Kiss Kiss escrita por Miris


Capítulo 39
Gotham


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo demorou muito para que fosse escrito, nada saia para o papel e eu fiquei muito travada e bloqueada. Ontem e hoje que pude, finalmente, elaborar alguma coisa.
Eu espero que gostem, já que estamos na reta final. Certo?

Beijinhos! ♥



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— Está tudo pronto? — Richard questionou pela décima quinta vez.

— Sim, Rich. Está tudo aqui e não tem mais nada no apartamento. — Disse entre risos.

— Certo. Então, vamos. — Fechamos a porta do pequeno apartamento de maneira lenta, nos despedindo aos poucos. Descemos com as últimas malas e encontramos a dona do prédio no hall. — Aqui está. Obrigada por tudo. — Richard entregou as chaves e agradeceu. A senhora apenas resmungou alguma coisa e saiu andando. — Tudo bem. — Disse sonoro e saímos de lá, rindo da cara da velha senhora e do deboche de meu namorado.

            Pegamos o táxi para irmos diretamente para a rodoviária. Eu mal podia conter meu nervosismo em saber que estava abandonando minha cidade para ir, finalmente, para Gotham. Eu sentia que essa viagem me faria bem. Tudo me faria bem.

            Novos ares, novas pessoas, novos desafios. Ver meu irmão e amigos era tudo o que eu mais queria no mundo. Ter acesso a uma nova escola e ambientes era muito empolgante e fazia minha barriga gelar. Mil borboletas voavam em meu estômago.

            Enquanto eu cuidava das malas, Richard foi pegar as passagens compradas pela internet no caixa da rodoviária. Nosso ônibus sairia em alguns minutos, então tínhamos um bom tempo antes de embarcarmos de Jump City para Gotham.

— Estão aqui. — Richard avisou quando se aproximou com as passagens. — O que houve?

 — Estou pensando. — Disse com o peito aflito.

— Está com medo? Quer desistir? — Richard estava preocupado e eu soltei uma risada.

— Não, claro que não. Eu quero muito essa viagem. — Confessei.

— Então, qual o problema?

— Minha irmã. Não avisei a Koma que estou indo embora da cidade. — Falei com peso na consciência. — Ela, ainda, é minha irmã mais velha, mesmo eu sendo emancipada.

— Por que não liga para ela quando chegar a Gotham? — Richard aconselhou. — Não existe lugar melhor no mundo para você estar do que ao lado do seu irmão. Koma gosta muito do Ryan, por isso banca os estudos dele. Saber que os dois estão morando juntos vai acalmar ela.

— Sim, ele é importante para ela. — Concordei cabisbaixa.

— Vai dar tudo certo. — Meu namorado me abraçou e beijou minha testa.

            Descemos juntos para as estações da rodoviária para podermos embarcar no ônibus de viagem em alguns minutos. Ficamos ali, sentados em um dos bancos em silêncio, encostados um no outro de mãos dadas. Em quinze minutos estaríamos saindo de Jump City, a cidade em que cresci e vivi durante toda a minha vida.

— Já vai sair. — Avisei Richard que estava distante, parecia sonhar.

— Ótimo, vamos então. — Ele pegou em minha mão e nós fomos levando aquela imensidão de malas que foram entregues ao motorista.

            Embarcamos no ônibus e nos sentamos em nossos lugares, bem juntinhos. Richard foi na janela e eu me sentei no corredor, pois me sentia melhor assim, já que a janela me dava fortes enjoos.

            A viagem durou cerca de três horas e meia, havíamos parado algumas poucas vezes em pontos específicos para comermos e usarmos o banheiro. Havíamos pego o ônibus das 07h30min, então chegamos em Gotham City às 11h50min por problemas no trânsito.

            Quando finalmente pisamos na rodoviária de Gotham me bateu um alivio enorme. Tudo estava saindo de acordo com o nosso desejo e nada iria estragar nosso dia. Enquanto eu estava sentada no lado de fora do local, vigiando as malas, Richard estava tentando achar um táxi para irmos em direção ao apartamento de meu irmão, que nos esperava ansioso.

            Após alguns minutos ele veio correndo e sorrindo em minha direção. Pegamos nossas malas e seguimos até o senhor que nos esperava para guardar as malas e dirigir até nosso destino. Cumprimentei e entrei no carro, a pedido de meu namorado, enquanto ele ajudava o homem.

            O trajeto até o bairro foi bem tranquilo e encantador para mim. Gotham estava muito bonita, ao contrario do que era há alguns anos com seus problemas de criminalidade e vandalismo. A região onde ficava o prédio do meu irmão era muito agradável aos olhos. E havia muito comércio e escolas públicas ao redor. Além de pontos de lazer e cultura.

— O bairro é maravilhoso, Rich. — Comentei sorrindo. — Fico feliz que meu irmão esteja morando aqui.

— Sim, é um dos melhores bairros classe média que se tem aqui. — Meu namorado respondeu sorrindo.

— Incrível! — Voltei a admirar as ruas enquanto Richard falava com o taxista.

            Quinze minutos e nós estávamos em frente ao apartamento de meu irmão. Era tão bonito e recém-pintado. Parecia muito bem cuidado e de ótima vizinhança.

— Vamos? — Richard perguntou se aproximando de mim. — O senhor já foi.

— Como vai para casa? — Questionei preocupada.

— Não se preocupe, eu chamo um amigo meu que mora por aqui.

— Tem certeza?

— Não se preocupa comigo, Kory. — O moreno sorriu. — Você está doida para ver seu irmão, vamos logo.

— Sim — concordei —, mas estou tão nervosa. — A adrenalina circulava por meu corpo.

— Vamos. — Ele pegou em minha mão e me puxou, enquanto com a outra puxávamos nossas malas.

            Dentro do prédio havia uma mulher que parecia ser a porteira dali. Cumprimentamos e avisei que era Kory, a irmã de Ryan. Ela era tão doce que disse que já nos esperava, inclusive ofereceu ajuda com as malas e nos levou pelo elevador até o quarto andar.

— Se precisarem, é só me chamar. — Avisou e nós agradecemos.

            Seguimos até o fim do corredor e, com muito nervosismo, bati na porta três vezes. Dois minutos depois e a porta abriu, revelando o meu irmão que sorria muito contente.

— Kory! — Ele disse super animado, pulando para me abraçar.

— Ryan, meu amorzinho! — Larguei a bagagem e o abracei, afagando seus fios ruivos enquanto sentia o cheiro de shampoo sair de seus cabelos macios. O garoto estava maior do que eu, e era meu irmão mais novo! — Que bom ver você.

— Eu digo o mesmo. — Ele sorriu e olhou para o meu namorado. — Você deve ser o Richard, namorado da Kory. Prazer.

— Prazer, garoto. — Richard disse apertando a mão de meu irmão.

— Entra aí, tem almoço esperando vocês. — Meu irmão deu passagem para nós dois e pegou as malas que deixei cair no chão.

            O apartamento de meu irmão era muito diferente do que eu estava habituada a viver com Koma. Ele era bem mais completo e com tudo do bom e do melhor. Obviamente minha irmã sempre o tratou melhor e deu mais coisas a ele. Inclusive, um apartamento enorme como esse.

— Você nem vai acreditar, Kory. — Ryan disse fechando a porta. — Esse apartamento era dos nossos pais antes do acidente.

— O quê? — Fiquei surpresa. Nunca soube disso ou de qualquer coisa que papai e mamãe tivessem tido.

— Eles têm imóveis por umas três cidades diferentes, vários. Por isso Koma sempre bancou a gente tão tranquilamente e ainda fez aquela faculdade.

— Eu nunca soube disso. — Disse triste. — Pensei que era a Koma...

— Bem, de certa forma ela nos banca. Só que tem muita coisa ainda pra te contar e você nem faz a mínima ideia. — Sorri.

— Tudo bem, querido. Vamos ter muito tempo para conversarmos.

— KORYY! — Eu quase caio no chão com o peso que surgiu em minhas costas.

— Saí de cima dela, Ray. — A voz de Mel surgiu na sala. — Oi, amiga!

            Ryan e Richard haviam organizado uma recepção surpresa para mim, para que me animasse e me mostrasse que fiz a melhor escolha ao sair de Jump City para ficar com eles.

            Nós almoçamos e ficamos até às três horas juntos, conversando. Mas, Richard disse que precisava ir para ver seu pai e familiares, e meus amigos diziam que eu ainda tinha muito que fazer. E, de fato, não estavam mentindo.

            Minha maior preocupação foi tomar um banho bem relaxante e lavar meus cabelos, para colocar uma roupa superconfortável. Eu e Ryan sentamos na sala e começamos a conversar, por o papo em dia.

— Agora, põem tudo para fora. — Pedi ao meu irmão.

— Antes dos nossos pais morrerem naquele acidente, eles dividiram todos os imóveis entre nós três. Todo o dinheiro ia para a conta que eles tinham. Daí quando a Koma ficou maior de idade ela recebeu toda a parte dela, o dinheiro e os imóveis. Daí, agora que você tá pra ficar de maior vai receber a sua parte também.

— É muita coisa? — Eu estava surpresa. — Por que nossa irmã nunca nos contou nada?

— Vai ver ela queria se gabar de que bancava a gente.

— Como descobriu?

— Achei um diário antigo do papai dentro do armário contando tudo.

— Que maluquice!

— São alugueis cobrados há anos, desde que Koma era pequenininha. É uma boa grana que vamos receber.

— E se ela mexeu nesse dinheiro e gastou todo?

— Não tem como. Falei com um professor do meu curso que tem uma irmã advogada e ela me disse que a nossa quantia está isolada, não tem como ninguém mexer.

— Isso é muito bom, ajuda muito. — Respirei aliviada. — Estava preocupada em achar um trabalho para nos sustentar, mas esse dinheiro vai salvar a gente.

— Além da mesada da Koma.

— Claro. Isso ajuda, apesar de tudo o que ela fez.

— Nossa irmã se perdeu, Kory. — Meu irmão suspirou pesado, sentindo uma enorme culpa.

— É. — Concordei. — Infelizmente, sim.

***

            Após deixar Kory aos cuidados do irmão, decidi que era a minha vez de ir para casa e olhar na cara de meus familiares depois de quase dois anos. Pensei que um táxi seria a melhor opção do momento, pois me daria muito tempo para respirar fundo e pensar. Infelizmente, não pareceu demorar muito para que chegássemos ao bairro de elite de Gotham e, consequentemente, na Mansão Wayne.

            O motorista me levou até a porta da mansão, passando pelos enormes portões de aço. Na porta, estava Alfred e alguns outros funcionários aguardando a minha chegada. Por Deus! Como eu estava nervoso...

            Desci do automóvel e Alfred fez questão de pagar o homem. Enquanto isso, eu olhava a fachada da mansão que me acolheu desde que eu era pequeno. Quando me dei conta, os empregados já estavam levando minhas malas para dentro e o mordomo estava ao meu lado.

— É bom vê-lo novamente, mestre Dick. — Alfred disse cordialmente.

— Obrigado, Alfred. É ótimo estar de volta. — Olhei para ele. — Senti saudades.

            Minha declaração deixou o senhor sem palavras. Eu não costumava a ser alguém sentimental ou sincero, era sempre grosso e fechado. Acho que a medida drástica do meu pai havia mudado muita coisa em mim mesmo.

            Já estava no hall de entrada observando cada detalhe e deixando as mais diversas memórias tomarem conta de mim. Já revirei tanto esse lugar com festas e bagunças que Bruce e Alfred chegavam a ficar loucos. Sempre acaba comigo levando uma bronca e fugindo. Como eu era imaturo!

— Dick! — A voz de Tim me fez despertar.

— Por Deus, olha o se tamanho! — Eu ri ao olhar o garoto.

            Aos poucos todos os moradores da casa foram surgindo. Meu pai veio direto para me receber e eu o abracei enquanto o chamava de pai. Ninguém parecia me reconhecer. Até mesmo Jason e Damian foram bem tratados por mim. E ver Donna foi uma coisa maravilhosa, ela estava linda. Minha irmãzinha caçula.

— Olhando agora, eu fiquei realmente preocupado. — Disse sorrindo. — Você está montando uma família ou abrindo um orfanato, pai? — Todos riram.

— É bom te ter de volta, Dick. — Donna disse sorrindo.

— Me chama de Richard. — Pedi. — Estou tão acostumado com esse nome que esqueci que as pessoas me chamavam de Dick antigamente.

— Vá tomar um banho, você está horrível! — Jason zombou e eu revirei meus olhos.

— Suas camisas da Gucci estão todas lá em cima ainda. — Foi à vez de Damian zombar.

— Vou me livrar de muitas o mais rápido possível, não preciso de tudo aquilo. — Todos ficaram espantados. — O que foi? Tem muita coisa lá e eu vou ficar só com algumas. Se bem que meu gosto mudou demais, então... Provavelmente todas vão embora.

            Após alguns minutos de conversa eu pude subir para meu antigo quarto, que tinha metade do tamanho do meu apartamento. Pude abrir minhas malas e puxar algumas roupas para que eu tomasse um banho e pudesse, finalmente, descansar.

            Um banho no chuveiro de qualquer quarto da mansão Wayne podia fazer milagres em qualquer corpo exausto. E foi o que fez comigo, que apenas vesti uma roupa confortável e caí de cara na cama gigante e superconfortável até a hora do jantar.

            Às oito horas, Alfred bateu na minha porta avisando que já era a hora de comer. Levantei e lavei o rosto, além de arrumar minhas roupas que estavam amassadas, para descer e comer na sala de jantar.

            Todos já estavam sentados, apenas me esperando para finalmente comermos. Pude ouvir as novidades da vida de cada um dos meus irmãos e irmã e entender o que se passava em todos os seus meios — incluindo a escola.

— E você, Richard? — Bruce perguntou.

— Estou namorando uma garota. — Disse com um sorriso enorme.

— Uma de verdade? — Damian zombou.

— Que maluca essa garota, não? — Jason completou. Ri junto a todos.

— O nome dela é Kory. Ela é linda, não tem como negar. Mas a inteligência dela e o jeito meigo e doce conquista todo mundo. Ela se preocupa demais com todo mundo. Tem um sorriso maravilhoso. — Enquanto eu ia falando cada detalhe de minha linda namorada, um sorriso bobo se fazia presente em meu rosto, enquanto minhas bochechas ganhava um rubor. A ruiva sempre me fazia parecer um bobo apaixonado.

— Caramba! Ela te enfeitiçou mesmo. — Tim comentou. — Olha como você fica quando fala dela. — Todos concordaram.

— Fale um pouco mais sobre a família dela. — Meu pai pediu.

— Os pais dela morreram há muitos anos. Ela e o irmão mais novo são sustentados pela Koma, a irmã mais velha e eles moram em Jump City. Bem, exceto o Ryan, o caçula. Ele mora aqui em Gotham e estuda no meu antigo colégio.

— Qual é mesmo o sobrenome dela — Donna estava muito interessada.

— Anders. — Respondi inocente. — Por quê? — Donna fez que não era nada enquanto Tim começou a rir.

— É que a Donna gosta de um garoto chamado Ryan Anders. — Jason zombou. — Ela é apaixonada nele!

— Parece que temos um gosto em comum com ruivos, irmãzinha. — Debochei e nós rimos.

***

            Na manhã seguinte, eu levantei bem cedo e pude preparar o meu café e o do meu irmão. Era o nosso primeiro dia inteiramente juntos, então precisávamos aproveitar o máximo possível.

— Aqui está a lista de tudo o que precisa para levar hoje até o diretor. — Ryan me entregou uma lista repleta de documentos e comprovações legais para que eu pudesse levar ao Colégio de Gotham.

— É muita coisa! — Disse espantada. — Preciso levar isso hoje?

— Quanto mais cedo melhor e mais fácil de arrumar a bolsa de estudos. — Ele me avisou. Soltei todo o ar de meus pulmões e concordei.

— Muita coisa para fazer em uma só manhã.

            Se meus planos eram desmanchar a minha mala e organizar o meu quarto, foi tudo para o ar. Precisei procurar todos os meus documentos legais, além da transferência de Jump City e o documento de emancipação legal que havia sido atualizado há menos de um ano pela minha irmã, e que duraria até minha maior idade.

— Vamos? — Ryan apareceu no meu quarto enquanto terminava de me aprontar. — Faltam dez minutos para duas da tarde. Seu encontro é duas e quinze.

— Estou indo, estou indo. — Disse terminando de passar um brilho labial enquanto olhava uma mensagem de Richard no celular.

“Estou no Colégio de Gotham com meu pai... Vou te ver hoje? ”

Estou indo agora para. — Murmurei enquanto digitava e enviava a mensagem. — Vamos, Ryan. — Chamei enquanto puxava a pasta cor-de-rosa com todos os meus documentos.

            Saímos do apartamento e Ryan me guiou até o ponto de ônibus, onde iria direto para o Colégio de Gotham. O ônibus era muito bonito e limpo, diferente dos de Jump City que tinham uma aparência mais... Comum de ônibus.

            Quase dez minutos depois e estávamos no colégio. Sua estrutura era enorme e eu nem sabia por onde começar a olhar para entender aquilo. Muitos prédios e informação para uma só pessoa entender.

— Relaxa, maninha. — Ryan avisou. — Quando as aulas começarem eu vou te ensinar a se guiar por esse colégio todo. É fácil depois que você se perde pela quinquagésima vez. — Me assustei com sua declaração e ele riu.

            Quando menos esperei, estávamos em frente a sala do Diretor Michael para a nossa reunião. Eu iria apresentar minhas notas, meu desempenho e falar sobre o porquê deveria receber aquela bolsa de estudos. Se eu o convencesse, conseguiria. Caso contrário, iria ter que ir a outra instituição.

— Senhorita Anders, pode entrar. — A secretária pediu e eu obedeci. Ryan ficaria ali até eu sair da reunião com a resposta.

            Lá dentro eu pude me encontrar com o Diretor e com o meu namorado, que conversava alegremente com o senhor. Eu não entendia o que Richard estava fazendo ali, mas podia entender a cara de felicidade do homem.

— Bem-vinda, senhorita Anders. O senhor Grayson estavam me falando um pouco de você. — Ele sorriu e meu namorado parecia contente consigo mesmo. — Sente-se, por favor.

— Obrigada. — Obedeci. — Senhor Michael, esses são os documentos que me pediu para lhe trazer. — Lhe ofereci a pasta que foi pega de bom grado. O homem a abriu e começou a correr os olhos pelos documentos, até parar em meu boletim.

— Impressionante, senhorita Anders. — Ele comentou. — Agora sei de onde veio a inteligência de seu irmão.

— Aah, obrigada. — Sorri constrangida. O homem analisou os documentos por mais alguns instantes até se certificar de que tudo estava dentro dos conformes.

— Suas notas são exemplares, o tipo de coisa que buscamos em alunos que estão para entrar no nosso colégio. A carta de recomendação de seus professores é incrível, mostram muito da sua capacidade. E o senhor Grayson me trouxe ótimas referências suas. — O homem respirou fundo. — Eu vou te dar a chance da bolsa, senhorita Anders. Mas, não me decepcione.

— Não irei, senhor Michael. Terá orgulho de ter me aceito na instituição.

— Assim que eu gosto. — Sorri junto ao homem.

            Havia conseguido a bolsa de estudos integral para um dos colégios americanos mais importantes e isso mudaria minha vida para melhor. Se eu mantiver minhas notas e desempenho, qualquer faculdade irá me aceitar, também com bolsas integrais!

            As coisas estavam começando a funcionar para mim, e eu não poderia estar mais grata. Tinha minha família, meus amigos e meu amor perto de mim. Era quase como um final feliz após tanto sofrimento.

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Notas finais do capítulo

Serei bem sincera com todos vocês...
Eu AMO Kiss Kiss, mas não gosto nem um pouco de como essa história está escrita no início, não parece algo feito por mim!

Comecei a escrevê-la em 2016 em uma fase muito perturbada e cheia de altos e baixos de minha vida, por isso essa história ficou muito jogada de lado. E sinto muito por isso...

Por isso, gostaria de deixar claro que, Kiss Kiss — assim que encerrada — passará por um processo de planejamento e reescrita. Quero colocar essa história na linha e amarrar todas as pontas delas (que são várias, Gzuis!).

Beijinhos! ♥



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