Felizes Para Sempre escrita por sahendy


Capítulo 2
"Prometo me lembrar de você e ser sua melhor amiga pra sempre"


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Espero que tenham gostado do capítulo anterior, esse é o segundo capitulo. Obrigada a todas que leram, por favor comentem. Que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe. Eu amo vocês!



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— Estão com inveja porque namoramos e vocês não. - Carlos Daniel gritou na aula. A professora os mandou se sentarem e me deu uma última olhada voltando ao quadro negro e dando aula de matemática. Na saída do colégio nos despedimos com mais um beijo e fomos embora porque nem ao menos podíamos ser vistos juntos, e por mais que eu tentasse disfarçar eu não conseguia, estava muito feliz e o dia estava muito mais radiante depois disso. Passei a tarde inteira em meu quarto depois de ter pego algumas maquiagens de minha mãe, estava decidindo qual batom usar ou tentar acertar num rímel porque era assim que eu iria amanhã para o colégio ver meu namorado e melhor amigo Carlos Daniel. 

A noite depois da janta meu pai foi ao quintal e ficou ao banco lendo um livro e minha mãe assistia sua novela. - Paulina, terminou o dever de casa?- Ela havia me perguntado e eu respondo com um sim pela cabeça e vou para o quintal onde meu pai está e me sento ao gramado olhando para a casa de Carlos Daniel, depois de suspirar duas vezes como um sinal de "Hey pai, estou aqui" quando ele finalmente percebeu que eu estava querendo conversar sobre qualquer coisa, ele escolhe o pior assunto (ou o melhor).

— Há quanto tempo você gosta de Carlos Daniel? - Eu olho para ele assustada e disfarço colocando meu cabelo para trás.

— Do que está falando papai? - Eu pergunto a ele e dou um sorriso e olho para o chão.

— Eu percebo o jeito como olha para ele quando vai a escola, você acha que eu não sei das coisas Lina, mas filha está tão nítido o quanto gosta dele. Vocês conversam no colégio? - Ele volta a me perguntar e eu fico toda corada, olho para a casa de Carlos Daniel novamente, respiro e então volto a olhar para meu pai. 

— Sim papai. Ele é meu melhor amigo. Está bravo? 

— Não, claro que não. É... Ele gosta de você? 

— Acho que sim, porque além de sermos melhores amigos hoje de manhã ele me pediu em namoro.

— Ele o que?! - Meu pai me pergunta e logo deixa o livro de lado se inclinando ao banco me olhando.

— Olha papai, não é nada demais. Somos apenas amigos. Nada muda. - Eu respondo, fiquei imaginando se tivesse dito que aceitei namorar com ele. Depois do meu pai me falar sobre meninos e que eu tenho muito tempo ainda para brincar e que eu deveria aproveitar isso e depois pensar em namorar, entrei em minha casa e fui direto para o meu quarto dando um beijo de boa noite em minha mãe, e logo na cama adormeci ansiosa para o outro dia no colégio.

No dia seguinte...

Me levantei bem cedo passando aquele rímel de minha mãe e levando o batom na bolsa para que ela não desconfiasse de nada, antes do portão se abrir para entrarmos na sala de aula não vi Carlos Daniel, meu Deus será que aconteceu algo com ele? Será que o pai dele descobriu? Tentei esquecer isso, mas queria dar risada com ele. Estephanie, minha amiga passou o dia inteiro apenas comigo, fora Carlos Daniel eu a adorava bastante também.

Na saída do colégio vi Carlos Daniel na secretária da escola sentado enquanto o pai conversava com a diretora, ele se levantou e veio até mim e Estephanie me deu um abraço e foi embora. - O que houve bobão? - Eu perguntei a ele que abaixou sua cabeça colocando uma de suas mãos em seu bolso da bermuda. - Responde Carlos Daniel, está bravo comigo? É porque eu não sei beijar direto? - Eu volto a perguntar e toco em sua mão que está na bermuda. Ele finalmente olha para mim e respira fundo.

— Lina, eu vou sair do colégio. - Ele responde e eu fico sem falas, uma lágrima cai de meus olhos.

— Por que? Seu pai descobriu nossa amizade? - Carlos Daniel faz que não com a cabeça e eu volto a perguntar o por quê.

— Paulina, meu pai descobriu uma fórmula de um cosmético e a partir de amanhã eu não estudo mais aqui. 

— Isso é bom ou ruim?

— Bom pelo o que ele me explicou, mas... mas... Não podemos mais ser amigos.

— Por que não? Já se cansou de mim?

— Claro que não Lina. Você é a minha melhor amiga.

— E iria ser sua namorada...

— Sim, mas vamos viajar eu e meu pai.

— O quê? Para onde? 

— Meu pai disse que vamos para Nova York. Nem sei onde fica, parece nome de cachorro. - Ele me responde, ficamos ali parados um de frente para o outro, sinto um enjoou na barriga. Acho que naquela idade e naquele momento era as borboletas de meu estômago cometendo suicídio, e então antes que o pai dele voltasse eu e Carlos Daniel nos abraçamos muito forte por um longo tempo e fizemos o nosso juramento que sempre fazíamos. "Eu Carlos Daniel, prometo me lembrar de você e ser seu melhor amigo pra sempre" eu respirei fundo apertando sua mão ainda e com lágrimas aos olhos. "Eu Paulina Martins, prometo me lembrar de você e ser sua melhor amiga pra sempre" e com mais um abraço dei as costas indo embora para a minha casa com uma tremenda dor no coração. A tarde em meu quarto olhando pela janela via o caminhão de mudanças, e de repente Carlos Daniel olhou para a minha janela e correu para o meu quintal deixando um bilhete embaixo da porta, saí de me quarto descendo as escadas rapidamente e peguei o bilhete antes que minha mãe visse e corri de volta para o meu quarto, quando pude abrir o bilhete olhei o e-mail que ele havia feito, um para ele e outro para mim para que nos comunicássemos, mas eu poderia falar com ele na informática do colégio. 

7 anos depois...

Agora que tenho 20 anos muita coisa mudou, para começar com o falecimento do meu pai há 3 anos em seu emprego e minha mãe continua morando na mesma casa e agora trabalha numa loja de roupas e eu entrei na faculdade de pedagogia e estou no final dele faltando 8 meses e estou morando num apartamento da cidade trabalhando a tarde como recepcionista de restaurante. Todo dia falo com minha amiga Estephanie que mora perto do meu apartamento, conheci um rapaz que comecei a me relacionar há 5 meses, Douglas Maldonado, ele é um daqueles jovens ricos que não quer nada da vida, mas gosto de ficar ao lado dele. Comprei um celular aos 17 anos quando juntei dinheiro trabalhando numa loja de sapatos. E conversava com Carlos Daniel por sms toda semana também. E soube que ele também estava num relacionamento de 3 anos com uma moça chamada Raquel que só vi uma foto que ele havia me mandado, e eu tentei ser feliz por ele estar com ela, mas na verdade não estava. Porém, a amizade sempre vem em primeiro lugar.


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Notas finais do capítulo

E então, o que estão achando? Por favor comentem. Obrigada!!!