Porto Seguro - Uma Nova Chance II escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 23
Um Pedido


Notas iniciais do capítulo

Gente, sinto em lhes informar, mas esse é o penúltimo capitulo :(, sim, chegamos na meta final, espero que gostem... Boa leitura ♥



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Abro os olhos lentamente sentindo minha cabeça doer um pouco, olho para o lado e vejo Teddy dormindo tranquilamente na minha frente, acaricio seu rostinho, mas logo me lembro da minha bebê.

Eu preciso da minha menina de volta.

Algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto e eu mal consigo fazer barulho.

Tudo dói aqui dentro, tudo é escuro e sem vida... Sem aquele sorriso sapeca, aquela voz doce e as nossas brincadeiras bobas.

Eu preciso de tudo isso de volta. Eu não sei viver sem você Pheobe, a mamãe te ama e precisa de você mais que tudo.

Tento me mexer, mas assim que me viro deparo-me com Kate, ela está dormindo tranquilamente ao meu lado, assim como todos os outros que estão espalhados pelo quarto, exceto Christian... Desde que Pheobe sumiu ele não faz outra coisa se não ficar enfurnado naquele escritório procurando pistas junto com os detetives.

Sinto minha garganta seca e penso em levantar para tomar água, mas assim que penso a minha filha essa vontade passa.

Eu não sei como ela está, e isso me destrói, não sei se ela está com sede ou frio, com medo ou precisando de mim... Eu não sei de nada.

Lágrimas começam a rolar meu rosto e eu sinto meu coração doer.

Um celular começa a tocar e todos acordam, mas ninguém atende e só então eu percebo que é o meu.

Reviro os olhos atendo vendo que é Christian.

—Christian? —Digo num sussurro quase impossível de se ouvir.

—Mami! —O grito de Pheobe do outro lado faz meu corpo inteiro acordar e meu coração saltar. —Mamãe. Mãezinha.

—Pheobe. —Digo chorando e todos praticamente pulam em cima de mim. —Aonde você está amor?

—No hospital, com o meu pai. Ele me achou mamãe.

—É mesmo? —Digo já soluçando. Teddy começa a chorar e Kate o pega.

—É meu irmãozinho? —Pheobe pergunta.

—Sim. —Sorrio. Coloco o celular no alto-falante para que todos à ouçam.

—Eu estou com saudades mamãe, muita. De todo mundo.

—Nós também. —Elliot grita e Pheobe solta um gritinho agudo.

—Padrinho, você está ai?

—Todos nós estamos Pheobe. —Diz Mia.

—Que legal... —Ela diz, mas noto preocupação em sua voz. —Você vem me ver mamãe?

—Eu estou indo bebê.

—Vem logo? Por favor, eu estou com saudade de você, do seu cheirinho de mãe e do seu colo.

—Eu também estou com saudade, muita saudade.

—Então vem.

—Eu vou em arrumar, ok?

—Ok mami... Posso te falar algo?

—O que?

—Eu te amo.

Todas as barreiras erguidas caem nesse momento e eu sinto meu coração explodir.

—E eu amo você.

—Eu estou esperando, venha rápido.

—Traz o Teddy? E meus padrinhos? E as vovós?

—Calma. —Sorrio pela sua afobação. —Quando você vier para casa você verá todos.

—Ok. —Ela ri. —Já está vindo mocinha?

—Com certeza.

Deixo Pheobe falando com os outros e corro para me arrumar, pego as chaves do carro e me despeço indo correndo para o hospital.

Estou nervosa e ao mesmo tempo mais tranquila, eu sei que ela está bem e isso me deixa mais calma, mas eu quero muito vê-la, e só vou descansar quando ela estiver em meus braços.

Freio o carro em frente ao hospital e vejo um pequeno exército de jornalistas, mas não ligo muito, eu só quero minha bebêzinha.

Desço do carro correndo e eles começam a tirar fotos, mas me deixam passar. Assim que entro no hospital peço informações no balcão e depois vou correndo ver Pheobe.

Meu coração está acelerado, muito acelerado.

Entro no elevador e vou para o andar de pediatria, assim que saio do mesmo vejo Pheobe e Christian.

Meu coração acelera mais, Pheobe está com um vestido roxo, o mesmo de dois meses atrás, ela está descalça com os cabelos sujos e machucados em toda parte.

—Pheobe. —Chamo e uma lágrima rola pelo meu rosto.

Pheobe se vira para mim e abre um sorriso que faz seus olhinhos brilharem.

Dou um passo, mas não aguento e caio no chão de joelhos, ela corre até mim e se joga em meus braços apertando-me muito.

Céus, isso só pode ser um sonho...Diga que é real.

—Mamãe. —Ela diz me apertando ainda mais. —Me perdoa.

—Não me deixe mais. —Digo chorando. —Eu não posso viver sem você. Nunca.

—Me perdoa mami. —Pheobe diz chorando. —Me perdoa.

—Eu te amo. Te amo.

—Eu também te amo mami.

Levanto-me e Pheobe não me solta, então à pego no colo, aproximo-me de Christian e ele nos abraça apertado, ficamos assim por alguns minutos e eu percebo que Pheobe dormiu.

—Ela estava cansada. —Christian diz.

—Eu tive tanto medo de perdê-la...

—Eu também baby, mas ela está aqui agora.

—Onde ela estava?

—Com o José e a Leila.

—O que? —Digo incrédula.

—Eles à sequestraram.

—Ah meu Deus. Onde eles estão agora?

—Morreram... —Ele diz encolhendo os ombros.

—Como?

—O Taylor atirou no José enquanto ele perseguia Pheobe.

—E a Leila?

—Ela se arrependeu do que fez, e tentou salvar a Pheobe... Na verdade ela conseguiu, mas o José a matou.

—Céus... —Sussurro incrédula.

—A Pheobe disse que ela pediu perdão por tudo...

—Perdão?

—Sim.

—Eu não tenho que perdoá-la, ela salvou minha filha. —Digo e algumas lágrimas rolam pelo meu rosto.

—Já passou baby, ela ficará bem.

—Graças a Leila... —Sussurro. —Eu não queria que ela tivesse morrido...

—Eu também não...

—Papai... —Pheobe levanta a cabeça coçando os olhinhos.

—Eu estou aqui bebê. —Ela a pega no colo e ela volta a dormir em segundos.

Minha menina, não acredito que ela voltou.

 

 

Horas Depois...

Estou deitada com Pheobe na cama do hospital e Christian está dormindo na cadeira.

Tento me soltar de Pheobe, mas ela resmunga e me agarra ainda dormindo. Sorrio e acaricio seus cabelos, minha menina volúvel.

—Posso entrar?

Olho para a porta e vejo Grace.

—Claro. —Digo.

Ela se aproxima e algumas lágrimas chegam aos seus olhos ao ver Pheobe dormindo.

—Como ela está?

—Cansada, mas fora isso está bem... —Sussurro. —Ela disse que quer comer sorvete de chocolate com limão na casa da vovó Grace.

Grace sorri e acaba chorando, o que faz Pheobe acordar.

—Vovó! —Ela grita acordando Christian. Pheobe pula nos braços de Grace que a aperta. —Vozinha, você veio.

—Claro que vim. —Grace sorri.

—E eu? Não ganho um abraço. —Carrick diz parado à porta e Pheobe dá um gritinho agudo. Ele se aproxima e pega Pheobe no colo. —Como você está bonequinha?

—Bem. —Pheobe diz sorrindo e o beija na ponta do nariz. —Vovô, você vai me levar para a pizzaria como prometeu?

—Tudo que você quiser. —Carrick diz.

—Não tão rápido vocês. —Digo semicerrando os olhos. —A Pheobe fugiu e causou uma grande confusão, ela está de castigo, e por estar desidratada e com começo de anemia, não vai comer doces ou besteiras tão cedo.

—Ah mamãe. —Ela diz fazendo beicinho.

—Sua mãe tem razão Pheobe. —Christian diz.

—Vocês vão ter coragem de me deixar de castigo? —Ela diz fazendo drama. —Preso ao lado de vocês. —Depois de tudo você não sai do nosso lado nem tão cedo. —Christian diz severo. —E sim, você ficará de castigo, está na hora de aprender com seus erros.

—Acho que meus olhinhos de gato não vão me ajudar.

—Não mesmo. —Digo dando um tapinha em seu bumbum.

—Bom, nós temos que ir trabalhar. —Diz Grace. —Não deixe essa menina escapar das suas vistas.

—Pode deixar. —Sorrio e pego Pheobe de Carrick.

—Tchau vovó, vovô. Amo vocês.

—Nós também te amo. —diz Carrick e sai do quarto com Grace.

Pheobe sobe em cima da cama e começa a pular fazendo bagunça, não tenho coragem de mandá-la parar, foi horrível me privar desse sorriso por tanto tempo, e não vou ser eu quem vai acabar com ele. Aliás, seu sorriso me faz sorrir.

—Podemos entrar? —Kate pergunta com Elliot ao seu lado.

—Padrinhos! —Pheobe grita e pula da cama indo para o colo de Elliot.

Instantaneamente Pheobe começa a chorar e se agarra à Elliot e Kate.

—Nunca mais faça isso! —Kate briga chorando. —Eu quase morri por sua causa.

—Me desculpa madrinha. —Ela diz chorando. —Eu nunca mais vou sair do lado de vocês.

—Acho bom. —Elliot diz com os olhos marejados.

—Desculpa padrinho... Eu amo muito vocês.

—Nós também te amamos. —Kate diz.

—Olha quem chegou. —Mia diz entrando no quarto com Teddy nos braços e Ethan ao seu lado.

—Tia Mia, tio Ethan. —Pheobe diz batendo palma. —Esse é meu irmãozinho?

—É ele sim. —Sorrio e Mia me entrega Ted que abre um sorriso gigante.

—Eu quero segurá-lo mami, deixa? —Pheobe diz sentando sobre a cama.

—Mas é claro.

Cuidadosamente entrego Teddy nos braços de Pheobe, ele olha sério para ela e depois abre o maior sorriso do mundo e dá um gritinho.

—Olá Teddy. —Pheobe diz e ele sorri novamente. —Você sabia que nós somos irmãos? É sim, e eu vou cuidar de você muito bem. Sabe por que? Porque eu te amo muito, e você é fofo.

Quando dou por mim estou enxugado as lágrimas que caíram com essa cena.

Meus bebê... Meus maiores tesouros...

Ah, como eu os amo.

 

 

MESES DEPOIS...

Assim que saio da editora sigo para a minha casa. O dia foi cheio e tudo que eu preciso no momento é ficar com Christian e meus filhos.

Estaciono o carro em frente à casa e desço, assim que abro a porta vejo que todas as cortinas estão fechadas e as luzes estão baixas deixando a casa um pouco escuro.

Quando penso em aumentar à luz uma melodia suave começa a tocar pelos alto-falantes da casa.

Coloco minha bolsa e minha pasta sobre a mesa do hall, e entro na sala.

Assim que chego à sala meu coração para, ela está toda enfeitada... Corações por todos os lados. Balões de coração, pelúcias de coração...

Há fotos penduradas pelo teto, elas mostram momentos meus e de Christian desde que éramos jovens até o último mês com Pheobe e Teddy.

Sinto meus olhos marejarem e meu coração começa a bater mais forte.

Há um pequeno caminho feito com velas redondinhas que segue pela escada, respiro fundo e começo à seguir as velas, elas levam pelo corredor que também está enfeitado, até a porta do meu quarto.

A porta está entreaberta e o som vem de lá. Empurro-a e meu coração para.

O quarto está todo decorado com flores, na cama há pétalas e no chão um coração se forma, no meio do coração há um Christian Grey de terno e joelhos dobrados com uma caixinha de veludo estendida.

Teddy está usando um terno preto com gravata cinza, ele está em cima da cama de pé segurando uma placa que diz “casa comigo?”, e Pheobe está ao seu lado segurando um buquê de rosas vermelhas.

Olho para Christian já chorando e apenas balanço a cabeça.

Ele se levanta e me beija, logo em seguida ajoelha de novo e coloca o anel no meu dedo.

—Eu te amo... —Sussurro.

—E eu te amo futura Sra. Grey.


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Notas finais do capítulo

O que acharam meninas?
Comentem...♥