Entrelinhas Ron e Hemione - Intuições escrita por Morgana Lisbeth


Capítulo 11
Aventura perigosa


Notas iniciais do capítulo

Os diamantes são indestrutíveis?
Mais é meu amor.
O mar é imenso?
Meu amor é maior,
mais belo sem ornamentos
do que um campo de flores.
Mais triste do que a morte,
mais desesperançado
do que a onda batendo no rochedo,
mais tenaz que o rochedo.
Ama e nem sabe mais o que ama.

(Adélia Prado )



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No dia da última prova dos NOMs, um acontecimento surpreendente coloca os três amigos em nova aventura perigosa. “Voldemort capturou Sirius”, Harry disse a Ron e Hermione, anunciando a visão que teve ao desmaiar durante o teste.

Rapidamente, Hermione traça um plano para confirmar se aquela visão era verdadeira. Escondidos sob a capa da invisibilidade, ela e Harry iriam até o escritório de Umbridge tentar um contato com Grimmauld Place na única lareira que ainda tinha comunicação com o mundo externo. Ron assumiria a missão de dar uma informação falsa à inquisitora, dizendo que Pirraça estava arruinando com a Sala de Transfiguração, enquanto Gina e Luna vigiariam os corredores.

Enquanto tentam falar com Sirius, com os rostos mergulhados na lareira, Harry e Hermione são flagrados por Umbridge. O pior é que não apenas eles haviam sido capturados. Logo Malfoy, liderando um grupo de alunos da Sonserina, entra arrastando Ron, Gina, Luna e Neville, que se juntara ao grupo.

Hermione, ao ver que os lábios de Ron sangravam muito, murmura o nome do amigo com uma expressão sofrida na face. “Preciso traçar um plano para tirar a gente daqui”, pensou a menina. Com sua inteligência rápida e lógica, ela sempre se sentia na obrigação de salvar os amigos, que eram mais impulsivos, das enrascadas.

O ruivo arregalou seus olhos azuis ao ouvir a fabulosa história inventada por Hermione. A menina contou para Umbridge que estavam tentando se comunicar com Dumbledore para anunciar a conclusão da arma iniciada por ele. Onde a amiga queria chegar com aquela história maluca era a pergunta do ruivo.

Depois que Hermione e Harry saem do escritório com Umbridge para mostrar o local “onde haviam escondido a arma”, o ruivo fica muito preocupado. Ainda lutava tentando se libertar dos alunos da Sonserina quando, pela janela, avistou os dois amigos caminhando em direção à Floresta Negra. Apavorada com o perigo que os dois corriam e pensando, especialmente, em Hermione, deu uma forte cotovelada no sonseriano que o segurava e recuperou sua varinha.

Em seguida, uma sucessão de feitiços derrotou os opositores e logo Ron, Neville, Gina e Luna estavam livres. “Vamos para a Floresta Negra. Harry e Mione estão lá”, disse o ruivo, liderando o grupo.

Depois de uma tensa caminhada, finalmente alcançam os dois amigos no meio da floresta e Harry explica como pretendiam ir para o Ministério da Magia. Distraído da conversa, Ron busca os olhos de Hermione. Os castanhos e os azuis se encontram em uma troca intensa, acompanhada por sorrisos aliviados. Cada um dos dois se sentia feliz ao ver que o outro estava bem.

Gina percebeu aquela troca de olhares e não conseguiu deixar de sorrir. Foi como se tivesse a confirmação de que Ron e Mione estavam apaixonados, algo que já desconfiava há mais de um ano.

Enquanto os outros decidem se vão usar ou não as testrálias, Ron se aproxima da amiga.

— Mione, você está bem? Parece que se machucou bastante – afirmou, tocando com delicadeza um dos cortes do rosto da menina.

— Eu estou bem, não de preocupe. Sua boca é que está sangrando muito. Precisamos estancar o sangramento – falou em tom preocupado.

O rapaz tirou um lenço do bolso da calça e já ia começar a limpar o corte quando Hermione o segurou pelo pulso. “Deixa que eu faço isso”, pediu em tom decidido. Ron entregou o lenço para ela que começa a comprimir os lábios do ruivo para deter o sangramento.

Era um gesto tão simples, mas repleto de significado, já que trazia o carinho, a vontade de cuidar e de estar perto do amigo. Os dois trocam olhares por um momento e, ao perceberem quanto estão próximos, sentem-se imensamente constrangidos. Hermione retira o lenço do ferimento e dá um sorriso tímido para Ron.

— Acho que melhorou – as faces de Hermione estavam vermelhas.

— Obrigado, Mione – disse o rapaz em tom de voz suave.

Ao se virarem para o lado, percebem que Harry, Neville, Luna e Gina os observavam. Ainda mais sem graça, os dois caminham em direção aos amigos. Logo estariam montando nas testrálias para começar a viagem até o Ministério da Magia.

Ron olha para Hermione e sente uma dor no peito. Sabia que a menina tinha medo de voar e queria poder ir com ela, para tranquilizava. No entanto, cada testrália podia levar apenas uma pessoa.

Para acalmá-la, a única forma que conhecia era usar o bom humor. “Dizem que andar de testrália é melhor do que de nôitibus”, comentou. Como viu que a amiga não ria, decidiu falar sério. “Mione, não se preocupe. Segure firme e feche os olhos que logo estaremos lá”. A menina o contempla de um jeito carinhoso e esboça um sorriso, mas não tem tempo de responder. As testrálias estavam começando a levantar voo.

Quando já estavam na Sala das Profecias do Ministério da Magia, Hermione segura a mão de Ron, que no mesmo instante olha para ela. “Estou com muito medo”, confidencia. O ruivo aperta a mão da amiga. “Fica tranquila. Não vou deixar nada acontecer com você”, disse com tanta confiança e força que a jovem sente o seu coração se aquecer. Instantes depois, atacados por Comensais da Morte, os dois acabaram se afastando um do outro.

 


* * * * * * * * * * * *

 

Ron acordou sentindo um dos braços queimar e forte dor de cabeça. Aos poucos a luminosidade que incomodava seus olhos ganha forma e o rapaz se dá conta que está na enfermaria de Hogwarts. Não fazia a mínima ideia, no entanto, de como tinha ido parar ali. A sua última lembrando era da Sala das Profecias, quando precisou enfrentar a fúria dos Comensais da Morte junto com o pequeno grupo da Armada de Dumbledore.

Percebe que o braço está coberto por uma faixa. Não recorda de ter se machucado, mas aquilo era o que menos importava. Onde estavam os outros, se perguntou, olhando para os lados. Logo avistou Gina à sua frente, que o encarava de um jeito curioso.

— O que aconteceu? Onde estão os outros? – perguntou Ron.

— Estamos todos na enfermaria, com exceção de Harry e Luna. Eu torci o tornozelo e Neville quebrou o nariz – respondeu a ruiva.

Foi então que o rapaz viu Neville, que parecia dormir na cama mais afastada do dormitório. Mas Gina não tinha falado de uma pessoa e era com ela que Ron mais se preocupava. Antes que pudesse fazer uma pergunta, a irmã prosseguiu.

— Hermione está na área isolada, ainda desacordada, mas Madame Pomfrey garantiu que ela não corre qualquer perigo – Gina finalmente falou.

Aquela afirmação, no entanto, não foi suficiente para acalmar o rapaz. Pelo contrário. Ele logo sentiu um peso na consciência por não ter cumprido a sua promessa de proteger a amiga. Ron precisava olhar Hermione, saber como ela estava.

— Eu vou até lá ver a Mione – disse começando a se levantar da cama.

Madame Pomfrey surgiu na porta a tempo de ver o movimento do rapaz e foi imperativa: “Nada de se levantar, senhor Weasley. Ainda precisa de repouso”. Com passos rápidos, a medibruxa se aproxima do ruivo e pergunta o que ele desejava.

— Não posso ir ver a Hermione? Estou preocupado com ela – fala sem perceber o sorriso da irmã. - Por favor, Madame Pomfrey... Ela é minha amiga...

A medibruxa era muito rigorosa e não costumava abrir exceções. “A senhorita Granger vai se recuperar totalmente, mas, no momento, ela precisa descansar. Por isso mesmo está no isolamento. Quando melhorar, aí sim o senhor poderá vê-la”, respondeu secamente.

Ron não se conformou com aquela resposta, mas percebe que não adiantaria insistir. Começa a conversar com a irmã e aos poucos foi entendendo o que tinha acontecido no ministério. O mais difícil foi saber que Sirius estava morto. Imaginava a grande dor de Harry e ele, preso naquela enfermaria, não podia fazer nada pelo amigo.

Ele não sabia quanto tempo havia passado. Dormiu e acordou várias vezes, conversou mais um pouco com Gina. Mas foi quando todo o Castelo pareceu estar em silêncio que ouviu os gemidos de Hermione, a princípio fracos, depois mais fortes. Olhou para os lados e viu que Madame Pomfrey não estava por perto. Como a sala de repouso tinha a luz apagada, imaginou que a medibruxa dormia. Não pensou duas vezes e se levantou rapidamente. O corpo doía um pouco, mas a vontade de ver a amiga era maior que qualquer incômodo.

Em poucos instantes estava ao lado de Hermione, que falava palavras incompreensíveis, balançando a cabeça. Será que ela havia sofrido a maldição Cruciatus, se perguntou, e um frio percorreu a sua espinha.

“Hermione? Está tudo bem?”, perguntou apreensivo. A menina gemeu o seu nome e abriu os olhos. “Ron? Onde a gente está?”, ela parecia desnorteada. “Na enfermaria de Hogwarts. Todos estamos sendo medicados. Não se preocupe”. Neste momento o rapaz sentiu a presença de mais alguém. Era Madame Pomfrey que havia se aproximado silenciosamente.

— Muito bem, rapazinho. Pelo visto você não é muito bom em seguir regras. Eu não lhe falei que a senhorita Granger precisava descansar? – questionou em tom severo.

— Desculpe-me, mas é que ela estava gemendo e como a senhora não estava por perto... – ele tentou justificar.

— Você achou que podia burlar as regras, sei – a medibruxa estava muito séria – Então agora, que estou por aqui, trate de se deitar novamente e não levante enquanto não receber alta.

O ruivo se virou muito sem jeito e, nesse momento, a amiga interveio em sua defesa. “Madame Pomfrey, por favor, ele só quis me ajudar”, falou a menina. O rapaz ainda se deteve por um momento, o suficiente para escutar a medibruxa. “Vocês terão muito tempo para namorar depois. Agora ambos precisam descansar”.

Hermione sentiu o coração acelerar, mas não podia deixar a medibruxa sem resposta. “Não somos namorados”, ela rebateu sem muita convicção. Madame Pomfrey pareceu não prestar muito atenção. “Sei, sei. Ah, a juventude...”, limitou-se a dizer.

 

* * * * * * * * * * * * *

 

Para  ouvir antes, durante ou depois de ler o capítulo:

The Reason

http://bit.ly/1s39hXb

I'm not a perfect person
There's many things i wish i didn't do
But I continue learning
I never meant to do those things to you
And so, I have to say before i go
That I just want you to know

I've found a reason for me
To change who I used to be
A reason to start over new
And the reason is you
(…)


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Notas finais do capítulo

Então é isso. Penúltimo capítulo, devidamente revisado e postado. Mais um e terminamos. Para quem, por acaso, estiver lendo, gostaria muito de saber sua opinião. Se quiser que eu poste a continuação por aqui, por favor, me acene ~~



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