Quando a distância é grande de mais escrita por CCris


Capítulo 13
Plano!


Notas iniciais do capítulo

Oiii! De volta galera! Mais um capitulo para vcs, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/677907/chapter/13

— Você vai pedir licença a Greg e vai terminar de processá-lo, enquanto isso você vai ameaça-lo...

— Como? E o que ganhamos com isso? Mais um processo?

— Nick, se as suspeitas de vocês estão certas ele provavelmente vai querer ir atrás de Sara, ontem quando peguei o computador de casa notei uma matéria que creio que Sara estava lendo sobre ele. – Entrega a Nick a matéria impressa e espera alguns minutos para que Nick lê-se o resumo.

—  Assim como ele fez com esse rapaz que segundo ele o matou em legitima defesa, ele vai procurar Sara e tentar induzi-la a agressão, só que para isso ele tem de retirar as queixas de agressão para reaver a arma de fogo que segundo o que pude saber foi encontrada com ele quando veio prestar a queixa, se você o ameaçar pode ser um estimulo a mais.

— Certo, mas e a arma? Vamos deixar ele munido ir atrás de Sara?

— Claro que não Nick, você vai trocar a munição dele por uma vazia.

Nick deu um sorriso de menino sapeca e concordou com a ideia maluca de Grissom.

...

Grissom saiu do laboratório a procura de Sara, a encontrando no estacionamento. Ela estava recostada no banco do motorista com a porta aberta, cabeça encostada no banco e olhos fechado.

— Ei! – Chega Grissom lhe dando um susto. – Desculpe, não queria te assustar! Só queria te dizer que eu e Nick temos um plano que talvez nos proporcione pegar Basderick no flagra...

— Grissom... – Ela o interrompe. – Eu passei muitos dias pensando sobre nós e hoje assim como antes eu fico pensando em quando estávamos juntos, quando estávamos realmente felizes. Quando passamos a morar em continentes diferentes eu me sentia extremamente sozinha, mas eu sempre disse a mim mesma que você é a pessoa certa pra mim e aquilo pra mim era amor, é uma dor que eu ainda me lembro sabe? Me perguntei se seria possível ser viciada em um tipo de tristeza, aquela em que você se resigna aos últimos momentos bons, não deixando a ferida sarar. Então você disse que nós não fazíamos mais sentido morando quilômetros de distância e mantendo um relacionamento serio, disse que ainda seriamos amigos e eu tenho que admitir que eu fiquei feliz...

— Isso quer dizer o que? – Perguntou ele imaginando que ali estava indo embora qualquer possibilidade de reatar.

— Eu fiquei feliz não pelo termino em si, mas por você finalmente tomar uma decisão, não ser sempre eu quem tenho de estar lá decidindo tudo que se refere a nós dois. Só que você me cortou completamente da sua vida, fingiu que nada tinha acontecido, que nós não éramos nada. Pensei uma vez que não preciso mesmo desse amor, mas quando percebi que estava sendo tratada como estranha aquilo me pareceu... errado!

— Honestamente? - Pergunta ele olhando pra ela de forma irritada, não sabia ao certo se de magoa pelas palavras duras dela, ou se de si próprio. - Talvez agora seja a hora decidirmos o que será de nós daqui pra frente! Eu vou te dizer sinceramente tudo que penso da mesma forma que você fez agora...

— Vai em frente! – Incentivou ela fixando os olhos no volante.

— Você sempre me leva a crer que nossos problemas são resultado de coisas que eu fiz, só que você é enigmática Sara, poderia ter se aberto comigo e dito que não concordava com nossa distância e eu entenderia, poderíamos tentar resolver o problema. Eu não quero viver dessa forma, tendo que ler entrelinha... Você, depois de muita relutância aceitou o divorcio, a meu ver sua relutância era natural por ainda haver sentimentos, mas ai venho pra cá e te vejo nesse estado, se auto medicando, se envolvendo com uma pessoa que você não pode corresponder ao que ele quer? Eu... Eu te amo Sara e voltei para te provar que ainda quero estar a seu lado, que me arrependi de ter pedido o divórcio, sei que talvez seja tarde demais, porém nós dois temos parcela de culpa. Não adianta eu expor meus desejos e você concordar com tudo, assim como não adianta eu fingir que não fui o errado em tudo isso por ser estúpido.

Sara ouviu seu discurso e no fim estava sem reação com aquele disparate, desata a rir nervosamente.

— Não deboche de mim Sara! – Fala ele magoado e irritado.

— Não estou! – Diz ela segurando o braço dele que fez menção de ir embora. – Doug e D.B. meio que me deram uma bronca por não resolver logo isso, D.B. disse que já estava se tornando infantil.

— Resolver? – Pegunta.

Sara levanta do carro e dá um beijo em Grissom que toma um susto inicialmente, mas logo a abraça pela cintura a trazendo para mais perto.

— É! Resolver... – Diz ainda sorrindo. – Preciso ir pra casa agora, estou cansada. – Entra no carro e vai embora deixando um Grissom boquiaberto plantado no estacionamento.

...

Sara estava em casa, tinha dormido o que conseguia e não tinha mais sono, ficou de frente para a TV zapeando os canais sem um real interesse. Tomou um susto quando ouviu a campainha tocar, ao atender encontra Nick que lhe conta uma ideia maluca de emboscar Basderick e ela de cara topou a ideia, até mesmo por que estaria vestindo uma escuta e teria policiais próximos para lhe socorrer caso algo saísse errado.

Se vestiu confortavelmente com jeans e um moletom e saiu de carro, a ideia era que ela invadisse o espaço dele para que assim ele se sentisse confiante. Sara chegou a casa dele e entrou, o interessante é que a porta já estava aberta, como se ele a estivesse esperando. Não viu ninguém em meio a casa escura, então resolveu bater no microfone da escuta, sinal previamente combinado para que eles entendessem que ela estava dentro da casa.

Alguns minutos andando vagarosamente pela pequena sala Sara notou que Basderick provavelmente possuía um toque (Transtorno obsessivo), tudo era organizado meticulosamente por tamanho, livros organizados por autor e em seguida na ordem alfabética, um grãozinho de poeira não se poderia encontrar em sua mobília impecavelmente limpa. Ouve uma porta atrás de si sendo aberta e se vira encontrando quem queria encontrar.

— Sara? O que faz na minha casa? Invadiu? – A indaga nada surpreso com sua presença.

— Sabe bem que não! Sua porta já estava aberta quando cheguei, parece que estava me esperando.

— É, tem razão. Conheço bem uma mente desesperada quando vejo uma sabia? E definitivamente sabia que me procuraria depois da queixa que prestei pela agressão do seu ex-marido.

— Ual! Você realmente tinha tudo planejado não? Sabia do meu momento de fragilidade emocional e manipulou os eventos para que estivéssemos nesse momento aqui, só eu e você.

— Eu, você e minha amiga. – Tira do bolso de sua jaqueta a arma e aponta para a cabeça de Sara.

— O que você quer de mim? O que você espera conseguir me matando e me fazendo passar por tudo isso?

— Vingança?

— Pelo que? Por ter ajudado uma pobre garota amedrontada a se livrar de um namorado doente? Acha mesmo que a morte dela é de alguma forma culpa minha?

— Claro que é! Por sua causa ela trabalhava até tarde...

— Não! Por sua causa, porque ela tinha medo de sair a noite sozinha e você a encontrar, e assim esperava alguém para deixá-la em casa. Eu mesma fui inúmeras vezes a deixar em casa para que ela não tivesse que ficar até tão tarde, mas infelizmente meu esforço não foi suficiente.

— É! E ela está morta, assim como você estará daqui a alguns instantes...

— Espere! – Diz Sara ao ver que ele engatilhou a arma. – Se vai me matar admita pra mim que foi você quem armou a tentativa de assassinato contra Doug e se feriu para alegar que Grissom o agrediu?

— Hum... Então quer mesmo que eu te diga? Bem, eu dopei você primeiro, criatura de hábitos como você é só me precisou trocar alguns comprimidos e quando você apagou completei sua bebedeira com meia garrafa de vinho barato que comprei em um bar qualquer, depois disso foi a vez do seu namoradinho grandalhão. Meu único erro foi subestimar a força bruta dele, a dose de tranquilizante que utilizai não foi suficiente pra nocauteá-lo instantaneamente como esperava, então isso me rendeu alguns hematomas, mesmo assim consegui esfaqueá-lo algumas vezes, mais precisamente cinco golpes eu dei e nervoso de mais pra me certificar que ele de fato estava morto só me preocupei em plantar o colar que ela te deu e me livrar das evidencias da minha presença ali. Até agora não sei como diabos aquele mamute sobreviveu. Ou Sara, tinha tanto sangue...- Debocha ele.

— Já chega Basderick, faça o que tem que fazer. – Disse Sara em prantos por ter ouvido todo o relato.

— Antes tenho que ti dizer a melhor parte, Seu ex veio até mim como um leão que defende sua presa, mostrando quem mandava no pedaço. Me disse que jamais me aproximasse novamente de você, pois iria me arrepender de um dia ter cruzado o caminho dele, que iria tornar minha vida um inferno caso fizesse algum mal a esposa dele. Honestamente me parece que ele te ama Sara, do contrario não teria sido tão desleixado a ponto de não perceber que o posicionei com visão perfeita da câmera de segurança. Quando mandei ele pro inferno me deu um empurrão que, eu fraquinho como sou, cai exatamente fora da visão da câmera, assim o atraindo e dando a mim a oportunidade de inventar o que quisesse sobre o que ocorreu depois. A única parte dolorosa nisso tudo foi ter que pedir a meu advogado para me socar, afinal de contas a atuação tinha que ser perfeita. – Ao terminar de falar apertou o gatilho da arma que apenas disparou vento. Tentou mais uma vez e nada, então sara tirou do bolso o mini-gravador e começaram a entrar policiais na sala.

— Eu disse pra não chegar perto dela! – Diz Nick entrando no local e puxando Sara pelo braço. – Vamos embora Sara.

Saem da casa e Sara fica a espera de Jim e Nick pra saber o que seria feito daqui pra frente, poucos minutos depois Jim volta com Basderick preso e Nick logo atrás com um saco de evidências.

— Levem ele pra delegacia e iniciem o processo. – Vai em direção a Sara. – Ei? Por que ainda não foi embora? Aqui não tem mais nada que você possa fazer. Amanhã seu processo será finalizado e você poderá voltar a trabalhar.

— Eu sei Jim, é que eu não sei se quero ficar em casa, pelo menos não agora. Eu vou visitar Doug! – Sai um pouco atordoada em direção ao hospital.

Chegando lá Sara encontra uma moça loira de olhos claro, muito bonita por sinal, em uma cadeira de rodas ao lado da cama de Doug conversando com ele. Sara dá uma leve batidinha na porta para se anunciar o que chama atenção de ambos.

— Ei Sara! Até que em fim! – Diz Doug em tom brincalhão. – Essa é minha irmã Hanna, Hanna essa é Sara.

— É um prazer Hanna! – A garota aceitou seu cumprimento com uma cara de poucos amigos. – Algum problema Hanna?

— Deixa eu pensar... Eu recebo uma ligação de um hospital me informando que meu irmão vai precisar de uma doação de órgão devido a um ataque que sofreu e que segundo nossas fichas medicas eu sou compatível com ele, até ai minha cabeça já estava quase explodindo de tensão, principalmente pelo fato de ter que mentir para meus pais pra que eles não surtassem com tudo isso. Quando chego aqui fico sabendo que tudo ocorreu devido a uma antiga paixão de Doug que resolveu brincar com os sentimentos dele e no meio tempo lançou ele na mira de um criminoso que procurava machucá-la... Há esqueci de mencionar que a intenção do criminoso era matar meu irmão e que só não conseguiu devido ao tamanho e força física dele! É, acho que tem muita coisa errada aqui Sara.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam da atitude de Hanna? Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando a distância é grande de mais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.