá aqui, ela pode nos ajudar. - Kaká falou abrindo a porta de casa. A gente conseguiu chegar em casa bem rápido, coisa rara gente.

- Já chegaram garotas? - mamãe falou saindo da cozinha.

- Oi mãe.

- Oi tia. Pessoas eu vou subir pra tomar banho.

- Também to subindo pra tomar banho. - falei subindo com os meus livros que ainda vão acabar com a minha coluna devido ao peso dos "lindinhos". (N/A: Se alguém sofre desse mal, saiba que não é a única, porque os livros do meu colégio acabam comigo)

- Vou colocar o almoço quando vocês descerem. - mamãe falou voltando para a cozinha.

- OK! - gritamos já entrando cada uma no seu quarto.

 Tá, agora que eu já coloquei os livros na mesa de estudos, posso tomar um banho e esquecer o Tony. Só vou me preocupar com ele amanhã pra falar que o Gui pode ir. Tá, a quem eu to querendo enganar? Eu vou ficar pensando nessa bendita noite do pijama até ela acontecer. Tenho medo do que pode acontecer.

- Sam, você já acabou aí?

- Já to acabando Lice, daqui a pouco saio.

- Tá.

- Ta tudo bem?

- Sim, eu acho.

- O que foi?

- Acho que o fato de estar num estado diferente e em outra escola, caiu de verdade agora.

- Relaxa Lice. Você não precisa se preocupar com isso. Sabe que a gente tá aqui pra te ajudar com o que precisar.

- Eu sei Sam, mas ainda assim eu me sinto deslocada.

- Calma Lice. Você chegou ontem e já quer que conheça o povão do colégio todo? Aos poucos você vai conhecer o pessoal.

- Será?

- Alice relaxa. Você já está ficando paranóica.

- Será? Mas é que ta tudo meio confuso pra mim. Eu não sei o que achar ou pensar, to meio perdida.

- Ook, agora já chega. De perdida aqui já basta eu. Você só tem que relaxar.

- Tá falando perdida por causa do Tony né?

- É. Esse negócio que tá acontecendo é muito estranho mas não quero ficar pensando nisso.

- Você sabe que eu e a Kaká estamos aqui pra te ajudar né?

- Sei sim. E é isso que me ajuda a não pirar de vez. Agora vamos descer antes que mamãe suba aqui pra fazer a gente descer.

- Ai, quero descer não.

- Coragem garota.

- Você fala isso porque não é você que vai sofrer um interrogatório!

- Vou tentar aliviar a tua barra, então relaxa aí.

- Ook vamos.

- Até que enfim vocês três desceram. Pensei que eu ia ter que subir pra fazer vocês descerem. – mamãe falou tirando onda.

- Eita mãe, não é pra tanto. – Kaká 

- Que exagero mãe.

- Não estou exagerando mocinhas. E então Alice, como foi o primeiro dia? – ela perguntou assim que nós sentamos.

- Mãe pega leve. – Kaká

- Ela mal chegou e você já está fazendo um questionário. Deixa ela se acostumar mãe. – falei fazendo o meu prato.

- Eu só perguntei. – mamãe falou fazendo biquinho.

- Vamos fazer o seguinte, deixa ela passar um mês na escola daí a senhora faz o interrogatorio. – falei e a Lice parecia que ia me abraçar de tanto alívio.

- Um mês? – mamãe perguntou sem intender direito.

- Acho que ela tem razão mãe. Se a senhora esperar um mês vai ter acontecido alguma coisa aí ela vai ter o que falar.

- Eu acho essa uma ótima ideia.- Alice falou tentando parecer desinteressada.

- Por mim tudo bem. – mamãe falou rindo.

 Depois dessa a Alice conseguiu relaxar e todas comemos em silêncio. Ok tava silêncio mas eu não conseguia parar de pensar no Tony. Por que eu tenho a nítida impressão de que ele vai aprontar? Não, porque o histórico do garoto não é pequeno então eu sei que ele pode aprontar de tudo.

- Mãe, eu já acabei. Vou subir pra fazer as atividades e dormir um pouco.

- Ok Sam. Te chamo pro jantar. – ela falou enquanto eu colocava os pratos na pia.

Subi pro quarto e comecei a fazer a atividade. Bem, pelo menos assim eu não ia pensar na bendita festa do pijama. E deu certo, três horas depois eu já tinha feito todas as atividades e caí na cama exausta. Dormir rapidinho. Só acordei quando minha mãe foi me chamar as 18. Foi tão bom! Mas enfim, né.

- Boa Noite meninas! – papai falou entrando na sala.

- Boa Noite!

- Chegou cedo. – mamãe falou indo abraçá-lo.

- Terminei logo. E aí, sofreu interrogatorio Alice? – ele perguntou divertido.

- Nós fizemos um acordo. Só vou sofrer interrogatorio depois de um mês.

- Sério? Por que?

- As meninas me convenceram de que depois de um mês já vai ter acontecido muita coisa para ela poder nos contar. – mamãe explicou e papai começou a rir.

- Certo, certo. Agora nós podemos jantar? Estou com fome. – papai pediu já arrastando todas nós para a cozinha.

- Seu pedido é uma ordem capitão. – falei tirando onda.

- Assim espero. – ele falou entrando na brincadeira.

- Ook. Sentem os dois porque já está tudo quente. É só se servir. – mamãe falou enquanto coloca a mesa.

- Pode deixar. – todos nós falamos e nos servimos.

 Comemos entre brincadeiras e risos. O clima estava bem agradável. Até que chegou a hora de dormir. Eu não queria dormir agora, sabia que ia findar sonhando com o que aconteceria na tal festa do pijama e não dormiria bem. Então resolvi ler um livro. Escolhi o livro Crescendo, da saga Hush Hush e fiquei lendo ele na cama. Fiquei tão envolvida com a briga de Patch e Nora que acabei adormecendo sem perceber.

- Sam querida? Vamos levantar para você não se atrassar.

- Ook mãe. – falei já me levantando.

Caramba, ontem eu tava uma dorminhoca. Acho que nunca dormi tanto. Não sei como tive sono a noite. O café passou como um borrão assim como a chegada no colégio. Logo que chegamos puder ver Tony, o projetil de namorada dele e uns amigos no pátio.

- Meninas eu não sei vocês, mas eu estou indo pra sala. – falei me virando pra elas.

- Nós também já vamos. – as duas falarem e já foram andando.

Continuei andando pra sala e estranhei ainda não ter encontrado a Anna. Quando passei perto de Tony e seu grupinho, pude jurar que ele me acompanhava com o olhar. To nem tchum pra ele. Assim que eu entrei na sala vi a Anna já sentada e parecia estar com raiva.

- Oi amiga, o que aconteceu? – perguntei pra ela assim que eu sentei.

- É aquela namorada do Tony. Ela tá querendo ir pra nossa festa do pijama.

- Como é que é? Quem aquele resto de aborto pensa que é?

- Não sei, mas eu estou a ponto de arrancar a cabeça dela.

- O que o Tony te falou?

- Nada. Aquela louca veio falar comigo quando o Tony não estava junto.

- Você tem que falar com ele.

- Deixa isso pra lá.

- Não. Pode deixar que eu mesma vou falar com ele.

- Você faria isso?

- Claro que sim. Não vou deixar aquela garota acabar com a nossa noite.     

- Obrigada amiga.

O restante do dia foi tranquilo, assisti todas as aulas em paz e nas aulas que eu tinha com o Tony ele ficou longe, parecia que tava me observando. Na última aula que eu tinha com ele, a minha penúltima do dia eu cheguei perto dele.

- Tony.

- Oi gatinha.

- Eu preciso falar com você.

- Sou todo ouvidos.

- Não. Eu preciso falar com você, só com você e mais ninguém. Quando acabar sua última aula, me procura.

- Pode deixar. – ele falou com um sorriso. Tenho até medo de saber o que ele tá pensando.

Assim que acabou a aula, eu vi o Tony na porta da minha sala. E lá vamos nós.

- Então você precisa falar comigo e com mais ninguém?

- Sim, a menos que os seus amigos também se chamem Tony.

- Você parece estar de bom humor. Enfim, vem comigo. – ele falou já me puxando e me levou pra parte de trás do colégio.

- Garoto você adora me trazer pra cá né?

- Fazer o que? Aqui ninguém fica de olho na gente.

- Okay. Eu vim de tar a resposta do pedido que você fez e preciso de um favor seu.

- Espera. Você? Me pedindo um favor?

- Tony cala a boca e presta atenção. Você perguntou se o seu amigo pode ir amanhã e eu falei com as meninas.

- E o que decidiram?

- Ele pode ir. Não tem problema nenhum.

- Obrigado.

- Não tem problema.

- E quanto ao favor?

- Tem a ver com a sua namorada.

- O que tem ela?

- Ela foi obrigar a Anna para ir pra festa do pijama também.

- Ela foi o que?

- Ela quer porque quer ir. E você vai convencer ela a não ir.

- Sério?

- É sério Tony. Se eu chegar lá e aquela louca estiver lá eu volto pra casa.

- Okay, entendi. Ela não vai.

- Ótimo. Agora eu já posso ir.

- Já?

- Já. Só vim te falar isso. Fui. – falei já saindo.

Encontrei as meninas e voltamos pra casa. O resto do dia foi bem tranquilo. Ainda bem porque já basta a bendita festa amanhã. Que Deus me salve.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, esse ano foi uma loucura e espero que me perdoem.
Deixem reviews por favor.