Felizes Para Sempre escrita por sahendy


Capítulo 4
É porque eu te amo e não posso dizer...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Esse capítulo faço com muito carinho em especial pois hoje é o aniversário de uma das minhas leitoras super querida que virou minha amiga, Carol. Feliz aniversário a você Cah! Tudo de bom, toda a paz, amor, sucesso, carinho, dim dim! E a todas as outras, espero que leem e comentem por favor. Obrigada!!! Que Deus e a Virgem de Gudalupe as abençoe. Eu amo vocês!



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... de Carlos Daniel o abraçando muito forte. - Não acredito que você está aqui, por que não me disse que viria? - Eu pergunto a ele ainda o abraçando e ouço sua voz bem de perto, que saudades eu sentia daquela voz sem ser por Skype, ligações.

— Queria fazer uma surpresa ô cabeça dura. - Ele me responde e nos afastamos uns centímetros apenas nos olhando. - Senti saudades. - Ele me disse e logo olhou para os meus olhos e meus lábios e eu não pude fazer diferente, nem parecia o menino de 13 anos (claro).

— Senti saudades. - Eu respondo a ele e me sento novamente na cadeira deixando totalmente meu livro de lado e prestando atenção em Carlos Daniel que não o via há 7 anos. - Você não ia vir daqui à 2 meses? - Eu questiono e ele suspira fundo olha para a vidraça da cafeteria e volta a me olhar.

— Raquel pediu transferência para cá e então eu vim resolver uns assuntos pendentes da empresa do meu pai e... - Ele não termina de me dizer, eu já sabia o que iria acontecer.

— Vocês vão se mudar para cá, e você veio encontrar uma casa. - Eu digo a ele que dá um sorriso olhando para a mesa e eu dou outra risada para disfarçar. 

— Sim, nos mudaremos para cá. O que foi, não gostou? - Eu olho para ele indagada pois ainda não queria conhecer Raquel porque aquele amor inocente jamais morreu dentro de mim. Sim, eu amo Douglas. Porém, é ele... Carlos Daniel! 

— Claro que sim, idiota. - Eu respondo e tomo o resto do café e Carlos Daniel puxa meu livro para perto dele o pegando e fica olhando aquela capa velha o livro com um cheiro de que ficou muito tempo guardado. 

— Ainda lê esse livro? Se atualiza. 

— Cala a boca, seu livro favorito é sobre zumbis. Quantos anos você tem, 12? - Eu pergunto e ele faz aquela careta para mim de zoação e eu faço outra para ele.

— Mas, Gabriel García Marquez... Ele não escreveu só esse livro.

— Mas, esse é o meu favorito. Vai cismar com isso também?

— Não babaca.

— Palhaço. - Eu respondo sem pensar e dou uma risada. - Cadê a sua namorada? 

— Ficou em Nova Iorque, virá daqui há 2 meses, e eu vou ficar aqui uma semana e depois voltarei e logo em seguida me mudo para cá. Como está sua mãe? Ainda cisma comigo? - Carlos Daniel me pergunta já que nossos pais sabiam que nos falávamos sempre desde que ele foi embora.

— Ela ainda te odeia! - Eu respondo num outro tom irônico. Eu deixo o dinheiro em cima da mesa e me levanto para ir embora. - Você não vem? - Eu pergunto a ele que fica me encarando. 

— Onde vamos? - Ele me pergunta de volta cruzando seus braços e eu segurando o notebook e livro.

— Eu vou para um outro lugar tranquilo, quer vir ou ficará aí? - Carlos Daniel se levanta e vem atrás de mim eu seguiria meu caminho andando como de costume, mas ele estava de carro e insistiu para eu ir com ele ao carro e eu entrei. Quando entrei e me arrumei, coloquei o cinto e liguei o som dele e tocava aquelas músicas internacionais que ele se acostumou a ouvir. 

— O que é isso? - Eu pergunto olhando para o rádio ouvindo o som de baterias e guitarra. Desde quando Carlos Daniel ouvia rock, metal, ou algo do tipo?

— Aerosmith. Por que?

— Por nada. - EU respondo e mudo a estação e tocava Don't Wait - Mapei. Outra música internacional, mas eu conhecia e amava ela, era como se tivesse de tocar naquela hora, no local. Comecei a canta-la e enquanto Carlos Daniel dirigia para o local destinado ele dava risada de mim. - Canta melhor então! - Eu digo a ele cruzando os meus braços num desafio a ele. Ele olha para mim e troca a estação e está tocando na rádio de rock clássicos "And I Love Her" dos Beatles, ele encosta o carro numa esquina se vira para mim e começa a canta-la. 

 

I give her all my love        Eu dou a ela todo o meu amor

That's all I do                    É tudo o que eu faço

And if you saw my love    E se você visse meu amor

You'd love her too            Você a amaria também

I love her                          Eu a amo

Sei que muito provavelmente, na verdade tendo razão eu e ele não ficaríamos juntos, ele liga o carro novamente depois que eu digo "Ok, você ganhou." em poucos minutos encostamos novamente o carro e descemos dele, era um parque que já estava um pouco abandonado antigamente era bem vivo muitos brincavam nele, porém hoje em dia ele serve apenas para encontros de tarde e a noite para transportarem e venderem drogas. E como logo iria escurecer deveríamos ir embora.

— Vamos embora. Não deveríamos estar aqui. - Carlos Daniel me diz me seguindo enquanto eu ando pelas trilhas dela procurando o meu local.

— Pare de ser medroso. Ande. - Eu respondo e ergo meus braços andando na ponta dos pés e dou um pulo e começo a correr para perto das enormes árvores e um lago em frente coberto de pedras em volta, me sento escondida numa das pedras e fico ali observando o lago e o pôr do sol.

— Que lugar é esse Lina? - Ele volta a me questionar eu seguro em sua mão e aponto para o céu admirando a estrela mais brilhante que aparecia.

— Esse é o lugar que venho para me acalmar quando tudo fica difícil. - Eu respondo a ele e nós dois ficamos olhando a linda paisagem que nos cercava. Não subia mais em árvores como antigamente para admirar a cidade ou o nosso bairro. Agora eu apreciava tudo aqui em baixo, no chão. Ainda me sentia a dona do mundo nessas horas. Carlos Daniel decide quebrar o silêncio me perguntando do Douglas.

— Onde ele está agora? 

— Se não me engano ele está agora na casa de um primo. Por quê? - Eu pergunto um pouco confusa.

— Não vão sair juntos?

— Tenho muitas provas e devo estudar então não tenho tempo para sair, somente hoje estou aqui agora porque oras faz tanto tempo que não nos vemos. - Depois de longos minutos e o sol já tinha ido embora nos levantamos prontos para ir embora, eu olhei para Carlos Daniel e sabia que deveria ser agora, naquele momento. Sem pensar duas vezes, me aproximei ainda mais dele que me olhou com ternura, coloquei minhas mãos enlaçadas em seu pescoço e ficando na ponta de pé. Com medo da rejeição de Carlos Daniel, sinto suas mãos fortes e seus braços rodearem minha cintura, olhei em seus olhos e senti um carinho nas minhas costas. Enfiei meu rosto em seu peito sem querer solta-lo de forma alguma enquanto Carlos Daniel deslizava seus dedos para cima e para baixo nas minhas costas. O perfume dele exalava ótimas sensações, queria guardar seu cheiro em minha memória. Volto a olhar para Carlos Daniel que abre seu sorriso para mim e eu também o faço. E naquele milésimo de segundo numa intensa e dose paixão, ele encosta perto de mim e eu faço o mesmo. Eu podia sentir seu amor se encontrando com o meu e sentia uma paz e guerra dentro de mim ao mesmo tempo quando nossos lábios lentamente foram se encontrando. Sinto a mão dele se movendo para a minha nuca onde ele agarrava as raízes do meu cabelo e apertava sua camisa, logo ergo minhas mãos em volta de seu pescoço as entrelaçando e fecho meu punho. Deixei esse sentimento crescer dentro de mim. Sua língua quente veio invadindo a minha boca e eu a deixei entrar. E foi tão bom, tão perfeito que eu não sei quanto tempo durou, só sei que aquele beijo foi indescritível. Era somente aquele tempo que me importava, explosão de sentimentos que se guardavam dentro de mim saíram quando senti sua boca na minha. Lentamente vamos nos separando e abro os meus olhos e desço minhas mãos para o seu peito e Carlos Daniel coloca sua mão em minha cintura novamente.

— Perdão Carlos Daniel. - Eu digo a ele que me olha com ternura ainda e acaricia meu rosto e eu decido olhar para ele, as borboletas do meu estômago estavam agitados e meu coração pulsava rápido demais.

— Não peça perdão Lina. Ambos queremos nos beijar. 

— É errado. - Eu respondo a ele novamente e Carlos Daniel concorda com sua cabeça me encarando. - Podemos fingir que nada disso ocorreu agora? - Eu pergunto, e ele retira seus braços de mim e eu tiro minhas mãos de seu peito. 

— Sim. Vamos esquecer. Vem, eu vou te levar para casa. - Ele me responde e eu concordo dando a volta e indo para o carro, não conversamos o caminho inteiro. E quando ele me deixou em meu apartamento saltei para fora do carro rapidamente pegando meu notebook e livro. 

— Não quer entrar? - Eu pergunto e ele fica lá parado sem qualquer reação me observando parado em frente ao seu carro, e eu de frente para ele ainda esperando alguma resposta. - Entre. - Eu novamente digo a ele que olha para o chão e sem dizer em voz alta "É...É..." fecha a porta do carro e vem ao meu encontro enquanto eu caminho e abro a porta e ele passa por mim dando boa noite ao porteiro que estava com fones de ouvido assistindo a uma partida de futebol. No elevador também não dissemos muitas palavras e eu tento quebrar o gelo dizendo algo engraçado que havia ocorrido comigo na faculdade. Ele sorri e continua olhando para a porta do elevador, quando chegamos no meu andar caminho na frente e abro a porta o deixando entrar para conhecer meu apartamento. 

— Gostou? - Eu pergunto colocando o notebook e o livro na mesa.

— Gostei. - Ele responde. 

— Quer alguma coisa? - Eu volto a pergunta abrindo a porta da geladeira procurando algo para comer ou beber e não ouço ele me responder nada, assim que fecho a porta dela olho para o lado e Carlos Daniel está ali parado me observando tomo um susto e dou risada levando a jarra de suco até a pia e pegando um copo. - Não vai querer nada? - Eu volto a perguntar a ele.

— Quero. - Ele responde e se aproxima de mim, sinto sua respiração, ainda seguro o copo e meu corpo petrifica diante dele.

— O que vai querer? - Eu engasgo um pouco para conseguir terminar minha frase.

— Você. - Carlos Daniel me responde e me toma em seus braços num intenso beijo me fazendo deixar cair o copo ao chão, mas não me importo pois me agarro em seu pescoço novamente. Quando me dou conta do que estamos fazendo o solto.

— Não posso. Você tem namorada e eu também. E concordamos que a amizade vem em primeiro lugar. 

— Está certa. Mas... Esqueça disso por essa noite apenas. - Ele me responde e volta a me beijar. E logo me joga ao sofá e me beija mordendo os meus lábios e eu entrelaço minhas pernas nele arranhando suas costas, Carlos Daniel retira a minha blusa me deixando apenas de sutiã e eu também retiro a sua e ele abre o zíper da minha calça e retira ela. Eu me sento no sofá ainda com as pernas envolvidas em seu corpo e tento retirar sua calça, mas ela emperra e não saí e então caímos ao chão, Carlos Daniel cai embaixo de mim amortecendo toda a minha queda. Eu fico corada.

— Você está bem? - Ele me pergunta e eu dou um sorriso e acaricio o seu rosto e dou um selinho nele. E antes que pudéssemos levar isso adiante minha campainha toca, ele olha para mim e me pergunta se espero alguém. Droga! Sim, havia me esquecido mas estava esperando Douglas.

— É o Douglas. Vamos levante e se vista rápido. - Eu digo a ele e corro para o meu quarto pegando meu vestido em cima da cama e o visto bem rápido, Carlos Daniel pega sua camiseta e corre para o banheiro e a coloca enquanto eu abro a porta.

— Oi amor! Que demora. - Douglas me diz e entra me dando um beijo em minha bochecha, meu coração estava muito disparado. E logo ouço o barulho da descarga, deveria ser Carlos Daniel fingindo que havia usado o banheiro. - Quem está aí? - Douglas me pergunta e antes que eu pudesse explicar, Carlos Daniel abre a porta e saí dando um largo sorriso.

— NOSSA, ESTAVA COM MUITA VONTADE DE USAR O BANHEIRO. - Carlos Daniel grita e Douglas olha para mim.

— Quem é ele Paulina? - Douglas me pergunta me encarando e eu fico pálida e Carlos Daniel se aproxima de nós cumprimentando Douglas. 

— Prazer, Carlos Daniel Bracho. - Estende sua mão e cumprimenta Douglas que me olha mais tranquilo.

— Você é o melhor amigo da Paulina? Tudo bem cara? - Douglas pergunta a Carlos Daniel e os dois começam a conversar, os dois caminham até a sala e eu recolho o copo que havia derrubado. - Amor? - Douglas me chama e eu apareço ali na sala toda assustada, Douglas se vira para mim com minhas roupas em sua mão. - O que é isso? - Ele me pergunta e eu novamente deixo uns vidros caírem ao chão. E agora, o que eu faço?

 

 


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Por favor comentem.