My Fallen Guardian escrita por Nana Roal
Capitulo 6: Traído
Sasuke sentou em sua cadeira atrás da escrivaninha, tomou uma postura profissional e sinalizou para que os outros dois homens se acomodassem nas cadeiras a sua frente.
- Pois bem, o que é tão importante ao ponto de vocês terem vindo até aqui?
- Primeiramente eu preciso que você entenda que eu não faturo dinheiro com mentiras, por mais que as pessoas digam o contrário, eu não sou um hipócrita que consegue sucesso a custo de calúnias. Batalhei muito para chegar onde estou e todos aqueles que tiveram suas carreiras destruídas por mim é porque eu tive razões relevantes para fazer isso. – Suigetsu começou a se esclarecer, enquanto Sasuke arqueava uma sobrancelha diante da declaração.
- Mas de acordo com Sakura você a ajudou...
- Os escândalos, as fotos e todo o material sobre ela foram verdadeiros. Todas as fotos e entrevistas são reais, em momento algum eu menti. O que fiz foi apenas aumentar a quantidade de notícias sobre ela, eu a coloquei evidência. – explicou.
- Entendo, mas tenho certeza de que não foi isso que o trouxe aqui, certo? – franziu o cenho e relanceou rapidamente para Naruto, em busca de alguma pista, mas foi sem sucesso o loiro estava inexpressivo.
- Vim até aqui porque Sakura não pagou pelos meus serviços.
- E você quer que eu pague no lugar dela?
- Não. – respirou fundo – Quero apenas que veja isso. – e entregou a foto a Sasuke.
O moreno encarou a imagem mostrada na fotografia, atônito, sua face ficou lívida e parecia que a qualquer momento ele iria ter um colapso.
- Sasuke? – o anjo chamou suavemente.
A expressão chocada se desfez e rapidamente a frieza e indiferença estavam de volta, os olhos se estreitaram e o Uchiha mais jovem deu um sorrisinho de escárnio.
- Excelente montagem Hozuki-san, eu não poderia esperar menos de um profissional. – deixou a fotografia sobre a mesa e encostou-se ao espaldar da cadeira de forma displicente.
- Não é uma montagem! A foto foi tirada com minha câmera profissional analógica, tenho os negativos que comprovam que ela é verdadeira. – rebateu ultrajado.
- Como eu vou saber? – ele vacilou por um instante, apenas Naruto percebeu.
- É verdade Sasuke, eu sinto muito. – o loiro disse se preparando para o ataque.
Os olhos negros perderam a frieza e foram tomados por uma decepção enorme, Sasuke abaixou a cabeça e seus ombros caíram.
Suigetsu se arrependeu do que tinha feito, mas pensou que na verdade isso era o certo a se fazer, o Uchiha parecia realmente amar a noiva, mas ela não parecia sentir o mesmo.
- COMO AQUELE MALTIDO OUSOU FAZER ISSO COMIGO? – se levantou de supetão e derrubou tudo que estava na mesa, em um movimento.
Depois começou a andar pela sala, como um leão enjaulado.
O paparazzo se assustou com a explosão repentina e com o que executivo havia gritado. Ele encarou o loiro e viu que este não parecia impressionado com a atitude, na verdade parecia estar esperando algo assim.
-EU O RESPEITEI! DE TODAS AS PESSOAS ELE ERA O ÚNICO EM QUE EU CONFIAVA! EU O ADMIRIAVA! – pegou um vazo que estava enfeitando uma mesinha perto da porta e o lançou contra a janela.
O vazo passou por cima da cabeça dos outros dois ocupantes da sala e se chocou com a vidraça que ficava atrás da mesa do moreno, ela se espatifou fazendo um barulho enorme.
Isso fez Suigetsu tentar se levantar para fugir, mas a mão de Naruto o segurou e em um movimento rápido ele se levantou e cobriu o corpo do Hozuki com o seu, impedindo que o repórter fosse atingido por estilhaços de vidro.
- BASTARDO! – começou a destruir tudo que encontrava.
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Fugaku estava conversando com Itachi ao telefone, o filho avisava que estava indo para o Japão, pois precisava conversar com o pai e com o irmão mais novo. O patriarca podia não admitir, mas sentia falta do filho mais velho e também tinha orgulho dele por ter conseguido prestigio com a profissão que havia escolhido.
O patriarca teve medo que ele se enveredasse por caminhos destrutivos e sem volta, mas quando viu que o filho tinha atingido seus objetivos, percebeu que não podia mais ir contra a escolha de seu primogênito, sua única opção era aceitar.
Por outro lado, após “perder” seu tão precioso herdeiro, ele pode enxergar o grande potencial administrativo de seu filho mais novo. Sasuke poderia ter demorado mais para aprender seus macetes, mas sabia executá-los com mais maestria que seu irmão mais velho, isso Fugaku não podia negar, seu caçula iria ser mais brilhante que si e o patriarca se orgulhava disso.
- Quando você chega? – indagou frio.
- Estarei embarcando dentro de minutos. – respondeu no mesmo tom que o pai.
- É tão urgente assim? – soltou mordaz.
- Mais do que você imagina. – rebateu sério.
- E...
- COMO AQUELE MALTIDO OUSOU FAZER ISSO COMIGO? – Fugaku franziu o cenho ao escutar o grito furioso de Sasuke.
- EU O RESPEITEI! DE TODAS AS PESSOAS ELE ERA O ÚNICO EM QUE EU CONFIAVA! EU O ADMIRIAVA! – o som de vidro se estilhaçando espalhou-se pelo ambiente, o patriarca se alarmou.
- Pai o que está acontecendo? – a voz de Itachi soou aflita.
- Sasuke... – o patriarca murmurou e desligou o telefone.
Saiu de seu escritório e deparou-se com Hinata e Karin olhando para a porta da sala de Sasuke, ambas estavam assustadas e pareciam estar em duvida entre entrar ou esperar tudo se acalmar.
- O que está acontecendo?
- BASTARDO! – barulho de mais coisas sendo destruídas.
- Nós não sabemos. – respondeu Karin.
- Os dois homens que chegaram aqui pouco depois de meu pai, estão na sala com Uchiha-sama há uns quinze minutos...
A porta se abriu e por ela passou Suigetsu, em seguida ela se fechou e ouviram o barulho característico da tranca.
- O que aconteceu lá dentro e quem é você? – o patriarca indagou irritado.
- Eu sou Hozuki Suigetsu e apenas mostrei a seu filho a verdade, porém ele não agiu muito bem ao fato. – respondeu intimidado, porém sem perder a pose.
- Do que você está falando?
- Disso. – entregou a fotografia ao executivo.
Fugaku analisou a imagem e suspirou entendo tudo. Itachi estava voltando ao Japão, apenas para tentar se redimir com o irmão, afinal, Sasuke ainda via Itachi como um exemplo, algo como isso era decepcionante. Desta vez seu primogênito havia ido longe demais.
- Porque você fez isso? – Hinata perguntou.
- A coisinha do cabelo rosa, não merece a felicidade que tem. Ela tem dinheiro, prestigio, poderia ter tido um casamento bom, e até amigos. Mas acho que a fama subiu à cabeça e ela mostrou o quanto patética e arrogante é. – concluiu sério – Meu trabalho aqui está acabado, sinto muito pelos problemas causados, mas tenho certeza que foi melhor assim. – virou-se e foi em direção ao elevador.
- Não quer algo em troca? – perguntou Fugaku. – Não quer um pagamento?
- Não é necessário, apesar de Sakura merecer o que está por vir, Sasuke não merece. Eu não ganho dinheiro em cima da desgraça de alguém que não merece. – e continuou seu caminho.
Karin o encarou, admirada e orgulhosa de sua atitude. Suigetsu não era mais aquele adolescente fanfarrão e interesseiro, ele agora era um homem maduro, ciente de suas qualidades, mas também sabia seus limites. A ruiva gostou disso e sorriu sem nem perceber.
*******////*******
Naruto conseguiu tirar Suigetsu da sala e depois trancou a porta. Sasuke estava sentado no canto da sala ofegante, parecia estar prestes a chorar, mas estava se segurando...
A culpa era sua, Itachi sempre foi melhor que Sasuke, porque Sakura não se interessaria por ele? Afinal ele era um ator igual a ela, bonito, inteligente, um perfeito par pra alguém fútil e patético igual à Haruno.
- Sasuke? – o loiro se aproximou calmamente.
- Por quê? – a voz soou cansada, sem nem um traço da frieza característica.
- Penso que ela não seja a mulher certa pra você. – se sentou ao lado do protegido e encostou a cabeça na parede, fechando os olhos.
- Eu pensei que realmente poderia começar a amá-la, pensei que ela realmente gostasse de mim.
- Você nunca se esforçou verdadeiramente para conseguir isso. – disse serenamente o moreno o encarou de canto, com raiva.
Era seu momento de receber alguma compreensão, não precisava ouvir que era um fracasso em matéria de relacionamento. Ele já teve a prova concreta disso.
O loiro suspirou...
- Talvez ela o ame do jeito dela. – abordou o tema de forma mais branda. Ele tinha que mostrar ao moreno o quanto aquela união estava fadada a fracassar, apenas pelo fato de apenas um dos lados ter tentado. Sakura tentou ser uma boa noiva, tentou levar o relacionamento adiante, Sasuke não.
Sasuke o fitou como se ele tivesse três olhos...
– Ela não é madura o suficiente para se casar, o casamento de vocês não iria durar muito. E você nunca se preocupou muito em conhecer verdadeiramente sua futura esposa.
- Por que você diz isso?
- Qual foi o tempo máximo que vocês passaram juntos?
- Sei lá, uns dois meses? – ergueu uma sobrancelha e fez uma expressão pensativa.
- Quando ela faz aniversário?
- 18 de março? – chutou, ele só sabia o mês, mas não lembrava o dia.
- 28 de março, Sasuke! – girou os olhos.
- Eu esqueci, oras. – disse cruzando os braços e virando o rosto.
- E como você quer casar com uma pessoa que mal conhece? – disse em tom de brincadeira, porém claramente levando o assunto a sério. – Você nem sabe que dia sua NOIVA faz aniversário, isso é o cumulo!
- Eu não tenho uma boa memória, ok?
Naruto deu um meio-sorriso e resolveu fazer um teste.
- Quando é o aniversário da Hinata?
- 27 de dezembro! – respondeu sem nem ao menos hesitar.
- Cor preferida dela?
- Lilás.
- Comida preferida?
- Ela gosta de comida típica italiana, me disse isso quando fomos ao mercado juntos.
Naruto gargalhou, o moreno o encarou sem entender.
- Você conhece mais sua secretária do que sua noiva, isso não é estranho Sasuke? – disse ao controlar o riso.
- Eu sei que a cor preferida da Sakura é rosa. – rebateu.
- O cabelo dela é rosa Sasuke, na verdade até os cegos sabem sua cor preferida, afinal quando alguém fala dela é sempre assim: “Aquela menina de cabelo rosa.” – zombou.
- Eu só sei essas coisas sobre a Hinata, porque ela sempre me ajuda a comprar os presentes para Sakura e como não quero ser deselegante, compro algo para lhe presentear. – se defendeu.
- Mesmo comprando presentes para Sakura, você apenas se lembra das preferências de Hinata. – arqueou a sobrancelha em desafio – E tem mais: você sabe que não seria deselegante, afinal ela apenas está ajudando o chefe dela e não um amigo.
- Mesmo assim, ela trabalha muito e não me custa muito agradecê-la com um presente. – disse ignorando algumas partes do que foi dito.
- Certo e como você sabe o aniversário dela?
- Falta pouco mais de um mês para ela completar vinte e quatro anos e como eu não posso pedir pra ela me lembrar do próprio aniversário, eu tive que memorizar a data.
- E por quê?
- Por que o que? – ficou confuso.
- Me de um motivo plausível para memorizar a data de aniversário da sua secretária.
- Ela sempre me da uma lembrança de aniversário, eu apenas retribuo a gentileza.
- Você também presenteia a Karin?
- Claro que não! – exclamou injuriado.
- Mas ela também lhe da presente no seu aniversário, no natal e até no dia dos namorados. – apontou, dando um cheque mate.
- Você é irritante! – levantou-se de supetão, foi em direção à porta abriu-a bruscamente e se chocou com um corpo menor que o seu.
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Três pares de olhos encaravam a porta fechada, esperando que a qualquer momento ela explodisse, todos estavam em duvidas sobre o que fazer com Sasuke.
- Você tem a chave, não tem Hinata? – o mais velho questionou.
- Sim Fugaku-sama. – caminhou até sua mesa quando uma gargalhada gostosa tomou conta do ambiente.
Todos novamente olharam para a porta, em seguida ouviram as vozes dos dois ocupantes do recinto. A voz de Sasuke soava calma enquanto a do tal de “Naruto” parecia estar divertida.
Hinata se aproximou da porta com a chave e quando aproximou a mão da fechadura...
- Você é irritante! – a porta se abriu e Sasuke se cochou com ela, fazendo a morena se desequilibrar. – Hinata!
O Uchiha a segurou antes que ela caísse a puxou para perto de si e se desculpou em voz baixa.
- Não foi nada. – respondeu constrangida, encarou os olhos do chefe – Você está bem?
- Não acho que você consegue me derrubar Hinata. – disse divertido.
Momento de silêncio, todos encaram Sasuke assustados e dentro da sala uma nova gargalhada soou.
- Para de rir seu idiota! - mandou irritado se virando para encarar o loiro.
- Você é muito burro... – voltou a rir, ele ainda estava sentado encostado na parede.
- O que está acontecendo Sasuke? – inquiriu o Uchiha mais velho.
- Acho que você já sabe pai, meu noivado será cancelado por motivo de adultério. – a entonação fria estava de volta.
- E seu irmão?
Sasuke encarou os olhos do pai de forma dura, um olhar apenas usado diante dos funcionários, quando ele precisava chamar a atenção de alguém.
- Você disse uma vez que tinha apenas um filho, pois bem, eu me considero filho único agora.
Naruto sentiu que seu protegido ainda estava muito irritado e frágil, devido aos últimos acontecimentos, mas de alguma forma quando ele se aproximou da jovem Hyuuga sua aura havia mudado, tornando-se mais calma e segura.
“Interessante.” – pensou encarando os dois.
- Sasuke... – Fugaku tentou, mas não havia argumentos. Sasuke se sentia traído pelo irmão, sua confiança e seu orgulho haviam sido humilhados, o máximo que ele poderia fazer era esperar. – Quer o resto do dia de folga? Nem um Uchiha fica inteiro depois de tantos acontecimentos.
- Você continuará trabalhando, certo?
- A mulher da foto não é minha noiva. – viu os olhos do filho, tornarem-se mais distantes – Pode tirar o dia de folga e Hinata também, eu cuido de tudo por aqui. – e entrou na sala, sem dar brecha para protestos.
O moreno suspirou e entrou em sua sala para recolher seus pertences, havia sido uma longa manhã realmente. Hinata também pegou sua bolsa e se preparou para partir.
- Você está bem mesmo Hinata? – Karin perguntou a colega, apesar de ter ciúme dela com seu moreno, ela gostava da Hyuuga e não queria que ela ficasse pra baixo por culpa do pai.
- Estou sim Karin-san, já me acostumei com as atitudes de meu pai, não se preocupe. – deu um pequeno sorriso.
- Espere Hinata-san! – o amigo de Sasuke pediu.
- Posso ajudá-lo Uzumaki-san? – indagou solicita.
- Sim. Primeiro: Não me chame de Uzumaki-san, apenas de Naruto.
- Ok, Naruto! – sorriu.
- E segundo: Você vem comigo e com Sasuke tomar um sorvete, vocês dois precisam relaxar.
- Mas...
- Nada de desculpas, você não tem opção! – Sasuke falou enquanto caminhava até o elevador. – Até mais Karin e qualquer problema não hesite em me avisar, ok?
- Sim Sasuke-sama. – sorriu.
- Hei Karin-chan, você gostaria de sair comigo? – perguntou Naruto, com um sorriso, se aproximando da mesa da secretaria de Fugaku.
A ruiva arregalou os olhos, assim como as outras duas pessoas presentes na sala.
- Eu... Er...
- Você é engraçada, parece ser uma mulher segura de si, mas ainda teme se decepcionar com os homens. – falou baixo a ruiva ficou estática – Talvez seu homem perfeito esteja mais próximo do que você imagina, apenas não deixe que ele se afaste de ti novamente, desta vez pode não ter volta. – concluiu ainda sussurrando.
- Do que v... – murmurou.
- Que pena que você não pode sair comigo Karin-chan. – disse alto novamente, para que os outros dois escutassem – Bom, deseje uma boa viagem a Suigetsu por mim, ouvi dizer que ele irá embora amanhã. – piscou um olho e seguiu para o elevador, junto de Sasuke e Hinata.
- “Suigetsu irá embora amanhã.” – pensou sentindo um estranho vazio no peito.
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Los Angeles, Califórnia, EUA.
O sorriso de vitória foi inevitável, ela até tentou sentir pena da situação da atriz, mas não conseguiu. Sakura mereceu receber esse tiro de realidade, mereceu saber que não era o centro do Universo...
O problema é que agora a garota estava tendo um ataque de raiva, seu apartamento aos poucos estava sendo destruído, seu rosto estava contorcido em uma mascará de ira e lágrimas escorriam de seus olhos.
- Sakura pare com isso. – Tayuya pediu gentilmente.
- Quem deu permissão para aquele projeto de repórter entrar em uma boate VIP? – grunhiu enquanto lançava o aparelho de DVD contra a TV de LCD de sua sala de estar.
- Suigetsu é um profissional renomado, Sakura. Ninguém é louco de expulsa-lo de seu estabelecimento. – argumentou a ruiva.
- Mas ele não tinha o direito de tirar fotos minhas sem permissão.
- Ele é um paparazzo esse é o trabalho dele. – se desviou de um cinzeiro de cristal – Vocês dois que foram burros e ficaram se agarrando em público.
- BASTARDO! SE ELE FALAR ALGO AO SASUKE EU O MATO! – se jogou no sofá, ofegante.
- Er... Bom você nem esperou eu terminar de contar o problema... – disse sem graça.
Sakura começou a ter o ataque após Tayuya mostrar a foto e contar que Suigetsu havia mandando aquela cópia por email, ou seja, não deu tempo de contar que o repórter enviou a foto já estando no Japão, pronto pra revelar a verdade ao herdeiro Uchiha.
- COMO ASSIM? – arregalou os olhos e se virou em direção a empresária.
- Suigetsu já está no Japão, ele disse que vai contar a verdade ao Sasuke. – encarou os olhos esverdeados – Acho que ele já deve saber a verdade.
A rosada ficou pálida, só podia ser uma brincadeira de mau gosto. Um sonho ruim, ela iria acordar a qualquer momento e sua vida ia estar como sempre. Suigetsu não teria tirado foto alguma, seu segredo continuaria guardado e em breve ela se casaria com o homem de seus sonhos, o homem que amava.
- Vamos para Tókio! – disse de repente.
- O que? – a empresária se assustou.
- Fale com Juugo e me consiga uma semana de afastamento. – se levantou ajeitando as roupas – Nós iremos para o Japão e eu irei salvar meu relacionamento. – concluiu correndo para o quarto.
Tayuya suspirou... Não conseguiria convencer Sakura do contrário, o jeito era fazer esse último favor antes de pedir demissão.
- Próximo vôo? – indagou alto.
- Sim!
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Estavam no avião há duas horas, Itachi se sentia inquieto, não conseguiu falar com seu pai novamente. Os barulhos de coisas sendo destruídas e gritos conseguiram o deixar com mais receio.
- Relaxe. – a voz de Mei chegou aos seus ouvidos.
- Não é tão fácil. – rebateu.
- Eu sei que não, mas se você não estiver relaxado, não conseguirá conversar com seu irmão. – segurou a mão do moreno e sorriu quando este a olhou – Você precisa estar calmo para mostrar a Sasuke o quanto está arrependido e o quanto deseja ser perdoado.
- Obrigado. – disse sorrindo sinceramente – Eu realmente estaria perdido se não fosse você.
- É por isso você terá que me pagar o jantar para compensar tudo que eu faço por você. – piscou um olho marotamente.
- Está me chamando para sair, senhorita Terumi? – perguntou com um meio sorrido.
- Entenda como quiser. – sorriu igual.
- Quando eu resolver todo esse problema, nós iremos sair para jantar. – e encerrou o assunto.
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- Você poderia comer mais devagar? – o moreno disse irritado.
- Me deixa Sasuke. Cuida do teu sorvete que eu cuido do meu. – e colocou mais uma colher cheia na boca.
Hinata apenas ria divertida, pensou que se sentiria perdida junto deles dois, mas era impossível se sentir assim perto de
Naruto. O carisma do loiro cativava qualquer um, não era de se admirar que houvesse conseguido conquistar a amizade e confiança de Sasuke.
- Hinata tenta convencer esse idiota a comer mais devagar, por favor. Ele vai acabar congelando o cérebro. – concluiu com o cenho franzido.
- Naruto-kun, Sasuke-sama está certo... Comer sorvete rápido demais, faz mal. – disse timidamente.
O loiro fez uma careta e diminuiu o ritmo.
- Pronto Sasuke-sama, - soltou sarcástico - está satisfeito?
- Estou sim – meio sorriso – Naruto-kun. – mais sarcasmo.
- Naruto-san! – uma voz empolgada gritou.
O loiro olhou pra trás e se deparou com um jovem de pele morena e sorriso alegre. Ele usava um lenço bandana na cabeça e parecia bem magro, mas longe de estar abatido. Ao lado dele estava um rapaz de cabelos castanho escuro arrepiado, usava óculos-escuros e vestia casaco de gola alta.
Sasuke reconheceu o garoto da bandana, ele era o garoto que tentou se matar. Naruto havia passado a visitar regularmente o jovem, no intuito de se tornar um amigo e passar conforto a família dele.
- Kiba! – o anjo exclamou e acenou para que os dois se aproximassem.
- Não iremos atrapalhar? – perguntou o rapaz de óculos.
- De jeito nenhum, podem se sentar. - respondeu Sasuke.
- Kiba, Shino este é Sasuke. – o moreno acenou para os rapazes – E está é Hinata.
- Prazer em conhecê-los. – disse a morena timidamente.
- Olá! – responderam juntos, enquanto se sentavam.
- E então como você está? – perguntou genuinamente preocupado. Ele já sabia qual era o destino do jovem Inuzuka, mas queria saber como ele se sentia durante cada fase de sua provação.
- Cansado, irritado, às vezes tenho vontade de desistir e até cortei o cabelo pra não ter que vê-lo caindo aos poucos. – fez uma pausa tomando a atenção de todos da mesa – Mas minha família e o Shino. – fez uma careta ao amigo – Não me deixam desistir. – sorriu.
- Isso mesmo Shino, não o deixe desistir! – o loiro sorriu amplamente.
- Certo. – respondeu sombriamente.
- Sinto muito por estar sendo indiscreta... – Hinata começou envergonhada, mas não soube como terminar.
- Você quer saber o que eu tenho? – Kiba perguntou naturalmente, não se sentiu ofendido e até achou divertido o jeito da moça.
Hinata assentiu...
- Leucemia mielóide aguda. – respondeu calmo.
- Mas é um tipo raro de Leucemia! – Sasuke soltou sem conseguir se conter.
- Para você ver como eu sou um garoto de sorte. – brincou.
- Mas ela é um tipo que tem cura? – a morena perguntou.
- Sim. – Shino respondeu – A taxa de cura varia entre 20% e 45%, entre jovens, pode não parecer muito, mas é bastante levando em consideração a raridade da doença.
- Oh... Mas é necessário um transplante de medula?
Todos na mesa encaram Hinata, Kiba esperava ver um olhar de pena e compaixão, mas viu apenas o mesmo olhar tímido de quando entrou no estabelecimento.
- Sim, mas não se preocupe eu já encontrei um doador. – sorriu e passou um braço pelos ombros de Shino, em um gesto de camaradagem.
- Fico feliz por você. – disse a morena sinceramente.
Naruto a olhou admirado. Sabia o que se passava pela mente da jovem, na verdade a mesma coisa havia passado pela mente de Sasuke. Ambos cogitaram a hipótese de fazer os exames dispostos a doar a medula para Kiba. O loiro se orgulhou do protegido e também da jovem Hyuuga.
- Meu pai me deu um cachorro de presente. – mudou de assunto com um sorriso nostálgico nos lábios – O médico disse que os animais nos ajudam então meu pai comprou um cachorro.
- Qual é o nome dele? – indagou Sasuke, entrando no assunto.
- Akamaru!
- É um cachorro muito irritante. – acrescentou Shino.
- Você só fala isso porque ele sujou sua roupa. – retorquiu Kiba.
- Ele fez xixi no meu jaleco, pelo amor de Deus, Kiba! – disse chateado.
- Você é enfermeiro? – o moreno inquiriu.
- Não, eu sou residente no hospital em que ele faz tratamento. – respondeu fazendo sinal para a garçonete.
- Quantos anos você têm? – Hinata perguntou em tom baixo.
- Vinte e três! – a garçonete parou ao lado da mesa e anotou os pedidos de Kiba e Shino.
- Vai se especializar em qual área? – a pergunta veio de Naruto, mesmo que ele já soubesse a resposta.
- Oncologia. – deu um meio sorriso.
- Tira esses óculos Shino, estamos em local fechado isso está ridículo. – o Inuzuka murmurou apenas para o amigo escutar, ainda com um braço em seus ombros.
- Moleque irritante! – grunhiu e tirou os óculos revelando os olhos cor de mel, depois tirou o braço do amigo de seus ombros gentilmente e o repreendeu com um olhar discreto.
Naruto riu dos dois, era tão óbvio, só alguém com a capacidade mental de uma ameba não perceberia. Sasuke franziu o cenho diante da atitude dos dois, mas resolveu ignorar sua voz interior que gritava algo que ele preferiu não entender. Hinata apenas deu um pequeno sorriso, mas não disse nada.
- E como está a Hana?
E a conversa seguiu caminhos triviais, nada que pudesse lembrar Sasuke ou Hinata de seus problemas familiares e que liberava Kiba das lembranças dolorosas de sua doença, por um período de tempo curto, mas revigorante.
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Sasuke olhava o teto do quarto, processava toda a informação do dia rapidamente, seu irmão, sua noiva e Hinata. Naruto lhe disse que tinha convencido o pai dela a mudar de idéia sobre a sociedade da Hyuuga S/A, mas o que o incomodava era o casamento dela com o tal Neji Hyuuga, seu anjo não havia falado nada sobre o cancelamento do matrimonio.
- E porque você liga pra isso? – a voz indiferente do anjo o alcançou.
- Não sei. – respondeu em um murmúrio.
- Você sabe, mas não quer admitir.
- O que eu não quero admitir? – se virou para encarar o loiro que estava sentado no parapeito da janela, ele encarava o céu noturno intensamente.
- É uma resposta que eu não posso dar. – os olhos azuis se fecharam e o anjo desapareceu em uma luz dourada.
- Naruto? – o Uchiha perguntou olhando assustado para o local onde o anjo estava antes.
Levantou-se em um pulo e olhou em volta, depois o procurou pela casa inteira e nada, o loiro havia desaparecido.
- Por favor, não agora! – murmurou perdido – NARUTO!
Continuaaaa....
Espero que tenham gostado do capítulo! ^^
O próximo talvez venha no domingo! /o/
Bjks e té mais!
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