A semana seguinte foi bem corrida, Vartann se mudou para a casa da ruiva e o casamento aconteceria no sábado pela tarde. Com uma velocidade espetacular, o sábado chegou rapidamente, seria um casamento simples, toda a equipe estava convidada, inclusive, Jim, Dr. Robbin e David. Lou também convidou alguns amigos e seus pais, Sam e Lily também estavam presentes. A cerimônia não durou muito tempo, com poucos minutos ela já havia acabado e todos vinheram nos cumprimentar e desejar felicidades:

  - Meus parabéns Catherine!. – Disse Gil me abraçando e me dando um sorriso. – Finalmente você encontrou alguém especial.

  - Com certeza Gil, devo isso a você, velho amigo!. – Nos abraçamos.

  - E então, não vai ter festa?

  - Preferimos não fazer Greg.

  - Ah ta, vão deixar a festa por suas contas não é?. – Falou Warrick sorrindo e Lou respondeu com outro sorriso e apertou minha cintura. O que era isso uma confirmação? Se Vartann estava achando que iríamos fazer sexo ele estava muito enganado. Chegamos em casa as 21:00 horas.

  - Louis você se importa de ficar dormindo no quarto de hóspedes?. – Ele foi pego de surpresa.

  - O que? Está me pedindo pra dormir em um quarto separado do seu?. – Eu só poderia ter falado grego para ele não ter entendido isso instantaneamente.

  - Isso mesmo.

  - É claro que me importo, o sexo faz parte do casamento, se não queria passar outra noite comigo, então por que se casou?. – Já imaginaram o Vartann dando chilique por isso? Quanta besteira não acham?

  - Por que você é o pai de meu filho!. – Eu admito, pisei na bola por ter dito isso, mais eu falei sem pensar.

  - Então é só por isso que se casou comigo não foi? Você não gosta de mim? Não sente atração por mim?. – Subimos as escadas brigando até chegar ao quarto de hospedes.

  - Claro que eu gosto de você, mais é...

  - Mais é que você ainda é apaixonada pelo fantasma de seu ex-marido! Cavaliere e Vega tinham razão, nós nunca seremos felizes enquanto o fantasma de Eddie estiver entre nós!. – Disse Vartann batendo a porta do quarto na minha cara.

  - Seu mal educado!. –  Em resposta ele atirou o sapato contra a porta e eu não insisti mais. Voltei para meu quarto furiosa com o que ele fez, então entrei na banheira para relaxar um pouco. Foi então que de repente comecei a me lembrar de nossa primeira noite juntos, lembrei de tudo, até do taxista tentando devolveu o dinheiro de Louis, lembrei que foi eu quem convidou ele para entrar em minha casa, lembrei de jogar minha bolsa em cima do sofá e de algemar nós dois juntos, durante nossa festinha de fetiche. Depois de muito pensar, finalmente minha fixa caiu, eu nunca seria feliz com alguém enquanto as lembranças de Ed ainda me assombrassem. Seria muito melhor para mim manter um relacionamento com Vartann, em vez de vagar entre os fantasmas do passado. Por mais incrível que pareça eu levantei da banheira e fui pedir desculpas para ele.

  - Louis por favor abre a porta, precisamos  conversar!. – Eu não obtive resposta. – Lou, por favor eu sei que ainda está acordado, abra a porta!

  - Vá embora Catherine. – Gritou ele jogando o sapato contra a porta, e eu fiquei furiosa.

  - Eu irei passar a noite inteira sentada ao lado dessa porta, até você abri-la, por que eu sei que uma hora ou outra você vai ter que sair daí!. – Disse me sentando no chão, então escutei o barulho da fechadura e me levantei rapidamente. Vartann  abriu uma pequena fresta da porta para olhar se eu ainda estava lá, quando ele me viu, tentou fechar a porta rapidamente, mais eu fui mais rápida e consegui entrar no quarto. Louis estava apenas de cueca Box preta, com os braços cruzados, pressionando seus belos bíceps. Desta vez foi a minha chance de olhá-lo inteiramente, tentando memorizar cada detalhe. Então me sentei na cama.

  - O que você quer? Lembrou de mais outra coisa para acabar de uma vez por todas com meu coração?. – Falou ele furioso.

  - Lou me desculpa eu não quis machucar você, é só que eu não quero um relacionamento que me sufoque, eu quero um relacionamento mais aberto.- Sei que estão se perguntando por que não contei sobre ter me lembrado de nossa primeira noite, mas decidi guardar aquilo pra mim e não estragar o resto de minhas desculpas.

  - Tipo, eu saio com quem eu quiser e você sai com quem quiser?

  - Acho que sim.

  - Então tudo bem.

  - Tudo mesmo? Você me desculpou?

  - Sim, você sai com quem você quiser e eu saio com quem eu quiser. Normal.

  - Então...boa noite!. – Disse descruzando as pernas, mas não me levantei, fiquei um pouco desconfiada com a naturalidade de que ele me desculpou, não parecia nem um pouco aquele Detetive que a poucos minutos atirou o sapato contra a porta e a abriu furioso, dando chiliques.

  - Belas pernas!

  - O que?

  - Esqueci de elogiá-las naquele dia, suas causas compridas escondem muita coisa. – Aquela conversa já estava indo muito longe não acham?

  - E pode por muito nisso.

  - Eu sei disso. Posso dar mais uma olhada nelas?. – Sei que não devia, mais uma vontade enorme de abrir o robe que eu estava usando tomou conta de meus pensamentos.