Porto Seguro - Uma Nova Chance II escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 18
O Amor Tudo Sofre, Tudo Crê, Tudo Espera, Tudo Suporta ❤


Notas iniciais do capítulo

Gente, espero que gostem, é pequeno , mas eu achei meio fofo, quero fazer algo maior alguns capítulos para frente, mas espero que gostem desse ❤



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Sinto algo quente contra meu peito que o faz levantar.
Ouço pessoas me chamarem e ao mesmo tempo correrem, mas não consigo abrir meus olhos, meu corpo não obedece nenhum dos meus comandos.
Sinto de novo aquilo contra meu peito e aquele som das teclas de piano, mas agora pressionada várias vezes.
Ouço vozes mais vozes e tudo se apaga.

Ouço alguém conversando, mas não consigo abrir meus olhos.

—Quando ela vai acordar vovó?

Pheobe...
Tudo se apaga...

Posso sentir o tempo passar, as horas correrem e consigo ouvir pessoas conversando ao meu redor, mas tudo que sinto quando tento abrir os olhos é a escuridão me tomar.

Sinto uma vontade absurda de fazer xixi e isso faz com que eu abra os olhos.
Ainda estou no hospital, e não há ninguém aqui.
Meu bebê.
Passo a mão sobre a barriga, mas não sinto nada, ela não está nem se quer inchada.

—Ele está bem. —Viro-me e vejo Grace, ela se aproxima e acaricia meu rosto. —Que bom que você acordou. Como se sente?
—Bem. Onde está meu filho? —Digo com a garganta seca.
—Na incubadora.
—Ele está bem? —Pergunto apreensiva.
—Sim, o Teddy é o menino mais forte que eu já conheci. —Grace diz e meu coração explode de um orgulho desconhecido. —Ele não deu um sorriso para nós, mas se mexe demais, e é a sua cara Ana, com os seus olhos, todos estão apaixonados por ele, inclusive as infermeiras.
—Meu bebê. —Sorrio. —Por quanto tempo eu dormi?
—Quase dois dias.
—O que?
—Você teve uma paradacardiáca e uma hemorragia, graças a Deus conseguimos controlar, mas por causa do sedativos você dormiu mais tempo.
—Como está a Pheobe?
—Mais estressada impossível, ela está bem preocupada, e não sai do lado do irmãozinho, e eu vou confessar que o Teddy fica mais alegre com apresença dela.
—Eu posso ver meu filho?
—Você se sente bem?
—Sim, mas antes eu realmente queria ir ao banheiro.
—Claro. —Grace ri.

Ela me ajuda a levantar e eu consigo caminhar normal, só sentindo um pouco de cansaço a mais que o normal.
Depois de usar o banheiro, tomar água e vestir um robe eu saio do quarto com Grace.
A primeira coisa que vejo é uma menina de olhos cinzas.

—Mamãe. —Pheobe diz sorrindo, mas lágrimas escorrem dos seus olhos.

Ela vem correndo em minha direção e quase me derruba com um superabraço.

—Eu senti sua falta. —Ela diz me apartando. Sorrio seguro seu rosto entreas mãos. —Você tem que ver como meu irmãozinho é lindo. Ele é enorme.
—É mesmo? —Digo sorrindo.
—Sim. Você quer vê-lo?
—Muito. —Digo sorrindo.
—Vem! —Pheobe exclama e sai me puxando.

Nós chegamos em frente à uma janela de vidro e eu vejo um embrulhinho azul dentro de uma incubadora.

—Pheobe, vai lá avisar que a mamãe acordou. —Grace diz e Pheobe sai correndo.

Antes de entra na sala com Grace nós lavamos nossas mãos e fazemos outra higines necessárias.
Assim que entramos eu me aproximo da incubadora e vejo o menino mais lindo de todo mundo. Ele é enorme mesmo, nem parece prematuro, tem olhos azuis e cabelos cor-de-cobre.

—Olá Teddy. —Digo e recebo um sorriso gigante que faz meu coração explodir.
—Olha só, o primeiro sorriso. —Grace diz. —Parece que eles estava guardando para você.
—Ele é lindo. —Digo toda emotiva. —Quanto tempo ele ainda ficará na incubadora?
—Bom, como ele é um menino muito forte, não é Teddy? Ele só tem que ficar mais alguns dias. Para a nossa sorte ele é muito especial e o pulmão dele não é prematuro, então temos que esperar ele ganhar peso.
—Eu posos segurá-lo?
—Deve. —Grace diz. —E amamentá-lo também.
—Eu posso?
—Ele é seu filho querida, mas eu preciso chamar a enfermeira para te ajudar.
—Tudo bem. —Grace sorri e seca uma lágrima dos meus olhos.
—Você foi muito forte.
—Ele me deu forças.

Ela sorri e sai da sala.
Olho para Teddy e me abaixo um pouco, coloco minha mão dentro da incubadora e acaricio seus cabelinhos.
Meu bebê.
Meu pontinho.
Teddy abre outro sorriso e segura meu dedo apertando com força.

—Eu te amo tanto pontinho, mais que tudo. —Digo e ele sorri de novo.

Sinto alguém me observando e quando me viro vejo Christian parado na porta.
Meu coração se aperta quando lembro de tudo, mas quando olho em seus olhos vejo preocupação, medo e até mesmo remorço.
Christian abaixa o olhar e enfia as mãos nos bolsos da calça, ele encolhe os ombros e abaixa a cabeça.
Não consigo não rir, ele parece um menininho que aprentou... E eu o amo, amo mesmo depois de tudo que aconteceu, amo a cada dia mais... E o amor é isso não é?
O Amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tude crê, tudo espera, tudo suporta.
E eu o amo.
Infelizmente nós não nascemos sabendo amar, e podemos levar um vida intera para descobrir como realmente é o amor, e talvez nem cheguemos à descobrir.
O amor real é muito mais do que isso que sentimentos e expressamos, mas se vamos viver com o pouco amor que temos, não o vamos desperdiçar.

—Eu te amo... —Sussurro e uma lágrima escorre do meu rosto. —Não como ontem, e muito menos que amanhã... O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Christian levanta a cabeça e quando seu olhar encontra o meu eu vejo a incredulidade passar por eles.

—Se você estiver disposto à tentar mais uma vez, eu ainda estou aqui. —Digo.

Ele sorri e se aproxima de mim tomando-me em seus braços.
Tudo passa quando estou aqui, todos os medos, todas as angustias e temores.
Palavras são incapazes de expressar tudo que sinto por ele.

—Me perdoa... —Ele diz baixinho e me aperta em seus braços.
—Só se você me perdoar também.
—Mas você não fez nada.
—Não importa... Eu quero recomeçar, sem brigas.
—Sem brigas. —Ele repete e nós continuamos abraçados. —Eu te amo, sabia?
—Sabia. —Digo e ele ri.
—Na verdade... Acho que é mais que amor... Ainda que eu soubesse todas as palavras que significam amor, faltaria muito para dizer o que sinto por você.
—Idem Sr. Grey.
—Olha só... —Nos saltamos e vemos Grace na porta junto com uma enfermeira.

Christian sorri levando-me a fazer o mesmo.

—Preparados para ver o Teddy amamentando?
—Sem dúvidas. —Dizemos juntos e sorrimos.

Meu Amor...


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Notas finais do capítulo

Gente, o que acharam?
Comentem ❤



O Amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tude crê, tudo espera, tudo suporta.

1 Coríntios 13: 4-7