Mais uma daquelas férias de verão começavam... Eu estava em meu quarto sozinha, o som do rádio no ultimo volume, pra ser sincera eu nem sei muito bem qual a música que estava tocando, ela apenas soava como um eco em meus ouvidos e alma deixando o ambiente barulhento, me levantei e olhei-me no espelho  balançando de um lado para o outro me senti a vontade por alguns instantes.. apenas por estar usando um pequeno shorts e uma camiseta bem larga. Desliguei o rádio, peguei meu celular e sentei na poltrona perto da janela - suspirei - nenhuma mensagem. Resolvi ligar para minha querida amiga Hanna, então ela atendeu:

— Hey Em, como vai? quanto tempo..

— Vou bem Hanna e você? Sim faz muito tempo, mas estou na cidade de novo, quando puder me visite!

— Estou bem, claro que sim mas agora estou no shopping te ligo depois. 

Desligamos juntas como de costume, fui até a minha cama pensando em me deitar de novo, então peguei o retrato que enfeitava meu criado mudo era meu e da Alison com um recado no cantinho da foto "Emily você sempre foi minha preferida" então eu sorri com lágrimas nos olhos, voltei o retrato no lugar mas com uma diferença com a foto para baixo, não queria vê-la de forma alguma como aquilo acabava comigo, olhar ela sem poder tocar e sentir a pancada de cada pensamento tomando minha mente, como o de "Com quem ela está agora?" , "Será que está bem?" me joguei na cama e olhando para o teto comecei a pensar em como eu estava abalada e frágil, lembrei de minha rápida conversa com a Hanna e do meu suposto "vou bem" mas era óbvio que eu não estava bem, eu jamais poderia estando longe de quem eu mais amava, chorei por algum tempo e dormi por longos 40 minutos, acordei ouvindo meu celular tocar, levantei correndo e na esperança, coração batia forte e acelerado então o peguei, era uma mensagem, da minha mãe dizendo que chegaria mais tarde, que decepção, eu pensei. Logo disse a mim mesma em tom baixo e claro:

— será mesmo que ela não pensa em mim? não vai ligar ou mandar uma mensagem?

Era tudo tão confuso, tão vazio, mas ao mesmo tempo tão intenso e eu só pensava em desistir de tudo, pois aquilo doía e eu não entendia. Decidi me trocar, tirei o shorts curto e a camiseta confortável, abri meu guarda roupa e ali o admirei olhando-o por uns 10 minutos ou mais.. tudo para escolher um short qualquer que não fosse de pijama, uma blusa básica em tom vermelho com uma leve caída no ombro, calcei o primeiro par de tênis que encontrei em minha frente, apanhei minha bolsa e meu celular sai do quarto fui em direção a sala para pegar a chave do carro, desci cada degrau da escada que levava ate a sala com uma pancada de pensamentos, então peguei a chave, sai de casa, peguei o carro, fui até a pedra do beijo - Ahh quantas lembranças desse lugar - dirigi ate lá, me sentia inquieta por dentro, chegando ao meu destino desliguei o carro, respirei fundo, desci do mesmo pegando apenas meu celular, avistei a uns 10 metros aquela linda pedra pude ter uma visão de um momento ótimo que vivi aqui, caminhei lentamente ate a pedra e sentei-me respirei aquele ar puro, olhei para as árvores que me rodeavam, então num instante de minuto resolvi criar meu diário pessoal em vídeo, para contar como tudo aconteceu entre mim e Alison, acho que no fundo a sensação e esperança que eu tinha era que eu mandasse aquilo algum dia pra ela ou ela visse por algum obséquio então liguei a câmera do meu celular posicionei em meu rosto, e comecei:

— Bem vindos ao meu inferno pessoal, agora claro, porque antes eu me sentia no paraíso, mas começando do começo eu vou contar como eu conheci a Alison a menina dos olhos azuis piscina mais encantadores que eu já vi...