Prelúdio das Sombras - O Inferno de Richard escrita por Damn Girl


Capítulo 14
Bônus - O Criador (Parte 02)


Notas iniciais do capítulo

Voltamos nós, vampiros e vampiras! Estaremos hoje encerrando o especial do Criador e com boas noticias!! Ainda estou na mesma situação no momento, mas mês de Março retorno para casa e as coisas voltarão ao normal!! Mais uma vez queria agradecer aqueles que estão esperando! E pedir desculpas pois me distraí um pouco, e deixei de responder alguns comentários, de ver algumas notificações no wattpad. Eu vou responder tudo hoje, ok?

Tem muita coisa que eu queria falar com vocês, mas não quero me prolongar muito, pois o capitulo do Criador ficou maior do que eu imaginava, cortei algumas coisas, mesmo assim e tem três partes vindo aí. Na parte anterior, vimos que O Criador está meio romântico, do jeito deturbado dele (a la Kilgrave por assim dizer), mas está, e isso com certeza irá causar algumas confusões... Veremos algumas coisas do que ele era, da ligação dele com a rainha... Mas não se enganem, ele é mal! Quem quiser pular, é só esperar o capítulo de Richard, que não deve demorar a sair muito mais.

Aproveitem os capítulos e, se por algum motivo a qualidade tiver caído, ou qualquer outra coisa que incomode a vcs, por favor me avisem, sou inteiramente a ouvidos. Estes capítulos ainda não estão revisados, mas.... se eu esperasse eu poder revisar, ia sair só em 2019... Dito isso, boa leitura! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/676873/chapter/14

"O que é o homem? Uma pequena miserável pilha de segredos."

(Drácula, Castlevania: Symphony of Night)

Parte 02

         Era estranho, encarar Astryd tão próxima, e saber que quatro mil anos de memórias – ou no caso, a ausência delas - a distanciavam terminante de mim. Entre nós há uma barreira tão intransponível que seria necessário uma energia exorbitante para que eu pudesse explicar-lhe decentemente tudo que acontecera durante todo esse período. Uma energia da qual infelizmente, eu não mais possuía.

          As limitações que eu ganhara como um vampiro nunca me incomodaram muito. Me locomover por terra era diferente, e bem especifico, no entanto, não era tão repugnante quanto descreviam os outros de meu planeta, somente mais tedioso e arrastado do que voar pelos céus. E a ausência de velocidade não é um verdadeiro problema, quando se é um imortal com um tempo ilimitado pela frente.

          O sangue também não me incomoda, pelo contrário. Adoro vislumbrar o terror nos olhos daqueles que escolho como presa, planejar novos tipos de tortura, castigos... O gosto é exótico e me agrada, parece desenvolvido exatamente para mim, aprecio a cada nuance dele sem qualquer remorso.

         As complicações começam quando percebo que não posso mais alcançar uma simples humana, verter as lembranças de todas suas vidas à superfície de sua encarnação atual.

         Minha atual espécie é superior em vários aspectos, um deles é a vida eterna. Enquanto desfrutamos de uma única vida, a do humanos é fragmentada; Eles nascem, crescem, envelhecem e mais breve do que eu jamais suportaria, morrem.

         Entretanto, quando tudo parece enfim acabado, eles retornam: Uma nova vida, novas lembranças, em um novo lugar. Parecem vazios à primeira vista, uma casca de igual aparência da anterior, mas as recordações antigas permanecem no interior de algo categorizado como defeituoso, o qual os seres de meu planeta apelidaram de alma. Até que esses retornos se tornam menos frequentes, e eles ficam presos definitivamente numa versão amadora do nosso Vazio, o espaço que meus conterrâneos habitam depois que morrem.

         Eu era o responsável por estudar a espécie humana e estabelecer um padrão do retorno, e ainda, o motivo pelo qual isso acontecia. Mas antes que eu pudesse me aprofundar nisso, eu fui transformado.

         Meus conterrâneos não conseguiram definir um período preciso em que isso acontece, e com minha ausência a questão foi terminantemente deixada de lado. A nova espécie que surgira era satisfatória o suficiente, e os humanos só não foram descartados pois ficou explícito que os vampiros necessitavam deles, tanto como parte do cardápio, quanto pelo aumento da espécie.

        Os vampiros não são defeituosos, se eles são decapitados, expostos a grandes quantidades de fogo ou queimados pelo sol, não retornam. Mas assim como os seres oriundos de meu planeta, eles também não se reproduzem. Nunca. Enquanto os humanos se multiplicam em grandes quantidades e enchem o planeta com sua insistente presença.

        Essa simples condição acabou ocasionando num grande impasse, e mesmo os vampiros ganhando em excelência, a necessidade dos humanos para sobreviver e manter a espécie, acabou por tornar os seres mais vulneráveis e fracos na espécie principal.

        Observei Astryd cumprimentar uma outra mulher com um olhar mais clínico, cada vez mais convencido de que por trás dos sorrisos e abraços, havia algo de errado com ela.

— Aceita senhor?

         Sem tirar os olhos da mulher, peguei a taça que me era oferecida e virei o conteúdo em único gole. O vinho queimou através de minha garganta enquanto eu ponderava sobre ela e meu passado.

          Em meio as minhas pesquisas ao longo do tempo, secretamente notei que a volta dos humanos seguiam um certo padrão, até certo ponto... e que em sua última vida, algo peculiar acontecia. Algo atípico daquela pessoa em particular, como uma mudança brusca de aparência, uma deficiência ou mesmo um irmão a quem sempre fora filho único...

         Era uma informação importante, mas como eu não detinha mais nenhuma obrigação de reportar isso a ninguém, mantive o fato em sigilo e permaneci observando. Principalmente quando ela, Astryd, uma das primeiras humanas reaparecia. Não só pelo meu envolvimento pessoal, mas porque ela é uma das últimas daquela época que ainda retornam.

          Incontáveis foram as vezes que o destino me pusera em seu caminho. Por vezes, eu dava um jeito de entrar em seu caminho. A última vez fora há quatro mil anos, e achei que seu ciclo tinha se encerrado. Até que segui meu servo até o jardim real.

          Richard não era como os novatos comuns. Embora ele se auto intitulasse fora de controle, mantinha o índice de seus assassinatos num nível bem abaixo do que os outros recém-transformados. Conseguia viver junto dos humanos, raciocinar com clareza quando sem sede ao passo que os outros simplesmente agem por meses a mercê da insanidade.

          Não saberia dizer se seu controle era atribuído a sua força de vontade, a necessidade, ou se todos os que eu transformasse iriam ser assim. Afinal, sendo eu de um outro mundo, há uma remota possibilidade de que ele tenha herdado algo de mim através de meu sangue. De toda forma, ele era exatamente o que eu planejava como servo; Incrível.

          Mal posso esperar para treiná-lo!

          O deixara completamente no escuro quanto sua nova condição; não poderia correr o risco de instruí-lo e ele confessar nossas fraquezas aos humanos. Em um primeira instância, eu sequer deveria tê-lo transformado.

         Ainda assim, ele dera um jeito de perceber por si seus limites; observar as mudanças que lhe ocorriam e agir de acordo com elas. Enquanto a maioria dos novatos abandonados por seu mestre apenas se lançavam ao sol, ele percebera rapidamente o que seus instintos tentavam lhe dizer e não se deixou queimar.

          Richard pairava no limite entre a sombra e o sol, estudando sua mão enquanto a permeava em meio aos raios solares. Escutava seus pensamentos a respeito do sol, quando me sobressaltei com a voz suave de Astryd em minha cabeça. Um milésimo de segundo depois, seu cheiro veio ao meu encontro confirmando sua presença. Procurei dentre os arbustos, seguindo os batimentos cardíacos ainda desconfiado. E então ela surgiu em meio as flores.

          A princípio a confundi com uma das jardineiras do castelo. Astryd cuidava das rosas de maneira tão atenciosa, fincando os dedos no chão e revirando a terra úmida. Contudo conforme sua conversa com Richard progredia, percebi a verdadeira natureza do relacionamento de ambos; Ela era a mãe de meu servo.

          Isso complica um pouco as coisas.

          Ajeitei o colarinho, assistindo um dos guardas se aproximar excessivamente de Astryd e sussurrar-lhe algo sobre um contratempo na decoração. Vê-la no tempo atual era ainda tão desconcertante, que eu sequer conseguia concentrar-me o suficiente para ouvir a conversa na íntegra. Sua atenção recaiu sobre meu rosto e embora eu não a ouvisse, a dilatação em suas pupilas esmeraldas fizeram com que eu soubesse imediatamente que o assunto se desviara para a minha presença.

          Ela se esgueirou do guarda com um movimento harmonioso e a cada degrau descido em meu curso, eram mil anos retrocedidos no tempo. Abandonei minha segunda taça de vinho junto do assento da cadeira e esperei por sua apresentação amigável, assumindo uma expressão neutra ao passo que receptiva, humana.

          Eu sabia que a razão de sua abordagem era Richard, e nada mais. Nenhum traço de qualquer assunto ou lembrança menos impessoal. Isso era tanto uma decepção quanto um alívio. Deixei que os ventos que sopravam de forma mais revolta expurgassem toda minha excitação em vê-la. Astryd segurou a imponente coroa de rubis que pairava em seus fios densos e tão escuros como a melancolia em meu interior. Seus lábios vermelhos tracejaram um meio sorriso, aflorando a lembrança do gosto que guardava comigo.

           Repassei em minha mente a história infantil que meu servo havia contado sobre eu ser um criador de ovelhas, enquanto ela se aproximava com seu andar graciosos. A desculpa que ele dera para sua semana de ausência era no mínimo criativa e acabei por deixar escapar um sorriso.

          Richard se faz de adulto quando, contraditoriamente, é dono de um imaginação muito fértil, digna de um adolescente. Em pouco tempo ele me apelidara de Criador, despejara a história das ovelhas e ainda tachara o soberano da espécie como Rei Vampiro. Em vez de me pressionar e exigir que lhe instruísse, como eu esperava, ele montou sua própria versão de tudo que acontecia.

           Ele merecia umas explicações e eu o presentearia com elas hoje.

          Três perguntas, Richard. Nada mais.

          Astryd retribuiu o sorriso concluindo equivocadamente que era direcionado a ela e, num ato totalmente imprevisível, estendeu os braços e os passou em meu pescoço, me aprisionando em seu mundo. Fiquei petrificado por um tempo, apenas absorvendo o calor de seu corpo e apaziguando a ansiedade que que percorria cada pedaço do meu. Eu esperava tudo, menos um abraço.

          Será que ela se lembra de mim?

          Ficar parado deixou de ser suficiente, e acabei por lhe envolver a cintura e permear a cabeça em seus ombros, depositando quatro mil anos de saudade em seu espontâneo gesto. Minha garganta se fechou a deslumbrante sensação de seu corpo no meu e, perdido em meio as lembranças de uma época em que éramos íntimos, comecei a planejar uma meio de tirá-la dali.

          Por um breve momento tudo ao meu redor desapareceu, exceto pela mulher que um dia me aceitara do jeito que eu era: O monstro aterrorizante de olho vendados, afiadas garras e asas roxas que caíra do céus.

          Tão inesperado quanto nosso contato começou ela o interrompeu, livrando-se dolorosamente de meu aperto. Astryd então me encarou ruborizada e não consegui disfarça meu desapontamento em seus olhos que nosso abraço não fora mais que uma empolgação, que ela absolutamente não me reconhecia.

— Perdão por minha saudação inapropriada.... – Ela ajeitou os cabelos, me fitando de forma casual, embora aparentasse estar um pouco constrangida. - Senhor?

— Erin, Vossa Majestade. – Pronunciei um de meus nomes falsos, imediatamente ajeitando a postura e pegando-lhe a mão. Beijei seu dorso como forma de cumprimento, disposto a me recompor e trata-la com cordialidade. – É um prazer conhece-la...

— Kenvia Wyndon. - Astryd franziu o cenho e me encarou com um ar levemente divertido. - És o primeiro que desconhece meu nome.

          A Rainha Kenvia tomou minha mão direita, cobrindo-a com as dela. O olhar que ela me lançou foi tão intenso que recuei um passo, odiando me sentir exposto. Eles marejaram enquanto ela me analisava.

— Não sei como agradecer ao senhor por ter se disposto a salvar meu filho. Richard é... tudo para mim, é a minha vida, meu único filho. Quando ele não retornou, fiquei tão angustiada que temi ir para o outro mundo.

          Salvar? Eu o condenei.

          Pensei em tudo que Richard ainda passaria, em todos os planos que eu tinha para ele, e por um momento me senti culpado. Kenvia então enxugou as lágrimas que brotavam ante os olhos, sorrindo de forma fraca.

— Donan e eu seremos gratos por toda eternidade. – Emendou ela, no mesmo tom sincero e polido. – Se o senhor desejar alguma coisa, qualquer coisa, nós seremos mais que felizes em conceder-lhe.

          Lancei um olhar sobre corpo e sem ponderar muito quanto as possíveis consequências, tomei minha decisão.

— Há algo que desejo. – Afirmei de forma maliciosa e passei meus braços por sua cintura, prendendo-a e, aflorando meus poderes, beijei-lhe a boca brevemente. – Venha comigo, Astryd.

          Como esperado Astryd estremeceu e não fosse por meu apoio, teria caído. Observei seus olhos piscarem freneticamente e a onda de expressões que se sucederam, até que finalmente seu semblante se tornou vívido, como nas tantas vezes em que lhe recobrei a memória.

— L-Laurence? – Ela se inclinou para me beijar, entretanto eu a contive, segurando-a pelos ombros. Embora meu desejo fosse exatamente este, ela ainda era uma pessoa pública, em um evento tumultuado. – Adrian?!! Pelos reis, estou tão confusa...

— É assim mesmo, Astryd. – Menti, assumindo um tom despreocupado.

          Não conseguir verter a memória de uma reles humana me pegara de surpresa. Embora não fosse de todo ruim, já que se ela recordasse a memória em sua totalidade não estaria me admirando com as feições tão serenas, fiz uma anotação mental de testar a amplitude de meus poderes mais tarde.

           Segurei sua mão direita e a envolvi com as minhas, ao passo que ela analisava o ambiente com olhos inquietos.

— Se vier comigo, eu lhe contarei tudo.

           Ou quase tudo.

          Astryd seguiu meus passos entre os convidados sem pestanejar. De forma discreta cruzamos todo o jardim do castelo, ela em meu encalço ainda que a distância. A possibilidade dela confessar minha natureza e chamar os guardas permanecia implantada em minha mente como um parasita e somente fora aplacada quando chegamos à beira de uma parede, em uma parte mais sombria e reservada. Ela franziu o cenho quando um dos servos lhe prestou uma reverência, chamando-a por majestade.

— Kaleb, eu sou uma rainha? Eu tenho uma coroa... – Ela correu os dedos pelo adereço e estudou seu exuberante vestido branco com adornos em rubi. – Somos casados?

— Num outro momento, querida. – Me esquivei da simples pergunta que fazia minha garganta arder em ódio. Estendi minha mão, tomando a sua novamente, quebrando o espaço entre nós dois. Passei a mão por sua cintura, e todo aquele emaranhado de tecido, a erguendo do chão e aprisionando-a em meu colo. – Confia em mim?

— Com todo meu coração.... humm... Irwin... – Astryd suspirou fitando meu rosto com uma expressão reprovadora, enquanto envolvia seus braços em meu pescoço. – Pelos reis, quantos nomes falsos você me deu?!

          Flexionei os joelhos e nos impulsionei para cima, o mais próximo dos céus que pude. A noite envolveu o rosto de minha acompanhante em um véu negro, aprofundando o destaque das duas esmeraldas em sua face. Esperei que a escuridão escondesse o sorriso que se formou em meus lábios conforme eu contabilizava; um nome para cada sopro de vida que ela possuía.

          Ao aterrissar no telhado do castelo no entanto, meu sorriso morreu. Não precisei ler sua mente para saber o que ela me perguntaria, seu olhar por trás de meus ombros era um lembrete de algo que eu detestava. Ela ergueu as mãos tocando o vazio naquela região, então examinou rapidamente meus dedos.

— O que houve com suas asas?

— Não as possuo mais. Não se recorda? – Ela negou com a cabeça. – Sou um Vampiro, Kenvia. – Seus olhos baixaram para os meus dedos. Acrescentei, sem um traço de emoção: – As garras também.

— Sinto muito, as asas eram tão lindas.

          Mantive meu silêncio. Qualquer coisa que eu pensasse não expressaria a dor que eu senti na época, só serviria para trazer à tona algo que eu enterrara. Todos daquela época estavam mortos, exceto meu irmão que raramente emergia até a superfície deste planeta, de forma que eu não tocava no assunto com frequência, evitava até pensar.

— Desculpa, eu não devia ter tocado nesse assunto... – Sussurrou e me deu a mão. – Vamos, quero ver onde você iria me levar.

          Andei pelo telhado íngreme do terceiro andar calmamente. De onde estávamos os guardas não poderiam nos ver, então permaneci guiando-a pela superfície íngreme. Astryd prendia o salto dentre as fendas de telha, e uma melancolia inconveniente me atingiu de forma avassaladora. Se eu tivesse minhas asas, nós teríamos simplesmente voado até a janela.

— Eu amava minhas asas, eram bem úteis. – Confessei a mulher que sequer lembrava meu nome. – As garras nem tanto.

          Fomos até a ala noroeste da construção, próximo a uma torre mediana. Então a peguei no colo novamente, deixando a agradável brisa e saltando até uma das janelas. Esse lado inteiro do castelo estava em reforma, temporariamente desativado. Era possível observar os sinais do tempo, na madeira das janelas, e na poeira que cobria os corredores. Nos objetos dos quartos que quase nunca eram limpos. O lugar inteiro tinha uma atmosfera de abandono e vazio que me agradavam.

          Vez ou outra passavam os guardas reais pelos corredores, em uma frequência reduzida e era em meio esse ambiente solitário que eu secretamente - desde que transformei Richard - havia me instalado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí?? Esperavam que o Criador estivesse morando no castelo, na surdina? :O

Ele deixou a rainha meia confusa, vcs acham que ele dormirá com ela?

Confiram no próximo.... agora mesmo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prelúdio das Sombras - O Inferno de Richard" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.