Olicity - Lies escrita por Buhh Smoak


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, ai vai mais um caps de Lies.

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~ Oliver Queen ~

Não sei que horas peguei no sono, mas tinha a certeza que nunca tinha feito amor com a Felicity daquela maneira. Mesmo com a limitação dos movimentos, era como se tivéssemos na nossa primeira vez de novo só que mil vezes melhor.

Eu já estava acordado há alguns minutos quando ela sentou na cama de súbito. Liguei o abajur e a vi esfregando uma das pernas, pelo visto as câimbras continuavam.

— Isso nunca acaba. – esfregando mais a perna.
— Deixa comigo.

Ajoelhei na cama e comecei a massagear a perna que estava doendo. Mesmo com o rosto contraído de dor ela fez o possível para não se mexer.

— Está melhorando?
— Uhum.
— Vou pegar o rolo para você apoiar as pernas.

Eu tinha guardado no closet os rolos de espuma que ela usava quando estava com muitas dores nas pernas. Eles eram altos o suficiente para que as pernas ficassem mais altas do que o tronco.

— Aqui. – colocando um rolo e posicionando as pernas sobre ele.
— Bem melhor. – olhando para mim sorrindo.

Fiquei olhando para ela ainda ajoelhado na cama. Até mesmo de acordar de madrugada eu sentia falta.

— O que foi?
— Só matando as saudades. – voltando a deitar do lado dela.
— Saudade de acordar de madrugada no susto?
— Sinto falta de tudo que tenha a ver com você.

Ela estava deitada de barriga para cima, fiquei de lado apoiado a cabeça com um dos braços. Ainda estava escuro lá fora, mas eu não queria voltar a dormir.

— Também senti falta de você me ajudando, a Thea é um amor, mas sou mais suas mãos me fazendo massagem. – sorrindo.
— E sou muito mais bonito.
— Isso também tenho que concordar.

Enlacei minha mão na dela e a trouxe para perto, a beijando.

— Acho que agora podemos ficar como você queria, abraçados aproveitando meu retorno.
— Sim, podemos. – ajeitei o braço atrás de seu pescoço, deitando de novo com o rosto encaixado em seu pescoço. – Mesmo longe eu sentia seu cheiro em cada canto dessa casa.
— Te amo, Oliver. E espero que toda a mágoa que eu sinto vá embora logo. – fechando os olhos, sonolenta.
— Vou fazer o possível para que isso aconteça o mais rápido possível.

Segundos depois ela estava dormindo de novo. Ouvi meu celular apitar e me virei para ver quem era, me deparando com uma mensagem da Samanta.

— Só pode ser brincadeira.

Li a mensagem e desliguei o celular em seguida. Era madrugada e não tinha desculpa para ela me mandar mensagem perguntando se amanhã eu estaria em casa para conversarmos. Isso porque eu tinha deixado claro que só devia me ligar ou mandar mensagem durante o dia, somente no caso de emergência deveria me ligar. Só que como eu bem me lembrava, ela não seguia o que a gente pedia.

Voltei a encaixar o rosto em seu pescoço e fechei meus olhos. Queria aproveitar aquele cheiro, aquele contato que por tempo demais eu não tive.

—--

O barulho do telefone de casa estava longe quando acordei, mas a cada momento que eu me via mais desperto parecia que aquele barulho estava ligado no volume máximo.

— Acho que é melhor você atender. – disse Felicity assim que eu abri os olhos.
— Mas quem...

Não precisei terminar para que tanto eu quanto ela soubéssemos quem era. Atendi, colocando no viva voz e voltei a deitar com a Felicity deitada em meu peito como acabamos ficando durante a noite.

— Oi Samanta.
— Finamente, se fosse uma emergência a essa hora seu filho estaria morto.
— É uma emergência?
— Não, mas...
— Então não reclame. Eu estava dormindo. – apertei mais a Felicity em meus braços.
— Há essa hora?
— O que você quer?
— Quero saber quando vamos conversar.
— Sobre? – eu estava com tanto sono que eu não conseguia nem mesmo pensar.
— Sobre a minha situação...
— Você quer dizer sobre a situação do meu filho. – senti a Felicity tensa, o que me fez despertar e trazer seu rosto para perto do meu para beija-la.
— Sim, sobre NOSSO filho.
— Olha. – distribuindo beijos por seu rosto e descendo até seu pescoço. – Vou ver com a Felicity um melhor horário para que você possa vir aqui.
— Precisa da autorização dela?
— Somos um casal e temos que tomar todas as decisões juntos, coisa que eu deveria ter feito desde o começo. – desci os beijos até entre seus seios, a fazendo fechar os olhos.
— Não entendo porque tudo isso se quando eu mandei que você não contasse nada você nem mesmo se preocupou com ela.

Parei o que estava fazendo e olhei para minha mulher. Sabia que a Samanta estava usando contra mim o que eu tinha feito com a Felicity, mas eu não precisava de ninguém para me lembrar o quão babaca fui.

— Em primeiro lugar, esse assunto não é da sua conta. Em segundo lugar, a Felicity é uma mulher madura e eu fui um idiota por esconder dela algo tão importante. Nós iremos conversar quando minha mulher achar que devemos e você tem que aceitar isso sem nem mesmo questionar, quanto mais tacar na minha cara o que quer que seja. Vou pedir ao Diggle que busque meu filho para que eu possa passar o dia com ele e quando eu achar que está na hora de falar com você, te aviso. Depois do almoço deixe meu filho pronto. – desliguei sem dar a ela a oportunidade de continuar a destilar seu veneno.

Minha vontade era de levantar da cama e me afastar da Felicity. Ela não merecia um mentiroso como eu por perto, mas taquei o telefone longe e voltei a apertar minha futura esposa em meus braços.

— Onde iremos com o pequeno? – virando o rosto e apoiando o queixo em meu peito.

Senti toda a raiva que estava sentindo de mim mesmo ir embora. Ela estava séria, mas eu via em seus olhos o quanto estava disposta a superar tudo aquilo comigo.

— Onde vocês quiserem. - fiz carinho em seu rosto, a fazendo fechar os olhos.
— Estou com saudades de ir no parque, como a gente fazia antes do acidente.
— Quer ir lá?
— Não, acho melhor não.
— Porque?
— Me traz lembranças ruins.

A lembrança tinha a ver comigo e mais uma vez eu tinha estragado algo que um dia foi bom entre a gente. Antes de tudo acontecer costumávamos andar pelo parque da cidade nos dias que os bandidos davam uma trégua. Por ser quase raro disso acontecer, aqueles passeios acabaram se tornando especiais quando aconteciam.

— Queria ter o poder de apagar tudo de ruim que fiz para você.
— Me ajuda a ter novas lembranças, voltar no passado já deu problemas demais.
— Eu vou ser o homem que você merece. – a puxei para cima e a beijei.

O alarme do celular dela tocou avisando sobre os remédios. Levantei e fui buscar um copo de suco para ela, mas me deparei com minha irmã na cozinha comendo tudo que eu tinha na geladeira.

— Você não ia sumir daqui? – fui até a geladeira e pelo menos o suco sobrou.
— Sim, mas fiquei com fome e resolvi voltar. Já dei uma noite para vocês, está ótimo.
— Tudo tranquilo na cidade?
— Não, o Diggle pediu para que você ligar para ele.
— E você não pode me contar?
— Não, porque ele sabe mais que eu e não adianta te contar nada pela metade. – comendo o resto de pão que estava no prato. – Vou tomar um banho e depois vou para a caverna de novo.

Ela saiu e eu voltei para o quarto, onde a Felicity não estava. Ouvi o barulho de água vindo do banheiro e fui até lá com os remédios dela.

— Precisava dar um jeito nessa cara amassada. – terminando de escovar os dentes.
— Você é linda de qualquer jeito. – tentando ignorar o fato dela estar nua, me aproximei e deixei os remédios sobre a pia junto ao copo de suco.
— Sei. – lavando o rosto antes de tomar os remédios. – Obrigada. – bebendo um gole de suco e já me devolvendo o copo. – Queria não sentir tantas dores por andar, mas só de saber que um dia isso vai acabar até mesmo as dores são bem vindas.
— Temos que ver com o Jonas o que pode ser feito para aliviar as dores.
— Na próxima sessão de fisioterapia eu vou falar com ele sobre isso.
— Nós iremos falar com ele.
— Sim, nós. – sorrindo. - Preciso de um banho, me ajuda?

Aquele pedido foi sem isento de malicia e mesmo que meu corpo já desse sinais de querer ir além do banho, eu sabia que não aconteceria nada. Deixei o copo sobre a pia e a peguei no colo.

— Só se você me deixar te ensaboar. – roubei um selinho, a fazendo sorrir.
— Não tem enfermeiro melhor do que o amor da nossa vida.

Por um momento eu pensei que estávamos há meses atrás, quando qualquer coisa era motivo para declarar o amor que sentíamos um pelo outro e o coração dela só tinha sentimentos bons por mim.

A coloquei na banheira e abri a torneira. Ela relaxou o corpo e deitou a cabeça no encosto da banheira, de olhos fechados. Enquanto seu corpo ia sendo coberto pela água e eu ia despejando os sais de banho comprados por ela mesma, eu observava seu corpo. Ela tinha um corpo espetacular e as cicatrizes do acidente só tornaram aquela visão mais atraente. Ela era uma sobrevivente e eu tinha orgulho por ela ter superado tudo mesmo com tantos problemas juntos.

Totalmente livre de segundas intenções eu ensaboei seu corpo e me permiti aproveitar a confiança que ela depositava em mim. Desde pequeno eu fui educado a ter a mulher como um objeto, que estaria do meu lado como um premio por eu ser um bom homem. Essa era a desvantagem de crescer em meio a tanto dinheiro e status. E por muito tempo eu fui assim. Usando uma mulher atrás de outra, até conhecer a Felicity.

Fiz questão de acariciar cada parte de seu corpo, como se eu estivesse cuidando de uma obra prima. A gratidão por aquele momento encheu meu coração de tal maneira que eu só conseguia agradecer por estar ali com ela, mesmo não merecendo.

— Oliver?

Despertei do transe que estava e olhei para minha futura esposa. Ela estava com os olhos cheios de lágrimas e eu fiquei alerta para algo de errado que eu poderia ter feito.

— O que foi? Te machuquei?

Ela endireitou o corpo e de súbito me abraçou. O choro veio logo em seguida e eu comecei a sentir desespero por não entender o que estava acontecendo.

— Meu amor, o que aconteceu? O que eu fiz de errado?
— Nada, você não fez nada de errado. – se afastando de mim, com os olhos vermelhos.
— Então porque está chorando?
— Nunca vi você me olhar desse jeito?
— De que jeito? – me ajoelhei ao lado da banheira para ficar na mesma altura que ela.
— Com tanta devoção. Não só pelo olhar. – olhando para a bucha que eu ainda estava em minhas mãos.

Entendi o que ela queria dizer, mas era exatamente isso que eu sentia. Levantei, deixando a bucha sobre o apoio na borda da banheira e tirei minha o pouco de roupa que eu ainda vestia. Entrei na banheira e de frente para ela, a trouxe para meus braços, encaixando seu quadril no meu.

— Eu estava agradecendo por estar aqui, agradecendo por não ter perdido você e por você ter me transformado em alguém melhor.
— Você não tem que me agradecer. – respirando com dificuldade pelo choro.
— Se tem alguém nesse mundo que tem que receber meu agradecimento é você. – se afastei e segurei seu rosto com as mãos. – Eu sempre tratei as mulheres como objeto, Felicity. Eu me satisfazia e seguia meu caminho sem me preocupar com os pedaços que eu deixava para trás. Fui criado assim e mesmo quando eu podia decidir sozinho como levar minha vida, continuei as tratando dessa maneira. Até você chegar. – dei um selinho nela, mas me afastei porque tinha mais a dizer. – Quando me vi sozinho nessa casa eu senti como se estivesse recebendo de volta todo o abandono que eu causei em todas aquelas mulheres. Não estou te comparando a quem eu era, jamais. Só que eu experimentei a solidão de amar você e não te ter por perto. E isso é desesperador.

O beijo agora foi mais intenso, tanto por mim, quanto por ela. Envolvendo meu pescoço, ela apertou mais o agarre se desfazendo de qualquer espaço que existisse entre nós.

— Eu te amo tanto, Oliver. – distribuindo beijos por meu rosto. – Queria arrancar toda essa mágoa que ainda está dentro de mim.
— Eu mais do que ninguém quero que ela saia dai, mas tudo a seu tempo amor. – fiz carinho em seu cabelo, descendo meus dedos pela curva de seu pescoço. – Do mesmo jeito que eu fiz por merecer quando você entrou na minha vida, eu quero fazer por merecer curar seu coração. Te prometo que não vou descansar até que isso aconteça.

Sem esperar mais, deslizei para dentro de seu corpo, arrancando um gemido dela. Aquele som era uma das muitas coisas que eu sentia falta, mas ouvir eu te amo ao pé do meu ouvido era o que realmente me fazia acreditar que ela estava ali. Em meus braços, de volta para minha vida. E pela primeira vez em semanas eu acreditei que estava finalmente saindo do fundo do poço e caminhando de volta a luz.


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