Um amor além do tempo. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 22
Pensamentos


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/h2b00u-sxic



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P.O.V. Daniel.

Eu acho que fui cruel com ela, mas li em algum lugar que quanto mais se demora pra vir, melhor é o orgasmo. Então eu levei ela até o limite ontem.

Agora Allison está dormindo, ela capotou. Dei uma canseira nela ontem.

Ela não sabe, mas como eu sou um anjo eu não durmo. Nunca.

Então eu passei a noite observando ela dormir. Ela é tão doce dormindo, Allison fala enquanto dorme e como ontem ela cansou mesmo, ela roncou.

Me lembro de quando ela acordava assustada com os trovões. As presas ficavam expostas e suas íris ficavam vermelhas, escarlates.

Mas, agora sua respiração está calma, os longos cabelos negros espalhados pelo travesseiro. Então, ela acordou.

—Oi. 

—Oi.

—Você dormiu?

—Eu não durmo.

—Tá bem. O que acha de comer alguma coisa?

—Parece uma boa ideia.

Eu pulei encima dela.

—Um anjo com a cabeça poluída? Quem diria. Mas, eu to falando de comida e se eu não comer eu vou mesmo literalmente comer você.

Ela se levantou e nem ligou pro fato de estar completamente nua. Colocou a calcinha de volta e o pijama.

Allison penteou o cabelo tirando cuidadosamente cada nó e o prendeu num coque frouxo.

—Adianta muito pentear.

—O cabelo é meu Daniel. Não enche.

Ela desceu e voltou com uma bandeja cheia de comida.

—Nossa!

Depois de termos tomado café ela se desculpou dizendo:

—Eu não sou eu quando to com fome. Eu sou uma eu raivosa, tipo um cachorro que espuma pela boca e morde tudo no caminho.

—Eu já sabia disso. Algumas coisas não mudam.

—É mesmo?!

Ela disse brincando e me dando um leve empurrão.

—É. É mesmo.

Nós demos risada. Estávamos brincando então ela pegou uma maçã daquelas bem vermelhas, olhou pra mim e disse:

—E a Eva mordeu a maçã e ela e Adão foram expulsos do paraíso. 

Ela deu uma risada de vilão e mordeu a maçã.

—Eu aposto que a maçã não tinha nada de maçã. Né?

—É.

—Quer um pedaço?

—Porque não? Eu já caí mesmo.

Eu mordi a maçã.

—Então você finalmente conseguiu comer a maçã da Lucy, Daniel?

—Puta merda! Como você entrou aqui?

—Eu sou mestre em invadir lugares. Sabe, era pra ter sido eu.

—Cai fora Cam. Olha, algum dia você vai achar alguém pra você, mas esse alguém não sou eu.

Ele avançou sob ela e a forçou a beijá-lo, ele só não contava que ela o mordesse e não soltasse mais.

—Me larga!

—Você mereceu. Sabe, eu me sinto mais pura.

Ele voou pela janela deixando um rastro de sangue azul.

—Anjos tem sangue azul. Faz sentido. Ele tá sangrando, pode acabar morrendo.

—Ele vai curar Allison.

—Tem certeza?

—Tenho. Só uma espada angelical arcanja pode matar um arcanjo.

—A minha mãe tem uma. Só existem seis.

—Como sabe?

—Eu posso não ser católica, mas eu amo história.

Ela foi até o banheiro, escovou os dentes e fez suas necessidades. A porta pode estar trancada, mas eu ainda ouço a torneira e a descarga.

—Vou tomar banho. Quer me ajudar?

—Nem precisa pedir duas vezes.

O chuveiro ligou sozinho e fazer amor no chuveiro é tão bom quanto fazer amor na cama. Um pouco mais desconfortável, mas ainda assim bom.

Igualmente prazeroso. Eu ensaboei o corpo dela, sentindo seus poucos pelos se arrepiarem a cada toque.

—Adoro a versão imortal da Lucy.

—Obrigado.

—Temos um problema.

—Qual?

—Somos dois e só tem uma toalha.

—Pode ficar. Eu seco á vapor.

Ela saiu do banheiro e quando eu sai o quarto parecia uma sauna. Ela abriu a janela e disse:

—Vou nadar no lago.

A doida pulou pela janela e foi embora. Parecia um borrão.

Quando eu cheguei no lago me deparei com aquela cena. Ela estava fazendo de propósito.

—Ta querendo me provocar?

—Você está aqui porque quer estar aqui. Foi você que veio me olhar.

Ela começou a tremer. Uma tremedeira incontrolável.

—Allison?

Ela não respondia, só tremia.

—Allison?

—Daniel... corre. Corre!

Uma onda de energia saiu dela destruindo tudo num raio de quilômetros. E ela caiu desmaiada dentro do lago.

—Allison!

Eu puxei ela pra fora.

—Allison, responde. Acorda, acorda meu amor por favor.

—O que aconteceu?

—Ela não acorda. Acorda, por favor.

Ela acordou e perguntou:

—O que aconteceu? Onde eu to?

—Ai, Allison que susto.

—Daniel. Ta todo molhado. Mas, to feliz que esteja bem.

—O seu nariz.

—Tudo bem. Acontece ás vezes, sobrecarga.


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