Quando a distância é grande de mais escrita por CCris


Capítulo 8
O interrogatório


Notas iniciais do capítulo

Oié!
Juro que estou tentando posta gente, mas faculdade tá puxada rsrs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/677907/chapter/8

— Por favor, pode me chamar de D.B.

— Ok D.B., então?

— Sara foi levada sob custodia devido a uma evidência que ela mesma achou dentro de casa e me comunicou...

— Ela será presa? Pelo amor de Deus, Sara não seria capaz de ferir ninguém... – Foi falando e passando a mão no cabelo de forma nervosa, sem saber o que fazer a seguir.

— Gil por favor se acalme, eu pedi a Brass que a levasse, será melhor assim. Ela tomou a atitude correta desde o momento em que percebeu que conhecia a vítima, iremos inocentá-la, mas precisamos de provas concretas.

— Eu preciso vê-la!

— Isso não será possível, pelo menos não agora. Ela foi levada para nosso interrogatório e só será liberada daqui a algumas horas. Provavelmente teremos que mantê-la 24 horas sob custódia para que possamos liberar a casa dela.

— Nossa casa você quer dizer!

— Gil eu não quero ser rude, mas ao que esse caso nos levou, descobrimos que vocês estão separados e Sara está extremamente magoada com boa parte de seus colegas que inicialmente acreditaram que ela estava o traindo. Não sei se seria apropriado se apresentar como marido dela, certamente não fará bem a imagem profissional dela.

— D.B. eu a amo! E independente das bobagens que falei para ela a alguns meses atrás legalmente ainda somos casados e se for necessário irei clamar judicialmente pelo poder de marido, quer ela queira, quer não. Pelo pouco que soube eu posso ser um grande responsável por tudo isso ter começado.

— Fico feliz em ouvir isso!

— Pensei que estava tentando me distanciar dela...

— Não, só precisava saber com quem estou lidando e se posso confiar. Gil Sara passou pelo inferno nesses últimos dias, aliais, provavelmente desde o dia em que rompeu com você. Todos nós percebemos que a semanas atrás ela mudara de humor, sempre cabisbaixa e fugindo de qualquer reunião nossa. A única pessoa que pude ver arrancar alguns sorrisos e pelo que entendi fazer com que ela se abrisse foi Doug.

— A vítima? O namorado?

— A vítima, se é namorado ou não terá de perguntar a ela. Meu ponto é, não desconte nele nada. Doug é um rapaz bom e honesto, desde o instante em que pisou aqui que tratava Sara como...

— Como eu deveria tratar! Já entendi, mas até que ela esteja livre responderei como seu marido.

— Me faça um favor?

— Se estiver a meu alcance. - Responde sem entender.

— Quando chegar a delegacia peça a Nick que me ligue assim que ele terminar o interrogatório, a propósito, eu se fosse você me apressaria. Sara foi levada a uma meia hora ou mais, já deve estar iniciando...

— Mas... - Não entendia nada que estava ouvindo.

— Há! Não sei se lembra mas o capitão da unidade é seu grande amigo de décadas não?

Grissom entendeu a mensagem de quem estava se tornando seu novo amigo, antes que Russel pudesse voltar a seus afazeres Grissom lembra que chegou até ali de taxi.

— D.B.?

— Sim? - Diz se virando para ele novamente.

— Hã... meu carro pessoal está na garagem...

— Claro sem problemas! – Diz Russel chamando um dos policiais e o instruído a acompanhar Grissom até a garagem e permitir que ele removesse o carro.

Grissom rumou com seu carro para a delegacia. Chegando lá cumprimente alguns policiais na recepção e pede para falar com Mith.

— Olá Ela!

— Senhor Grissom! Á quanto tempo! – A recepcionista era antiga naquela unidade, uma senhora de seus sessenta anos que sempre esbanjou simpatia.

— Ela, preciso de um grande favor seu, poderia chamar Mith pra mim? Na verdade... - Diz um pouco inseguro. - Gostaria de fala com Sara...

— Você está ciente dos últimos acontecimentos não? - Diz ela de forma seria, aparentando mais uma repreensão.

— Sim, e é por isso que estou aqui.

— Verei o que posso fazer. – Diz e pega o seu celular, alguns minutos depois. – Mith querido! Tenho uma visita especial aqui fora, preciso que fale com o capitão para liberá-lo. – Mais alguns minutos ouvindo uma resposta. – Sabe que se não fosse de grande importância não ligaria de meu telefone pessoal, o marido da senhora Sidle está aqui capitão. - Disse já falando com Brass.

— Por favor Ela, não deixe que Sara saiba agora da minha presença.

— Ele está pedindo que seja discreto com a presença dele para a senhora Sidle. Tudo bem. Ok! – Vira para sua mesa deixando o celular desligado e pega um crachá de visita e entrega a Grissom. – Tenha cuidado Senhor Grissom, Sara está passando por maus bocados.

— Obrigado Ela! – Chegando próximo a sala onde lhe indicaram que Sara estaria viu Bras a porta o esperando, Bras se adiantou e o encontrou na metade do caminho, provavelmente impedindo que ele fosse visto por Sara.

— Meu grande amigo! Por favor me acompanhe até a sala de audiência. – Deu-lhe um abraço apertado e seguiram para a salinha de espectadores.

— Não vai voltar para lá?

— Nick está bem sem mim, ele se vira com ela!

Dentro da sala de interrogatório.

— Sara por favor, estamos só eu e você, me conta o que aconteceu desde o dia de ontem.

— Eu, você, as câmeras, os microfones, Brass atrás do espelho...

— Nós estamos tentando te ajudar!

— Eu sei Nick! – Diz segurando a mão dele. – Agradeço muito a vocês por isso, é só que ultimamente tenho andado cansada demais pra ser razoável.

— Cansada? Do trabalho?

— Nick descobri que o pior cansaço que existe é o mental, mas vamos ao que interessa.

— Então, agora eu preciso que você se ajude e me diga a verdade.

— Ok! Ontem foi meu aniversário, eu tinha duas estadias e duas entradas para jantar no hotel em questão, porém meu acompanhante não iria vir...

— Grissom?

— Sim! Eu estava depressiva desde nossa separação e só quem estava ciente era Doug que não sei como acabou arrancando de mim toda a história. Ele vinha a dias insistindo para que eu desse a ele a oportunidade de me fazer melhorar e resolvi fazer isso ontem. Dei a ele as segundas entradas e passamos o dia no SPA do hotel, porém não tivemos contato durante o dia, somente a noite quando fomos jantar.

— Sara me perdoe se for inconveniente, mas preciso que detalhe tudo isso, assim podemos montar uma time line e daí um álibi.

— Tudo bem. - Disse incomodada. -  Pela manhã tomamos café juntos e fui para o cabeleireiro, passei praticamente a manhã inteira lá. Fiz cabelo, depilação, unhas..., almocei lá dentro e depois fui a ala de massagens, tomei uma banho de ervas e tive uma cessão de massagem e bronzeamento que não sei exatamente o quanto durou cada passo individualmente, mas lembro de ter entrado as duas da tarde e saído as cinco. Fui a meu quarto, tomei banho e me arrumei. Doug apareceu em meu quarto de hotel as oito da noite, no restaurante tivemos uma pequena comemoração do meu aniversario. – Disse sorrindo com a lembrança. – Ele pediu que levassem um cupcake com uma vela para mim, soprei a vela fazendo um pedido, a anos não fazia isso.  - Ficou tristonha ao lembrar seu desejo de aniversário. - Desejei que tudo voltasse ao que era antes e que ele conseguisse alguém que correspondesse a seus sentimentos. – Algumas lagrimas foram escorrendo por seu rosto. – Jantamos e conversamos um pouco, fomos para os quartos por volta da meia noite.

— Vocês foram direto para o quarto dele?

— Sim! Eu tinha a intenção de ir ao meu quarto na verdade.

— E o que te fez mudar de ideia.

— Agora que relembro eu não sei exatamente, um misto de solidão, carência, e talvez um pouco de frustração.

— Quando chegaram no quarto o que mais?

— Eu pedi uma garrafa de vinho e ficamos conversando até tarde.

— Só conversaram?

— Nick? Isso é realmente necessário?

— Sara, estamos tentado ser o mais transparentes possível e não creio que seria bom pra você se descobríssemos de outra maneira que você teve envolvimento físico com Doug.

— Não! Não fizemos sexo se é isso que quer saber! – Diz Sara desconfortável.

— Mas?

— Nada de mais, só um beijo e cheguei a conclusão que não era aquilo que eu queria. Doug sempre me respeitou e sempre foi um amigo muito querido, depois disso apenas conversamos e aproximadamente as duas da manhã fui para o meu quarto. Tentei contatá-lo pela manhã, mas ele não atendeu o telefone da suíte. Até imaginei que minha atitude poderia o ter magoado, então decidi não insistir. Quando desci para fazer o check-out encontrei com Greg e o resto vocês já sabem.

— Sabe precisar o quanto de álcool vocês ingeriram?

— No quarto dele dividimos uma garrafa de vinho e em meu quarto acredito que tomei pelo menos mais uma taça antes de dormir.

— E quando as suas suspeitas com Basderick?

— O namorado da garçonete? Bem, depois que estive no hospital lembrei que o colar que vocês me mostraram em meio as fotos da cena do crime não estava comigo no hotel, o colar foi presente da garçonete e nessa noite eu usei joias mais refinadas. Falei com Russel a respeito e fui para casa e ao chegar lá encontrei uma faca na lavadora, não lembrava de ter colocado nada lá, até mesmo porque faziam mais de 24 horas que não pisava em casa e a maquina ainda estava ligada.

— Geralmente esse tipo de utensílio tem um timer que desliga só.

— Exatamente, o que significa que alguém entrou na minha casa.

— Quem sabe o código do seu alarme?

— Bem, eu, Grissom e...

— E?

— Lembro de ter anotado no interior da porta do meu armário, sempre fui meio paranoica e achei que um dia vocês pudessem vir a precisar.

— É! Você é paranoica. Então só você e Grissom, porque creio que ninguém estivesse sabendo dessa anotação do seu armário.

— Creio que não e Grissom está a quilômetros de distância provavelmente nem cogita a possibilidade de voltar aqui ou mesmo de ir a minha casa. – Do outro lado do vidro Grissom ouvia todo o interrogatório com uma expressão inalterável que Brass não conseguia decifrar exatamente se era preocupação, arrependimento ou culpa.

Brass põe a mão em seu ombro e diz:

— Você precisa conversar com ela.

— Não sei se fiz uma boa escolha vindo aqui.

— Por que não?

— Ela está sendo bem cuidada por vocês e aparentemente já me superou.

— Você é cego ou surdo Gil?

Grissom olha para Bras de forma espantada com o tom de raiva do amigo.

— Ela te ama e sofre com sua rejeição!

— Rejeição?

— Acha que decidir que é melhor estarem separados não soa como rejeição pra ela? Sara esteve durante todo esse tempo escondendo de nós que esteve separada de você e creio que o fez achando que mais dia menos dia você se arrependeria e voltaria pra ela.

— Isso é o que você pensa?

— Não precisa de muita astucia pra identificar isso Gil, só que você está querendo ser cego!

— O que acha que devo fazer?

— Deixe que ela saiba que está aqui, não a trate como sua esposa porém. Lembre-se bem que você a deixou, vá com calma com ela!

Grissom pensa por alguns minutos e quando se dá conta Nick tem saído da sala e está na porta da ante-sala onde ele e Brass estão.

— Que diabos faz aqui? - Diz visivelmente irritado.

— Oi Nick?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que vcs acham que deveria acontecer entre Nick e Grissom?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando a distância é grande de mais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.