P.O.V. Renesmee.

Eu tinha câncer no sangue e de repente... puf! O câncer sumiu.

Simplesmente desapareceu sem deixar qualquer vestígio. Eu nunca vou conseguir entender o que aconteceu. Câncer entra em remissão, mas não existe uma cura. Algo assim não acontece.

Na minha família temos uma crença imutável que passa de geração por geração. Milagres não existem.

Tudo tem uma explicação, até mesmo a bruxaria e o vampirismo tem uma explicação. 

—Amor? Amor!

—Ahn?

—Você está me ouvindo?

—Não.

—Uau! Que honestidade.

—Eu não minto nunca. Falo na lata e na cara.

—Você tá se sentindo mal de novo?

—Não. Estou tentando entender o que aconteceu.

—E o que aconteceu?

—Em quase sessenta anos de estudo da medicina, médicos e médicas tentam encontrar uma cura para o câncer e fracassam e então, um dia do nada a minha leucemia simplesmente desaparece. Eu não sou crédula Elijah, não acredito em milagres, para tudo tem uma explicação. Até para a existência da magia e da raça dos vampiros, tudo tem um como e um porque.

—Oh, meu amor... foi um milagre.

—Não! Milagres não existem! E eu vou descobrir o que fez o meu câncer sumir.

P.O.V. Carslile.

Quando vi aquele exame eu não pude acreditar. Fiquem sem palavras. Num dia ela estava com câncer no sangue e no outro o exame estava limpo.

Renesmee havia se curado sozinha de um câncer! Em uma única noite!

O sistema imunológico da minha neta é a cura para o câncer! Ela pode salvar milhares de vidas e como uma boa menina permitiu que a estudássemos, mas infelizmente não conseguimos encontrar a fonte da cura. 

Mas, então num belo dia chuvoso a senhorita Mikaelson aparece no laboratório e diz que tem algo importante a dizer para nós.

—Pois diga.

—Sou eu. Eu sou a cura, meu sangue é a cura. 

—Como assim?

—Sangue de pessoas como eu cura qualquer doença. Desde gripe até câncer, mas pode haver um risco.

—Que risco?

—Leva 24 horas pro meu sangue ser eliminado do organismo da pessoa e se ela morrer antes de completar essas vinte e quatro horas vai acordar e poderá escolher entre se alimentar do sangue de outra pessoa ou morrer permanentemente.

—Está falando de vampirismo?

—Eles não sabem?

—Não sabemos o que?

—Caramba! Você é bom, tem um auto-controle impressionante.

—Carslile?

—Você está passando bem senhorita?

—Porque não diz a verdade?! Eles não podem te machucar! Você é mais forte, mais rápido é imortal! As armas deles não podem contra nós!

—Senhorita, por favor...

—Ah, não. Mais um com complexo de Stefan!

Ela correu e enfiou os dentes na garganta de um dos médicos matando-o em poucos segundos.

—Bem mais divertido.

—Senhorita Mikaelson! São pessoas.

—E você é uma mala! De que adianta ser imortal e indestrutível se não se pode aproveitar? Ter que se esconder, sozinho sugando sangue nas sombras.

—Como?

—Minha mãe era uma bruxa. Ela nos amava tanto que não suportava a ideia de nos perder e por isso nos transformou em vampiros. Somos a primeira família, os primeiros vampiros, os originais. Os mais velhos e mais poderosos.

—Então, todo esse tempo você nos enganou Carslile? Quantos pacientes você já matou?

—Nenhum. Ele é careta, faz o estilo comedor de coelhos.

—Sabe que os Volturi virão atrás da minha família por causa da sua imprudência não é? Aro quer nos matar desde sempre.

—Porque tem medo daqueles palhaços de olhos vermelhos? Eles não são paios pra nós.

—Você não faz ideia do que eles são capazes.

—Eu sou imortal, sou uma original, nada pode me matar. Nenhuma arma pode me matar.

—Você tem que fazê-los se esquecer.

—Não.

—Faça os esquecer. Sobre nós! Sobre nossa existência.

—Não! Eu não vou mais me esconder! Você não entende? Isso é um presente!

—Jesus.

E foi assim que tudo começou. Agora, mais uma vez vamos ficar frente a frente com o clã Volturi. O clã mais sanguinário que eu conheço.