Deadland escrita por Evy


Capítulo 1
Caindo


Notas iniciais do capítulo

Hey-Yo gente, tudo certo?

Eu já estava com essa ideia a muito tempo na cabeça, em tempo de Amor Doce, desde que foi revelado as peças, ou seja: Faz tempo. Mas só criei vergonha na cara agora. A fanfic, em termos de enredo, ainda não esta completa, mas estava tão animada para postar que não me segurei ~Oh, really?~

Espero que gostem desse capitulo, meio prólogo, meio não sei. Por enquanto só aparece a principal e o coelho, que todo mundo sabe quem é, mas mesmo assim vou deixar no ar haha



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Heather já deveria estar dormindo a muitas horas atrás, já deveria ter chegado em casa, retirado a maquiagem, a fantasia bem cuidada e resistente, as botas agora um pouco sujas e a meia calça ¾ preta. Já deveria estar sonhando com algum livro que leu recentemente, ou alguma série que tanto ama, ou até com algum garoto que estava gostando — que não era o caso. Mas decidiu que essa noite seria diferente, na noite de quarta feira decidiu que tinha comemorar.

Iria a uma festa.

Assim, com o apoio dos seus melhores amigos, Josh, Aline e Carlos, foram a festa de encerramento de ano da faculdade de artes local, que tinha como tema fantasias. Como de ultima hora, desenterrou do fundo de seu armário uma fantasia de Alice, uma de suas histórias favoritas. Não conseguia entender muito bem a fantasia de Josh, era uma “Múmia-Zumbi” segundo o garoto, ignorou e apenas riu. A de Aline era de vampira, vermelha e preta, que combinava com seu cabelo longo e escuro. Já Carlos recusou a roupa e apenas colocou uma jaqueta de couro preta e óculos escuros, á noite.

Os quatro já caminhavam faz tempo, a festa havia terminado as três da manhã para eles e resolveram passear pela cidade, já que não encontraram motivos que o detinham. Estavam se aproximando de algumas partes destruídas da cidade, e Heather agradeceu a Deus que não tenham pessoas morando ali, já que os companheiros, já bêbados, esqueceram as boas maneiras de falar baixo na rua. Gritavam e contavam piadas, e como Heather escolheu que seria a “protetora” de todos da noite, bebeu muito pouco e era a única que não participava.

— Vamos brincar! — Josh disse se virando para os amigos, enquanto andava para trás, Heather desejou por alguns segundos que ele caísse para aprender que não deveria fazer aquilo, mas viu que era muito maldoso e ignorou.

— Pega-Pega? —Aline perguntou em resposta, olhando para Heather e Carlos, que se olharam e riram. Aline fez cara feia e perguntou o motivo da risada.

— Vocês não conseguem ficar de pé, e querem correr? Negativo — Carlos disse se dirigindo a uma parede, ao lado da porta de entrada do prédio abandonado a frente deles —... Vocês se escondem, eu procuro, vão!

Dito isso os dois mais bêbados saíram dando risada e subindo as escadas do prédio que mantinha a porta aberta. Heather riu e foi no lado de seu amigo, que a olhou emburrado.

— Um, dois, três... — Carlos disse escondendo o rosto.

— Vamos mesmo brincar disso? Voltamos a ter sete anos? — Heather perguntou para o amigo.

— ... Sete, oito, nove... Anda logo Heather! — Carlos falou enquanto ria, a garota revirou os olhos e saiu correndo, tomando cuidado para não tropeçar em alguma pedra com as botas, mesmo que o salto seja pequeno.

A morena foi para o lugar mais previsível que poderia ir: A livraria abandonada.

Havia acontecido um incêndio ali a alguns meses, na região toda. As casas foram destruídas, alguns moradores se revoltaram e destruíram alguns lugares comerciais para piorar, acabaram abandonando a tal parte da cidade, dando uma aparência pós-revolta interessante.

Heather ria, enquanto fechava a porta de vidro da loja, que estava sem vidro no momento. Olhou em volta e lembrou-se de quando era pequena, e ia ali para comprar livros com sua mãe, e sempre pedia três, toda semana, mesmo que não terminasse a leitura a tempo, a mãe não discutia e apenas lhe dava. Ela sentia saudades de ter sete anos, mas ela já tinha dezenove, e a única coisa que poderia era relembrar. E brincar de esconde-esconde.

Ao longe ouviu seu amigo contando, então tratou de procurar um lugar na livraria. Andou pela loja. O cenário era totalmente diferente de quando pequena, e lhe causava arrepios quando lembrava que o dono havia morrido no andar de cima do lugar. Arrumou a franja do cabelo curto, que pareceria um penteado masculino se não fosse por duas mexas de cabelos na lateral do rosto, mais compridas que as outras, e a franja tapando seu olho.

Chegando perto das escadas para o outro andar, não ouvia mais seu amigo e deduziu que tinha que se esconder e rápido. Porém ouviu um barulho de unhas contra o chão e de pedras se movendo. Um rato. Só de pensar na ideia deu um pulo no lugar, passando os olhos azuis escuros em todos os lugares. Odiava ratos, tinha medo, nojo e ódio.

Um barulho atrás dela a fez dar um grito baixo, logo tapando a boca para não chamar a atenção e ser pega. Virou-se e viu de longe um livro jogado aberto no chão. Andou até o livro e sorriu lendo o título na capa.Alice no País das Maravilhas. Um dos seus livros favoritos, e expiração para sua fantasia, que era de Alice. Passou a mão pela capa, e ignorou o fato do livro estar impecável, nem um pouco chamuscado, amassado ou maltratado. Afinal, a livraria havia passado por maus bocados.

Abriu o livro e em uma das pagina aberta e estranhou logo de cara. A onde deveria ter a ilustração do Coelho da Alice não tinha nada, apenas um espaço em branco. Sabia que deveria ter um desenho ali pois tinha um exemplar igual. Passou as paginas do livro e estranhou mais ainda.  No lugar das lindas paisagens do País da Maravilhas estava completamente destruído, com paisagem queimando e exércitos mortos.

Alice in Deadland — Brincou vendo que várias ilustrações estavam ou modificada, ou não estava ali, como a do coelho e a do Buraco, onde Alice caia e ia para o País, no lugar apenas uma arvore normal e a grama sem cratera alguma.

Heather olhou em volta do livro, e teve certeza que era o mesmo que tinha. Continuou olhando-o e examinando aquela versão do livro, até que ouviu uma voz um tanto fina e estranha falando com ela. Levantou o olhar e piscou algumas vezes para ter certeza que não estava sonhando.

Um coelho, em duas patas, vestido de palito e olhando as horas a encarava, guardando o relógio e a encarando.

— Estamos muito atrasados! — O Coelho disse voltando em quatro patas e saindo dali correndo. — Corra! Ou vai se atrasar mais ainda!

Heather levou três segundos para voltar a respirar. Um coelho tinha falado com ela? Ou era a bebida fazendo efeito? Jurava que nunca tinha fumado, e naquela noite apenas bebeu dois copos pequenos de vodka, tinha certeza. Assim que recuperou a consciência, decidiu seguir o coelho.

“Por que não?” Pensou enquanto tentava alcançar o animal, que já tinha saído pela porta lateral do prédio e estava a caminho da floresta. “O máximo que pode acontecer é eu desmaiar no meio do caminho, ou estar louca!”

Heather seguiu o coelho em direção á floresta, e ao mesmo tempo em que achava aquilo totalmente estranho e louco, percebia o quão previsível estava sendo. Será que a livraria tinha algum tipo de gás tóxico? Ou um gás alucinante? Por que vestiriam um coelho com paletó e como ele iria falar? E porque raios Heather estava o seguindo? Afinal a situação era totalmente estranha.

Heather deu de cara com o que pareceu o fim da floresta, e o começo de uma planície magnífica, coberta de diversos tipos de flores. Como já estava a onde, seguir o coelho foi uma tarefa mais difícil naquele terreno.  A morena parou ao lado de uma arvore para recuperar o fôlego. Apoiou-se nos joelhos olhando em volta.

— Onde você está? — Heather perguntou em voz alta, olhando em volta a procura do coelho. Deu alguns passos e percebeu que no chão, ao lado de seus pés, estava o buraco do livro. Ficou encarando a superfície imperfeita durante alguns segundos até que percebeu que era igual ao do livro. Porém,  mais real.

Ela se aproximou do buraco, o mais perto que pode, sabia que se desequilibrasse cairia ali e sabe-se onde pararia. Heather olhou lá dentro e imaginou o que existiria lá, será apenas um buraco feito pela natureza? Ou um buraco feito por humanos? Ou será realmente a toca do coelho?

— Deveria tomar cuidado, Alice — Uma voz suave e aveludada soou atrás de si, e como estava despreparada acabou levando um susto e desequilibrando-se.

Heather caiu na toca do coelho, nem se dando o trabalho de pensar em como sairia dali, e sim, se aquilo era ou não real.


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